Agente Morgan 3

By ThaQuake

141K 12.9K 1.9K

Encarar uma traição nunca é fácil... ainda mais quando foi ela que te levou a ser uma ameaça mundial. Natasha... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Nota
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Despedidas
Agente Morgan 4

Capítulo 7

2.6K 254 35
By ThaQuake

São duas horas da manhã, e ainda estou acordada organizando as pistas e suspeitos que temos na parede. Estou formando um mural, onde posso associar os acontecimentos com as pessoas que estiveram lá naquele dia. No total, são oito: Jack, Anne, Simon, Diogo, Katye, Sara, Mariana e Alfie.
Sim, retirei os nomes de Alexia e Diana porque, em primeiro lugar, Alexia é minha mãe, e em segundo, porque Diana confiou em mim, então preciso fazer o mesmo.
Noah e ela dormem desde que a impressora imprimiu a primeira leva de papéis. Ambos no sofá, babando um em cima do outro, mas não era aquela cena bonita dos filmes, Diana estava com a boca aberta, babando no braço de Noah, que servia como travesseiro para ela. Eles estavam tão próximos que Noah chegava a cheira o sovaco dela.
Faço uma careta, constatando o quão nojento tudo aquilo era, e volto ao meu "quadro de suspeitos". A verdade é que não sabia quase nada sobre nenhum deles... bom, sei o que cada um gosta, e seus costumes, mas não sei sobre o passado e, é como dizem: " o passado nos molda". Então essa é uma parte essencial da investigação.
Pego uma almofada e lanço sobre o casalzinho feliz na sala, o primeiro a acordar foi Noah, que saltou para o lado, assustando Diana, e fazendo-a cair sobre o carpete do chão.

-Mais que p...

-Olha a língua! -intervenho.

- Por que fez isso, Natasha? -indaga Diana, aparentemente brava.

-São duas horas da manhã! - reclama Noah, apontando para o relógio da parede.

-Sei disso, mas você! -aponto Diana. -Precisa ir, se sair daqui amanhã e alguém ver, será suspeito.

-Bom... tecnicamente o "amanhã", é hoje. - murmura.

-Ainda é muito cedo! -diz Noah.

-Deixa de reclamação, ainda nem dormi, e estão me vendo reclamar?

-A questão é: nós não somos procurados pela polícia, e queremos apenas dormir como cidadãos normais! -protesta.

Reviro os olhos.

-Levanta logo daí! Ah, a propósito, acabou o sorvete...

-Você acabou com o meu sorvete?

-Preciso de mais energia do que você, "senhor sedentário". Ficar o dia todo na frente do computador não é saudável! -debocho.

-Esse é o meu trabalho.

-Por isso mesmo, você não faz exercícios e, em alguns anos, estaria com sobrepeso! Veja pelo lado bom: te fiz um favor.

Ele olhou para Diana, esperando que ela dissese algo, mas voltou a me fitar assim que ela deu de ombros, sem se importar.

-Você vai repor tudo isso, não é?

-Garanto que, assim que tudo isso acabar, faço a sua compra do mês durante três meses.

-Natasha, você come o suficiente para um ano!

-Levanta logo daí Noah, preciso de ajuda com as investigações, e você é melhor com computadores.

-E eu... Vou indo... - fala Diana, ainda sonolenta. -Antes de tomarem qualquer decisão maluca, me liguem.

-Ok Capitã.

-Sem gracinhas Natasha, acabei de acordar, e nunca acordo de bom humor.

Diana recolhe suas coisas, ajeita o cabelo bagunçado e bate a porta assim que sai. Noah ainda estava deitado no sofá, na mesma posição de antes, meio aéreo nos pensamentos.

-É pra hoje? - cruzo os braços.

Ele bufa, vira, e lentamente levanta do sofá, cambaleando até o computador sobre a mesa da sala.

-O que precisa?

-Quero que investigue o passado de cada um desse mural.

-Isso é mesmo necessário?

-É essencial.

Ele olha para o mural, procurando o primeiro nome para começar.

-Onde está o nome de Diana?

-Tirei.

-Acho que você deve considerar todas as possibilidades... sei que Diana está ajudando, mas acho que ela concordaria com a minha opinião.

Olho para a parede, indecisa. Diana realmente concordaria?

-Natasha, não estamos falando somente da sua inocência, a pessoa que te incriminou pode estar solta, e ele pode ser perigoso.

-Tem razão... - digo, colando a foto de Diana ao lado de Sara.

-Noah, sabe onde é o apartamento onde encontraram as bombas C4?

-Não... Mas posso ver nos registros, imagino que ele ainda não esteja habitado. - ele tecla com rapidez, passando os olhos pela tela. - Aqui diz que o "seu" apartamento pertence à imobiliária Volboot, e que no momento, não esta sendo alugada.

-Quem é o dono ?

-Na verdade não existe um dono, a imobiliária é uma subsidiária da empresa de construção Pochelli.

-Espera, você disse o que?

-Empresa Pochelli? O que tem ela?

-Pochelli é o sobrenome da Sara.

Noah para de teclar, e me encara, procurando saber o próximo passo. Ele não parecia tão surpreso quanto eu.

-Sabe o nome do pai dela? - Indaga.

-Acho que era Alex... não lembro...

-Deixa que eu pesquiso. - diz, voltando a digitar. - O nome dele é Alexandro Pochelli, casado com Marta Pochelli e tem dois filhos. Mas no momento, a empresa é gerenciada pelos filhos.

-A quanto tempo?

-Opa... á dois anos...

-Conheci o irmão dela á alguns anos, o nome dele é Josh, parece um cara legal, não acredito que tenha feito algo assim.

-Seus amigos também pareciam legais, mas olha só que consciência, estão todos te caçando! - diz sarcástico.

Reviro os olhos.

-Consegue o endereço do apartamento?

-Essa pergunta me ofende, é claro que consigo! -fala, sem pausar o que fazia.

-Vou investigar, talvez consiga alguma coisa...

-Depois de dois anos, acho meio difícil você encontrar alguma coisa.

-Não custa dar uma olhada.

-É perigoso ficar saindo por aí sozinha, se quiser, vou com você.

-Agradeço a ajuda, mas sei me cuidar sozinha, e você! Vai ficar aqui investigando o passado de todo mundo desse mural. Além disso, você não é um agente de campo.

-Tive treinamento militar.

-É mesmo? - questiono franzindo a testa.

-Bem... fui apenas nas primeiras aulas... mas sei me defender!

-Não a nível de um agente da OSCU.

Ele da de ombros.

-São detalhes.

-Detalhes que podem te matar. Conseguiu o endereço?

-Sim, e acabei de enviar ao seu celular.

-Ele é roubado, como sabe o número?

-Um mágico nunca revela seus truques!

Reviro os olhos e caminho até a porta.

-Tchau, Mago!

-É mágico! - grita, antes de fechar a porta.

Coloco o capuz sobre a cabeça, e escondo o cabelo atrás da orelha, caminhando lentamente com as mãos no bolso. O apartamento ficava do outro lado da cidade, e levando em conta que a qualquer momento poderia chover, precisava roubar um carro.
Ando mais algumas quadras antes de escolher um modelo antigo para afanar. Olho ao redor, verificando se alguém se aproximava, e quebro a antena do carro, a introduzindo entre a lataria e o vidro para alcançar a tranca. Esse truque é velho, mas sempre funciona.
Entro no automóvel, faço ligação direta e retiro o celular do bolso, colocando sobre o painel, ao lado do ponteiro de gasolina. Segundo as coordenadas, seria um longo percurso até o destino final. Acelero o carro pelas ruas, e vistorio o interior, buscando alguma coisa para comer. O porta-luvas estava vazio, mas debaixo do banco, encontrei um pacote aberto de bolacha. Por mais que estivesse com fome, não sou louca o suficiente para comer isso.
Ligo o rádio e faço uma careta, confesso que não conhecia quase nenhuma das músicas que tocavam. Acho que fiquei meio desatualizada.
Paro uma quadra antes de chegar ao apartamento e a partir dali, decido ir caminhando.
Olho ao redor, buscando o número 504, que segundo Noah, é o número do prédio. Não tive muita dificuldade em encontra-lo, já que uma movimentação estranha dentro de um dos carros me chamou a atenção. Eram agentes da OSCU?
Continuo andando, olhando discretamente para o vidro do veículo, tentando identificar alguém no interior. É um homem e uma mulher, muitos pensariam que é um simples casal, mas sei que isso não é verdade. Ambos fingiam conversar, e por mais que a boca confirmasse o que faziam, seus olhos discretamente observavam a portaria do prédio.
Olho para a padaria em frente ao local, e me deparo uma câmera, muito bem escondida atrás toldo laranja. Adentro o comércio, que devido ao tempo chuvoso, estava vazio, exceto por uma senhora no canto do lugar, e da recepcionista atrás do balcão.
Retiro o capuz da cabeça, e me aproximo da mulher, com ar de superioridade.

-FBI. - digo séria. -Pode me chamar de Agente especial Handrick. Preciso das filmagens da sua câmera de segurança.

-Aconteceu alguma coisa?

-Acreditamos que um assassino anda rondando o bairro, por isso estamos verificando todas as câmeras para encontrar um fator comum entre elas.

Ela caminha até o canto do balcão, e volta com um tablet nas mãos.

-Aqui está, precisa de mais alguma coisa?

-Esvazie o local, senhorita...?

-Peterson, Amanda Peterson.

Sorrio com a animação da jovem em supostamente ajudar alguém importante do FBI e inicio minha busca pelas câmeras. Como suspeitava, ela grava exatamente a entrada da padaria, e metade da portaria do apartamento em frente. Mas as imagens eram apenas da semana passada.
Olho para a mulher ao meu lado, que me encarava curiosa.

-Posso ver seu distintivo? - indaga.

Droga, sabia que não demoraria até ela desconfiar...

Retiro a arma da cintura, e ergo o cano na altura do seu peito.

-Por que vocês sempre fazem perguntas?

Ela ameaça gritar, mas tampo sua boca as mãos a tempo de impedir que isso aconteça. Olho para outro lado da rua, e vejo se os dois agentes não olhavam na nossa direção.

-Sabe qual é o meu nome? Natasha Morgan. - ela arregala os olhos. -Isso mesmo, a terrorista e blá blá blá blá blá. Não vou te fazer mal, é só me dar o que quero e estou fora daqui, ok?

Amanda confirma com a cabeça, ainda tremula de medo, e solto sua boca, limpando minhas mãos na barra da camisa, sim, ela babou nos meus dedos.

-Preciso da filmagem da câmera á dois, você tem?

-Sim, mas está tudo num pendrive.

-Ok, me de o Pendrive.

-Com todas as filmagens?

-É, não tenho tempo para separa-las.

Peterson novamente confirma, e some atrás do balcão, para em seguida, levantar e estender um objeto metálico na minha direção.

-Está tudo aqui? É melhor que esteja, ou vou voltar.

-Está tudo aí. -fala temerosa.

Saio da padaria sem o capuz, para não chamar a atenção, e esbarro no primeiro homem que vejo, deixando o celular no bolso de sua jaqueta. Estava na hora de trocar, toda vez que uso um aparelho para uma função, logo em seguida, troco de telefone. Essa rotina de roubar, e descartar celulares já está cansando.
Entro no carro e dirijo de volta a casa de Noah. Ele terá um grande trabalho para separar cada uma das filmagens, e encontrar aquelas que realmente seriam úteis. Escuto o toque de um celular, e apalpo o bolso, procurando saber se era o "meu". A tela indicava se tratar de um número desconhecido, e mesmo sabendo que poderia ser o dono ligando, decido atender em silêncio.

-Noah foi descoberto. Vá até a rua quinze com a vinte, e procure por Jeff. É um bar.

-Diana?

-Não tenho muito tempo Natasha, estou em horário de serviço e, é perigoso falar por muito tempo, eles estão nos vigiando. Cada pessoa com que você já teve algum tipo de relação esta sendo seguida, foi assim que descobriram Noah. Me desculpe, mas a partir de agora não posso mais me envolver.

-Está bem... obrigada...

Desligo o celular, e jogo o aparelho pela janela. Agora, novamente estava por conta própria.

Continue Reading

You'll Also Like

8.8K 596 93
"Kwon Taekjoo, vá para a Rússia e encontre 'Anastasia'." O ás do Serviço Nacional de Inteligência, 'Kwon Taekjoo', foi enviado com urgência para Mosc...
649K 44.9K 62
Melinda Colleny é uma escritora estagiária em uma empresa de muito valor. Aos 26 anos, ela nunca teve um romance intenso, só o essencial, e com isso...
3.7K 277 32
Dulce Maria é uma escritora de sucesso, tem muito dinheiro, poucos amigos, é responsável e atarefada, raramente consegue um tempo livre e quando o te...
852K 52.6K 63
Mirabelle Alexandra Romano, uma menina de 17 anos que está sendo abusada pelo padrasto após a morte de sua mãe também abusiva desde os 3 anos de idad...