Capítulo 8 (0.1)

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"Eu sei que tudo vai ficar bem e as minhas lágrimas vão secar. Eu sei que tudo vai ficar bem e essas feridas vão se curar. "
-Pabllo Vittar

dica: seria legal ler ouvindo "Indestrutível" de Pabllo Vittar.

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As mãos em volta do do meu pulso se apertaram mais me puxando em direção ao quarto.

Fui arremessado em direção a parede, batendo forte com todo o lado esquerdo do corpo. O estrondo foi inevitável quando minhas pernas bambearam e eu cai no chão.

Tiago bateu a porta e parou de frente pra mim.

- Onde você estava? - sua voz era um misto de calma e raiva. Eu sabia que não podia falar a verdade pra ele. Falar sobre Rodrigo seria o mesmo que pedir para morrer.

- Fui fazer mercado! - falei rápido, colocando as mãos no braço esquerdo que queimava devido o arranhão que sofri na hora do baque.

Ele respirou fundo e sentou na cama.

- Vou perguntar mais uma vez: ONDE. VOCÊ. ESTAVA?

Eu não respondi dessa vez. Meu corpo todo doía e com certeza a marca de sua mão ia ficar no meu pulso.

- RESPONDE, PORRA! - falou se levantando e agarrando meu cabelo, fazendo eu olhar para cima. Meu couro cabeludo queimava como se tivesse pegando fogo. Fechei os olhos e deixei as lágrimas cairem. - FALA LOGO! - mas de novo não respondi.

Um barulho muito alto se fez ouvir no cômodo. Sua mão era grande e áspera, parecia cortar meu rosto a cada tapa. Mais um, e mais um, e mais um.

Senti um gosto metálico na boca. Sangue!

Me rebati para que ele soltasse meu cabelo e ele o fez. Me deitei no chão e cuspi o sangue que já se misturava com as lágrimas, Meu rosto estava repleto dos dois.

- Você tem que falar, droga! - ele andava de um lado para o outro dentro do quarto, como se procurasse uma solução. - Fala, Bruno! - se aproximou de novo.

Tentei rastejar até a porta, mas fui parado quando pés pesados caíram sobre minhas costas.

Mais uma vez fui agarrado pelos cabelos, dessa vez fui virado fazendo minhas costa, que também doiam, viradas para o chão gelado.

- Você não entende, né? Você é meu. Tem que me obedecer. Se não fosse tão desobediente... - respirou fundo e fechou os olhos. No mesmo instante minha cabeça foi levantada ma superfície gelada e arremessada de volta com total velocidade e força. Mais um estrondo.

- NUNCA... - de novo minha cabeça bateu contra o piso. - MAIS... - de novo. - SAIA... - de novo. - SEM... - minha visão já estava ficando turva, e sentia algo molhado na parte de trás da minha cabeça, provavelmente sangue. Eu queria pedi para ele parar, mas minha boca não abria. - PEDIR.

A última coisa que lembro foi de ouvir outro estrondo, e depois só vi escuridão.



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Sei que ta pequeno, mas decidi postar logo essa parte. Tinha muita gente reclamando do tamanho do capítulo anterior (rsrs). Por isso postei logo esse. O próximo, que vai ser maior, sai na terça da semana que vem.

Bjs <3

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