O Monstro (Romance Gay)

By OtavianoFS

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Pode o amor superar tudo? Até o pior dos monstros? More

O Monstro
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capitulo 6
Capitulo 7
Capitulo 8
Capítulo 8 (0.1)
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capitulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Último Capítulo
Oi

Capítulo 12

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By OtavianoFS

"Emocionante não é? Quebrar as regras!"
- Hermione Granger

Sexta-Feira. Tiago tinha acabado de sair, dizendo que ia resolver uma "parada". Nem prestei muita atenção, meu foco no momento era outro: Almoçar com Rodrigo.

Eu poderia estar sendo trouxa, afinal, há alguns anos atrás Rodrigo foi o pior dos canalhas, me largando em um lugar bem distante de casa para voltar a pé. Mas, como dizia minha Avó  "O quê é um peido para quem já está todo cagado? "

Pior do quê Tiago ele não deve ser.

Assim que ele saiu pela porta, com a promessa de quê voltaria para o jantar, eu subi para o quarto.

Agora, cá estou eu; olhando para o guarda roupa, na esperança de achar algo legal para a ocasião. Tinha roupa até na etiqueta, eu não saia mas adorava comprar, o problema era que Rodrigo nem se quer me falou onde íamos almoçar. Então eu não tinha ideia de que rouba colocar.

Cansado  de olhar peça por peça, apanhei um calção que não marcava em nada minha bunda,  afinal minha vida não é uma ficção adolescente onde qualquer peça de roupa marca a bunda dos rapazes, peguei uma camisa de manga branca e um tênis velho que eu adorava. Tentei dar um jeito no cabelo, tentativa falha. Achei um boné e pus na cabeça. Taquei um perfume no corpo e pronto.

Rodrigo não poderia vir me buscar, o que veio muito a calhar, mesmo se ele pudesse eu inventaria qualquer coisa para ele não subir aqui.

Peguei um cartão que estava colado na geladeira e liguei para um taxista já conhecido vir me buscar.

Em poucos minutos Beto estava buzinando na frente de casa. Sai todo atrapalhado, com medo de alguém ouvir e isso cair nos ouvidos dr Tiago. Catei o celular da mesa e joguei a carteira no bolso da bermuda. Nem tempo de dar uma ultima olhadinha no espelho eu tive.

Entrei no carro e fui recebido , não um "Bom dia!", mas sim um:

– 'Tava cagando, rapaz?! Uma demora pra sair de casa.

Acho que fiquei vermelho na hora. Ri sem graça e disse:

– Não. O Senhor que 'tá com mais pressa que eu.

– Tá. Ta. E vai pra onde? – ele tava meio rude hoje, né? O bicho Tiago deve ter mordido ele. – tô com pressa mesmo.

Olhei de novo a tela do celular e vi o endereço, que eu não fazia questão de onde ficava.

– Aqui. – mostrei a tela do aparelho a ele.

Ele leu e disse:

– Hum. Quer dizer que a pizzaria te convidou pra sair? – ele levantou uma sobrancelha.

– Vai logo! – eu disse sem paciência. Peguei o celular da mão dele e percebi que ele tinha rolado a tela pra ver as conversas. Apertei os olhos.

– Calma, rapaz! O namorado ta esperando, né? Vamo logo então. – parei e olhei pra ele enquanto dava a partida. – É sério? Tu tá até branco. Relaxa a piriquita, eu sei que tu é gay desde o dia em que entrou aqui.

– Eu...

– Isso nem é novidade, hoje em dia esses machos tão tudo virando 'mulhé e as 'mulhé virando macho. – apesar das palavras eu não via preconceito nem nojo no modo dele falar, como eu já disse, seu jeito era de alguém simples, sem papas na língua.

– OK. – falei aliviado. – Toca essa lata velha ai. – deitei no banco de trás.

– lata velha é a mãe, rapaz. – meu rosto corou. – E vê se senta direito e bota o cinto.

Fiz o que ele pediu e seguimos viajem.  Uma viajem que dourou trinta minutos, que emoção. Teria durado menos se não fosse o trânsito. De onde dai tanto carro? Essa cidade nem é tão grande.

Paramos de frente a um restaurante. Um do tipo bem chique, eu acho. Paguei Beto e saltei do carro.

Do lado de fora dava pra ver quase tudo lá dentro, graças as enormes janelas de vidro.  tinha gente de todo tipo, mas o tipo de roupa era a mesma: ternos e vestidos deslumbrantes.

Olhei para minha roupa. Nem fudendo que eu ia entrar ai.

Meu foco se voltou à meu celular, que emitiu o som de notificação. Era uma mensagem, de Rodrigo.

– Me espera mais um pouco. Tive um pequeno problema, chego em 15

Quinze o quê? Minutos? Horas? Meses? Anos?

Que Droga!

Fui para o outro lado da rua e me sentei em banco de madeira na pequena praça que tinha ali.

Em treze minutos vi um carro parando próximo ao restaurante, do outro lado da rua. Um Rodrigo afobado e meio desengonçado sai de dentro. Ele usava terno e até gravata. Cretino, porquê não disse que iriamos vir aqui!

Quando ele olhou em minha direção eu acenei ao que ele fez um gesto me chamando.

Atá que eu iria entrar lá com essa roupa.

Continuei sentado, o que fez ele se mover e vir em minha direção. Um sorriso largo e bobo se fazia em seu rosto.

– Oi! – já chegou me puxando e abraçando. Gostei do perfume. – Tudo bom?

Ele estava perto. Perto demais, até!

– Bem. – me soltei de seus braços. – E você?

– Levando. Então, vamos? – ele estendeu a mão. Desde quanto Rodrigo era um cavalheiro? Aliás, eu detesto que caras façam as coisas pra mim. Dim, sou feministo, essa palavra existe? Enfim...

– Poderia ter me falado onde viriamos, né!? – eu disse apontando para minhas roupas.

– Ah. – me olhou desconfiado. – Eu pensei que um super chefe de cozinha conhecesse o melhor restaurante da cidade.

Engoli em seco. Droga. Ele não sabia que meus planos pro futuro tinham virado um saco de merda.

– É que... – quando eu ia inventar um desculpa, avistei um carrinho de Hot Dog vindo em nossa direção. Pensei rápido, é claro. – Não acredito, – falei mudando de assunto e olhando para o carrinho, o que fez ele olhar também. – Eu tô morrendo de vontade de comer um Dog. Vem! – sai puxando ele pelo braço.

– Espera...

Trinta minutos e Seis Hot Dogs depois, só eu comi quatro, estávamos sentados em um banco de pedra embaixo de uma árvore enorme, parecia aquelas centenárias.

– Nossa, não aguento comer mais nada. – Falei mordendo metade do dele, já que ele só aguentou comer um e meio.

– Tô vendo. – deu risadas. – Ta sujo aqui! – falou se aproximando e limpando o canto da minha boca com o dedão.

O toque dele fez meu corpo se arrepiar, como a muito não acontecia.

– Valeu. – tomei um gole de refri disfarçando.

Ele continuou próximo do meu rosto, tão próximo que eu senti sua respiração pesada.

Se eu queria um beijo ali e agora? Sim, meu corpo implorava por isso. Mas minha mente estava em Tiago e em toda a merda que tudo isso poderia dar.

Ah, que se foda minha mente. Meu pau pensava mais auto nesse momento, e do jeito que tava duro ele só queria uma coisa. Secsu. Adoro!

Mas, como minha vida é uma merda fodida, o desfecho foi outro.

Ele se afastou um pouco e me olhou sério. Levantou e tacou as mãos no Bolso da calça preta.

– Bom, eu tentei te da uma brecha, sabe? – não entendi nada. – Mas você preferiu enrolar e não dizer. – suspirou. Acho que minha cara era uma mistura de Gretchen e uma capivara no cio, de tão perdido que eu tava. – Vai querer me falar agora?

– O... O quê?

– Do seu marido. Tiago, o chefe do morro. – ele falou naturalmente.

Travei na hora. Sabe aquele expressão? Não passa nenhuma agulha. Acho que alguns vão entender. Quem era Gasparzinho perto da minha cara branca?! Engoli em seco e senti a garganta fechar.

         

-

Demorou, hein! Tem alguém ai querendo me matar? Espero que não.

Gente, mais uma vez: Me desculpem pela demora?

Ah, pra quem não entendeu a mídia do capitulo anterior, aquele da foto era o Rodrigo. Quem não viu se querer pode voltar no capitulo 11 e da uma olhada.

Obrigado a todos que acompanham isso aqui. <3 um beijo no coração, ou no P  Peito. (Carinha de malícia)

Oh, alguém  ai já deu uma espiada em "Algemas da paixão"? Ainda não?! Amore, entra no meu perfil e da uma moral lá. Obrigado! <3

Bjs e abraços. <3

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