"Não há mais desculpas" - Castiel disse, passando um dedo sobre a mesa.
"Desculpas para quê?" Dean perguntou olhando por cima dos jornais.
Ele sorriu ligeiramente, se inclinando sobre a mesa para passar uma mão na bochecha dos mecânico.
"Meu aniversário foi há alguns dias. Eu sou adulto agora. Não há mais desculpas." Castiel disse andando em volta da mesa e empurrando a cadeira para longe.
Dean olhou para ele com olhos arregalados enquanto Castiel se posicionava na frente dele e o puxava para ficar de pé.
"Você pode me ter." Ele sussurrou, olhando em seus olhos verdes.
"Cas..." o homem mais velho suspirou.
"Eu quero você, Dean. Por favor..." Castiel murmurou, roçando seus lábios sobre sua garganta.
"C-Cas... isto é... eu não posso..." ele gaguejou.
"Você também me quer Dean. Eu sei que você me quer também." o garoto disse, tentando convencê-lo.
Dean gemeu quando seus quadris entraram em contato, seu sangue correndo para a parte inferior de seu corpo. Castiel se inclinou para cima e seus lábios roçaram nos lábios de Dean.
"Me diga que você também quer." - ele insistiu, suas mãos deslizando sob a camisa de Dean para tocar sua pele nua.
O mecânico estremeceu ao seu toque, inclinando-se para beijá-lo mais profundamente.
"Deus, Cas... Eu quero você." Ele gemeu contra seus lábios.
Castiel sorriu, puxando-o para mais perto enquanto se sentava na mesa.
"Então me tome." sussurrou.
Dean sentou-se na cama, os olhos arregalados e o peito subindo e descendo rapidamente. Ele olhou para o volume em sua boxer e inalou bruscamente.
"Porra!" Dean amaldiçoou alto, jogando as cobertas e correndo para o banheiro para tomar um banho frio.
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Ele andava de um lado para o outro, tentando e não conseguindo banir o sonho de sua mente.
"Você está com alguma coceira?"
Ele olhou para Bobby para vê-lo olhando de volta para ele de sua mesa.
"Eu estou com um problema." admitiu antes de girar para andar novamente.
"Você tem vários problemas, Dean. Isso é sobre a história de sua vida. A qual você está se referindo agora? " Perguntou o homem mais velho.
Ele voltou-se para ele novamente, hesitando antes de gemer e cair em uma cadeira.
"Eu tenho que ir para aquela escola e ensinar amanhã." suspirou.
"Sim, é o seu trabalho. Tanto quanto eu sei, você costumava gostar. Se importa de me dizer por que de repente você está ficando branco como um fantasma?"
Dean olhou para ele, esfregando a mandíbula com frustração.
"Há um aluno..." ele começou.
Bobby sentou-se mais reto.
"Um daqueles rebeldes estragados lhe dando problemas?" Bobby perguntou.
Ele suspirou sacudindo a cabeça.
"Não desse tipo, mas também não de qualquer maneira que você possa imaginar. Ele só está preso a mim e eu não posso ignorar isso. Nunca me aconteceu antes."
O homem mais velho acenou com a cabeça.
"Ele tem uma vida de merda em casa? Foi abusado? Eu sempre estive esperando que você encontrasse alguém que você poderia se ajudar."
Dean olhou para ele com confusão antes de perceber que Bobby estava pensando muito melhor dele. Ele achava que Dean estava ajudando um garoto perturbado em vez de ter sonhos sujos sobre um.
"Eu tenho que ir. Desculpe Bobby. Eu preciso da uma olhada no meu pai." Ele disse, pulando.
"Dean?" O homem mais velho chamou soando confuso.
Ele suspirou e se virou para trás.
"Eu não sou um bom sujeito, Bobby." admitiu, a decepção si mesmo enchendo sua voz. "Às vezes eu acho que sou pior do que meu pai."
Bobby franziu o cenho para ele, parecendo pronto para uma discussão.
"E eu só continuo provando que estou certo." Ele disse em uma voz calma, virando-se para sair antes que o homem mais velho pudesse argumentar.
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Dean bateu o pé no chão repetidamente enquanto olhava para a garagem vazia. Seus olhos continuaram voltando para o Chevelle vermelho. De vez em quando um lampejo do seu sonho passava pela cabeça dele, e ele imaginava que Cas se inclinava sobre o carro e... ele se cortou, balançando a cabeça. Tnha que parar de permitir a sua linha de pensamento de ir para lá ou ele nunca seria capaz de banir os pensamentos de sua mente. Depois de mais alguns minutos tentando e não evitando pensar no adolescente de olhos azuis, uma batida forte soou na porta da garagem.
"Está aberto!" - convidou, quase desejando não ter feito.
"Olá Dean. Se importa que eu fique aqui? Este é o meu período livre e eu normalmente estaria estudando na biblioteca só que não tenho nada para estudar e eu queria vir falar com você sobre o que aconteceu na semana passada." Castiel pediu soando sem fôlego quando ele fez isso.
Dean olhou para ele por vários momentos, seus olhos percorrendo por seus jeans apertados e a camiseta azul escuro. Ele balançou a cabeça e suspirou.
"Tudo bem, Cas. Você pode vir sempre que quiser." ele se viu dizendo.
O adolescente sorriu, se movendo para sentar em uma cadeira de metal.
"Como está o seu pai? Eu nunca tive a chance de me desculpar por atacá-lo.
Eu realmente não estava pensando quando eu fiz isso." se desculpou olhando para Dean.
"Ele está bem. Realmente não há necessidade de pedir desculpas. Eu meio que queria que você tivesse chutado a bunda dele um pouco mais."
O garoto suspirou de alívio e sentou-se de volta.
"Como foi seu aniversário?" Dean questionou.
"Foi bom. Obrigado por me enviar mensagens. Foi uma adição bem vinda a um dia já bom. Meu irmão, Gabriel, me fez um bolo realista em forma de coração como um reflexo da minha profissão desejada." respondeu sorrindo.
Dean assentiu.
"Sim, eu vi isso. Ficou muito bom."
Castiel deu-lhe um olhar confuso e Dean imediatamente voltou atrás, percebendo o que ele disse.
"Quero dizer... Jo me enviou uma foto quando ela me deu seu número. Era um bolo incrível. Seu irmão deve ter uma padaria ou algo assim."
O adolescente de cabelos escuros assentiu e Dean ficou menos tenso.
"Vou transmitir o sentimento. Tenho certeza de que ele será ainda mais egoísta por isso." Cas disse, sorrindo ligeiramente.
Passaram-se vários momentos de silêncio e Dean não conseguia mais apenas ficar ali olhando para Castiel em sua frente.
"Você tem planos para o Dia de Ação de Graças?" perguntou, não querendo deixar a conversa diminuir para que seus pensamentos estivessem engajados em outra coisa senão arrancar as roupas de Castiel fora dele.
O sorriso desapareceu de seu rosto e seus olhos ficaram sombreados.
"Alguns membros da minha família estão vindo a Lawrence para passar o feriado conosco." ele disse a Dean.
"Isso é uma coisa ruim?" Dean questionou, confuso sobre por que ele parecia quase irritado com isso.
Castiel levantou os olhos e olhou para ele.
"Eu não sou exatamente próximo desses membros da família, eles não eram muito amigáveis quando eu era mais jovem."
Dean assentiu, olhando para as mãos.
"Meu irmão e sua noiva estão vindo, eu acho. Provavelmente vamos jantar com Bobby e os Harvelle." ele disse.
Castiel olhou para ele.
"Achei isso adorável. Tenho certeza que você vai se divertir." Castiel disse sorrindo levemente.
Dean respirou fundo e sorriu, hesitante.
"Então você acha que vai ganhar o carro este ano?" perguntou, olhando para os veículos.
"Não tenho certeza" - disse Castiel, olhando por cima do ombro para o próprio carro. "Se eu conseguir, eu vou ter que te agradecer muito por me ensinar todas as coisas necessárias para fazê-lo."
Dean sorriu, inclinando-se para a frente na mesa.
"A lisonja não te levará a lugar nenhum, Cas." ele disse.
Castiel inclinou-se para frente também, sorrindo mais.
"Mas não pode machucar." ele lembrou.
O mecânico riu, todos os pensamentos perturbados foram embora falando assim livremente com o adolescente.
"Eu acho que você pode precisar de um carro de luxo quando você estiver indo para a faculdade. Você tem que impressionar os cavalheiros de lá, afinal."
O sorriso de Castiel se contraiu e ele olhou para as mãos.
"Duvido que haja qualquer cara lá que eu queira impressionar." ele suspirou.
Dean franziu o cenho.
"Essa não é a maneira correta de pensar sobre a faculdade. Eu nunca fui, mas meu irmão sim e ele encontrou uma namorada em seu primeiro ano. Você tem que ter esperança." disse, encorajando-o.
Castiel olhou para ele.
"Dado que eu já conheço o homem que atende todos os meus padrões exatos, não posso imaginar que qualquer garoto de faculdade possa se comparar a ele, ou superá-lo."
A boca de Dean ficou seca enquanto ele engoliu em seco. Ele não percebeu que ambos estavam inclinados ainda mais perto.
"Sim? E quem é esse homem?"
Os cantos da boca do garoto se ergueram ligeiramente.
"É segredo, Dean." ele murmurou.
Dean olhou fixamente em seus olhos por um momento antes de olhar para baixo em sua boca perfeitamente moldada. Ele lambeu os lábios antes de olhar de volta em seus olhos azuis ardentes.
"Cas..." ele começou, sem nem mesmo saber o que ia dizer.
Sua voz era mais áspera do que ele queria soar e ele viu as pupilas de Castiel se alargarem um pouco, o azul de seus olhos escurecendo numa sombra. Ele nunca teve a chance de dizer mais nada quando a porta se abriu e uma gigantesca interrupção entrou na sala.
"Dean." O recém chegado disse enquanto os dois olhavam para ele, os olhos de Castiel um pouco mais largos por terem sido flagrados quase... Se beijando?
O mecânico parou devagar, seus olhos também arregalados.
"Sammy? O que diabos você está fazendo aqui?" Dean perguntou.
Seu irmão se lançou para frente e o puxou para um abraço.
"É Sam." - o gigante disse simplesmente.