Ala 11 ; [junhao]

By coupscolors

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"Então, o que você tem?" "Porque caralhos você quer saber disso?" "Desculpa, eu só..." "Cala a boca. Você é t... More

Prologue
Un
Deux
Trois
Quatre
Cinq
Sept
Huit
Neuf
Dix
Onze
Douze
Treize
Quartoze
Quinze
Seize
Dix-sept
Dix-huit
Dix-neuf
Vingt.
Vingt et Un.
Vingt-deux
news .*♡
Vingt-trois
Vingt-quatre
Vingt-cinq
Vingt-six
Vingt-sept
Vingt-huit
Vingt-neuf

Six

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By coupscolors

"Eu quero que você me abrace"

Ele sorriu após ver minha expressão de choque e deu um passo a frente, ficando mais próximo.

"Junhui, para", eu sussurei. "Você está me assustando"

Ele riu: "É só um abraço. O que tem de tão assustador nisso?"

"Eu não gosto de contato físico"

Ele suspirou: "Talvez eu possa te ajudar com isso. Poderia mudar se você me abraçasse-"

"Para, agora!", gritei subitamente, o empurrei para longe com toda minha força e tranquei a porta do banheiro"

Ouvi Junhui suspirando novamente e caminhando para longe.

Eu ainda estava tremendo um pouco, porque eu realmente não gosto de brigar ou gritar com as pessoas.

Terminei o que tinha que fazer o mais rápido possível e voltei para o meu quarto, onde Chan já estava dormindo.

...

Já faziam 3 minutos que eu estava sentado nessa cadeira esperando pelo meu médico. O quarto parecia bem diferente do que eu tinha imaginado. Eu imaginei que tudo seria branco e assustador, mas eu me sentia confortável por alguma razão. E eu estava encarando o enorme mapa mundi que estava pendurado na parede à minha frente.

Finalmente alguém abriu a porta atrás de mim, mas eu não me virei para ver quem era. Apenas esperei até o médico estar a minha frente.

Eu vi uma mulher, ela aparentava ter uns quarenta anos, com cabelos pretos e lisos e um sorriso amigável. Ela se sentou e esperou até eu falar algo.

Mas eu não falei.

Ela desistiu de esperar e começou a falar: "Eu sou a doutora Nam Yuna. Prazer em te conhecer, Minghao"

Forcei um sorriso e ela continuou a falar.

"Então, você sabe por que está aqui certo?"

Eu apenas neguei com a cabeça porque bem, eu não sabia por que minha mãe tinha me colocado nesse lugar.

Ela riu: "Ah, ok. Hoje e nas próximas consultas nós iremos conversar sobre sua anorexia e tentar tratá-la da melhor forma possível"

Finalmente comecei a falar, mesmo minha voz saindo um pouco fraca: "Eu não tenho anarexia... anirixia... ou qualquer que seja essa coisa"

"Você tem. Eu entendo que você não queira admitir. Você não é o único. Mas anorexia não é uma 'coisa'. É um transtorno muito sério, que é difícil de ser curado sem nenhuma ajuda"

"E eu não preciso da sua ajuda, porque eu estou bem", eu disse querendo me levantar e ir embora, mas não fiz isso.

A doutora suspirou e ficou em silêncio por um tempo. Então ela se virou e apontou para o mapa mundi.

"Você já visitou algum outro país, Minghao?"

"Eu pensei que a gente estava aqui para conversar sobre-", eu não pude terminar minha frase porque seu dedo apontou para um certo país.

China.

"Sim, eu nasci na China e morei lá por 13 anos", eu disse.

"Sério? Agora seu nome faz sentido. Ele não parecia ser coreano", ela disse, feliz por eu finalmente estar lhe dando uma resposta decente.

"Por que você se mudou?", ela fez a pergunta que eu mais odiava.

"Problemas familiares", era o que eu sempre costumava dizer quando me perguntavam sobre a China.

"Entendo", foi a única coisa que a doutora Nam falou. Ela sabia que eu estava mentindo.

"Tem algum outro país que você gostaria de visitar?", ela perguntou finalmente tirando seu dedo do mapa.

"Nova York", saiu da minha boca e ela começou a rir.

"Isso não é um país"

Acabei rindo também.

Nós conversamos sobre várias coisas, menos sobre meu 'transtorno muito sério', e depois de uma hora ela disse que eu poderia sair e ir almoçar.

Eu estava a caminho da mesa que eu costumava almoçar com os garotos mas encontrei apenas Junhui e Soonyoung lá.

"Gente, cadê o Chan?", eu disse fazendo-os notar minha presença.

"Eu pensei que ele estaria com você. Eu não o vi o dia inteiro", Soonyoung disse encolhendo os ombros.

"Não. Eu tive minha primeira sessão de terapia hoje e ele ainda estava dormindo quando eu acordei", eu me sentei ao lado de Soonyoung, olhando para porta esperando que Chan aparecesse.

A enfermeira veio e me entregou minha comida. Eu perguntei a ela sobre Chan, mas ela disse que ele não era obrigado a estar no refeitório todo dia e que talvez ele só quisesse descansar um pouco.

Suspirei e tentei aceitar essa situação.

"Cara, fica calmo. Não é a primeira vez que ele prefere ficar no quarto durante a hora do almoço", Junhui disse acenando a minha frente para me fazer parar de olhar para a porta do refeitório.

"Mas eu estou com um mal pressentimento", eu disse finalmente parando de olhar para a porta.

"Não é nada", disse Soonyoung, também tentando me distrair. "Em 45 minutos você pode voltar para o seu quarto e confirmar"

Então eu comecei a comer e contei sobre minha primeira sessão de terapia com os garotos, e eles ficaram com inveja por ter sido com a doutora Nam. Eles falaram que a ela era a mais legal de todos.

"Sobre o que vocês conversaram?", Jun me perguntou enquanto roubava uma fatia de pão, colocando-a inteira na boca.

"Sobre a China e outros países"

"Ela fez o mesmo comigo, quando eu tive minha sessão com ela. Ela agiu como se não soubesse que eu era chinês para ficar mais próxima de mim", Junhui disse, ainda mastigando o pão.

"Você é chinês?", perguntei, chocado com a revelação.

"Uhm... sou sim. Surpresa", ele disse e todos começamos a rir.

Ele começou a falar da sua cidade natal e o quanto ele sentia falta de lá.

"Jun prometeu para mim e para o Chan que iríamos juntos para China quando saíssemos daqui. Você deveria ir com a gente", Soonyoung falou.

"Não, obrigada. Eu não tenho boas memórias na China", me esforcei para não começar a chorar e tentar permanecer calmo.

"Oh, tudo bem", Soonyoung reparou na minha reação e começou a falar sobre um filme novo mas eu não prestei atenção.

"Minghao, você pode ir embora. O seu tempo acabou", a enfermeira de antes voltou e levou minha bandeja consigo.

"Vamos", eu disse, me levantando.

"Nós não terminamos. Mas você pode ir se está tão preocupado com nosso bebê Chan", Junhui falou e os dois garotos começaram a rir.

Tentei caminhar de volta ao meu quarto o mais calmo o possível e abri a porta silenciosamente.

Eu não consegui ver o Chan em lugar nenhum, mas eu podia ouvir sua voz.

Ele estava chorando.

"Chan?", eu disse e ele imediatamente parou de chorar.

"Onde você está?", continuei e finalmente o achei sentado no pequeno closet.

"Como tu coubeste aí dentro?", eu caminhei em direção a ele, mas ele me parou.

"Para!", ele gritou. "Não venha aqui, por favor, só me deixe sozinho"

"Não. O que aconteceu?", eu o ignorei e me ajoelhei perto dele.

"Chan, você está sangrando?", eu perguntei a ele e tentei não vomitar, depois que ele murmurou alguns pedidos de desculpas e me mostrou seus braços cortados.

xxx

-DepressãoDistúrbio cerebral caracterizado por depressão persistente ou perda de interesse em atividades, causando prejuízos significativos na vida diária.

  As causas possíveis incluem uma combinação de fontes biológicas, psicológicas e sociais de angústia. 

A sensação persistente de tristeza ou perda de interesse que caracteriza a depressão pode levar a uma variedade de sintomas físicos e comportamentais. Estes podem incluir alterações no sono, apetite, nível de energia, concentração, comportamento diário ou autoestima. A depressão também pode ser associada a pensamentos suicidas. 

[N/T]: Tadinho do Chan :'( 

Espero que tenham gostado do capítulo! não esqueçam de votar e comentar!

Beijos e até a próxima~

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