Quando Um Conde Se Apaixona

By amorpelaescrita7

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#1 em Ficção Histórica - 17/05/2018 A casa de York está a beira da falência. Com o passar do tempo se tornou... More

Prólogo
Epígrafe
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XII
XIII
XIV
XV
XVI
XVII
XVIII
XIX
XX
XXI
XXII
XXIII
XXIV
XXV
XXVI
XXVII
XXIV
XXIX
XXX
XXXI
XXXII
XXXIII
XXXIV
XXXV
XXXVI
XXXVII
Epílogo
Agradecimentos

XI

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By amorpelaescrita7

Tayla não conseguia dormir. Ela se virava, pegava o livro, analisava-o e podia sentir que Edmond havia borrifado perfume naquela obra, pois o livro estava incrívelmente cheiroso e novo. 

Ela não conhecia aquele livro, mas sim os escritores que nele continham, então olhou a marca de cola e pensou: Era feito sob medida, encomedado, especialmente para ela. Edmond, de súbito, resolveu ser gentil?

O dia amanheceu e ela finalmente conseguiu fechar seus olhos. No mesmo momento, sua mãe a acorda, aos gritos.

- Minha doce e querida filha! - a viscondessa estava em uma animação incomum e atípica. - Levante-se. Pedi para a cozinheira fazer uma deliciosa torta de nozes para você. Sei que é café da manhã e uma mãe consciente jamais deixaria tanto açúcar em uma única refeição. Mas preciso do seu bom humor para a visita da família de Edmond no café da tarde.

- Apenas se eu puder comer a torta inteira. Ela vai permanecer no meu quarto até eu terminá-la. - Tayla ordena, com os olhos fechados, ainda deitada.

- Eu pensei em oferecer um pedaço para nossos convidados... - Amélia pergunta, esperando uma resposta positiva da filha.

- Aproveite que nossa situação econômica está maravilhosa e compre os ingredientes para outra torta. Quero uma torta inteira e isso é indiscutível. - Tayla disse, aos risos.

- Qual motivo de tanta felicidade? Ainda não comeu a torta... - Amélia estranhava as atitudes de Tayla.

- Preciso de um motivo para estar feliz? - Tayla pergunta, enquanto dá pequenos socos no travesseiro para deixá-lo mais confortável. 

- O que é isso? - a viscondessa  Amélia pega o presente de Edmond em cima da cama, fazendo Tayla saltar.

- Não é nada. Apenas um livro que encontrei na nossa biblioteca. - Tayla mente pegando o livro de volta.

- Mentirosa! - Amélia diz rindo. - Esse livro cheira a novo! Foi um presente! Sabe que não pode mais ter admiradores em Watford. Agora que está noiva...

- Não me lembre da monótona vida de uma noiva da sociedade inglesa. Não pode ser cortejada, sempre obediente, pura... Se engana se pensa que vou seguir alguma regra maluca dessa.

- Conheço sua personalidade forte para saber que jamais poderia seguir qualquer regra. Pelo menos tente fingir que segue, sem escândalos, por favor.

- Não posso prometer isso. - Tayla diz, antes de se levantar e se dirigir até o espelho.

- O casamento é em alguns meses. - Amélia dispara e Tayla deixa seu pregador de cabelo cair.

- Essas coisas não duram anos para se concretizar? - Tayla diz, com desgosto.

- Por seu pai, você se casaria ainda hoje. Convenci-o de que era loucura. Quero que você tenha a liberdade de escolher seu vestido, o local e toda a cerimônia.

- O mínimo que poderiam fazer. - Tayla responde.

- Figlia, guarda me. - Amélia pede para a filha a olhar em seu italiano com sotaque inglês. - Mi dispiace. 

- Desculpar? Sei que por mais que tenha arranjado o casamento, não queria me forçar a casar. Fique tranquila mãe, não guardo mágoas. Só quero que saibam, você e meu pai... - Tayla fez uma pausa, olhando pela janela. - Que esse casamento é uma prisão e vai ter impactos profundos em minha vida. Agora, se me permite, devo me arrumar, nossos convidados chegam em poucos minutos. Vejo uma carruagem ao fundo.

- Mas já? Pensei que viriam para o chá da tarde. Não para o desjejum. - Amélia estava desesperada. - Tenho que descer e preparar tudo. Fique, se arrume e esteja impecável para recebê-lo.

- Receber Edmond? Tenha certeza que vou receber o conde da melhor maneira possível. - Tayla disse entre risos, já pensando em algo para aprontar. 

A família de Edmond tinha resolvido ir mais cedo e sem avisos pois o Conde Hughes visitaria o marquês para resolver as questões da terra que ele desejava comprar no Brasil e também contar para o amigo de seu noivado com Tayla. Ele sabia que Oscar tinha se interessado por Miss York e seria injusto com ele não lhe dar explicações.

A condessa Isabelle olhava a todo instante do caminho por eles percorrido, para o jardim da família York, que já foi mais atrativo. 

- Eles estão com dificuldades financeiras, Isla? - Isabelle pergunta para a cunhada.

- Não, de modo algum. O visconde Arthur é um homem que sabe administrar bem a riqueza. - Isla mentia, protegendo o amante.

Edmond deita no ombro da avó, pensando no furacão raivoso que irá encontrar quando chegar na casa de Tayla. Ele tinha tentado e se esforçado, mas ela tinha lhe negado o beijo na noite passada. Ele não sabia como venceria a vergonha e falaria com Miss York.

Ele se levanta. Como um bom conquistador, ele estava decidido. Beijaria ela de uma forma ou outra. Ele tinha o poder, o mistério e o magnetismo. O único problema era a mente fechada de Tayla, que não se permitia conhecê-lo.

Em seu quarto, Tayla mal começou a se arrumar. 

A carruagem de Edmond chega.

Ela vai a seu armário e procura o vestido que Edmond lhe deu. Cortar e rasgar o vestido? Que falta de originalidade. Ela precisava fazer algo que nunca havia feito. Algo que mostraria para todos, inclusive a família dele, quem ela era.

Ela decide não vestir nada.

Edmond, Olívia, Isabelle e Isla saem da carruagem e são apresentados na casa, tendo seus nomes anunciados assim que chegam a sala de visitas. 

A família toda de Tayla está lá, menos a moça.

Edmond cumprimenta as irmãs de Tayla e percebe o forte e singular traço italiano entre a viscondessa Amélia e suas filhas. Todas as mulheres da família eram de uma beleza incomparável.

Arthur irado, manda uma criada para ver o que aconteceu com Tayla. 

No quarto de Tayla, ela pede a criada para avisar que ela já desce.

Edmond estava impaciente.

Tayla se olha no espelho do quarto, solta os cabelos que estavam presos e seus longos castanhos aparecem novamente. Seus olhos verdes ficavam mais vivos quando ela acabava de acordar.

O conde Hughes pede para tomar um pouco de ar. Ele pensa a todo momento em como vai explicar para Oscar, ele não queria perder a amizade do amigo.

De camisola branca (totalmente inapropriado para uma moça com visitas) e cabelo solto, ela desce as escadas.

Edmond estava ao pé da escada. Ouvindo os passos, ele se vira.

O contato entre seus olhos é o primeiro. Ambos sentem um frio percorrer por todo o corpo. Ela não esperava ver ele tão de repente. Sem algo para falar, o coração de Miss York começa a bater rápido. Ela olha para o chão, enquanto Edmond ainda não conseguiu tirar os olhos dela, avaliando-a dos pés a cabeça.

Um degrau para o chão, ela chega onde ele está. Eles se encaram.

Edmond oferece sua mão para ela e começa a rir da loucura de sua noiva. 

- É tão inapropriado, não acha? - Tayla pergunta, rindo. Ainda assim, com apenas um toque entre suas mãos, Tayla sente um pequeno choque.

- Devo ser sincero. É mais bonita de camisola do que de vestidos suntuosos e arrumados.

- Então você gostou? - Tayla pergunta nervosa, o objetivo não era aquele. Não era admirar e sim chocar-se com a situação.

- Está brincando? Eu poderia facilmente me apaixonar por você assim. Preciso beijá-la o quanto antes Miss York, não sei por quanto tempo mais posso suportar ver você assim. Você me viu sem a camisa no clube de luta e eu a vi de camisola. Que casal de noivos mais rebeldes nós somos, não acha?

Tayla simplesmente se calou. Pensou em voltar para trocar-se mas logo abandonou esse pensamento. Ela queria deixar seu pai furioso, então seguiria o plano.

Ao chegar na porta da sala de visitas, o criado para antes de abrir a porta e analisa a vestimenta de Tayla, chocado.

Depois de um olhar sério de Edmond, o empregado volta a seu normal e abre a porta, anunciando-os.  

Amélia é a primeira a olhar para a filha. Ela dá um grito de pavor. Siena e Helena começam a rir baixo. Isabelle, a mãe de Edmond, ri da situação. Sua nova nora parece incrívelmente divertida e maluca. Olívia que conversava com Isla, ri também, adorando a situação. Isla chocada, assim como a mãe de Tayla aperta o braço de Arthur, esse é o último a olhar para filha, pois estava de costas.

- Onde vocês dois estavam? - Amélia pergunta, desconfiada e furiosa.

- Eu estava em meu quarto. - Tayla responde. - Edmond me encontrou na escada.

- Teve um incêndio em seu quarto que a impediu de se vestir? - Isla, a tia de Edmond, pergunta com sua voz irritante.

- Só se fosse provocado por mim mesma. A dama das chamas, não é assim que os jornais me chamam, querido noivo? - Tayla pergunta enquanto olha para Edmond que possui um sorriso de canto a canto. Ela segura seu braço.

- Como você se atreve, sua garota desprezível? - Arthur vai para cima de Tayla mas Edmond se põe na frente dela, protegendo-a, como que por um impulso.

- Devo lembrar visconde York, que por mais que ela seja sua filha, agora você fala com a futura condessa Hughes. - Edmond enfrenta o pai de Tayla que rapidamente se acalma.

"Quanto vale esse dinheiro que ele espera do casamento?" Tayla pensa. Para seu pai retroceder dessa maneira, esse casamento era tudo para ele. Será que era apenas o dinheiro dos Hughes que o interessava? 

- Vai ficar assim o dia inteiro? - Helena pergunta para a irmã, chegando-se para perto dela quando o conde tinha ido se sentar.

- Só enquanto irritar mamãe e papai. Sinto seu sangue de italiana pulsando. Já a divertida parisiense, minha sogra, parece se divertir comigo, ela é tão adorável.

- Me pergunto por que está aceitando isso com tanta naturalidade. Estava tentando se livrar desse casamento de qualquer jeito. - Siena diz.

- Eu vi que não há mais volta. Mesmo assim, não pensem que eu desisti. Ainda tento me livrar de tudo isso. Mas, aprendam: é aos poucos que se captura a presa, aos poucos acabarei com o plano ganancioso do papai. - ela se vira para o sofá onde Edmond se senta e ele chama para que ela se sente ao lado dele.

Esperto como sempre, ele percebeu que ela estava tentando provocar um escândalo. Sentar-se ao lado do noivo de camisola faria um estardalhaço nas mentes de seu pai e sua mãe. Sem pensar duas vezes, ela se senta ao lado de Edmond, enquanto ele aproveita o momento para chegar perto dela e sentir o cheiro de lavanda.

Isla fica horrorizada.

- Para um casal com tantos problemas, vocês parecem estar em sintonia perfeita. - Isabelle comenta.

- Finalmente, Tayla percebeu que não pode fugir dos meus encantos. - ele diz e recebe uma cotovelada de Tayla em seu peito.

- Desculpe querido, senti que tinha algo eu sua garganta, ai quis te ajudar para não engasgar. - Tayla disse enquanto observava Helena e Siena rirem. - Felizmente eu entrei na sua vida para garantir que tudo fique em ordem com a minha organização.

- De fato, Tayla é uma moça prendada e super organizada. - Amélia mente, tentando atribuir à filha qualidades que ela não tinha como principais.

-  Não posso gabar-me de conhecer mais de meia dúzia de moças realmente prendadas, como diria Mr. Darcy. - Edmond diz.

-Por acaso, o conde já leu Orgulho e Preconceito? - Amélia perguntou chocada, enquanto olhava para a filha, Tayla amava esse romance.

- Minha prima adora, ela já repetiu essas frases para mim tantas vezes. Como aquela declaração de Mr. Darcy, quando ele diz: "Os meus sentimentos não podem ser reprimidos e permita-me dizer-lhe que a admiro e a...

- Amo ardentemente. - Tayla completa, olhando nos olhos de Edmond, surpresa pois ela também conhecia esse trecho decorado. Os dois continuam a encarar-se até que Tayla, envergonhada, se levanta. - Devo ir para meu quarto e mudar essa vestimenta.

Um pouco desnorteada e ainda impactada por ouvir Edmond falando sua frase favorita, ela sobe as escadas e coloca seu vestido creme bordado com calda de musselina. Ela estava estranhamente intimidada pelo comportamento de Edmond. Precisava sair e tomar um pouco de ar, ou pelo menos ler um pouco para afastar alguns pensamentos que não deveriam nem surgir.

Escapando do clima casamenteiro da sala, Tayla foge para a biblioteca de sua casa e passa pouco mais de uma hora sentada em uma poltrona lendo novamente a frase da declaração de Mr. Darcy.

 Ela ouve alguns ruídos e se levanta da poltrona, caminhando para trás de uma estante onde encontra Edmond vasculhando o móvel.

- Encontrou? - Tayla pergunta fazendo-o derrubar um livro. 

- Acho que sim. - ele diz, entre risos pegando dois livros sobre viagens: Robinson Crusoé e As Viagens de Gulliver. 

- Gosta de viagens, conde Hughes? - Tayla pergunta e só então ele percebe que ela trocou de roupa.

- Sim, adoraria viajar para um lugar tão longe como estes personagens. A propósito, achava a camisola mais interessante. - ele disse rindo ao tentar equilibrar sua taça de vinho que pediu enquanto estava na sala de visitas, com os livros que agora segurava.

- Ficará entediado quando me ver todas as manhãs de camisola caminhando pela sua casa como um morto-vivo. - Tayla disse, se perdendo em pensamentos e pegando a taça de vinho da mão do conde, bebendo quase todo o conteúdo. - Como... nós...nós... precisamos mesmo nos casar? 

- Não queria desapontá-la, mas será necessário. Não queria estragar suas chances de encontrar o verdadeiro amor. - as palavras de Edmond tocaram o coração de Tayla.

- Ainda não me disse. - ela diz, olhando para o chão.

- Disse...? - o conde pergunta, curioso.

- O motivo desse casamento. - ela diz olhando para cima, procurando os olhos dele.

- Não direi, pois é um caso em minha família. - Ed responde ríspido. Ele não gostava de tocar nos assuntos da família dele.

- Em alguns meses eu serei sua família, Edmond. - Tayla fala, depois solta um longo suspiro.

- Não sei se posso... você sabe, confiar. 

- Confiar em um York foi praticado por muitos reis. Sempre fomos amigos próximos dos soberanos. Mesmo perdendo nossa credibilidade, pensei que já havia mostrado o suficiente para que entenda que não sou como as pessoas que carregaram meu sobrenome. - Tayla se mostrava chateada.

- Eu não queria insultá-la dessa maneira. Desculpe-me. 

- Eu tentei, sabe? Conhecer você. Abrir meu coração. Aquele presente, a citação de Jane Austen e as palavras gentis para comigo. Pensei por um momento que podíamos ser amigos. Você estava indo tão bem...

Ao terminar sua frase, ela vai na direção dele, grudando seus olhos nele a todo o instante. Tayla pega os livros de suas mãos, lê a capa e diz:

- Fique com eles, eu insisto. Já li ambos algumas vezes. Agora, estamos em empate. - ela dá os livros para ele novamente e a taça também deixando-o na biblioteca sozinho. 

Helena e Siena vão ao encontro da irmã. 

- Eles vão embora e disseram que voltam outro dia para arrumar as questões do casamento. - Siena diz, animada. - Eu vi como você olhou para Edmond na sala. Deve estar muito feliz.

- De fato, eu devia estar, mas pouco me importo com ele agora. Só quero chegar até a cozinha, comer minha torta de nozes e garantir que ela não seja saboreada pelos outros "especiais convidados" antes de irem embora.  - Tayla ironiza.

Ao chegar na cozinha, ela percebe que a torta já estava pronta. A cozinheira havia deixado um bilhete para a jovenzinha York.

"Querida Miss York, coma tudo e não deixe para ninguém. Apenas você merece essa torta que preparei com muito carinho. Não se intimide com sua mãe. Não fiz outra torta, então faça questão de afirmar que esta é unicamente sua."

Com um grande sorriso, ela pega uma colher no armário.

Em poucos minutos, ela come a torta inteira. Quando se vira, encontra Olívia.

- Condessa Hughes. Não sabia que estava me observando. - Tayla diz, envergonhada, com um pedaço de torta no queixo.

- Pelo que vejo, a sobremesa estava maravilhosa. - Olívia diz rindo. - E não guardou nem um pedaço sequer para mim.

- Posso fazer uma para senhora, se quiser. Não é correto uma moça da alta sociedade cozinhar, eu bem sei disso. Essas regras insuportáveis não me deixam viver minha vida. - Tayla confessa para Olívia.

- Quando morar na casa do meu neto, eu faço questão de saborear uma torta todos os dias, para pagar sua dívida. - ela diz rindo, fazendo Tayla rir também. - Custei para me adaptar as regras dessa era, assim como a senhorita. Não se preocupe, Isabelle e eu a admiramos e sabemos que você fara bem para meu neto. Agora, devo ir.

Deixando a mansão York, os Hughes entram na carruagem.

- Ela é uma garota preciosa. Sinto que estamos enganando uma inocente, fazendo-a casar com Edmond. O que ela pensará de nós depois que descobrir as complicações de saúde dele? - Isabelle pergunta com a consciência pesada.

Ninguém responde, eles não tinham nada de conclusivo para falar. Ambos apenas esperavam que a faísca de Tayla York não provocasse um incêndio. Uma vez irritada e enganada, Tayla faria um estrago. Assim como o fogo, ela destruiria tudo ao seu redor.





























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