Quando Um Conde Se Apaixona

Par amorpelaescrita7

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#1 em Ficção Histórica - 17/05/2018 A casa de York está a beira da falência. Com o passar do tempo se tornou... Plus

Prólogo
Epígrafe
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
X
XI
XII
XIII
XIV
XV
XVI
XVII
XVIII
XIX
XX
XXI
XXII
XXIII
XXIV
XXV
XXVI
XXVII
XXIV
XXIX
XXX
XXXI
XXXII
XXXIII
XXXIV
XXXV
XXXVI
XXXVII
Epílogo
Agradecimentos

IX

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Par amorpelaescrita7

O pai de Tayla havia notado a ausência da filha pois ele sempre a vê caminhando pela casa para pegar um pedaço de bolo de nozes quando a cozinheira tem disponibilidade de fazer. No dia em questão, a Mrs. Travin tinha feito o bolo especialmente para Tayla, pois amava a menina. Como Miss York saiu, não soube da torta.

Para dar uma lição na filha, repreendendo-a de sempre comer a torta inteira sozinha, ele esperou que ela fosse até a cozinha, mas não foi. Procurou-a por toda a mansão, e pelo tamanho, levou uma hora até finalmente concluir que a filha não estava lá.

Ser encontrada por seu pai só serviria para piorar aquela noite caótica. Estressada do jeito que estava, muito provável que quem sofreria com o cinto que seu pai segurava seria ele mesmo e não ela.

- Por onde andou? - um raivoso Arthur York pergunta para uma jovem estatizada em seu lugar.

Tayla finalmente dá conta de si.

- Acha que eu tenho medo de você? Abaixe esse cinto agora, pois não fiz nada de errado.

- Você não pode me dar ordens. Perdeu o juízo mesmo, sou seu pai!

- E você não pode me agredir!

- Está na véspera de ser pedida em casamento. Eu preciso ver-te casada, preciso do dinheiro que esse matrimônio envolve. Não vou deixar que estrague tudo, como sempre faz. Pela última vez Tayla, diga-me onde estava.

- Estive na taverna. Vou sempre que posso, para fugir desse ambiente que tanto me irrita. Que fique bem claro, apenas digo-lhe onde estou e devo-lhe respeito pois vivo debaixo desse teto, seria muita ingratidão faltar com respeito a quem cuida de mim.

- Fico feliz que tenha ao menos consciência, pois juízo eu pude perceber que você não tem. Agora, venha aqui para que eu lhe dê a lição que merece.

- Não. - a mocinha York responde firme. - Não vou pai. Não aceitarei que bata em mim e me castigue.

- Prepare-se, seu marido lhe fará o mesmo. - Arthur completa com um  sorriso irônico.

- Juro que mato meu próprio marido se um dia ele levantar a mão para me bater. - Tayla dizia enquanto afastava-se do pai.

Antes que ele pudesse bater na filha, uma criada abre a porta.

- Isla Hughes está aqui.

Arthur paralisado, contém-se e recolhe o cinto.

- Diga que irei recebê-la em meu escritório.

- Isla está aqui? Quais assuntos a tia de Edmond veio tratar? - Tayla pergunta, desesperada. A noite podia piorar?

- Seu casamento está mais próximo do que pensa.- Arthur diz, fechando a porta.

Em direção ao seu escritório, Arthur confere se cheira bem, e passa as mãos sobre sua barba. Da última vez que ele e Isla se encontraram, ela reclamou de beijá-lo e machucar-se com os pelos grossos no rosto de Arthur.

Olhando da escada, Amélia, mãe de Tayla, sente seu sangue ferver. Aquela italiana era uma esposa apaixonada e dedicada, fazendo jus à fama das esposas da Toscana. Por mais que desejasse atirar um jarro de vidro sobre a cabeça de Isla, ela era obrigada à aceitar todo e qualquer encontro que o marido tivesse, embora não pudesse se certificar se realmente se tratava de traição.

Ela se recolhe, esperançosa de que o marido nunca lhe faria tão injúria.
Desterrada e longe da Toscana, ela passou alguns anos sozinha, quando Arthur viajava como um bom York pelo mar. Entretanto, voltar seria loucura!

Quando Amélia se casou, ela deixou sua terra, sua amada Itália. A comida divina, a paixão ardente nas veias dos jovens italianos e o cheiro de uvas frescas sendo recolhidas pela manhã. Trocou tudo para casar-se com um inglês frio e decepcionante. Ela o amava no começo e ainda o ama, mas sente que nem tudo valeu o esforço de seu casamento.

De todos, o maior presente era Tayla e suas irmãs. Ela sabia que era crueldade casar a filha com alguém que ela mal conhecia, mas era como a sociedade vivia e isso era indiscutível.

Em seu quarto, Tayla faz uma oração. Embora não fosse a mais religiosa, ela ia a paróquia quando se sentia só. Uma vez, visitou Westminster Abbey e se maravilhou com o piano-forte de lá. Com essa sinfonia na cabeça, e com a imagem do altar-mor em seus pensamentos, ela implora para não casar-se contra sua vontade.

Nos dias que se seguiram, ela não viu Edmond. Pouco saiu de sua casa. Quando saiu, visitou Daisy e ambas trocaram leituras, alimentando suas mentes com escritores clássicos.

Recentemente Daisy havia descoberto Odisséia, indicou para Tayla que devorou a história de Helena e Páris em dois dias. Ela sonhava com um amor arrebatador, que quebra barreiras e ocasiona uma guerra de vinte anos.

Finalmente, depois dos dias que se passaram, o baile que todos aguardavam. A ilustre presença de vossa majestade, a rainha Vitória, foi anunciada um ano antes, para que o castelo de Arundel pudesse ser preparado.

O castelo, como qualquer grande fortaleza medieval de tempos antigos, era imponente, rígido, enorme, e atraia a atenção da rainha. O duque de Norfolk se orgulhava, aquele era seu tesouro de gerações. A visita da rainha marcaria história naquele bucólico lugar.

O castelo que já serviu de refúgio para a Imperatriz Matilde em 1130 e foi o local onde realizaram o casamento entre o futuro Henrique IV da Inglaterra e Maria de Bohun em 1380,
agora seria o palco de um baile que traria fortes emoções.

No dia de Natal de 1067, há perto de um milênio, o nobre Roger de Montgomery erigiu o castelo de Arundel, West Sussex na Inglaterra e sua família residente foi sendo alterada até chegar na casa dos Norfolks, que tiveram problemas com a coroa, pois não aceitaram o protestantismo inglês, colocando-se a favor de Mary, Rainha da Escócia que era católica.

Para a ocasião do baile, Henry Charles Howard, 13º Duque de Norfolk, remodelou o castelo. Pronto, ele receberia hoje a rainha pela manhã, e a noite, alguns amigos especiais.

Cheia de coragem, Tayla apronta-se. Estava certa de que depois da discussão que teve com Edmond, ele jamais pediria sua mão, mesmo com as artimanhas de seu pai para reizar o casamento. Confiante, ela se arruma como a princesa de Gales faria. Se banha em água quente por duas longas horas e pega escondido o perfume francês de sua mãe. Ela preferia o simples, mas aquele baile seria da Rainha, portanto, nada de cheiros fortes de lavanda. Provocar uma alergia na soberana? Tayla não gostava nem de pensar nisso.

Coloca uma meia branca, quase transparente, um corselete novo que conseguiu com Daisy e seu longo vestido creme. Ele mostrava uma simetria de ombros perfeita, com detalhes rosê, uma renda sobre o busto e uma pequena pérola no centro. Para completar, luvas brancas. Em seu cabelo, ela usou um mecanismo que mal sabia manusear, mas que deixava seus cabelos enroladinhos. Prendeu-os em um coque e colocou brincos perolados também.

Tayla não se importava com a beleza, mas aquela ocasião exigia algo especial. O respeito dos vitorianos pela rainha era impecável. Pronta, ela vai até o quarto da irmã Sienna e pergunta se ela precisa de ajuda. 

- Um raio atingiu sua cabecinha má e ardilosa? - Sienna pergunta rindo. - Primeiro, arruma-se como nunca fez. Agora quer se fazer presente e prestativa?

- O meu bom humor é oscilante e você me conhece bem, mocinha. Conheceremos a rainha, quer melhor motivo para parecer deslumbrante?

- Sendo assim, me arrumarei com esmero também. Mas não preciso de ajuda, falta pouco para acabar, a criada já veio aqui. Por que você se arruma sem ajuda? Podia muito bem ter uma criada.

- Não sei se percebeu, Sienna. Tenho um par de mãos. Posso muito bem me aprontar sozinha.

- Você não tem jeito mesmo, irmã. - Sienna responde, gargalhando, fazendo Tayla rir também. - Tenho medo de achar a festa um tédio, por isso eu finjo doença em alguns casos. Estou tão desanimada.

De repente, uma música escocesa começa. Kyle York, um fanfarrão escocês que era tio das meninas e veio entregar uma carta para Arthur, toca gaita no jardim. Ao ouvir e notar a presença do tio, as irmãs começam a dançar.

- Tio Kyle está aqui. - Helena entra no quarto dançando e ao ver as irmãs no mesmo ânimo, se junta a elas.

A alegria que não era vista no rosto de Tayla à dias, agora se exemplificava na presença das irmãs. Rodopiando, e andando até que ele encerra a música e juntas, as três caem sobre a cama de Sienna.

- Parecem uma manada de elefantes sobre a minha cama. - Sienna grita, rindo.

- Helena, você está lindíssima. - Tayla diz, ainda deitada, observando Helena que tinha acabado de levantar.

- Você também não está tão mal assim. - Helena brinca e recebe um travesseiro no rosto. - Obrigada Tayla, embora eu deva admitir, que você atrairá os olhos dos rapazes esta noite. Olhe essas pérolas, como são lindas!

- Como se os homens prestassem atenção nos detalhes. - Sienna responde, suspirando.

Sienna era a mais nova, sempre de bom humor e uma energia cativante, possuía cabelos loiros grandes e olhos acinzentados. Já Helena, possuía o cabelo escuro,  pele branquíssima sem sol algum e olhos azuis. Grande parte da família, tanto de Arthur como de Amélia eram do mesmo tipo, e os olhos claros estavam presentes.

- Como se sente? - Helena pergunta com preocupação, ela era a mais doce da família. Tayla era sarcástica e Sienna era animada, mas contida e tímida perto de outras pessoas. 

- Depois dessa dança? Maravilhosa, incrível e animada.

- Mesmo sabendo que vai enlaçar-se em matrimônio hoje? - Sienna diz, fazendo Tayla mudar seu semblante. Ao perceber a mudança no ânimo da irmã. Helena dá um tapa na boca de Sienna, esta se desculpa pelo o que havia falado.

- Não se preocupe, Helena. Não há motivo para se preocupar, não vai haver casamento algum. 

As irmãs se entreolham como se Tayla tivesse perdido o juízo de instantâneo.

- Helena, veja se ela não bateu com a cabeça na madeira da cama. - Sienna pede e Helena começa a analisar a irmã, mas Tayla recusa.

- Enlouqueceram? Não bati minha cabeça.

- Então você enlouqueceu. É claro como a água seu casamento. -Helena retruca.

- Sabem que fui a taverna á alguns dias?

- Sim. - elas respondem em coro.

- Pois então. Encontrei com o conde Hughes por lá. Ele é um lutador.

- Você o viu sem camisa? - Helena pergunta abismada.

- Que pergunta sem cabimento Sienna, lutar sem camisa não é permitido. - Sienna diz com propriedade.

- Voce se engana Sienna. Lutar de camisa é proibido. O conde utilizava apenas calças próprias para a luta quando eu o vi. - Tayla disse aos risos vendo o rosto assustado de suas irmãs.

- Você viu o seu noivo sem vestimentas apropriadas? - Helena quase grita e Tayla coloca a mão na boca da irmã.

- Ele não é meu noivo e não grite uma coisa dessas. Nossos pais não devem saber disso, eu fui clara? Digo isso pois o mesmo me garantiu que não haveria casamento.

Elas concordaram.

- Como ele é? - Sienna dispara.

- Tem um belo físico, devo admitir. Seu cabelo grande dava-lhe um ar selvagem, parecido com aqueles desenhos de leões que vimos nos livros do papai. Mas ainda sim, não me chamou a atenção. - Tayla suspira, sem sequer se dar conta do que acabou de falar.

Sienna levanta também e vai para o espelho, terminando de se arrumar em alguns minutos.

- Se essa descrição que fez dele é de alguém que não foi cativada, nem imagino como você o descreveria se ele chamasse a sua atenção. - Helena brinca e Tayla ri também, mas sarcasticamente. 

- Senhoras, é hora de ir para o baile. - Uma criada as chama.

- Tão cedo? - Sienna reclama, enquanto coloca os brincos.

- O castelo é em West Sussex. - Responde Tayla. - É tão longe que passaremos pertinho de Windsor no caminho.

As irmãs saem do quarto felizes. Seria uma noite de comida boa, conversas e a presença iluminada da rainha.

O dia estava lindo, brilhava o sol na Inglaterra tão chuvosa. Edmond olha de sua janela sua avó no jardim, observado um maço de cachimbos do seu avô. Ela sempre amou aquele homem e mesmo morto, ela podia sentí-lo no tocar do vento em seus cabelos. Edmond queria casar-se com um amor também, queria um casamento por amor.

Não amava Tayla e talvez nunca poderia. Agora, ele olha o anel Hughes de gerações, o anel de noivado que as moças sonhavam em ter, nas mãos da mulher mais teimosa e indiferente que ele podia encontrar. Isla tinha sido bem clara, era o casamento ou a rua. Ele se sacrificaria pela família, como sempre fez. Quando seu pai morreu, ele assumiu muitas responsabilidades. Sebastian era um pai presente e companheiro, que fez um tremenda falta em Edmond que usava do bom humor para esconder um vazio e solidão que ele nunca deixava transparecer.

Como modo de aliviar a dor em seu peito, ele lutava. 

Sua mãe o chama, não havia mais tempo a perder. Ele tinha uma mão para pedir em casamento naquela noite.

Depois de uma parada para esticar as pernas, as duas carruagens: York e Hughes, seguiam seu destino pelos caminhos diferentes que tomaram. Os Hughes haviam parado em Wotton, e Edmond aproveita para tomar uma dose de uísque e reestabelecer a coragem que precisava. Os York pararam em Cranleigh e Tayla encontrou uma bela flor branca, guardou a em suas mãos e ficou observando suas pétalas até o final da viagem.

Tayla e sua família chegam primeiro, visto que tomaram o caminho mais rápido. Enquanto saem da carruagem Tayla observa ao horizonte, uma carruagem familiar, era Edmond.

- Olhe, a família Hughes! - Arthur suspira. - Vamos esperá-los.

A carruagem chega e a família sai de lá. Edmond, Isla, Olívia e Isabelle descem. Uma reverência entre as famílias acontece.

- Onde está Tayla? - Isla questiona e olha para Edmond.

Quando todos se dão conta, a moça já entrava pelos portões do castelo, enquanto um criado a conduzia para dentro. Isla encara Edmond que corre até Tayla, entendendo o recado da tia.

Ele não consegue acompanhar a moça. Os Hughes e Yorks vão para o salão de bailes e lá avistam a jovem que já conversava com o duque de Norfolk, agradecendo o convite. Edmond notava um sorriso sincero e diferente na jovem. Ela parecia despreocupada e feliz, certa de que não se casaria, pois Edmond mesmo garantiu que jamais se uniria a ela. Infelizmente, o destino tinha outros planos.

Depois de uma hora no local, as pessoas iam chegando, até que a rainha (que estava em seus aposentos) é anunciada. Começa-se uma marcha real e músicos dão o seu melhor para receber a majestade. Violinos e harpas fazem seu trabalho minucioso. O brasão da casa de Saxe-Coburgo é estendido em forma de tapeçaria sobre a parede do salão.

Pequena, formosa e de cabelos negros e uma pele alva, ela entra ao lado do marido Albert, rei consorte. Ele era alto, loiro e tinha um rosto muito agradável. Ambos pareciam jovens e felizes, sinal de que o casamento induzido entre eles deu certo.

Sorrindo, ela passa pelos convidados que a recebem com afeto. Senta-se no trono que colocaram para ela. Imponente e forte, ela era uma mulher a frente de seu tempo.

Todos sabiam como ela se importava com os assuntos do governo, não permitindo que qualquer decisão de Albert fosse acima da sua. Ela, juntamente com primeiro ministro, eram a lei, o poder. Poder esse que ela exercia com a maior das dedicações.

Já avisada por carta de que aconteceria um pedido de casamento em seu baile, a jovem rainha pede uma valsa aos músicos, para que Edmond dance com Tayla e execute o que precisa.

A valsa inicia-se. Os olhos dos dois se procuram por impulso e acabam se encontrando. Tayla por timidez, desvia o olhar. Edmond confere o anel em seu bolso. Era o momento.

Vai em direção a Tayla. Ela levanta os olhos e fica surpresa com a rapidez que ele teve de se aproximar dela. 

- Me daria a honra de dançar essa valsa?

De longe, Vitória acompanhava animada, enquanto beliscava os braços do príncipe Albert para que ele observasse a situação também. Tayla recusa a dança e a rainha não entende o que acontece por lá, pois estava longe e não podia ouvir.

- Se eu estou lembrada, o senhor me chamou de imatura. Eu não me esqueci.

- Por favor, apenas uma dança.

Tayla, sem ânimo para recusar novamente, aceita e eles vão para o meio do salão. Os dois se sentiam da mesma forma. Em suas mentes, aquilo tudo estava errado... aquela conexão entre eles estava errada. Mas em seus corações, tudo parecia muito correto. Ele se agarra a cintura dela, ela pousa sua mão sobre os ombros dele e eles rodopiam pelo lugar.

Tayla olha em volta e percebe todos encarando sua dança com o conde. 

- Edmond, por qual motivo você insistiu para dançar comigo?

Ele não responde.

- Edmond, por que as pessoas estão nos encarando?

Sem respostas.

- Me perdoe por isso. - ele diz em seu ouvido. 

O conde afasta-se dela e a música para. 

- Miss York. Mal posso viver sem a sua companhia. Desde que nos conhecemos eu senti algo diferente, me senti diferente. A senhorita me mudou. - Edmond inventa fatos, falando em voz alta. - Antes de sair na rua, eu me olho no espelho para conferir minha aparência, pensando em encontrar a senhorita. - Isso era verdade. - Vivo pensando em você. - Edmond vê que Tayla quase chora de raiva e fica triste ao ver a dor que causa nela. - Posso aproveitar esse momento de alegria para pedir sua mão em casamento?

Uma lágrima cai do rosto de Tayla. Melancólica, sentindo-se impotente, ela olha em volta, todos esperam uma resposta. Aquilo era um jogo sujo. Seus familiares sabiam que ela jamais o recusaria na frente da rainha. Trêmula, ela oferece a mão para Edmond e diz, em voz baixa e triste:

- Sim. 

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a sn é irmã de mc tato e filha de tia Michelle mais ela viajava demais a tia Michelle,junto com a mãe de gabb mc e vai tendo mc e pessoas novas