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Quem aqui gosta de mudanças? Eu ainda estou aprender a lidar com isso... Mas bem, hoje é isso que vos trago. Este capitulo fala de mudança, de vários tipos de mudança... espero que gostem e espero também que COMENTEM MUITO!! Obrigada por tudo, meninas.



Olho novamente para o meu telemóvel e nenhuma notificação.

Sinto-me mal por não falar com o James. Há dois dias que ele não me diz nada e eu sou orgulhosa demais para dar o primeiro passo.

Eu sei que não estive bem, toquei no seu ponto franco para o magoar, porque estava irritada com as acusações dele. Sei que nada justifica e isso faz a minha consciência pesar toneladas, mas ele não esteve melhor do que eu.

Ele conhece-me desde sempre e em vez de tentar falar comigo e esclarecer o que quer que ele acha que viu, não! Ele acusou-me, como se eu andasse a trair o Brad.

Eu nunca seria capaz de fazer isso por duas razoes: Primeiro, eu amo o Brad e estou com ele porque quero, não tenho a porra de uma arma apontada à minha cabeça. E segundo, trair o Brad iria contra as coisas em que eu acredito.

Traição, é só a coisa que eu mais condeno no ser humano. Muitos erros somos capazes de fazer, mas trair é destruir tudo.

Eu acredito na confiança, e a partir do momento em que ela é afetada, eu não volto a ser a mesma. Seja no amor como na amizade. Traição é traição, não importa de quem venha.

Eu tenho valores e eu nunca iria trair o Brad, muito menos com uma pessoa como o Louis.

Olhei em frente e vi o Dallas focado no seu computador.

Este é outro ser a quem parece que lhe fizeram uma lavagem cerebral.

Normalmente, o Dallas chega tarde, anda sempre com piadas e é dono da boa disposição, mas tanto ontem como hoje, ele anda muito cabisbaixo. A sua luz anda apagada e eu não entendo o que se passa.

Queria-lhe perguntar, confesso que estou preocupada com ele, mas também não sou daquele tipo de pessoa que se mete na vida dos outros.

No domingo liguei-lhe para saber porque ele desapareceu. Ele disse que se tinha sentido mal disposto e não quis atrapalhar, então veio embora. Ontem, aqui na radio, pouca conversa quis comigo e hoje igual.

O trabalho dele aparece feito e mais rápido do que é normal mas este seu foco tão repentino no trabalho, tem água no bico.

Algo se passa com ele.

- Jess? – A sua voz soou baixa e eu elevei o meu olhar até ao dele.

- Sim?

- Posso-te fazer uma pergunta? Algo pessoal. – Ele estava estranho.

Eu assenti com a minha cabeça e fechei a tampa do meu portátil para lhe dar toda a minha tenção. Acho que ele quer, finalmente, falar.

- Bem... como sabemos quando estamos apaixonados? – Ele perguntou, meio sem jeito.

Notava o seu nervosismo porque os seus dedos estavam em constante luta sobre a mesa, e o seu olhar estava cabisbaixo. Ele nem me conseguia encarar.

Mas então, eu percebi que ele esperava uma resposta minha e eu, uma rapariga longe de ser perita em romances, não sei como me vou desenrascar desta.

- Bem... eu não sei bem. Só sabemos. – Respondi um pouco encavacada e ele encarou-me confuso.

- Mas tu tens namorado. – Notava admiração na sua voz.

Do Avesso 1Where stories live. Discover now