att dupla que chama né
os coments de vocês me deixam em êxtase hfldjdkd amo demais
boa leitura e... não me matem
Assim que Louis chegou no enorme campo de futebol americano da uni, percebeu que estava tendo treino. Pelo menos ele pensava ser treino. Eram por volta das três da tarde e com o frio londrino, ele se encolhera no moletom da uni enquanto sentava no banco da arquibancada junto com outras poucas pessoas.
A uni era parada aos domingos, todos iam visitar seus pais.
Menos Louis.
E Harry, aparentemente, já que ele estava ali treinando – Louis não conseguia identifica-lo no campo, não apenas por estarem correndo mas também porque todos vestiam o mesmo uniforme. Apenas quando o cacheado virou de costas e ele viu STYLES escrito, além do número 28, percebeu ser o maior.
Torcendo para que não faltasse muito para o treino acabar, Louis permaneceu sentado e irritado no vento gelado da arquibancada. Enquanto murmurava palavrões baixos e prestava atenção em tudo – menos no jogo, ou em Styles, ele se martirizava mentalmente por ter aceitado ir para o campo espera-lo, e pior, esperar por sua ajuda.
Louis já estava insatisfeito o suficiente em pedir a ajuda logo de Styles com a atuação – embora ele não tivesse parado de procurar por outros meios de aprender a atuar, afinal, qualquer outra alternativa além de Styles era uma ótima alternativa – e ele não pensaria duas vezes em aceita-la.
Não é como se Styles fosse implorar por sua permanência.
Se aquele musical não fosse sua vida, Louis nunca se submeteria a aturar Styles. Nunca. Mas era Grease – era o casal perfeito, ele e o musical, não podia deixar a chance passar.
Quem era Styles comparado ao musical de sua vida?
Nada.
Styles era nada em tudo para Louis mas especialmente naquele caso, o menor não fazia a mínima questão.
O importante não era com quem ele estava aprendendo a atuar – era atuar bem no final, esse era o objetivo.
Mas quando Niall disse que Harry o encontraria no campo, ele pensou que fossem fazer algum tipo de atividade ou qualquer outra coisa do tipo – Louis não sabia direito o que faria, afinal, se ele soubesse, qual seria o ponto de fazer aulas, não é mesmo?
Por isso, já completamente irritado e impaciente. Louis observou o treino acabar e os jogadores dos Wolves começarem a se aproximar dos bancos. Styles, no entanto, não veio.
Todos os jogadores deixaram o campo, assim como os espectadores na arquibancada e, finalmente, restando apenas Louis e Harry, o maior percebeu a presença do de olhos azuis.
Xingando alto, Harry chutou o gramado enquanto observava o corpo pequeno de Louis encolhido no meio da arquibancada.
- O que veio fazer aqui, Tomlinson? – ele gritou.
Louis franziu o cenho, puto da vida. Além de o fazer esperar no frio, ele ainda esquece o motivo de tê-lo chamado lá?
- Como assim o que eu vim fazer aqui?! Vim atuar, porra! Você mesmo me chamou para cá!
- Chamei porra nenhuma!
Harry tirou o capacete de proteção e o apoiou na cintura enquanto andava para mais perto da arquibancada, os gritos irritados de Louis sendo ouvidos com mais clareza.
- Não se faça de desentendido, Styles!
Louis esbravejou. Ele estava se fazendo de sonso!
- Eu não vou mais te ajudar. – simplesmente dizendo isso, Styles limpou o suor de sua testa, mesmo naquele frio.
Louis Tomlinson estava possesso.
Levantando da arquibancada, o menor desceu os degraus com rapidez e fúria, quase tropeçando nos pés enquanto o fazia. Assim que parou de frente para Harry, olhou para cima devido às alturas e travou o maxilar.
- O que disse?
Styles esboçou um sorriso ladino provocador.
- Eu disse que não vou mais te ajudar.
- Não pode fazer isso. – Louis esbravejou, o azul de seus olhos soltando faíscas.
- Não só posso como já fiz. Agora vaza, preciso treinar. – Styles deu de costas enquanto arrumava os fios rebeldes do cabelo para colocar o capacete de volta.
- O treino já acabou. – Louis resmungou enquanto quebrava o quadril para o lado e repousava as mãos cruzadas em frente ao peitoral.
- O meu treino não.
- Mas—
- Eu digo quando o treino acaba. – dizendo rispidamente, Styles continuou de costas enquanto se afastava do menor cada vez mais.
Louis bufou, a raiva o consumindo.
- Você não é o capitão do time, Styles, abaixe a bola.
Virando subitamente, Harry fixou o olhar no corpo pequeno de Louis, o mutilando mil vezes mentalmente. Sorrindo vitorioso por arrancar a atenção do maior, Louis ergueu a sobrancelha.
- Sabe por que eu não sou o capitão do time? – era uma pergunta retórica, mas Louis sorriu provocador mesmo assim. – Porque o seu namoradinho estuprador de merda me ameaçou, de novo.
Louis sentiu sua espinha arrepiar com a menção daquele assunto. Desde que Styles contara sobre o ocorrido – o suposto estupro e tudo mais – ele evitara pensar no ex e na situação toda, não era algo que ele gostava de lembrar.
Ainda mais porque ele não acreditava em uma palavra que Styles dizia.
- Esquece esse assunto. – a voz de Louis saiu mais embargada. Ele odiava pensar no ex daquela maneira, era demais para aguentar. – O foco aqui são as aulas de atuação. Pare de mudar de assunto e me diga porque não vai me ajudar.
Styles bufou irritado. Se ele pudesse pegar a cabeça de Louis e arrasta-la pelo campo até que ele tenha engolido grama o suficiente para mantê-lo calado pelo resto da vida, ele faria – de fato estava até começando a cogitar a ideia.
- Sua ingenuidade é tão grande que beira a demência, Tomlinson. Você me cansa. – sibilando as palavras, Harry colocou o capacete, apenas os olhos verdes a mostra, o que era o suficiente para irritar Louis. – Eu não quero te ajudar porque não quero, porra. Não é minha obrigação.
- Mas e seu projeto de fotografia?
Styles riu, o capacete já fora da cabeça novamente, a raiva era tanta que o sufocava se mantivesse o equipamento.
- Não preciso da sua ajuda.
- Então por que pediu ela?
Louis agora conseguia ver que Styles travara o maxilar. Eles estavam a alguns passos de distância, o vento batendo contra seus corpos e suas vozes ecoando no campo vazio. Uma esfera pesada de tensão os rodeava.
- Escute, Tomlinson. – Styles respirou fundo, a raiva o consumia de uma forma que ele estava começando a se preocupar com o estado que suas mãos se encontrariam após socar Louis repetidamente na cara. – Eu não quero e não vou te ajudar com a merda da sua atuação. Se quiser um papel de destaque naquele musical estúpido, procure outra pessoa. Agora, me deixe treinar como a pessoa sensata que é, ou então...
- Então o quê?
Louis contra respondeu. Sua face estava vermelha de raiva, ele queimava em irritação e tudo que queria fazer era gritar na cara de Styles até que ele o ajudasse.
- O que vai fazer comigo, Styles? – insistiu, brincando com fogo.
- Não me provoca, Tomlinson. – a voz de Styles estava profundamente firme. – Depois não quero você choramingando por aí.
Louis sorriu ladino, provocador.
- Hm? Vai fazer o que, hein? Me bater? – Harry praticamente rosnou. – Talvez eu devesse deixar você treinar mesmo, quem sabe assim não consegue ser o capitão do time, né? Aí não vai precisar criar ameaças falsas apenas para encobrir o fato de que é um jogador de merda.
Em segundos, o corpo de Louis fora derrubado contra o gramado e pressionado firmemente para baixo pelo corpo de Styles, furiosamente violento. Com os olhos arregalados, Louis deixou transparecer surpresa e medo, os olhos verdes de Harry o mutilando intensamente enquanto suas enormes mãos apertavam sua cintura contra o chão.
- Vou repetir só mais uma vez. – parecia uma cobra sibilando, um arrepio tomando conta do corpo de Louis conforme Styles falava baixo e firme. Os rostos próximos. – Seu namoradinho estava se sentindo ameaçado, tanto no campo como fora dele, e como eu já havia estragado tudo entre vocês, ou melhor, ele tinha estragado tudo, ele me fez prometer que não tomaria o lugar de prestígio dele, o pódio, o título de capitão do time. Acha que o treinador não me chamou para ser capitão? – Harry riu desdenhoso, o rosto contorcido em puro ódio e rancor. – Eu fiz mais touchdowns no campeonato passado do que você tem de peguetes. Se não fosse por mim, os Wolves não seriam nada. – Louis manteve-se quieto, uma coisa que raramente acontecia. Seus olhos azuis ainda estavam arregalados e ele só sabia respirar. Naquele momento ele percebeu que a chance de Styles o arrebentar era real, não apenas parte de uma discussãozinha banal. – E mais uma vez, Louis Tomlinson estragou a minha vida.
Com um empurrão, Harry se levantou, o corpo de Louis sendo pressionado rudemente contra o chão. Após gemer de dor nos ombros, o menor ofegou ao ter o peso extra sobre si esvaído por completo e pôde observar Styles se distanciando lentamente, o número 28 balançando para lá e para cá no tecido da camiseta.
Louis nunca cogitou a ideia de testar Styles tanto a ponto de quase apanhar – mesmo que o maior coloque a possibilidade na mesa toda vez que discutiam – mas daquela vez, ele quase levara alguns socos.
Harry Styles não estava bem.
Ele nunca estava mas especialmente naquele dia – ele estava... mais. Mais irritado, mais bravo, mais puto da vida, mais agressivo, mais incoerente, mais egocêntrico, mais... chateado?
Louis apoiou o corpo nos cotovelos e suspirou ao sentir a dor diminuindo de intensidade. Styles havia parado de se afastar e de costas, respirava fundo. O menor apenas se levantou e com o resto de dignidade que lhe restava, caminhou para longe daquele campo.
Longe de Styles.
Em uma situação daquelas, Louis não seria idiota o suficiente em insistir na discussão, com Harry daquele jeito não havia outra alternativa além de ir embora. Ele não iria conseguir as aulas mesmo, de que adiantava permanecer ali?
Styles só valia a pena para Louis quando ele podia lhe prestar algum favor.
E esse não era mais o caso.
ei ei corre que tem mais um
vai vai
nos vemos lá
me amem