Dançando sobre o fogo

Galing kay tasalmeidap

2.8K 392 223

Jason Whittemore era o mais novo de três irmãos, e segundo seus pais o mais rebelde desde a infância, com uma... Higit pa

CAPÍTULO UM
AVISO
CAPÍTULO DOIS
CAPÍTULO TRÊS
CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SEIS
CAPÍTULO SETE
CAPÍTULO OITO
CAPÍTULO NOVE
CAPÍTULO DEZ
CAPÍTULO ONZE
CAPÍTULO DOZE
CAPÍTULO TREZE
CAPÍTULO QUATORZE
CAPÍTULO QUINZE
CAPÍTULO DEZESSETE
CAPÍTULO DEZOITO
CAPÍTULO DEZENOVE
CAPÍTULO VINTE
CAPÍTULO VINTE E UM
CAPÍTULO VINTE E DOIS

CAPÍTULO DEZESSEIS

64 13 2
Galing kay tasalmeidap

Ana:

Aquela mesma dor de ser traída voltava, como eu fui boba em prometer para mim mesma um dia que nunca mais passaria por isso. Sai o mais rápido possível daquele condomínio, adentrei no primeiro táxi e fui para o meu apartamento. Os meus pais não estavam, fui direto para o quarto como uma adolescente de quinze anos e assim que fechei a porta, as lágrimas vieram à tona.

Imaginei que qualquer coisa pudesse acontecer, mas nunca que Jason se envolveria com Paige. E aconteceu. Não sei mais o que pensar, isso me faz achar que Jason continua apaixonado por ela e nunca a esqueceu. Seria eu só uma tentativa de conseguir esquecê-la de uma vez? Oh que droga! Eu sou mesmo muito imbecil.

Achei que tivesse sido quem despertou o amor em Jason, que lhe mostrou como é bom estar com alguém, como eu fui boba. Como pude ter sido tão boba? Aquela mulher envolveu os dois, teve os dois nas mãos, os tornaram inimigos e agora está de volta, disposta a conquistar aquilo que deixou para trás. Tiro meu celular de dentro da bolsa e havia uma mensagem daquele cretino: "Por favor, me deixe explicar Ana". Apenas jogo o celular sobre a cama ignorando aquela mensagem.

— Querida? Ana? — era o meu pai atrás da porta. Respiro fundo, deveria estar com voz de quem estava chorando.

— Estou aqui. — retruco.

— Nathaniel está a sua espera na sala. Sua voz está estranha, está resfriada?

— Não papai. Estou bem. Diga que eu... — não quero ir — estou indo.

— Ok querida. Direi.

Alguns minutos depois eu deixo o quarto, ainda com cara de quem estava chorando. Talvez Nathaniel fosse a pessoa certa para me ajudar naquele momento, ele conhecia Paige e Jason, ele foi vítima dos dois. Nathaniel me vê e levanta-se, está sério. O olho.

— Ana eu fui um imbecil hoje, quando te disse aquelas coisas.

— Nathaniel, será que poderíamos ir a algum lugar? Estou precisando. Por favor. — falo quase implorando. Nathaniel estranha o meu tom de voz baixo e entristecido.

— Sim. Podemos ir onde você quiser. — diz ele me olhando.

— Então vamos.

Havia um café próximo do apartamento, fomos para lá a meu pedido. Nos sentamos e Nathaniel estava curioso, apreensivo. Baixo meu olhar, pensativa.

— Ana, estou confuso. Por que está assim? Se foi pelo que eu disse... me desculpe. Eu deveria me policiar para não falar coisas sobre Jason... — finalmente levanto a minha cabeça e o olho nos olhos.

— Não. Você não está errado. Jason realmente é uma arma prestes a atirar. — meus olhos me traem quando ficam cheios de água.

— O que ele fez?

— Paige... — Nathaniel fica surpreso. Olha para os lados pensativo.

— Está... me dizendo que Paige e ele podem estar tendo algo?

— Não é uma suposição Nathaniel. Hoje os vi juntos no apartamento de Jason.

— Realmente é surpreendente. Jason a odiava, ou pelo menos, era assim que ele expressava os seus sentimentos por ela depois do que aconteceu.

— Não sei o que dizer sobre isso. Mas, ela foi importante na vida de vocês e ter voltado, pode significar algo. — retruco desanimada.

— Jason é um imbecil. Como ele pode estar com uma mulher como você e ainda sim, dar olhos a Paige? — diz Nathaniel baixando a cabeça.

Jason:

Sabia que Ana não ia querer nenhuma explicação, diante do que viu. Sem dúvidas não aconteceu nada entre nós dois, Paige não ganharia nada mentindo sobre isso, muito pelo contrário. Queria eu não me importar com o que ela pensa, mas eu me importo muito, a última pessoa no mundo que eu queria magoar é Ana. Não estou arrependido pelo que fiz ontem, pra ser muito sincero se eu pudesse faria outra vez. Vocês tinham que ver a cara do meu querido pai enquanto eu falava dos podres daquela família.

Me sentia melhor, a dor de cabeça já passava, mas continuava tentando falar com Ana. Liguei uma, duas e esta é a terceira vez que repito o ato.

— Alô? Jason? — Esta voz não é de Ana. Seria a voz de Hayley?

— Senhora, Ana está? Não sei por onde começar, mas devo pedir desculpas pela cena de ontem. Não queria assustá-los, mas tenho certeza que foi isso que aconteceu. — retruco desanimado.

— Querido, não estou assustada. No momento até fiquei, mas depois percebi que não tinha motivo algum. Está tudo bem. Ana saiu ainda pouco com o seu irmão. — ela disse com o meu irmão? Baixo a cabeça gesticulando negatividade. Ana estava com Nathaniel? Não posso acreditar.

— Desta vez eu a perdi. — sussurro.

— Não Jason. Ana é uma mulher sensata, hoje pela manhã ela saiu decidida a dar a mão para você. Porque ela te ama. — aquelas palavras me emocionam. Onde eu fui parar? Cegamente apaixonado por uma mulher que agora... perdi completamente.

— Imagino que não saiba o que aconteceu. Senhora... diga a Ana que eu espero a ligação dela. — sabia que Ana não retornaria.

— Direi querido. Aconteceu algo grave? — reviro os olhos.

— Aparentemente grave, mas não passa de nada. Terei que desligar, obrigado por me ouvir e mais ainda por me entender.

— Não há de que querido. Até mais.

Quer dizer que Ana está contando o que viu a Nathaniel? Exatamente a Nathaniel. É uma hipocrisia da minha parte continuar me sentindo o dono dos sentimentos de Ana quando tudo o que faço é provar que ela não deve me amar, porque sou egoísta, revoltado e... Não tenho bons sentimentos dentro de mim. O único bom sentimento que mantenho vivo dentro de mim é o de amar Ana.

Me visto para ir para o departamento, dentro de alguns minutos já estou em minha sala com Morgan.

— Teremos que passar dois dias fora, vamos pra Chandler. — o encaro.

— Entre em detalhes. — retruco.

— Temos uma investigação sigilosa para fazer. É de muito risco Jason. Por isso nós dois fomos os únicos cogitados para ir.

— Suponho que seja sobre o tráfico de drogas das companhias Lexter no Arizona?

— Sim. Exatamente. Por isso é de muito risco. Mas, temos que ir. Viajaremos amanhã a noite. — diante de tantos problemas, viajar seria uma boa? Não sei, mas irei.

— Sim. Certo. — retruco.

— Agora que você é um homem comprometido, terei que me contentar em ir sozinho na busca pelas mulheres. — diz Morgan com certo sarcasmo.

— Não teremos tempo para isso Morgan. — indago sorrindo com cinismo.

— O Jason de tempos atrás não diria isso. — diz ele rindo.

Morgan e eu passamos a tarde analisando os dados que nos foram dados sobre as empresas Lexter, tudo nos levava a acreditar que eles tinham envolvimento com tráfico de drogas. Mas, não se pode comprovar nada, sem provas reais, e é por isso que teremos que viajar! A minha profissão sempre foi de altos e baixos, corremos risco, vivemos numa corda bamba, mas queremos garantir que todos estejam seguros.

Na volta para casa voltei a pensar em Ana e no que havia acontecido. Como eu posso remediar aquela situação? Detesto pensar que Nathaniel está se aproximando dela enquanto eu estou afastado, mas essa é mais pura verdade. O dia seguinte não me dá oportunidade de nada além de me organizar para viajar com Morgan, tínhamos uma investigação dura e sigilosa pela frente, algo valioso nas mãos e isto carece muita dedicação. Ana não me ligou e mesmo que eu ligasse, sequer chamava.

Pela segunda vez estou voltando para casa e minha mente pensativa em Ana, como queria vê-la para me despedir. Isso é ridículo, estou morrendo por que estou indo e não posso dar um até logo para ela. Aonde você chegou Jason?

Depois de tomar um banho e comer alguma coisa, pego a chave do carro e dentro de um minuto estava indo para o apartamento de Ana. Estacionei o carro perto do edifício, deixei meu carro e segui para a recepção, estava nervoso como um garoto de quinze anos quando vai pela primeira vez ficar com uma garota.

— Ana? — pergunto tocando o braço dela que estava prestes a adentrar seu apartamento.

— Ah, você. O que você quer Jason? — pergunta me encarando.

— Vim me despedir de você. — Ana revira os olhos — Mesmo que não queira.

— Quem eu sou para você querer se despedir de mim? Ah... Aquela que você brincou. — diz Ana de modo irônico. Com quem ela aprendeu a ser tão irônica?

— Ana! — a puxo pelo braço para ficar mais perto dela. Ana silencia me olhando nos olhos. — Nada foi como você pensa. Eu juro.

— Boa noite Ana, boa noite Jason. — era Nathaniel, o que ele fazia ali? E vestido tão elegantemente. O encaro. Ana então solta-se e se aproxima de Nathaniel.

— Boa noite Nathaniel. Vamos? — pergunta Ana.

— Sim Ana. Hoje vai ser uma noite inesquecível. E você Jason? Não vai ao baile da cidade? — pergunta Nathaniel com certo cinismo. Os encaro com muita raiva. Ana estava belíssima, digna de muitos elogios. Mas, estava ao lado de Nathaniel.

— Eu tenho outras coisas para fazer. — retruco os encarando.

— É uma pena. O baile não é o mesmo sem as suas confusões. — diz Nathaniel sorrindo. — Vamos Ana. Está ficando tarde. — os dois dão as costas, então baixo a cabeça, não sabia como agir. Mas, não queria vê-los saindo juntos.

— Ana... Até logo. — sussurro ainda de cabeça baixa. Ana apenas olha para trás, mas logo volta sua atenção para frente. Eis que os dois adentram no elevador e as portas se fecham.

Mesmo que eu quisesse intervir, não poderia fazer nada. Nathaniel é mesmo um infeliz, aproveitando-se de qualquer situação para investir em Ana.

Faltavam duas horas para Morgan e eu iniciamos a viagem, iríamos de carro param manter ainda mais secreta essa viagem. Volto para casa apenas para jogar algumas roupas dentro de uma mala, eu estava com raiva, não era para menos. Nathaniel está dançando sobre os meus conflitos com Ana e se aproveitando o máximo que pudesse para convencê-la de que ele é o melhor. Ouço alguns toques a porta e era Morgan, já estava pronto para irmos.

— Vamos Jason. — diz ele me olhando.

— Vamos.

Morgan inicialmente dirige, iríamos revezando, passaríamos por volta de cinco horas na estrada. Eu estava silencioso e pensativo, enquanto Morgan ouvia e cantava Hotel California muito animado.

— O que você tem? Olha essa música. É uma das suas prediletas e você aí, com cara de quem já morreu e não foi enterrado. — o olho.

— Estou pensando. — retruco.

— Pensando em Ana? Em mim que não é. — diz ele rindo.

— Por que não pensar em você? — retruco começando a rir. Morgan é o meu único amigo, a quem eu considero como um verdadeiro irmão.

— Não tenho seios bonitos e muito menos uma bunda avantajada. — diz ele me encarando. Dou-lhe uma tapa no ombro.

— Nisso eu tenho que concordar. — retruco.

Já eram quase duas horas da madrugada quando trocamos os lugares, agora eu dirigia e Morgan enchia o saco no banco ao lado. Avistamos um bar na beira da estrada e com a fome que estávamos paramos sem pensar duas vezes. Era um bar pacato, mas havia vários carros estacionados, adentramos e nos direcionamos a uma mesa. Havia quatro mesas, era um lugar pequeno. Uma garçonete logo vem em nossa direção, Morgan a olha como um caçador, era uma moça bonita, mas sem dúvidas muito jovem.

— Boa noite queridos, o que vão pedir? — pergunta enquanto eu segurava o cardápio em minhas mãos. Morgan a olhava.

— Boa noite. Estamos decidindo. O que nos sugere? — responde Morgan com muita simpatia.

— Uma bebida para animar vocês, devem estar com sono. — retruca a garota de olhos fixados nos de Morgan. Pigarreio para que ambos voltem suas atenções para mim.

— Quero uma dose de uísque e isso que tem nome estranho. — retruco mostrando o indicado com o dedo.

— E o senhor? O que vai querer? — pergunta anotando o meu pedido.

— Quero uma dose de uísque e quem sabe uma moça bonita como você... — ergo as sobrancelhas. Os dois vão terminar essa noite no almoxarifado? Então ela sorri convidativamente.

Acreditem! Eu acabo de ficar sozinho na droga de um bar no meio do nada. Morgan e a sua presa já estão longe, comi o que ela trouxe, não era lá grande coisa, mas eu tinha muita fome. Agora eu bebia uísque sozinho, de forma controlada, eu não quero que aconteça o mesmo de ontem e eu acorde com uma maldita dor na cabeça. Não posso negar que eu ainda estou enraivecido, eu não sei onde Ana está e com quem, mas espero que Nathaniel não a consiga. Esse ainda é o objetivo daquele abutre!

Sem dúvidas Ana está achando que eu nunca fui sincero com ela, que eu nunca a amei e que Paige ter voltado significou alguma coisa para mim. Mas, eu fui um péssimo namorado, eu mostrei aos pais dela o meu lado pior,"o revoltado dos Whittemore" o de sempre.

Tiro meu celular do bolso e estava a um toque de telefonar para Ana. Eu encarava a foto de seu contato enquanto pensava.

— Deve gostar muito dessa moça, para olhar tanto para a foto dela. — era uma voz feminina, meus olhos então vão de encontro a uma mulher de aparência madura com vestimentas juvenis. Aquele bar seria apenas um bar?

— Esta mulher é o motivo da minha perda de juízo. — retruco a olhando. Ela ri.

— Então temos um homem perdidamente apaixonado? Isso é muito raro meu rapaz. — a encaro — Ela é sua esposa?

— Não. É a minha namorada. Até onde eu sei. — retruco pensativo.

— Então suponho que isso seja saudade. — diz ela sentando-se numa cadeira próxima.

— Estou com muita raiva, há um infeliz fitando esta mulher, esse infeliz é o meu irmão mais velho. Uma espécie de imbecil em extinção. — eu cheguei ao ponto de desabafar com desconhecidos? Sim, eu cheguei.

— Dois irmãos que gostam da mesma mulher? Um triângulo amoroso. Mas, creio que se ela é a sua namorada, ela já fez a escolha dela não é mesmo? — ergo as sobrancelhas pensativo com o que ela acaba de dizer.

— O que você diz parece muito convincente. Mas, eu tenho a desconfiança como mãe. — ela ergue suas sobrancelhas.

— Não confia em si? Logo você, um homem bonito e aparentemente seguro de si. — a encaro.

Ipagpatuloy ang Pagbabasa

Magugustuhan mo rin

145K 9K 29
Isís tem 17 anos, ela está no terceiro ano do ensino médio, Isis é a típica nerd da escola apesar de sua aparência não ser de uma, ela é a melhor ami...
122K 13.9K 26
Camila é uma jovem que depois de terminar seu relacionamento, resolve curtir a vida sem se importar com nada e após uma louca noite de curtição, sua...
16.3M 1.2M 94
(CONCLUÍDA) Livro Um "Não é que seja proibido... é porque é real" Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar...
1.1M 157K 93
Trilogia COMPLETA ⚠ ATENÇÃO! Este é o segundo livro da trilogia A RESISTÊNCIA, a sinopse pode conter spoilers. Após descobrir que Emily faz parte da...