The Donor - Faberry

By Lookafterachele

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A filha de Rachel quer saber quem é seu 'pai'. Como Rachel pode explicar à menina que 'seu pai' é, na verdade... More

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31. Epílogo

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By Lookafterachele


The Donor

De wishfxlthinking

Capítulo 27


Rachel's POV

Era sempre interessante olhar em volta num cômodo cheio e notar as pessoas nele. Apenas de olhar para o semblante de alguém, você poderia potencialmente identificar sua idade, etnia, situação socioeconômica se você fosse bastante analítico, mas, mais do que tudo, suas emoções.

Na sala de espera do médico, o rosto de cada pessoa refletia uma emoção diferente. Alguns nervosos. Outros excitados. Casais sorrindo um para o outro, outros ignorando-se completamente. Todos ali sabiam, ou pensavam, que estavam esperando um bebê e eu podia dizer quais estavam felizes com a idéia e quais não estavam. Eu me perguntava qual emoção podia ser lida em meu rosto.

Provavelmente tristeza, já que eu estava ali sozinha. Sant não quis me acompanhar, dizendo que alguém deveria cuidar das nossas filhas, mas eu sabia que era porque ela ainda estava decepcionada. Ainda decepcionada que eu não havia contado para Quinn, que eu estava guardando um segredo tão grande dela por quase três semanas. Levou-me apenas algumas horas depois de descobrir sobre a gravidez para contar a Sant. E então uma semana para contar a Cassandra. Mas três semanas depois de fazer o teste de farmácia e descobrir que eu estava grávida com a minha segunda criança, minha melhor amiga e minha ex sabiam, mas minha namorada e a mulher que eu mais amava ainda não sabia.

Ela disse que não queria que nada mudasse entre nós. Eu pensei em contar a Quinn, naquela mesma noite em que deixei escapar para Cassandra. Mas não pude. Não depois que ela disse que não queria que nada mudasse entre nós duas. Aquilo tinha me feito decidir. Adiar contar a ela o tanto quanto possível até me decidir sobre a gravidez, mas eu não podia mais. Ela me amava. Quinn me amava.

Claro que eu queria descobrir que a gravidez era uma certeza antes de contar a minha namorada sobre ela. Eu não podia revelar algo grande como aquela apenas para depois descobrir que os quatro testes que eu havia feito estavam errados. Mas aquilo era pouco provável. Quatro testes? Quatro testes positivos. Eu estava, sem dúvida, grávida, mas eu ainda precisava daquela ratificação, um banho de realidade.

Achava que, se alguém estivesse me olhando, analisando minhas emoções como eu analisava a deles, eles veriam ansiedade. Mas eles veriam que eu estava bem. Toda gravidez podia ser estressante e, portanto, apesar de esta já ser a minha segunda vez passando por aquele processo de encontrar meu obstetra, era claro que eu estava ansiosa. Pela saúde do bebê, por Quinn, pelo meu corpo passando por uma gravidez novamente, por Beth. Sozinha em uma sala de espera e aquilo era tudo em que eu podia pensar.

– Senhorita Berry? – Desviei meu olhar da jovem obviamente nervosa sentada próxima a seu namorado entusiasmado em direção a um rosto ainda familiar. Seu sorriso cativante apareceu próximo a uma das portas e eu lhe dei um sorriso feliz antes de me levantar e caminhar em direção à obstetra. Eu me perguntava se Quinn compartilharia um entusiasmo similar ao jovem rapaz na sala de espera. – É adorável ver você de novo. Como estão as coisas? – A Dra. Holliday começou.

– Muito boas, obrigada. E você? Já se passaram cinco anos desde que nos vimos pela última vez.

– Eu ainda estou em uma profissão que eu amo, então não posso reclamar – ela respondeu com uma pequena risada; ela sempre amara seu trabalho. – Então, vamos começar. Essa é sua segunda gravidez, cinco anos depois da última. Há algo de diferente nessa?

– Não estou com enjoos, ainda bem. Mas estou bem temperamental o tempo inteiro e bem mais sensível, completamente instável, se comparada à primeira vez. E eu ainda estou menstruando, então eu estava esperando que você pudesse me esclarecer sobre isso e me falar se é algo com o qual eu deveria me preocupar.

– Menstruar durante a gravidez é raro, mas não impossível. Pode não durar muito, também, apenas nos primeiros meses até regular. Por que você não se deita e descobrimos tudo para você? – A Dra. Holliday me instruiu a deitar, gesticulando em direção à mesa de exame.

Depois de realizar vários exames muito desconfortáveis para assegurar que meus sangramentos não eram preocupantes, fui instruída a abaixar minha calça até meu quadril e levantar minha camiseta até meu seio, já tencionando minha barriga à espera do gel gelado. Eu sabia que viria, mas ainda me encolhi com o quanto era gelado quando veio.

– Parabéns – minha cabeça se virou rapidamente para encarar minha médica, quem, mais uma vez, sorria feliz –, você está definitivamente grávida – ou o sorriso dela era contagiante ou ouvir a confirmação de que eu carregava uma criança de Quinn era mais impressionante do que eu imaginava. Minhas bochechas ficaram molhadas e minha visão embaçada, minhas lágrimas um sinal óbvio de felicidade que eu precisava para me provar que eu estava emocionada. – Daqui eu posso dizer que você está quase 12 semanas grávida.

– Doze semanas? Você tem certeza? – Perguntei freneticamente. Não tinha como eu estar três meses grávida já.

Nossa primeira vez fora há três meses. Quinn tinha me engravidado na nossa primeira vez juntas. Minha inseminação de Beth também tinha sido um sucesso já na primeira vez. Talvez eu e Quinn fôssemos realmente compatíveis. Ou o esperma dela era fodidamente eficiente.

– Tenho certeza. Parabéns, novamente.

Minha médica então falou sobre as medidas do bebê, avaliando as imagens para revelar que ele ou ela parecia perfeitamente saudável e vinha se desenvolvendo normalmente. Eu sabia que ela estaria escrevendo tudo aquilo. Ela sabia que, assim como a maioria das mães, eu estava muito distraída com a imagem na tela. Eu absorvia tudo, desde o formato do corpo até o narizinho definido. Diferente da vez em que testemunhei as primeiras imagens de Beth, as lágrimas não se acumularam em meus olhos, elas caiam delicadamente quando eu pensava em Quinn. Ela deveria estar lá, mas eu nunca dei a ela a oportunidade. E então o som do coraçãozinho ressoou pelo sistema e eu chorei ainda mais, pensando em como eu era uma vadia sem coração por não estar vivenciando aquilo com Quinn.

Trinta minutos depois de entrar no escritório da médica, e eu o deixei com as bochechas manchadas de lágrimas e a primeira foto do meu bebê.

Eu recebi uma ligação de Sant no caminho para casa, a mais nova pedindo desculpas por não me acompanhar hoje. Ela sabia da sua própria gravidez de Michele o quanto o ultrassom, especialmente o primeiro, podia ser assustador porque sempre havia a possibilidade de não se receber boas notícias. Mas eu aceitei suas desculpas imediatamente, falando que eu concordava com tudo que ela tinha dito. Eu sabia que eu deveria ter contado a Quinn e eu iria contar a Quinn. Mas eu sabia que, se eu pudesse voltar no tempo, eu não mudaria nada porque, apesar da culpa, eu ainda estava tão assustada de contar a minha namorada a novidade. Eu respondi todas as perguntas de Sant sobre o ultrassom e eu superei minha culpa por um momento, focando na felicidade de Sant por Quinn e por mim e me lembrando do quanto eu estava animada. Apesar do sentimento de culpa, nada podia me impedir de sorrir, nem mesmo a fila ridícula na minha pizzaria favorita.

Decidindo por um desvio em vez de ir para casa, eu fiquei na fila e pedi uma pizza grande esperando surpreender Quinn em seu trabalho, na sua hora do almoço. Não era o momento ideal para lhe contar sobre o bebê. Eu não sabia quando seria a hora certa, mas eu sabia que eu estaria contando em breve. Apenas não em sua hora de almoço. Era um caminho pequeno da pizzaria até o trabalho de Quinn; mesmo que eu nunca a tenha visitado lá, ela havia me dito exatamente onde ela estaria se eu ou Beth precisássemos dela. Eu falei com o rapaz na recepção e ele me deu as coordenadas para o escritório de Quinn. Um elevador até o segundo andar e caminhando por algumas dúzias de escritórios e eu, enfim, encontrei aquele que tinha "Quinn Fabray" em uma placa na porta. Mesmo de fora, seu escritório parecia maior que os demais pelos quais eu tinha passado e eu fiquei orgulhosa de sua posição em sua profissão, mesmo sabendo que ela não gostava tanto do que fazia; sua perseverança era admirável.

– Entre – a familiar voz rouca ressoou do lado de dentro depois que eu bati na porta. Com a pizza na minha mão, eu vagarosamente abri a porta e eu sorri imediatamente com a imagem de Quinn sentada atrás de sua mesa, digitando algo em seu computador e um biscoito entre seus dentes. Seu rosto se iluminou com a minha entrada e, em pouco tempo, ela pulou de sua cadeira, já circulando sua mesa para me cumprimentar de maneira apropriada. Com uma mão em minha nuca, ela puxou meu rosto contra o dela e rapidamente me beijou com tanta ternura. – Essa é uma linda surpresa, amor. O que você faz aqui?

– Eu pensei em trazer um almoço para você – disse docemente, segurando a pizza em sua direção e rindo do quanto seu sorriso era genuíno antes de se tornar aquele sorriso mais largo, como se fosse uma criança animada. Ela continuou a sorrir daquela forma e a cantarolar em satisfação quando ela abriu a caixa da pizza em sua mesinha de centro, sentando no sofá ao lado e me dando espaço para me juntar a ela.

– Obrigada, amor. Isso é perfeito – ela me deu outro beijo, este levemente mais profundo e meu corpo estremeceu diante de sua paixão. Quinn, não sabendo que ela podia me deixar com tesão apenas com um beijo, interrompeu o ato e virou-se para a pizza, pegando duas fatias e me dando uma. Eu me mexi em meu lugar no sofá, tentando me recompor e silenciosamente reprimindo Quinn por beijar tão bem, e reprimindo a mim mesma por ser uma mulher tão fácil. Aquele era o primeiro sintoma que notei quando ponderei que eu poderia estar grávida: minha extra sensibilidade. Eu sempre havia sido, mas aquilo estava ridículo. Um beijo apaixonado de Quinn Fabray e eu estava me desintegrando de tesão.

Ela me distraiu um pouco com conversa, falando sobre seu trabalho, meu trabalho, nossas ambições por novas oportunidades e finalmente Beth. Ela sempre queria conversar sobre Beth quando ela não estava conosco e a idéia de ela ficar animada assim por nosso novo bebê não fazia nada senão acender uma fornalha em meu coração. Quinn com crianças era sempre uma cena linda, mas vê-la amar uma criança o tanto quanto ela amava Beth? Aquilo era algo que eu jamais poderia superar.

– Com licença, senhorita Fabray – continuando a comer nossas fatias finais, nós duas viramos a cabeça diante daquela interrupção para encontrar um jovem bem-apessoado no vão da porta. Levou-me alguns minutos, mas eu eventualmente reconheci o rapaz, Noah Puckerman. Ele informou a Quinn dos e-mails que haviam sido enviados a respeito dos trabalhos dos colegas dela no jornal e, logo depois, saiu da sala, reconhecendo-me também e educadamente dizendo tchau.

– Você está certa, ele está sendo mais cordial com você agora – eu disse quando a porta se fechou por completo, cuidadosamente acalmando minha raiva pelo garoto com mais pizza, pois eu sabia que Quinn não iria querer que eu causasse um barraco em seu local de trabalho.

– Eu te disse. Eles mudaram. Claro, eles me incomodaram um pouco quando começaram a trabalhar aqui, mas quando eu sentei com eles e falei para eles crescerem, eles começaram a me tratar com mais respeito.

– Eles provavelmente perceberam que nada que eles possam dizer vai arruinar você. Você é linda, bem-sucedida e feliz. Palavras idiotas de pessoas insignificantes não deveriam mudar isso – Quinn sorriu de novo, mas corando e olhando para baixo, para o guardanapo em suas mãos, já que tinha terminado a pizza gordurosa.

– Você é perfeita. Eu amo tanto você – Quinn jogou o guardanapo na mesa e com um sorriso estampado em seus lábios, ela se inclinou para um beijo de novo. Eu me deixei reclinar sobre o sofá e puxei Quinn comigo, a mulher mais velha apoiando uma de suas mãos em minha coxa e a outra segurando ainda meu rosto e manipulando a forma como os meus lábios se esfregavam contra os dela. Eu aprofundei o beijo com a minha língua, eroticamente brincando com a dela e explorando sua boca. Grunhi contra sua boca quando sua mão pálida apertou minha perna. Sabendo que estávamos em seu escritório e em seu horário de trabalho e o que não deveríamos estar fazendo aqui, a mente lógica de Quinn venceu seu lado libidinoso e a alertou para se afastar.

Mas eu nunca era lógica quando se tratava de Quinn. Especialmente quando eu estava grávida com um filho dela e eu não podia me importa menos onde nós estávamos.

Puxei Quinn de volta contra meu corpo e ela gemeu com a minha força, seus lábios obedecendo minhas ordens e permitindo que eu aprofundasse o beijo. Com uma impaciência que eu sequer sabia que eu já tinha alcançada, tirei minhas mãos de seu rosto e procurei as dela, imediatamente conduzindo-as aos botões da minha calça. – Porra – ela murmurou sem ar contra meus lábios quando ela percebeu o que eu estava falando para ela fazer. Sem pensar muito, Quinn fez o seu melhor em rapidamente desfazer o botão do meu jeans e descer o zíper da calça.

Uma das minhas mãos procurou o rosto de Quinn novamente, afastando-a dos meus lábios, mas a mantendo perto. Nossos olhos escureceram e nossos lábios abriram quando ela deslizou sua mão por entre minha calcinha e ela imediatamente encontrou meu clitóris para esfregar, sendo ajudada sem dúvida por uma boa quantidade de umidade acumulada entre minhas pernas. Um simples toque me fazia gemer, mas ela espalmando rudemente fez meu corpo tencionar enquanto minha outra mão encontrou seus bíceps para apertar com força. Tentei manter meus olhos fixos nos dela, mas fracassei quando seu dedo médio e anular encontraram sua entrada suave em mim, e minha cabeça caiu para trás, minhas pálpebras pesadas e minhas pernas desamparadamente se abrindo para dar a ela mais espaço, mas não se abrindo tanto que diminuísse o espaço que ela tinha para se mover entre meu jeans e sua mão. Eu deveria ter tirado minha calça completamente e deitado sobre sua mesa.

Mas com aquele ângulo apertado, todavia, seus dedos não iam muito fundo, mas eles logo encontraram uma forma de se curvarem levemente contra uma parte esponjosa e minhas coxas tremeram contra sua mão. Gozei de maneira gloriosa na palma de sua mão enquanto seus dedos ainda de moviam dentro de mim. Exaustivamente, levantei meu rosto para encará-la de novo, apenas para encontrar seus olhos ainda me encarando com atenção; analisando a forma que eu estremecia sob seu toque e gozava com suas habilidades. Gemi de novo quando ela puxou seus dedos de dentro de mim e fechou minha calça, se certificando de esfregar seus dedos melados contra a pele exposta do meu quadril e cintura antes de colocá-los em sua boca e lambê-los até que eles ficassem limpos.

– Eu não acredito que acabamos de fazer isso na porra do meu escritório – Quinn enfim disse com uma risada rouca, reclinando-se de volta no sofá, apenas para que eu imitasse seu gesto e me recostasse exausta em seu corpo.

– Você quer alguma ajuda com isso, baby? – Murmurei em seu ouvido quando minha mão deslizou por cima do seu colo e espalmei a tenda formada em sua calça. A cabeça de Quinn caiu para trás com meu aperto e seu quadril subiu com meu toque, silenciosamente incentivando meu toque. – A porta está fechada? – Quinn balançou a cabeça e eu grunhi, afastando minha mão de sua ereção e caminhando para trancar a porta, sabendo que haveria mais consequências se alguém encontrasse Quinn com suas calças nos joelhos do que se me encontrassem com as minhas arriadas. Apesar daquela cena não ser a melhor para ser testemunhada também. – Agora, onde estávamos?

Eu me aproximei dos lábios de Quinn novamente quando me ajoelhei no sofá ao lado dela, minha mão cobrindo sua ereção imediatamente. Nada podia superar o gemido de Quinn contra minha boca quando eu a espalmava confiantemente, esfregando sua ereção sobre suas vestes, para cima e para baixo. Seu corpo estremeceu quando eu abri sua calça e a puxei para baixo, até seus joelhos, puxando sua cueca junto. Os lábios de Quinn estavam trêmulos contra os meus quando minha mão começou a masturba-la, então eu deixei meus lábios escorrerem dos seus lábios para seu pescoço, lambendo-o e mordiscando-o até alcançar sua clavícula.

Quinn demorou mais do que eu, mas mesmo assim não demorou muito. Minutos depois e sua respiração ofegante transformou-se em gemidos e grunhidos de prazer quando ela se aproximou do gozo, o ritmo crescente da minha mão não permitindo que ela gozasse em minha palma, mas em algum lugar da mesinha de centro.

– Porra, baby. Isso foi bom – Quinn agradeceu, pressionando seus lábios contra os meus e preguiçosamente enroscando sua língua com a minha de novo. Eu interrompi o beijo e procurei por um guardanapo, limpando nossos dedos e então as manchas na mesinha de centro. A mulher de olhos verdes se mexeu para colocar sua calça de volta, refazendo os botões com um sorriso torto em seu rosto. Quinn provavelmente nunca imaginou alguém além dela própria a masturbando no escritório.

– Você está satisfeita agora, Q? – Perguntei de maneira atrevida, sabendo qual seria sua resposta.

– Pizza, você e um orgasmo. Eu estou mais do que satisfeita – nós não interrompemos nossos sorrisos enquanto nos beijávamos. – E agora, eu vou deixar meu dia ainda melhor. Eu vou tirar à tarde de folga e passar um tempo vendo um filme com você ou resolvendo alguma coisa da sua confeitaria – ela me beijou de novo quando meu rosto se iluminou com sua sugestão –, nós podemos ter uma tarde em família com a nossa filha, resolver as últimas coisas pro primeiro dia de aula dela na nova escolinha na segunda e, talvez hoje à noite, nós podemos repetir os eventos do almoço? – Ela piscou o olho para mim, fazendo com que eu gargalhasse contra seus lábios e eu era sempre inundada com amor por aquela mulher: a mãe dos meus filhos.

Alguns beijos e alguns apertos de brincadeira e Quinn e eu nos encontrávamos prontas para sair do seu escritório, de mãos dadas e em direção aos nossos próprios carros. O trajeto para casa é solitário e surpreendentemente confortável. Música suave de uma playlist que Quinn tinha me dado tocava e saber que eu passaria mais tempo com ela naquele dia acalmaram meus sentimentos em relação àquela gravidez e ao fato de que eu ainda não tinha contado a Quinn. A mulher me seguiu o caminho inteiro até em casa em seu próprio carro, conseguindo não ser surpreendida por nenhum carro a ultrapassando ou mesmo tendo que parar em algum sinal de tráfego – ela ficou comigo o tempo inteiro. Eu parava no tráfego e olhava no retrovisor para encontrar o mesmo sorriso presunçoso nos lábios da mulher no carro atrás de mim, Quinn sempre levantando sua mão do volante para me cumprimentar quando ela reparava em meu olhar.

Um carro conhecido estava estacionado ao frente ao prédio e, apesar de querer passar tempo com minha família, eu não pude deixar de sorrir com a idéia de ver as duas mulheres que eu não via há tempos. Informei Quinn das nossas visitas e, assim que entramos no apartamento, nós imediatamente vimos Kitty e Marley no sofá ao lado de Santana, as três já curtindo uma garrafa de vinho.

– Mama! – A pequena voz gritou e Beth rapidamente correu para os braços de Quinn, e a mulher mais velha já pegou nossa filha no colo, beijando-a por todo seu rostinho. Michele e Ashley olharam para cima, desviando sua atenção de seus desenhos no chão e riram da forma como sua amiguinha tentava escapar de Quinn, apesar de todos no cômodo saberem que ela no fundo adorava a atenção.

– Senhoras, a que devemos este prazer? – Eu brinquei, já dando a volta elo sofá e envolvendo nossas convidadas em abraços, beijando cada uma delas na testa.

– Apenas pensamos em visitar nossas garotas favoritas – Kitty manifestou-se com um sorriso. – E então essa aqui comprou um vinho, então resolvemos ficar por mais tempo – ela disse em referência a Sant, que apenas permaneceu sentada, sorrindo arrogantemente enquanto tomava outro gole do seu vinho.

– Bebendo enquanto deveriam estar cuidando das crianças? Que irresponsável – Quinn provocou, piscando um olho para todas nós enquanto se sentava no chão com as três crianças, já procurando um lápis e um papel. – Isso está incrível! Quem desenhou isso? – Quinn disse com entusiasmo, mostrando a todos na sala o desenho de Deus-sabe-o-que, colorido num jeito fodido de raios coloridos sem sentido.

– Eu desenhei – Michele disse docemente, já corando sob o olhar de Quinn; a menininha ainda não tinha superado sua pequena paixonite.

– Está o máximo! – Quinn elogiou de novo, acenando para o trabalho de arte antes de se virar para sua folha em branco. As três mães e eu observamos divertidas, balançando a cabeça com a forma que ela interagia livremente com as três crianças.

– Alguém gostaria de uma taça? – Marley ofereceu, levantando a garrafa de vinho e pronta para servir duas taças vazias que eles já tinham separados para nós duas.

– Eu não, obrigada – Quinn recusou com um sorriso, voltando sua atenção para seu papel. Normalmente eu beberia e todas as quatro mulheres sabiam... mas eu não podia, e apenas Sant sabia o porquê.

– Erm, não. Para mim não, também. Eu acho que hoje vou ficar no suco ou algo assim – todas me olharam com surpresa e eu sabia que eu precisava inventar uma explicação razoável. – Vocês sabem que Quinn não bebe mais casualmente, e então não seria justo – eu já tinha dito às meninas da história de Quinn envolvendo abuso de substância alcoólica, e, portanto, a razão para ela retomar às suas consultas terapêuticas, ela apenas bebia em ocasiões bem especiais, então pensei que aquela poderia ser uma boa desculpa. Até me lembrar do quanto altruísta era a mulher de olhos verdes.

– Só porque eu não bebo não significa que você não precisa beber, Rae. Se divirta.

– Não, não. Tudo bem, sério. Apenas suco para mim. Quinn, você quer algo enquanto estou na cozinha? – Ela não pareceu muito convencida, suas sobrancelhas franzidas, mas ela não bisbilhotou.

– Sim, claro. Obrigada.

Não foi necessariamente uma mentira que eu não queria beber por causa de Quinn. Claro, eu não aceitei o vinho principalmente porque não era bom para o bebê, mas eu tinha, já em algumas ocasiões, escolhido não beber em frente a Quinn. Ela nunca me disse para não beber, ela sempre dizia que ela não se importava, mas às vezes não me parecia justo. Reencontrar seus estudantes no trabalho tinha trazido à tona algumas de suas inseguranças e ela sentiu aquela necessidade de beber. Apenas durou uma semana e ela logo se recuperou, mas álcool sempre havia sido sua forma de lidar com a ansiedade e com a insegurança. E desde que ela encontrou Beth e eu, ela não achava que precisava beber. Em vez disso, ela podia se aconchegar a gente quando as coisas ficavam difíceis.

Algumas horas depois e já tendo terminado o pequeno jantar que eu e Marley tínhamos feito para elas, as crianças voltaram a se divertir entre si. Britt também tinha aparecido e levado um delivery de comida chinesa para todas nós desde que eu praticamente tinha implorado para Sant o pedir – era o que o bebê queria, no fim das contas. Apenas segundos depois de conhecer Quinn, elas se deram muito bem. Da primeira vez que elas se encontraram, ela teve "a conversa" com Britt, ameaçando-o caso ela um dia magoasse Sant ou causasse qualquer problema com as pessoas daquela residência. Quando Britt se levantou e fez para ela as mesmas ameaças, elas terminaram rindo e desde então se tornaram boas amigas.

Sant, Britt e Quinn conversavam perto das crianças, rindo e fazendo piadas sobre qualquer besteira que podia sair de suas bocas. Eu observei divertida e com felicidade quando Quinn deslizou de seu acento no sofá para o espaço no chão perto de Beth, pegando nossa filha no colo e a aconchegando em seus braços.

– Eu realmente acho que nós conseguimos montar esse lugar em um ano. O que você acha, Rach? – Eu rapidamente me virei para as duas mulheres que se sentavam comigo no sofá, a pergunta de Marley interrompendo mais uma vez dos meus pequenos sonhos acordados sobre Quinn e crianças.

– Desculpa, mas o que?

– A confeitaria. Eu acho que nós poderíamos montá-la e já começar os negócios em um ano! – Marley disse animadamente, mexendo nos papéis em sua frente, formulários de aluguel, lista de estoques e potenciais nomes para o local. – Você tem com você aqueles papéis do marketing e do fornecimento?

– Ah sim, tenho. Eles estão na minha bolsa – eu disse para Marley enquanto comecei a procurar no meio da papelada. Ela foi se levantar e procurar entre eles, mas Kitty a interrompeu com um beijo, já se levantando para caminhar na direção da minha bolsa. Segundos depois e eu me virei quando percebi que ela não tinha voltado. A mulher apenas estava de pé, segurando minha bolsa em uma mão e uma foto em outra. Eu fiquei confusa por um momento até que me lembrei o que eu não tinha escondido: o ultrassom. Eu desesperadamente balancei minha cabeça quando seus olhos confusos encontraram os meus.

Momentos passaram e eu sabia que ela estava me observando. Kitty silenciosamente me fazendo perguntas sobre o que ela tinha encontrado em minha bolsa. Ela trouxe de volta os formulários para Marley e eu olhei em volta, pelos outros adultos no cômodo, percebendo que ninguém mais tinha visto que Kitty havia ido até minha bolsa, e menos ainda o que ela tinha encontrado ali. – Rachel, tem mais vinho? – Ela perguntou, sutilmente olhando para a cozinha ao me perguntar.

– Não sei. Vamos ver – nós nos levantamos e fomos em direção à cozinha, passando por Quinn em meu caminho, quem estendeu a mão e simplesmente acariciou a minha antes de beijá-la gentilmente. Seus lindos olhos observaram cada movimento meu até a cozinha e eu senti falta do seu olhar assim que entrei na cozinha e a perdi de vista.

– Ela já sabe? – Não precisava ser um gênio para saber do que ela estava falando. Com culpa, neguei com a cabeça – Rach, ela merece saber.

– Eu sei. Eu sei disso agora. Eu estava só com medo antes, mas eu fiz o ultrassom hoje e eu vou falar para ela em breve – ela maneou a cabeça com um olhar compreensivo, mesmo que ela quisesse gritar comigo e dizer que eu deveria ter contado a Quinn assim que eu descobri.

– Você está feliz? O bebê está saudável? – Eu sorri de novo com a idéia do meu muito saldável e já lindo bebê.

– Sim, perfeito. E eu estou feliz. Eu só estava muito assustada antes e eu acho que eu ainda estou, mas eu acho que eu estou feliz. Eu acho que ficarei ainda mais feliz quando eu contar a Quinn e ela ficar feliz também.

– Ela vai ficar feliz. Ela absolutamente adora você. E Beth ainda por cima – naquele momento, Beth entrou na sozinha para se juntar a nós, um grande sorriso estampado em seu rostinho. – Olá, pequena. O que você está fazendo aqui? – Kitty perguntou enquanto eu apenas olhei para a minha filha curiosamente. Por que diabos ela estava rindo tanto?

– Eu tenho um segredo para falar para você – minha pequena filha me disse animadamente. Eu me ajoelhei e ela se inclinou na direção da minha orelha, animada a ponto de ela quase bater sua cabeça na minha. Apesar de ela tentar falar num tom de voz baixo, Kitty a ouviu perfeitamente.

– Mama disse que você é linda.

E então ela correu para fora da cozinha de novo. Eu ouvi risada da sala e eu sabia que minha filha estava muito orgulhosa de si, bem como minha namorada. Nada poderia impedir que um sorriso igualmente feliz se espalhasse tanto pelo meu rosto quanto pelo de Kitty.

Voltamos à sala e eu vi Quinn sentada no sofá, deixando as crianças brincando sozinhas. Eu coloquei meus braços em torno dos ombros dela e, apesar do pequeno pulo que ela deu em surpresa, ela se reclinou em meu abraço e inclinou sua cabeça para cima. Eu não me desviei dos seus lábios convidativos; em vez disso, eu os tomei entre os meus, apreciando sua maciez enquanto mantivemos o beijo tenro.

– Você é linda também, sabe?

Os olhos dela brilharam e eu sabia que a chamar de linda era uma das experiências mais recompensastes, ela sempre parecia incrivelmente feliz todas as vezes. Eu me movi para a lateral do sofá e me sentei no colo dela, envolvendo meus braços em seu pescoço e não permitindo que muito tempo passasse até que eu a beijasse da forma que ela merecia ser beijada. Os lábios de Quinn e sua língua haviam sido tão tímidos no nosso primeiro beijo, naquele mesmo sofá. E agora, apesar do fato de que eu havia iniciado o beijo, ela controlava tudo. Desde o ritmo e a velocidade dos nossos lábios até a pressão entre nossas línguas; todo beijo com ela era um produto de seu próprio desejo e vontade.

Com o som alto de assobios dos adultos no cômodo. Sant e Kitty comemorando nosso beijo entusiasticamente enquanto os demais mantinham a discrição. Nós nos afastamos e eu rapidamente vi a imagem de Kitty sorrindo para minha namorada. Quando o rosto de Quinn corou violentamente, nada podia me impedir de sorrir diante do quanto eu era feliz com aquela mulher.

XXXXXX

Mais tarde naquela noite, Quinn seguiu firme com suas idéias da hora do almoço. Depois que as menias foram embora e depois de colocarmos as crianças na cama, Quinn e eu organizamos como iríamos agir na próxima segunda – eu levaria Beth a sua nova escolinha e Quinn a buscaria e a levaria para seu apartamento. Nós nos aconchegamos uma na outra vendo um filme enquanto Sant e Britt faziam praticamente o mesmo em outro sofá. Eu não tinha visto a minha melhor amiga tão feliz com uma pessoa em muito tempo, sua filha e amigas sendo as únicas pessoas até então que podiam fazer com que ela sorrisse de maneira tão genuína.

Depois do filme, Quinn e eu nos afastamos do outro casal e nos encontramos entrelaçadas uma a outra no quarto de novo. Sua língua talentosa me levou às alturas numa rapidez sensacional, lambendo e chupando de forma que eu poderia apenas sonhar enquanto seus dedos encontravam seu caminho dentro de mim. Ela tinha beijado o interior das minhas pernas, desde meu tornozelo até minha coxa antes de mergulhar na área que eu mais precisava dela. Eu me segurei nela e tentei fazer com que ela sentisse ao menos uma fracção do que ela me fazia sentir. Ela gemeu quando eu me esfreguei em sua lateral, meus dedos movendo suavemente para massagear a cabecinha do seu sexo, e então as cicatrizes na base. Naquele calor de gemidos e xingamentos, Quinn repetidamente murmurou que me amava depois de longos e agonizantes minutos até que a mulher encontrou seu lugar dentro de mim até que gozamos juntas.

Eu a amava também, e eu disse isso a ela, de novo e de novo. Muito em resposta a sua declaração, que aconteceu de novo e de novo. Ela me puxou para perto e me apertou contra seu peito, sussurrando aquelas palavras para mim. Quinn rapidamente caiu no sono e depois de momentos sabendo que ela estava em um sono profundo, me desentrelacei dos seus braços, procurei meu robe e caminhei até a sala para encontrar o ultrassom onde eu tinha deixado. Segurei a foto em minhas mãos por um minuto, sem desconfiar que eu estava sorrindo para mim mesma diante da imagem. Eu estava assustada antes, muito assustada. Mas agora eu estava feliz. Eu ainda não tinha contado a Quinn, mas eu estava feliz.

Na manhã seguinte eu acordei, aconchegada nos braços da mulher que, surpreendentemente, ainda dormia. Ela sempre acordava antes de mim, mas não naquele dia. Era um sábado de manhã e, apesar de não ter feito planos com Quinn explicitamente, eu sabia que iríamos passar cada momento juntas.... com a nossa filha, como uma família. Levantei-me da cama e me vesti em uma calça e uma camiseta, sabendo pelos sapatos que eu tinha visto na sala ontem de noite, que Britt também tinha passado a noite. Esperando tornar aquele fim de semana algo inesquecível, eu sorri nervosamente e deixei o ultrassom de gravidez no travesseiro ao lado de Quinn. Em alguns momentos, Quinn acordaria – ela nunca dormia até tarde, mesmo nos fins de semana – e em qualquer momento, minha namorada saberia que nossa pequena família não seria mais tão pequena.

XXXXXX

Nota da tradutora: só para avisar que a Emma deixou claro na sua nota da autora que ela sente muito por erros em relação à consulta médica da Camila( Rachel) ao obstetra, porque ela não está familiar a prática e tampouco ao sistema de saúde norte-americano.

Minhas notas: Já estou avisando que o próximo capitulo será só emoção. Enquanto eu estava adaptando eu me derramei em lagrimas. Preparem os coletes. Hehehe

Eu não sei como eu vou fazer para atualizar na sexta. Pq estarei viajando na madrugada de quinta para sexta para SP. ( Levar minha irmã para o show de uma banda coreana que vai rolar dia 19( meu aniversario eheh) lá.. BTS..) Se alguém conhecer mande forças para mim pq ela fez uma playlist com a setlist do show para mim aprender.. quem disse que eu entendo é consigo cantar?? Mas vamos lá heheh

Então vai depender de vocês. Se tudo der certo amanhã tenho uma surpresa para vocês, kids!! Heheh

Até

XOXO

- A

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Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.