Agente Morgan 3

By ThaQuake

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Encarar uma traição nunca é fácil... ainda mais quando foi ela que te levou a ser uma ameaça mundial. Natasha... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Nota
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Despedidas
Agente Morgan 4

Capítulo 23

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By ThaQuake

Não disse nada durante todo o percurso de volta a base. Dessa vez quem precisava falar era eu, mas com Doyle algemado logo no banco de trás, falar sobre assuntos pessoais estava totalmente fora de questão. Sim, a curiosidade esta me matando.
Deixo que Alfie carregue o criminoso pelo braço enquanto tratava de me afastar um pouco dos dois. Mas dentro do elevador, essa tarefa se tornou impossível, já que por mais que o local fosse grande, o número de pessoas no mesmo espaço era muito maior.
Suspiro aliviada assim que deixamos o elevador para atrás e desembarcamos no nosso andar. Miller e Jack já esperavam impacientes, e o resto da equipe concentravam-se cada um no seu aparelho móvel.

-Felix Doyle, acho que já sabe o porquê de estar aqui, não é? - indaga Jack. - Precisamos da sua contribuição.

-Não vou dizer nada sem a presença do meu advogado.

-Não estamos aqui para interroga-lo, mas sim para ajuda-lo. Precisamos que identifique o casal com que fez negócios, e em troca, reduziremos dois anos da sua sentença. - diz Miller.

-Quero sete anos. - murmura Doyle.

Engasgo com a saliva.

-Ótimo! Temos um parasita entre nós!- debocho, recebendo um olhar de advertência de Miller.

-Podemos dar no máximo, cinco. - diz Jack.

Qual é? Essa cara só vai identificar dois caras e ainda perde cinco anos na sentença? Isso é o que eu chamo de golpe sorte.

-Seis. - rebate. - E também quero uma sela individual.

-Alfie? Pode leva-lo. Não precisamos mais dele. - diz Miller.

Ele obedece, segurando as mãos de Felix e ameaçando arrasta-lo para fora da sala.

-Espera! Vocês disseram que... eu aceito! Três anos! - murmura desesperado.

-Muito bem, então você já sabe o que fazer. Queremos a identificação ainda hoje. - Fala Jack, lançando um olhar satisfeito para Miller.

-E quanto ao resto? Estão todos dispensados. Já está tarde.

-E quanto a nós? -indaga Noah.

- Vocês ficarão até o final do horário.

-Isso é injusto. - murmura.

-A vida não é justa. -diz Sara. - Você deve...

Sara não terminou de falar, porque o som de alarme começou a soar por todo o prédio. Alguma coisa estava errada. Olho para Miller, e depois para Alfie, esperando alguma explicação. Quase que imediatamente todos sacaram as armas e seguiram até o elevador. Sem saber exatamente como agir, faço a primeira coisa que me vem a mente, sigo-os com a arma em punho, acenando á Simon e Noah para que cuidassem de Doyle. As luzes dos andares estavam vermelhas e o número de pessoas com armas nas mãos era fora do comum.

-O que está acontecendo? - questiono a Alfie.

-Invasão. - responde tenso.

Suspiro tensa, saindo do elevador e passando entre os agentes do primeiro andar. O local estava extremamente aglomerado de pessoas. No centro, pude ouvir uma voz conhecida gritando.

-Tasha!!!

Há somente uma pessoa que me chama assim. Corro mais rápido, desviando e afastando as pessoas do caminho. Sorrio feliz, vendo Táu de joelhos no centro da roda de agentes. Tento alcança-lo, mas por intinto Alfie me segura, tomo meu braço com força e corro até o meu amigo, ajoelhado ao seu lado e passando os braços pelo seu pescoço num abraço apertado. Assim que me viu, Táu deixou de gritar e me apertou mais ainda.
Continuamos na mesma posição, abraçando um ao outro, o que me fez fungar, tentando evitar que lágrima escapassem pelo canto dos olhos. Prometi chorar quando tudo acabasse, e apesar disso estar bem longe de acontecer. Ele estava ali, e isso já era motivo o suficiente para mim. Afinal, acho que essa promessa nem vale mais, já quebrei tantas vezes.
Nós afastamos um do outro e sorrio, antes dele levantar e me estender a mão.

-Táu orgulhoso, Tasha teve força.

-Eu aprendi de onde ela vem.

Ele estrala os ombros e sorri brincalhão.

- Percebi. Tasha apertou Táu.

Ri escandalosa, mas pauso quando volto a mim e percebo onde estávamos. Demos uma bela cena, e por algum motivo, todos continuavam apontando as armas para nós. Olho para Miller, que se aproximava com o restante da equipe.

-O que está acontecendo aqui Morgan?!-indaga irritada. - Quem é ele?!

-Esse é Táu, um amigo meu.

-E por que ele invadiu o FBI? Os guardas disseram que ele se recusou a sair.

-Ele não fala nossa língua, bom...mais ou menos...

-Táu procurava Tasha.

-Quem é Tasha? -indaga Diogo.

-Eu. - respondo.

Olho para Alfie, que até agora permanecia sério, encarando Táu como se ele fosse o inimigo.

- Precisamos interroga-lo. - diz Miller.

-Quê? Só por cima do meu cadáver. Já disse que conheço ele!

-Natasha. Ele invadiu o FBI. - tenta Alfie.

-Ele nem passou da portaria, e eu fiz  pior e ainda estou aqui!

-As circunstâncias são diferentes. - murmura Miller.

-Acho que está tudo bem, se ela diz que conhece o rapaz, não há problemas. - autoriza Jack.

-Isso mesmo, agora manda os seus amiguinhos abaixarem as armas! -digo séria.

-Muito bem pessoal, o show acabou! Voltem todos aos seus postos! - grita Miller.

-E nós vamos pra casa! - sorrio para Táu.

-Pra casa? - Questiona Alfie. - Na sua casa? Não acha perigoso?

-Já disse que conheço ele.

-Eu sei mas...

-Escuta aqui Kan... - pauso antes de terminar a frase, vendo um brilho no seu olhar. - Vai se ferrar Handrick.

Arrasto Táu até o meu carro, ouvindo os saltos e comentários de Diana, pedindo para que a esperassemos. Ela iria conosco.
     Conduzo até minha casa minha casa, sem deixar de sorrir enquanto olhava Táu observar com um ar maravilhado as ruas e avenidas por onde passávamos. Da última vez que ele esteve aqui, provavelmente não notou os pequenos detalhes, já  que estava de noite
      Entro em casa, abrindo a porta para que Diana e ele passassem. Essa era a primeira vez que trago alguém até aqui.

-Querem beber alguma coisa?

-Vinho. - responde Diana. - Mas eu escolho!

-A adega está lá embaixo.

-O que é vinho? - questiona Táu.

    Olho para Diana, esperando que ela explicasse.

-Táu... você acabou de conhecer duas especialistas! Vou te apresentar vários sabores, desde tinto até...

-Ei!- intervenho. -Não está pensando em desfalcar minha adega, não é? Vinho é caro!

-Deixa de ser amarga Natasha, garanto que você nem lembra mais o gosto de Toddy.

-É claro que lembro!

-Aé? Me poupe! Aposto dez dólares que se for até a geladeira, vou achar apenas água.

   Dou de ombros.

-Água é bom pra saúde.

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