Desculpem se tiver erros, mas não tive tempo de corrigir... ESPERO QUE GOSTEM!!!
- Eu disse-te que tudo ia ficar bem, amor. – O Brad falou docemente do outro lado da linha.
- Sim, e tinhas razão. – Respondi, focando o meu olhar no chão branco da cozinha.
Andei a evitar falar com ele por tanto tempo que agora não tive por onde fugir. Era inevitável e eu sou tão estupida em tentar deixa-lo de lado.
- Como está ela, agora? – Ele perguntou.
- Está mais calma. – Suspirei de alívio. – Foi tomar um banho e a Ella está lá com ela.
- Ela deve precisar muito de vocês agora. – Ele concluiu.
- Precisa mesmo. Ela está devastada, ela ama-o e ele simplesmente não quer saber. – Disse um quanto enraivecida. – Ele é um egoísta, egocêntrico!
- Calma amor, ela é tua amiga mas não tens de tomar as suas dores. Tens só de a ajudar a ultrapassar isto.
Talvez ele esteja certo.
- Sim...
- Estava preocupado, não disseste nada. – A voz dele era cuidada.
Oh boa, como me escapo desta?
Não disse nada porque não sabia o que dizer. Não disse nada porque estava nos braços de outro homem. Não disse nada porque eu tenho noção que estou a sentir coisas novas e tenho medo que isso se interfira entre mim e ele. Não disse nada porque a minha cabeça está uma confusão. Mas nada disto eu posso dizer-lhe.
- Desculpa, o telemóvel estava a carregar no quarto e depois ela apareceu cá em casa, eu não liguei a mais nada. – Esta foi a pior desculpa de sempre.
- Eu entendo. – Falou calmamente.
Eu não mereço que ele seja tão compreensivo e muito menos que confie em todas as minhas palavras. Nunca pensei dizer isto, mas eu sou uma mentirosa.
Aquele gajo levou-me a ser uma pessoa que eu nunca pensei ser, o Louis trás ao de cima, uma Jess que não existia. Odeio-o por isso tudo e mais algumas coisas.
- Conseguiram fazer com que ela falasse? – Ele continuou.
- Sim. Ela esteve este tempo todo sozinha, numa pensão fora da cidade. – Comecei por esclarecer as coisas. – Ela precisava estar sozinha, foi uma grande desilusão.
- Sofrer por amor, é das piores dores. – A sua afirmação fez o meu coração bater fortemente.
- Pois. – Foi tudo o que consegui dizer.
A minha boca ficou seca, ficando fazia de palavras.
Pensei que quando a Perrie aparecesse, eu me iria sentir aliviada, mas não me sinto. Porque agora eu percebi, há algo mais, existe alguém que torna o fardo demasiado pesado sobre os meus ombros.
E enquanto eu formava esses pensamentos na minha cabeça, essa pessoa invadiu o meu espaço, olhando-me com aqueles seus olhos grandes e azuis.
Há algo nos olhos dele, sempre houve mas eu nunca soube explicar. O certo é que os olhos não respiram, mas quando os dele encontram os meus, eu perco a respiração. Eu sei que é ridícula esta minha conclusão mas os seus olhos parecem não ter fôlego.
E aqui estou eu, perdida nos olhos do Louis.
- Estás ai, amor? – O Brad perguntou do outro lado da linha.
- Sim, desculpa. – Apresei-me a responder. – Achas que podemos falar mais logo? Está aqui uma confusão...
Os olhos do Louis mostraram confusão mas logo ele soltou um riso sarcástico. Revirei os meus olhos a tamanha idiotice.
Idiota!
Eu não quero que ele ouça a minha conversa e muito menos consigo formar uma conversa clara com o Brad, tendo os olhos do Louis em mim.
- Tudo bem, linda. Olha, preparei algo para ti, sei que volto em dois dias mas não aguento a espera e vou-te enviar algo para veres, sim?
Ele volta em dois dias? Já?
- Algo? O quê? – Perguntei-lhe confusa, encarando os ténis azuis do Louis, que estava encostado à ilha da cozinha, à minha frente.
- Um vídeo. Quero que me digas se gostas, foi algo novo que eu escrevi. – Ele parecia entusiasmado.
- Está bem, Brad. Manda que eu vejo.
- Falamos mais logo então, meu amor. Amo-te.
- Também te amo. – Disse num suspiro, antes de desligar.
Encarei o Louis que tossia de uma maneira bem forçada, enquanto desviava o seu olhar do meu. Qual é o problema dele afinal?
Fiquei à espera de algo, de uma piada, de um gesto vindo dele... mas nada. Os seus braços estavam cruzados e ele olhava para o vazio.
- Que se passa? – Perguntei-lhe, vendo-o quieto demais.
É tão estranho vê-lo assim.
- Nada. – Ele deu de ombros. – Estavas a falar com o teu namoradinho? – Senti ironia na sua voz.
- Tu sabes que sim, estiveste a ouvir a conversa. – Ripostei, sem paciência para as coisas dele.
Não basta ele fazer o que faz comigo, ainda vem com estas atitudes para cima de mim.
- Não ouvi nada! – Ele exclamou.
- Claro, como queiras. – Respirei fundo, pegando num copo e enchendo-o com água.
Juro que eu estou constantemente a tentar ganhar paciência para este bichano, mas espero que ele saiba que ela não é ilimitada.
Depois de uns segundos a observar-me, ele finalmente falou.
- Mais calma? – O seu olhar era cuidado.
- Mais ou menos. – Encarei-o. – Ela ainda está muito afetada, tu viste como ela não conseguia parar de chorar enquanto nos contava tudo.
- Ela agora precisa dos amigos, principalmente das melhores amigas. – Eu assenti às suas palavras. – Estive a falar com o Dallas, acho que está na hora de irmos, o nosso trabalho está feito e vocês precisam de privacidade.
- Já vais embora? – Questionei-o, sem pensar.
E dei por mim a não querer que ele fosse para longe de mim. Ele pode ficar, ele é amigo da Pezz...
O seu olhar abriu-se, curioso, enquanto ele esboçava um sorriso de canto, com os seus lábios unidos.
- És amigo dela e ela gosta muito de ti, podes ajuda-la também. – Justifiquei a minha inquietação, usando a mais ridícula das desculpas.
E com isto, eu vejo que sou péssima a dar desculpas.
- É só isso? – Ele perguntou, sem perder o seu sorriso, e aproximando-se de mim.
- Claro! – Disse atrapalhada, presa no seu olhar azul-mar. – Que mais seria?
- Eu sei que o principal objetivo desta vida é ajudar os outros. – Ele falou, e eu fui sentindo a sua mão quente na minha bochecha. – Mas ela não precisa de mim agora.
- Mas eu não sei como a ajudar. – Sinto-me derrotada, porque a verdade é essa, eu não estou bem psicologicamente para ajudar alguém que está a sofrer de amor.
- Sabes sim, bonequinha. – Ele sorriu, unindo mais o seu corpo ao meu. – Tu és uma boa amiga, estiveste todo este tempo preocupada com ela.
- Existe muita coisa. – Sussurrei, sem nunca descolar o meu olhar do dele.
- Eu sei. – Ele sussurrou, mostrando um pequeno sorrido e logo os seus lábios uniram-se à minha testa enquanto os seus braços enrolavam-se nos meus ombros.
Os seus atos surpreenderam-me mas eu não o afastei, permiti que ele me abraçasse, descansando a minha cabeça no seu peito.
Eu sei que não a posso ajudar, mas pelo menos não a irei magoar e isso é o que realmente importa. Posso faze-la sentir bem, mesmo sem saber o que fazer, talvez como agora o Louis está a fazer comigo, com este abraço.
- Voltas? – Perguntei baixinho.
Ele tentou afasta-me, para me poder encarar, mas eu sentia-me demasiado envergonhada para deixa-lo ver-me. As minhas mãos agarraram a sua cintura, puxando-o para mim.
Ele soltou uma gargalhada, fazendo-me sentir o seu peito a subir e descer, e o seu coração começou a bater fortemente contra a minha bochecha.
- Sabes que basta me chamares e eu estarei aqui. – Ele falou calmamente, eu sorri com as suas palavras.
- Está bem. – Respondi, sentindo um beijo sendo depositado no topo da minha cabeça.
O seu perfume é como que uma purificação do ar, acalmando todos os meus músculos. Por uns minutos o silêncio reinou, porque eu só queria permanecer no calor dos seus braços.
O que se anda a passar comigo?
- Não me quero afastar de ti, se é isso que pensas. – Ele quebrou o nosso silêncio.
E é isso que realmente se anda a passar na minha cabeça. Antes a Perrie estava desaparecida e ele estava cá por essa razão, agora o nosso elo de ligação apareceu e eu acho que quero que o Louis continue aqui.
Isto é tão errado, é tão estupido, é tão incompreensível, é tão mau!
Eu sou uma má pessoa.
Eu deveria dizer-lhe que precisamos de falar sobre tudo, eu deveria de dizer-lhe que estamos a ir longe de mais. Ele deveria saber que se continuarmos deste mesmo modo que algo irá acontecer, algo que irá magoar pessoas que amamos.
Eu tenho plena noção disso.
Afastei o meu rosto do seu peito, elevando o meu olhar até ao dele. A sua mão começou a fazer leves carinhos entre a minha bochecha e a mancha da minha franja, enquanto a outra segurava a minha cintura contra o sue corpo.
Respirei fundo, movendo as minhas mãos para o seu peito, olhando para as minhas unhas pintadas de bordô. Estou nervosa.
Movi a minha boca tentando falar mas eu sabia que ele me observava e isso fazia-me perder toda a coragem de transpor os meus pensamentos em palavras.
Não sei se deva falar, não sei se é certo ele saber que eu sinto algo, que eu estou confusa em relação ao meu relacionamento e ele é o culpado disso.
Conhecemo-nos de uma maneira péssima, passamos por coisas horríveis, constrangedoras, irritantes... e depois de tudo, depois de tanta discussão, as coisas mudaram. Nunca pensei que tudo aquilo nos levasse a isto, a dúvidas e angustias.
Queria-o longe de mim e ao tentar afasta-lo, deixei que ele se aproximasse cada vez mais e agora o seu toque é como que um vicio para mim, tal como o seu perfume. Estou toxicamente afetada por ele. Olhem só tamanha parvoíce!
- Sabes que tu podes-me dizer qualquer coisa, não sabes? – Ele meteu fim aos meus pensamentos, fazendo-me encara-lo confusa.
Como é que ele sabe que eu tenho algo a dizer-lhe? Como é que parece que ele sabe sempre o que me vagueia pela cabeça?
Voltei a mover a minha boca mas não consegui dizer nada.
- Porquê que quando é para disparatar ou ripostar, tu falas sem hesitar mas quando se trata de algo mais intimo, tu calas-te? – Ele continuou, focando o seu olhar no meu. – Tens a cabeça a fervelhar, como eu? Às vezes precisamos de dizer as coisas que temos medo de dizer.
Suspirei, movendo novamente o meu olhar para as minhas mãos, que continuavam sobre o seu peito quente.
- E se elas forem um problema? – Finalmente falei, porém num tom baixo. – Isso tornará os nossos pensamentos em algo concreto, é dar-lhes vida.
Espero não ter que falar mais nada, espero que agora ele também me entenda.
- Eles já são vida em ti, dentro de ti. Se deitares cá para fora, talvez o possamos dividir e custará muito menos, Jess. – A sua voz era calma e ele quase que parecia outra pessoa.
A sua mão agarrou o meu queixo para que eu o encarasse, e no seus olhos vi um porto seguro. Ele parecia mais adulto do que alguma vez eu o vi, ele parecia um homem, um homem que segura o mundo de uma mulher.
Eu não sou mulher para ele, tal como ele é um homem incompatível para mim.
- Para, Louis. – Pedi, tentando que ele largasse o meu rosto.
- Não. Fala comigo, bonequinha. – Ele pediu, implorando com o seu olhar.
- Eu não tenho nada a dizer. – Desviei o meu olhar do dele.
Eu não posso dar assas a tudo o que vai na minha mente, a tudo o que acontece quando ele está por perto. Porque nada disto pode ser real, isto é só um problema e eu estou cansada de os ter na minha vida.
- Tu até podes tentar fechar os olhos para fingires que não vês, podes até tentar evitar pensar em nós, mas o que tem de acontecer, vai acontecer. – Ele prendeu o meu rosto por entre as suas duas grandes mãos, falando com certezas. – Podes fechar os olhos mas nunca irás conseguir fechar o coração para as coisas que não queres sentir.
Respirei fundo, tentando não ligar ao que ele dizia mas ele tinha razão, embora eu não lha queira dar.
A culpa disto tudo é minha, eu não deveria ter deixado ele entrar na minha vida, eu sempre soube que ele iria bagunçar tudo à minha volta.
- Queres aprender algo novo, bonequinha? – Encarei-o, confusa. – Ele parece ter vida própria, não mandamos no nosso coração, ele age sozinho.
- Há coisas que pensamos ser reais, mas não o são. – Tentei-me proteger das suas palavras. A minha mente não pode reter nada do que ele disse, senão eu sei que vou ceder, eu quero tanto ceder! Mas não posso!
A mente comanda-nos. E eu estou a tentar comandar a minha mente.
O quão estupida sou?
Ele ia ripostar mas o meu telemóvel tocou e eu achei a deixa perfeita para acabar com a nossa conversa.
- Desculpa, é o Brad. Ele quer que eu veja algo. – Afastei-me dele, pegando no meu telemóvel e abrindo o vídeo que o meu namorado me tivera enviado.
Meu namorado, o Brad! Lembra-te disso Jess, este bichano não te é nada! Viveste muito bem, até agora, sem ele na tua vida e podes continuar assim.
Uma música começou a soar, vendo o Brad a cantar, a solo, sentado com o seu violão. Não precisei de muito para perceber que a música era sobre mim, sobre nós, sobre o nosso relacionamento e o nosso amor.
Amor... palavra forte.
"Of course I get lonely, I guess I ain't old me
I'm sick and I'm tired of getting used up and tossed in the side
I hate this hotel room, four walls that stop me from getting to you
I'm hoping that someday we can run away-way from it all
But I promise I'll be back soon
And a voice through a phone ain't the same, it's true
Give me time and I'll give you
Every drop of mine
[Chorus:]
Keep the car running and keep those sheets warm
Cause baby there is nothing that I want more
Than to hold you right beside me the way I always do
But I gotta tell you something,
I miss you more then you'll ever know and I'm coming home
It's been 6 weeks
But how could I ever forget your face?
I find it so cute when you think
There's ever been anyone but you
I know I said I promise I'll be back soon
Just a couple more days we can get through
But give me time and I'll give you
Every drop of mine
[Chorus:]
Keep the car running and keep those sheets warm
Cause baby there is nothing that I want more
Than to hold you right beside me the way I always do
But I gotta tell you something,
I miss you more then you'll ever know and I'm coming home
I'm coming home, I'm coming home
I'm coming home
Oh tomorrow feels like a lifetime away
So why don't you stay right here?
Cause my arms were made for you to lie
Lie in, skin to my skin
[Chorus:]
Keep the car running and keep those sheets warm
Cause baby there is nothing that I want more
To hold you right beside me the way I always do
But I gotta tell you something, I miss you more then you'll ever know,
Keep the car running and keep those sheets warm
Cause baby there's nothing that I want more
Then to hold you right beside me the way I always do
But I gotta tell you something,
I miss you more then you'll ever know and I'm coming home"
Enquanto ele cantava pequenas lagrimas foram caindo sobre o meu rosto, dificultando a minha respiração. Os olhos do Louis postos em mim, davam a entender que ele percebia que eu estava na corda bamba e que isto era uma demostração de amor do Brad para mim.
Já eu, não sabia o que pensar, cada vez me sentia pior, porque ele sente tudo isto e eu não sei o que sinto. Sinto-me desarmada, sinto-me perdida, tão perdida como nunca estive antes.
Não entendo como sempre soube o que fazer em relação à minha vida e do nada eu não tenho certezas de mais nada. Nem da minha relação, se é aquilo que eu quero.
Quando a música acabou eu quase que fiquei sem chão. Inconscientemente, dei um passo em frente, agarrando o Louis como tenho feito nos últimos dias. Ele tem sido o meu porto seguro, aquela pessoa que me segura quando eu mais preciso mas desta vez foi diferente.
Eu queria um pouco de conforto e ele simplesmente me afastou.
Encarei-o surpreendida, totalmente confusa pela sua rejeição.
- Desculpa, mas eu não consigo fazer isto. – Ele disse engolindo em seco, com um rosto pesado. – É demais para mim, já deverias de saber isso. – Dito essas palavras, ele virou costas saindo da cozinha.
Fiquei totalmente desorientada, imóvel, a vê-lo pegar nas suas coisas, que estavam ao lado do sofá onde o Dallas estava sentado, e a sair porta fora.
- Louis! – Chamei por ele, caminhando até à porta, mas de nada adiantou.
O meu choro desapareceu com a minha perplexidade, estava completamente desnorteada com tudo o que acabou de acontecer. O meu olhar ainda estava focado naquela porta de entrada chegada.
Porquê que ele reagiu assim?
- Está tudo bem? – A voz do Dallas fez-me virar o meu corpo na sua direção.
- Eu... eu não sei. – Encarei-o, confusa. – Não entendo o porquê de ele sair assim.
Na verdade eu estava sem reação. Eu não sabia o que pensar ou fazer.
- É normal, eu vi tudo. – Ele levantou-se do sofá, caminhando na minha direção.
- Viste? – Questionei-o, surpresa.
- Quando sai do quarto, tu e ele já estavam agarrados na cozinha. Sentei-me aqui, simplesmente, na sala, mas não tenho culpa que a cozinha seja já aqui ao lado e se ouça tudo.
- Oh meu deus! – Levei as mãos à minha cabeça caminhando até ao sofá, sentando-me.
As minhas pernas parecem não ter força, eu sinto-me a desmoronar. Não entendo tudo isto o que estou a sentir, nunca passei por isto antes.
- Escusado será dizer que as coisas estão a ir longe demais, não é? – Ele voltou a caminhar até mim, ajoelhando-se à minha frente. – Ele tem sentimentos por ti, não deve ser fácil ele ver-te dividida, não lhe podes pedir para ele te reconfortar quando o assunto é o teu namorado. É demais, Jess.
Eu fiquei a observar aquele rapaz que, apesar de ser tão novo, parece saber mais sobre as pessoas do que eu. Ele sabe sempre o que dizer, ele sabe sempre como justificar as várias emoções das pessoas e eu confio nele, a verdade é essa, eu confio cegamente nele. Não sei como, nem quando começou, mas eu confio nele e acho que, se não consegui falar com o Louis, vou ter de falar com o Dallas.
Ele não menos não me irá julgar.
- Achas que foi isso? – Ele assentiu. – Estou tão confusa, meu deus!
- Eu sei. – A sua mão caiu sobre a minha, agarrando-a gentilmente. – Aconteça o que acontecer, a mudança é inevitável.
As suas palavras instalaram-se na minha mente, mostrando-me a sua verdade. E a verdade é que eu tento, tento exaustivamente me afastar dele mas ele está sempre por perto. Eu tento amar o Brad, mas já não sei que amor é esse.
- Uma pessoa pode amor outra, e não dando conta, gosta tanto dela que a começa a odiar? – Questionei-o.
Obviamente, eu não falava do Brad. E certamente eu não sei se amo o Louis, mas algo está a crescer em mim.
Eu odeio aquele bichano mas dou por mim a gostar dele, dos seus pequenos detalhes e são eles que se tornam em grandes coisas.
- Acho que uma vez que começas a amar alguém, é difícil de parar. – Ele respondeu, mostrando compaixão no seu olhar.
- Merda! – Elevei a minha voz, não gostando do que acabei de ouvir.
- É isso que acontece com o Tomlinson? – Ele perguntou pausadamente, como se tivesse medo da minha reação.
- Eu não sei. – Fui sincera. – Depois destes dias, eu não sei muita coisa.
- Eu não sei muito também, sou novo nisto do amor. – Ele riu, tentando aliviar o ambiente. – Mas pelos vistos, tu também não sabes muito sobre isso, talvez nunca amaste realmente.
- Eu amo o Brad. – Encarei o seu olhar castanho.
- Talvez hajam vários tipos de amor. É como um autoconhecimento, vais amando até o tal chegar. Talvez seja isso. – Ele deu de ombros.
Eu sei que ele está a tentar ajudar mas não me está a reconfortar. Talvez porque está a dizer o que eu preciso de ouvir, apesar de ser duro.
- E se eu estiver a confundir tudo? – Questionei-o.
Preciso que ele me ajude a entender isto que se passa comigo.
- Estás-me assumir qualquer coisa?
- Talvez. – Hesitei.
- Talvez devesses tirar um tempo para ti, sem o Brad. Conversar com ele.
Ele está mesmo a propor que eu acabe com o Brad? Meu deus, onde este assunto já via, como deixei que o Louis fizesse isto comigo?
- Não quero magoar ninguém. – Baixei a minha cabeça, totalmente devastada.
- Eu entendo, mas se tens sentimentos por outra pessoa, deves medir o quão catastrófico isso se pode tornar. – A sua mão agarrou a minha face, acariciando-a.
- Não sei que fazer. Ele agora vai-se afastar de mim. – Voltei a encara-lo.
Estamos a falar do Brad e eu só penso na possibilidade de o Louis se afastar de mim. Onde ando eu com a cabeça? isso seria a melhor coisa que poderia acontecer... ou não?
- O Louis? – Ele questionou-me, confuso, e eu assenti com um suspiro – Tens de pensar se é isso que queres, Jess. Não tens de deixar isto ficar assim, mas eu imagino que não seja fácil para ele também.
- O que faço, Dallas? – Preciso mesmo de ajuda.
- Às vezes tudo o que podemos fazer é deixar as coisas acontecerem, e o que for, que seja o que tiver de ser.
Eu permaneci imóvel, pensando nas suas palavras.
Tanta coisa aconteceu, tudo tem-se movido bem diante dos meus olhos e eu tenho deixado a vida trabalhar por si. Agora, vejo as proporções do caos que ela trouxe aos meus dias.
Deparando-me de que tenho uma guerra a acontecer dentro da minha cabeça, e ela está a instalar-se no meu interior, desorientando tudo.
O QUE ACHARAM DO CAPITULO?? O que acharam da conversa da conversa de Jouis e de como ela despachou o namorado? O que acharam da música do Brad? E da maneira como o Louis reagiu? O que acham desta confusão que em que a Jess se tornou? Será que a conversa com o Dallas ajudou?
Quero opiniões, muitas opiniões! O QUE ACHAM QUE A JESS DEVERIA FAZER?
Uma vez mais, peço desculpas pela demora. Espero que tenham gostado e que estejam todas bem! A minha vida tem sido um caos, a universidade rouba-me tanto tempo, acredito que anda tudo cheio de trabalhos e testes também. Boa sorte para todas!!
Não se esqueçam de deixar muitos comentários meninas e de votar também!!
Não posso deixar de agradecer, todo o vosso carinho e todas as mensagens, vocês são mesmo fantásticas!!! Todas têm um lugarzinho especial no meu coração.
Jeijinhos**