O Monstro (Romance Gay)

By OtavianoFS

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Pode o amor superar tudo? Até o pior dos monstros? More

O Monstro
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capitulo 6
Capitulo 7
Capitulo 8
Capítulo 8 (0.1)
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capitulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Último Capítulo
Oi

Capítulo 17

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By OtavianoFS


"O amor é bandeira de paz. "
-1Kilo

Depois de andar bastante naquela merda de festas, a procura de Tiago. Finalmente o encontrei perto de alguns caras.

Ele estava visivelmente bêbado, e quando me viu veio andando em minha direção com os braços abertos.

– Meu amor. – gritava em uma altura que várias pessoas poderiam ouvir, inclusive os caras que estavam do seu lado, que só riam da cena.

Parece que alguém bebeu demais.

'Vamo embora logo. – já estava sem paciência, ainda mais depois daquela pequena discussão.

Ele me apertou em seus braços, me levantando do Chão e girando.

– Você é muito lindo, sabia? – e riu.

– Eu tô achando que você bebeu até demais, Tiago! – eu  não tava para aturar gente bêbada.

Ele tentou me beijar, mas virei o rosto e ele beijou minha bochecha. Não iria deixa-lo me beijar, não depois de saber que ficou com aquele traste, vulgo Rafael.

Ele pareceu ler meus pensamentos e me soltou.

– Eu não fiquei... – falou me olhando nos olhos. – Eu botei ele pra correr, ele tava com sangue na cara. – riu. – Eu não quero nem saber mais dele, meu amor. Eu vou mudar. Eu juro!  – sua voz saiu meio embolada, mas eu entendi.

Não dei muita atenção ao que saia Sá boca dele. Puxei ele para fora da multidão, indo em direção de casa.

– Você não acredita né, porra? Não acredita! – se soltou de mim e foi andando sozinho, meio cambaleando. Depois olhou para trás apontando o dedo pra mim. – Eu vou mudar, caralho. Por você, amor. A gente se muda dessa porra se você quiser. – abriu os braços e girou em torno de si.

Fiquei parado olhando ele. Parecia tão... Verdadeiro, mas também tão bêbado. Não acreditei em nenhuma palavra, é claro.

– Para! – gritei, já cansado daquela merda toda. – Você é a porra de um mentiroso, sempre foi. Agora quer vir pagar de arrependido pra cima de mim? Mas adivinha. Eu já vi essa história, e já sei o final. – foi minha vez de apontar o dedo pra ele. – Então, vê se para de falar merda e vai pra porra daquela casa tomar um banho e dormir.

Me olhou com os olhos arregalados e, se, eu não conhecece ele tão bem, poderia jurar que seus olhos estavam úmidos. Mas se tem uma coisa que esse monstro não faz é chorar.

Ele se virou e foi andando pra casa, sem falar nada.

Que se foda também.

Esperei ele ir na frente e depois de um tempo também fui.

Tinha me esquecido que as chaves não estavam comigo. Assim que cheguei em casa apertei a campainha, que fez um barulho meio irritando. Nada de Tiago abrir a porta. Apertei e outra vez nada. Ou ele está morto de bêbado, ou realmente ficou magoado com minhas palavras. Não que eu me importasse.

Tive que aguentar tanta coisa nesses quase três anos, nada mais justo que uma noite de palavras pesadas na cara dele. Era bem feito.

Cansei de aperta aquela merda e tentei olhar através do vidro transparente da porta. A casa parecia silenciosa. Tinha que lembrar de colocar um cortina ali, ou trocar por vidros fumê.

Olhei para trás, pro lada da rua. O sol já estava quase se abrindo, e meus olhos estavam meio pesados. De repente lembrei de uma coisa.

Desci o único degrau que tinha e levantei um pequeno vaso de flor que ficava do lado. Tirei uma cheve reserva que eu mantinha ali a algum tempo.

Abri a porta e o silêncio se fez presente. Vasculhei tudo e nem sinal de Tiago. Não que eu não soubesse onde ele estava. Rafael.

Peguei uma toalha que estava jogada no quarto e fui tomar um banho para tirar o suor do corpo. Foi um banho rápido.

Enrolei uma toalha na cintura e com uma menor eu ia secando os cabelos. Procurei uma cueca limpa na minha gaveta e não achei. Provavelmente estabm todas sujas, e provavelmente eu tenho que ser mais organizado com roupas sujas.

Abri a gaveta de Tiago e peguei uma samba-canção branca com algumas bolinhas vermelhas. Ele não usava muito aquela, acho que as bolinhas feriam a masculinidade dele. Besteira.
Ficou um pouco grande em mim, como um calção de malha fina.

Arrumei a cama e joguei do meu lado, perto do criado mudo. Fiquei um tempo fitando o teto, pensado no rumo que minha vida tinha tomado.

De um garoto sonhador para um cara sem futuro. Que grande merda a vida é.

Peguei o celular e digitei uma mensagem à Rodrigo.


-Oi

Esperei alguns minutos e nada de uma resposta vir. Cansei de esperar e depositei o aparelho encima do criado mudo. Ai lembrei da caderneta que Rodrigo havia esquecido aquele dia.
Abri a primeira gaveta e a tirei de lá, estava toda em branco.

Peguei uma caneta, também na gaveta, e Mordi a ponta pensando em algo para escrever nela.

Comecei com alguns citações que eu gostava.

"Eu nunca fui bom com sentimentos. "

"Quanto mais conheço os humanos, mais admiro os animais. "

"Eu não preciso ser a torta de chocolate. Sempre existe alguém apaixonado por limão."

"Seu próximo amor não tem culpa do anterior."

"Eu não tô nem ai pra mais nada."

"Porque há o direito ao grito. Então eu grito."

"Sou um coração batendo no mundo."

"Quando você deixa uma pessoa entrar no seu coração, morre quando ela resolve sair."

Fiquei relendo aquelas frases, todas tinham um tipo de efeito sobre mim, todas fortes.

Foi ai que decidi jogar tudo que estava dentro de mim para fora, tudo de ruim.

Comecei a escrever ferozmente nas paginas. Cada coisa que sofri com Tiago, absolutamente TUDO.

A última frase que eu escrevi foi:

"Eu não amo mais o Monstro. "

Essa, apesar de ser a mais fortes das frases, era também a mais falsa. Não que o amor que eu sentia por ele ainda se mantesse intacto, mas existia, sim, um resquício dele em meu coração. Infelizmente.

Levantei e escondi a caderneta em minha gaveta, lugar que Tiago não costumava mexer.

-

Demorei? Demorei!
Desculpa? Pelo amor de Deus!

Ai, Seus Chavosos, desculpa a demora e desculpa o tamanho do capitulo e desculpa a péssima qualidade do capitulo e...

Eu realmente não sei quem são os autores da frases citadas no capitulo. São de um caderno meu, que uso para anotar varias coisas. Quando pego uma frase de algum lugar (face, whats, tt e etc) eu não anoto o nome do autor. Sei que alguns são da Clarice Lispector.

Sinopse do próximo livro que estou escrevendo:

O ano é 2020, por questões lógicas o ser humano continua evoluindo a cada segundo. Mas e, se, no meio dessas evoluções o extraordinário acontecer? Um homem grávido? Teria o corpo humano tal capacidade evolutiva?

Ainda não sei bem o titulo, nem quando vou postar. Acho que vou escrever bastante capítulos antes, para não ficar enrolando igual esse livro. Amém?

Bjs e abraços. <3

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