Submissa - O Destino Tem Outr...

By lunavbooks

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Strix é uma escola de submissas onde mafiosos investem para terem as suas. Emma foi criada na Strix e ensinad... More

prólogo
capítulo 1
capítulo 2
capítulo 3
capítulo 5
capítulo 6
capítulo 7
capítulo 8
capítulo 9
capítulo 10
capítulo 11
capítulo 12
capítulo 13
capítulo 14
capítulo 15
capítulo 16
VOLTEI
capítulo 17
capítulo 18
capítulo 19
capítulo 20
capítulo 21
capítulo 22
capítulo 23
capítulo 24
capítulo 25
capítulo 26
capítulo 27
capítulo 28
capítulo 29
capítulo 30
* testando *
capítulo 31
capítulo 32
capítulo 33
capítulo 34
capítulo 35
capítulo 36
capítulo 37
capítulo 38
capítulo 39
capítulo 40
capítulo 41
capítulo 42

capítulo 4

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By lunavbooks

O dia passa muito rápido. Minha men te estava ansiosa demais para amanhã. Era meu aniversário, eu devia estar feliz, mas ao invés disso meus pensamentos eram dirigidos a Chris Novak. Pensar em coisas que ele podia fazer, coisas que ele vai fazer, me causa arrepios por todo corpo.

Mas eu ainda não desisti, eu ainda tinha um plano. 

— Amanhã é seu aniversário. — Selena diz.

Estamos no nosso quarto e esperamos Marcus para nos levar ao refeitório para a janta. 

— Sim. — Respondo e me sento no beliche de baixo, enquanto ela me olha no beliche de cima da cama do outro lado do quarto. 

— Você não parece muito feliz, é claro.

— Eu não tenho motivos. 

Não queria soar dramática, mas foi o que pareceu. 

— Você tem a mim. — Ela me oferece um sorriso brincalhão.

— Sim, é claro, a menina que eu conheci hoje realmente conta. — Sorri de volta. 

— E o seu dominador? 

Voltei a ficar séria, e um frio instalou-se em meu estômago.

— O que tem ele? 

— Como ele é? 

— Você não o viu?

A essa altura, todos da Strix já conheciam Chris Novak. 

— Sim, mas não estou falando fisicamente.

Só conheci Selena há um dia e sei que ela consegue ser bastante inteligente. Isso é bom, ela vai aprender cedo como sobreviver aqui. 

— Ele é frio, fechado, com certeza um homem cruel só pelo motivo de força-me a ser sua submissa. 

A lista de defeitos parecia gigantesca. 

— Verdade... mas ele também é muito lindo. — Olhei para ela chocada, e Selena me lançou um sorriso que devia ser malicioso, mas para alguém da sua idade apenas foi engraçado.

Peguei um travesseiro e joguei em seu rosto. Ela soltou uma risada alta, e eu a acompanhei.

— Pelo menos você não ficou com um daqueles velhos.

— Tenho tanta sorte — Ironizei.

— Espero que o meu seja bonito. — Selena não estava mais rindo.

Era estranho pensar que a menina de 11 anos à minha frente seria prometida ao um homem, sendo que o corpo de Selena ainda nem tinha se desenvolvido completamente.

— Vanessa disse que amanhã vão vir homens para nos ver. — Sua voz estava baixa. 

Eu senti raiva por todo meu corpo, ela tinha 11 anos, e eles queriam oferecer ela a um homem completamente adulto. Era nojento.

— Selena. — chamei, e ela me encarou, seus olhos miúdos brilhando.

Fui até sua cama e subi ao beliche de cima. Abracei seu corpo pequeno contra o meu, e ela tremia.

— Eu… eu estou com medo, Emma. - ela me olhou e senti lágrimas ameaçando derramarem. 

Peguei seu rosto com as duas mãos, e observei suas sardas e suas íris azuis.

— Eu não vou deixar eles te levarem, ok?

— Você estará longe — Fungou.

— Eu irei fugir, e quando isso acontecer vou vim aqui pegar você. — E eu falava sério, não deixaria essa criança sofrer o mesmo inferno que sofri.

— Não vai dar certo, você sabe disso. — Sua voz chorosa partiu meu coração. 

— Eu prometo, Selena. — Olhei no fundo dos seus olhos e a abracei.

***

Quando estávamos no refeitório, avistei Marcus de longe, na entrada, olhando descaradamente para as bundas das meninas, e refleti se estava disposta a seguir com o plano.

Convenci-me de que precisava fazer aquilo e caminhei na direção dele, parando em sua frente, seu olhar transmitia confusão.

— Emma? 

— Pode me acompanhar até o quarto? Eu esqueci algo. — Joguei um olhar sugestivo para ele, que entendeu bem.

No caminho até o dormitório recebi olhares maliciosos das outras garotas que conheciam a fama de Marcus. Eu amanhã estaria sendo chamada ainda mais de vadia pelos corredores.

Meus ouvidos martelavam e minhas mãos suavam. A ansiedade ficou maior quando chegamos no quarto. Eu estava de costas para ele, e ouvi a porta se fechar, e senti meu corpo se arrepiar. 

Seus passos aproximaram-se de mim, o calor de seu corpo se emanou contra o meu, sua mão agarrou meus cabelos para o lado e depositou beijos molhadas contra meu pescoço. Me contorci de nojo ao seu toque, sua outra mão foi até a barra da minha saia, e se deslizou entre minhas pernas.

Respirei fundo e fechei os olhos, tentando pensar em outra coisa. 

Marcus fodeu Lisa, uma das antigas submissas, enquanto ela estava na escola. Lisa tinha um dominador que descobriu que ela não era mais virgem. Lisa foi dispensada pelo dominador e hoje está livre.

E por causa disso, apenas por isso, eu estou deixando esse maldito tocar-me. 

Esse desgraçado é minha última esperança. 

Marcus tirou meu casaco e desabotoou a minha blusa ainda de costas para mim, passando esses lábios nojentos em meu pescoço.

Ele toca meu seio por cima do sutiã. 

Tento pensar em outra coisa.

Eu não estou aqui, eu estou em um lugar longe de Londres.

Eu estou livre. 

— Eu amo seu cheiro. — Marcus inspira profundamente. 

Ele tira meu sutiã e toca em meu seios fortemente, fazendo eles doerem.

Seu toque é pegajoso demais, grudento demais.

Parece que nem se eu tomar vários banhos eu vou conseguir me livrar. 

Eu não estou aqui. 

— Fique de quatro para mim. — Sussurrou com seu hálito quente em meu ouvido.

Eu hesito, mas faço a posição no chão, em cima do carpete macio e frio. Na minha frente tem uma escrivaninha e a janela, onde vejo a neve cair lentamente lá fora.

— Toda minha. — Não o vejo, mas sei que ele está sorrindo convencido, e eu me odeio por isso. 

Marcus levanta minha saia para cima, e ouço sua calça se abaixar. Fecho meus olhos com força. 

Ele iria me pegar por trás, minha primeira vez seria por trás. 

Ouço algo que faz meus olhos se abrirem. Ele cuspiu e passou no meu ânus.  Virei-me rapidamente.

— O que está fazendo? — Disse chocada.

Ele parecia confuso também, olhei para baixo e seu pau estava duro, então desviei o olhar para seu rosto. 

— Você acha que vai fazer sexo anal? — Perguntei incrédula

Ele sorriu. 

O filho da puta sorriu. 

— Emma, você é uma submissa, não posso fazer mais do que anal com você. 

— Isso não impediu você de foder Lisa. — Rebati um pouco agressiva.

Marcus ficou pálido. 

— Isso foi muito arriscado. Se eles descobrissem que tinha sido eu, estaria morto agora.

A ideia não me pareceu tão ruim.

Eu precisava que ele me livrasse das mãos de Chris Novak. 

— Por favor. — Supliquei, tentando o máximo que pude parecer que realmente queria aquilo. 

— Você pode acabar igual Lisa. Você quer isso? 

Franzi o cenho. 

— Como assim? 

Ele sorriu. 

— Parece que você só conhece metade da história, não é? — Suspirou — Lisa foi para uma casa de prostituição. 

Fiquei em choque. 

O boato que corria pela Strix era que ela estava livre, não se vendendo. 

Se vendendo não é bem o que ela está fazendo, já que todo lucro vai para máfia.

Fiquei triste porque meu plano não deu certo, ainda estou nas mãos de Chris Novak. Mas estou feliz porque não precisei foder Marcus.

Me levantei do chão, peguei minha camiseta e comecei a abotoar.

— Onde você vai? — Ele estava com um misto de raiva e incredulidade. 

Vesti meu casaco e minha calcinha. Marcus segurou meu braço fortemente, me obrigando a lhe olhar.

— Você vai me deixar desse jeito? — Ele apontou para seu pau, mas eu não olhei.

— Sim — Dei de ombros e já estava saindo quando senti sua mão apertar meu cabelo e me puxar para trás. 

— Você vai dar para mim, sua vadia. — Sua voz estava muito raivosa, eu nunca o havia ouvido dessa forma. 

— Se você encostar em mim, eu grito. Você pode ter escapado daquela vez com Lisa, mas eu juro por Deus que se você tocar em mim, você será um homem morto. — Tentei minha melhor ameaça.

E eu não estava mentindo.

Recebi um tapa forte, e senti meus ouvidos zumbirem e meu lábio inferior doer. 

— Nada que você não tenha merecido. 

Ele solta meu cabelo e sai do quarto. Vou até o banheiro, e vejo uma mancha de sangue. O filha da puta rasgou o meu lábio. Passei água abundantemente e ele deixou de sangrar. 

Ele sabia que tapas era uma punição normal a ser dada para nossa desobediência, é claro que daria em nada. 

Não voltei para o refeitório, invés disso arrumei minha mala que era basicamente uns pares de roupas básicas, e tentei não pensar em Chris Novak. 

Tentei não pensar no que me aguardava.

***

Eu tinha adormecido cedo, e acordei com alguém balançando meus ombros.

— Emma! Emma! — Selena sussurrava, ela estava sorrindo.

Esfreguei meus olhos e bocejei.

— O que houve? 

— Feliz aniversário! — Ela sorriu tão brilhantemente que eu tive que retribuir. — Tenho um presente para você. 

Ela abriu a palma de sua mão na minha frente e lá tinha uma pulseira prateada simples.

— Onde você achou isso?

— É minha, eu encontrei no meu antigo orfanato faz tempo. — Ela pegou o meu pulso e colocou o acessório. — Para você não esquecer de mim, quando estiver lá fora. 

Eu a abracei fortemente, seu corpo era tão pequeno e frágil ao redor do meu corpo.

— Eu não vou esquecer. Nunca. — Sussurrei, ainda lhe abraçando.

Nós juntas vamos ao refeitório, e eu faço minha última refeição, pego minha mala e espero na entrada. Selena está com outras meninas lá dentro, elas estão conhecendo seus possíveis dominadores. Mas fiz uma promessa a ela, e vou cumprir. 

Quando os portões se abrem, um carro preto entra. Eu não sabia muito de carros, mas esse era luxuoso. Chris Novak sai de dentro, com vestimentas sociais, e me encara. Vanessa estava ao meu lado e começou a andar na direção do automóvel, eu ainda estava no mesmo lugar quando ela parou e virou-se. 

— Emma. — Seu olhar era severo.

Ela esperava que eu desse um show, mas eu estava muito cansada para isso.

Sabendo que não tinha mais nada que eu pudesse fazer, ergui meu queixo, peguei minha mala e andei. Nem um momento deixei de olhar para meu futuro dominador. Seus olhos azuis me perfuravam.

— O que houve com seu lábio? — Chris perguntou com raiva.

Vanessa respondeu por mim.

— Quando as submissas desobedecem, como é o caso frequente de Emma — Vanessa me lançou um olhar de desagrado —, Elas são devidamente punidas.

Seu discurso ensaiado me faz revirar os olhos. 

— Emma está sob as minhas responsabilidades, nenhuma pessoa tem o direito de tocá-la.

— Veja bem, Sr. Novak...

— Castigue quem fez isso — Ele apontou para meu lábio — Ou eu farei.

Sua voz era tão ameaçadora quanto sua expressão, e eu tive pena dos inimigos desse homem. 

— Como quiser, Sr. Novak — Vanessa pareceu intimidada, e eu até que gostei.

— Emma! — Ouvimos um grito de longe, e viramos os três o rosto.

Selena estava na porta principal de entrada.

— Espere um minuto. — Olhei para Chris com o cenho franzido, mas não esperei a resposta, e corri até a minha ex-colega de quarto.

Abracei-a fortemente mais uma vez, seus olhinhos azuis estavam marejados.

— Eles já escolheram. O meu dominador. 

— Isso não importa, eu virei te buscar antes disso.

Ela tentou sorrir otimista.

— Ele tem 16 anos. É italiano. 

— Todos esses malditos são.

Rimos juntas. Fiquei surpresa que fosse um garoto tão jovem a ser escolhido, provavelmente o pai lhe obrigou. 

— Só não se esqueça de mim, ok? — Suas íris azuis me encararam em um pedido de súplica.

— Eu não vou. 

Abracei ela, novamente, com mais força. Essa garota não merecia essa vida, nenhuma de nós, mas essa garota eu poderia ajudar.

— Emma! — Vanessa gritou com raiva.

Soltei Selena e depositei um beijo forte no topo de sua cabeça, sorri tristemente antes de caminhar até o carro, olhando algumas vezes para trás. Ela ainda estava lá, e vi que seu queixo tremia e seu rosto estava vermelho de lágrimas.

Quando entrei no carro, dei um aceno de despedida que ela retribuiu, e então o carro entrou em movimento e não pude mais ver seu rosto.



Deixe estrelinha, isso ajuda muito.

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