Um grande jardim aparece na frente de uma moça com seu vestido ala "Alice", flores vermelhas brilhavam dentro da luz que o sol jogava naquele dia. Um mundo perfeito se mostrava dentro dos olhos dela, dos olhos que via o belo. Daí pensava: "Será que isso existe mesmo? Será que é apenas um sonho?". Afinal, O que é ilusão? Ilusão ou realidade, muitas vezes, se confundem como um reflexo daquilo que chamamos real. Essa moça estava em uma serenidade triunfante da sua alma, um ser fragilizado que teve uma fulga.
Eis que de repente, um homem com um sobretudo preto, calças pretas, cabelos estranhos no meio do nada: *onde pensa que está?*.
A moça olhou com espanto e pensou: "como onde estou? Estou em um mundo lindo, onde as flores brilham!".
O homem deu um sorrisinho sarcástico e disse com a cabeça baixa: *eu posso ler pensamentos, posso ver tudo que sente! Sou um "deus" menor dos que reinavam na antiguidade, o "deus" dominante agora, não tolera nada além dele mesmo. O ego desse "deus" não corresponde ao "deus" maior verdadeiro. Porém, você tem certeza que isso é mesmo a realidade?".
A moça alucinada com a reação em cadeia que levou essa revelação, só pensou em uma pergunta: "Que "deus" verdadeiro esse homem diz existir? Como ele deve saber que existe uma outra realidade além disso tudo? Eu estou tão bem, tão em paz em meu espirito em minha essência.".
O homem apareceu de repente em sua frente e disse: *Não saberá se não sentir dentro de ti mesmo, todos os homens mataram esse "deus", para exaltar a ciência. Sabe o que diriam de ti se contasse a eles o que está vendo? Iriam achar um delírio, uma forma de você sair da realidade por causa de um grande trauma...não acho que estamos num delírio, afinal, o que você teria de trauma? * - de repente ele apareceu de costas e com as mãos para traz, mas olhando meio "rabo de olho". Continuou: *Muitos não acreditam que mundos como esse existam, mas eles existem e somos seres que adentramos nesses mundos, adentramos nas promessas vazias de um ser que não sabe das realidades. Delírio...risível! *. Com uma risada sombria ele vira para a moça e sorri, mas a moça não pode ver seu rosto.
A moça então não consegue entender porque aquele mundo tão belo tenha esse ser tão sombrio, então, pensa: "Que ser é esse que entra em meu mundo e descobre toda a minha vida? ". Começa a chorar angustiada em seu mundo, como se aquele homem lhe roubou aquele momento, aquele instante de paz. Então, ela olha aquele homem e vê que ele estava sorrindo no meio daquelas lagrimas.
Assim disse: * Anuncio a você um alivio daquilo que chama de dor. Afinal, o sonho devera sempre ser considerado como a ilusão da ilusão, como uma satisfação ainda maior dessa gama da ilusão. Sempre é preciso ter o caos dentro de si mesmo, para dar à luz uma estrala que dança; eu digo, linda menina, você precisa ter esse caos dentro de você. Dentro da sua alma sofredora e amargurada, terá o pirilampo que guiara ao verdadeiro caminho. Quem sou eu? Sou aquele que cai no abismo e dança sorrindo e cantando sua canção de ninar, menina, sou o guardião do seu sono e dos seus sorrisos e gritos! *. Ele sorriu e parou de repente, como se tivesse dado mais uma pista aquela xarada angustiante.
A moça em seus pensamentos, continuou: "Se isso não é a realidade, aonde estou então? Será que estou tendo ilusões e elas estão mexendo com tudo que acredito e eu sou? O ser nada mais é, do que angustia de não saber o que é a verdadeira realidade, o momento difuso entre o ser e o parecer". Mas a moça viu o homem ainda parado dentro do momento excitante de ver aquele pensamento dela.
O homem finalmente, disse: *saia desse mundo onde esconde a angustia de não ser nada além daquilo que tu és. Se torne aquilo que você é e lembre-se sempre, sempre aqueles que foram vistos dançando foram chamados de malucos, insanos, por outros que não conseguiram ouvir a música. Essa música, nem todos ouvem. *.
A moça se encontrou suada em uma cama, estava escuro e havia muito frio. Olhou para o lado um copo de agua e junto remédios e lembrou que estava febril e tiram delirado graças a febre. Mas pensava: "quem era aquele homem que apareceu no meu sonho? Ele disse tudo aquilo que eu sentia como a angustia de não ser eu mesmo, a mania de retalhar a minha alegria por causa do outro, mas eu serei outra". Assim, virou e voltou a dormir.