O Diário da Minha Morte

נכתב על ידי ramqsa

147K 12.8K 5.8K

Se você achou esse diário, eu sinto muito, mas já é tarde demais. LEMBRETE: Esse livro contém gatilhos, não l... עוד

EU SINTO MUITO
DEZOITO DE OUTUBRO: EU E MEUS CORTES
PRIMEIRO DE NOVEMBRO: OI, AMBERLY
DOZE DE NOVEMBRO: PIADAS BOBAS
QUINZE DE NOVEMBRO: TALVEZ SEJA MELHOR EU IR
VINTE E UM DE NOVEMBRO: PRAZER EM TE CONHECER
VINTE E SEIS DE NOVEMBRO: VOCÊ ME QUEBROU
VINTE E OITO DE NOVEMBRO: OLÁ, CORTES
DOIS DE DEZEMBRO: NÃO VOLTE OUTRA VEZ
TREZE DE DEZEMBRO: VOCÊ ME MATOU
EXTRA: EU ENCONTREI

VINTE DE OUTUBRO: BEBIDAS E ÁLCOOL

14.4K 1.1K 535
נכתב על ידי ramqsa

   — Você precisa de uma festa boa para esquecer isso, Gus. — Amberly disse, estávamos deitados em minha cama, lado a lado.

Eu estava vestindo aquele moletom preto e surrado que servia apenas para cobrir cada corte mal cicatrizado porque eu sempre abria as mesmas feridas só para sentir a dor com mais intensidade. Eu sei, hoje eu sei que aquilo não era um meio de saída, mas eu gostava. Eu gostava de sentir a dor e eu gostava de ter um real motivo para chorar, me arranhar, me jogar na parede ou me sentir insuficiente, talvez, eu mesmo tenha me sabotado e eu mesmo seja o culpado disso tudo.

— Ah, okay! — eu reviro os olhos. — Até parece que vão me deixar entrar em uma boate para ficar bêbado e drogado, você pode ter dezoito anos, mas eu ainda tenho dezessete e tenho cara de quinze, ninguém vai acreditar nisso.

— É para isso que serve identidade falsa. — e então ela me dá um tapinha na testa. — Mas não vamos para uma boate, hoje é sexta-feira, vamos para uma das melhores festas que o pessoal do time de basquete consegue fazer.

Eu juro que relutei. Eu juro que me joguei contra a cama inúmeras vezes e disse que não queria sair de casa, mas ela me fez tomar um banho e vestir uma roupa que há muito tempo eu não visto, roupas brancas remetem a paz e eu estou queimando no inferno enquanto o diabo toma o seu melhor drinque e sorri para mim, apreciando aquele momento.

A festa era no apartamento minúsculo do Octavio, e quando digo minúsculo, é porque havia tantas pessoas que eu mal conseguia respirar direito. O cheiro do lugar era uma mistura de cigarro, maconha, bebida e suor, parecia uma intensa suruba mas na verdade as pessoas só estavam degustando do álcool batizado em seus copos vermelhos e azuis, fumando seus baseados, rindo e fazendo aquele maldito jogo da garrafa que acontece em todas as festas.

O meu desejo era abrir um buraco naquele chão repleto de pés e me enterrar, mas a Amberly me puxou para a multidão e fez questão de me apresentar para o Octavio e dizer que eu era o seu melhor amigo. Ele apertou a minha mão e me deu um copo de bebida, até me chamou de "cara" e logo em seguida deu um tapinha em minhas costas.

— Se divirta. — disse ela antes de sumir entre aqueles corpos, a música logo começa a fazer efeito, assim como a bebida que me leva a ficar com a visão turva vez ou outra enquanto eu tento me afastar e me encostar em uma das paredes de tintura vinho escuro.

E foi ali que eu fiquei por horas e horas enquanto aquele pessoal gritava palavras da música que naquele momento era Thunder de Imagine Dragons. Eu me perguntava o motivo disso, uma pessoa só pode se divertir à base de drogas de álcool?

Mas okay, tudo bem, eu vou chegar no que realmente aconteceu comigo naquele dia, o maldito erro que eu cometi naquela festa onde eu não deveria ter aceitado — e eu não aceitei — ir.

Durante um pequeno período de tempo eu percebi que eu não era a única pessoa encostada naquela parede repetindo copos e mais copos de bebida, tinha ali perto, pra ser exato, ele estava na minha frente, com seu baseado nos lábios e copo de bebida em mãos, ele parecia conhecer todo o pessoal, porque vez ou outra, chamavam ele para dançar mas ele insistia em ficar ali.

Vinte de Outubro, esse foi o dia que eu cometi o meu primeiro erro fatal.— Você precisa de uma festa boa para esquecer isso, Gus. — Amberly disse, estávamos deitados em minha cama, lado a lado.

Eu estava vestindo aquele moletom preto e surrado que servia apenas para cobrir cada corte mal cicatrizado porque eu sempre abria as mesmas feridas só para sentir a dor com mais intensidade. Eu sei, hoje eu sei que aquilo não era um meio de saída, mas eu gostava. Eu gostava de sentir a dor e eu gostava de ter um real motivo para chorar, me arranhar, me jogar na parede ou me sentir insuficiente, talvez, eu mesmo tenha me sabotado e eu mesmo seja o culpado disso tudo.

— Ah, okay! — eu reviro os olhos. — Até parece que vão me deixar entrar em uma boate para ficar bêbado e drogado, você pode ter dezoito anos, mas eu ainda tenho dezessete e tenho cara de quinze, ninguém vai acreditar nisso.

— É para isso que serve identidade falsa. — e então ela me da um tapinha na testa. — Mas não vamos para uma boate, hoje é sexta-feira, vamos para uma das melhores festas que o pessoal do time de basquete consegue fazer.

Eu juro que relutei. Eu juro que me joguei contra a cama inúmeras vezes e disse que não queria sair de casa, mas ela me fez tomar um banho e vestir uma roupa que há muito tempo eu não visto, roupas brancas remetem a paz e eu estou queimando no inferno enquanto o diabo toma o seu melhor drinque e sorri para mim, apreciando aquele momento.

A festa era no apartamento minúsculo do Octavio, e quando digo minúsculo, é porque havia tantas pessoas que eu mal conseguia respirar direito. O cheiro do lugar era uma mistura de cigarro, maconha, bebida e suor, parecia uma intensa suruba mas na verdade as pessoas só estavam degustando do álcool batizado em seus copos vermelhos e azuis, fumando seus baseados, rindo e fazendo aquele maldito jogo da garrafa que acontece em todas as festas.

O meu desejo era abrir um buraco naquele chão repleto de pés e me enterrar mas a Amberly me puxou para a multidão e fez questão de me apresentar para o Octavio e dizer que eu era o seu melhor amigo. Ele apertou a minha mão e me deu um copo de bebida, até me chamou de "cara" e logo em seguida deu um tapinha em minhas costas.

— Se divirta. — disse ela antes de sumir entre aqueles corpos, a música logo começa a fazer efeito, assim como a bebida que me leva a ficar com a visão turva vez ou outra enquanto eu tento me afastar e me encostar em uma das paredes de tintura vinho escuro.

E foi ali que eu fiquei por horas e horas enquanto aquele pessoal gritava palavras da música que naquele momento era Thunder de Imagine Dragons. Eu me perguntava o motivo disso, uma pessoa só pode se divertir à base de drogas de álcool?

Mas okay, tudo bem, eu vou chegar no que realmente aconteceu comigo naquele dia, o maldito erro que eu cometi naquela festa onde eu não deveria ter aceitado — e eu não aceitei — ir.

Durante um pequeno período de tempo eu percebi que eu não era a única pessoa encostada naquela parede repetindo copos e mais copos de bebida, tinha ali perto, pra ser exato, ele estava na minha frente, com seu baseado nos lábios e copo de bebida em mãos, ele parecia conhecer todo o pessoal, porque vez ou outra, chamavam ele para dançar mas ele insistia em ficar ali.

Vinte de Outubro, esse foi o dia que eu cometi o meu primeiro erro fatal. 

המשך קריאה

You'll Also Like

647 182 8
Textos escritos para a libertação de palavras que não poderiam rasgar minha garganta.
11.1K 858 40
Pesquisas minhas,dicas e opiniões sobre o autismo em formato de documentário
140K 13.7K 198
Ema, uma policial de uma pacata cidade, tem sua vida transformada ao se deparar com Sarah. A presença enigmática de Sarah não apenas surpreende Ema...
10.7K 1.5K 16
Ele me deixou. Jeon Jungkook me abandonou quando eu não passava de um adolescente assustado. Ele me abandonou em uma casa com um monstro. Agora, ele...