The Donor - Faberry

By Lookafterachele

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A filha de Rachel quer saber quem é seu 'pai'. Como Rachel pode explicar à menina que 'seu pai' é, na verdade... More

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31. Epílogo

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By Lookafterachele



The Donor

de wishfxlthinking

Capítulo 13


Rachel POV

– Mamãe.

– Mamãe.

– Mamãe, acorda – eu estremeci quando o sussurro foi feito bem no meu ouvido, e meus olhos rapidamente abriram para ver minha filha parada ao lado da cama.

– Oi, baby. O que você está fazendo acordada? – Eu consegui dizer entre um bocejo enquanto minha filha esperava pacientemente até que eu acordasse de verdade.

– Mamãe, por que a mama está na cama com você? – Beth sussurrou de novo. Eu olhei para baixo e vi o braço de Quinn estendido do meu lado da cama e senti o quanto apertado seu corpo estava pressionando contra o meu. Merda.

– Ela dormiu aqui essa noite, lembra?

– Mas você disse que ela normalmente dormia no sofá? A mama teve um pesadelo? – Beth perguntou de maneira solidária.

– Sim! – Eu concordei rapidamente, usando sua sugestão como uma desculpa razoável para justificar Quinn estar na minha cama, já que Beth ainda não tinha noção do quão próximas eu e sua mão estávamos. – Digo, sim, ela teve – eu tentei me afastar dos braços de Quinn para me sentar e poder incentivar Beth a sair do quarto, mas a mulher mais velha apertou-me ainda mais em seu braço e me puxou de volta para seu abraço. – Você queria ficar na cama conosco, Beth?

Ela balançou a cabeça imediatamente e pulou na cama, seu joelho batendo com força contra minha barriga e eu grunhi com a dor. – Desculpa, mamãe – eu consegui ficar de costas na cama, mesmo me mantendo nos braços de Quinn, e ela, como se reconhecesse que me mexi, puxou-me para si novamente. Beth deitou-se em cima de mim e, felizmente, em cima do cobertor, porque eu estava ainda só de calcinha e a ereção grande de Quinn seria difícil de esconder.

– Como você dormiu essa noite, baby? – Perguntei a minha filha, quem parecia completamente acordada e tinha um dos sorrisos mais doces que eu já tinha visto em seu rosto.

– Muito bem.

– Por que você está sorrindo tanto? – Indaguei divertidamente, cutucando minha filha na barriga enquanto ela resistia fracamente. Beth balançou a cabeça em negação de que ela esteja sorrindo e enterrou o rosto dela em meu pescoço para esconder seu rosto ainda sorridente, o que acabou em uma adorável risada quando comecei a fazer cócegas nela. Minha filha mexia-se, inquieta, em meu colo, seus braços tentando me afastar e suas perninhas caindo para lados, o que fatalmente acordou Quinn.

– Bom dia – sua voz rouca nos cumprimentou, seus olhos abrindo devagar para revelar olhos cujo verde-esmeralda era igual aos de Beth. – E bom dia para você, princesa – Quinn estendeu sua mão para nossa filha e acariciou sua bochecha, fazendo a menina alargar ainda mais seu sorriso.

– Mamãe disse que você teve um pesadelo – as sobrancelhas de Quinn franziram em confusão e ela olhou na minha direção como se fazendo uma pergunta silenciosa –, e que era por isso que você estava na cama com a mamãe – seus olhos comicamente se dilataram quando ela compreendeu a situação, percebendo que Beth tinha nos flagrado juntas na cama. – Você está bem agora?

– Muito melhor, obrigada – Quinn envolveu a cinturinha de nossa filha com seu braço e puxou Beth para mais perto dela, fazendo a garota cair no vão recém-criado entre mim e Quinn. Nós nos viramos de lado para encararmos a nossa filha, que deitava entre nós, ainda sorrindo para si mesma.

– Então você vai me dizer por que você está toda sorridente essa manhã? – Eu indaguei nossa filha novamente. Demorou alguns segundos com ela corando e se escondendo de novo para que enfim respondesse:

– Porque a mama está aqui com a gente e eu gosto de ter vocês duas comigo.

– Eu gosto de ter sua mama com a gente também – sussurrei no ouvido da menina ainda corada, fazendo ela rir mais uma vez. O momento tão terno entre nós três foi, porém, arruinado pelo tocar do telefone, o meu desta vez, e Quinn levantou-se para me pegar meu telefone e uma camiseta quando ela percebeu que eu ainda estava nua da cintura para cima. Eu coloquei a camiseta dada por Quinn, peguei o telefone de sua mão e andei em direção ao corredor.

– Alô?

– Rachel, oi, nós vamos precisar que você venha para o trabalho hoje. Estamos com falta de pessoa e lembro que você disse que precisava de muitos turnos – eu tinha prometido a Beth que eu não trabalharia naquele fim de semana, mas eu precisava ir e eu realmente precisava das horas extras. Eu estava ansiosa para passar o fim de semana inteiro com as minhas garotas, mas é claro que eu tinha que arruinar tudo indo para o trabalho.

– Sim, sim, eu chego aí em uma hora mais ou menos – eu desliguei o telefone e permaneci fora do quarto por um minuto, ouvindo as lindas risadas das duas garotas no outro lado. Porra, elas me faziam tão feliz. Assim que eu entrei no quarto com um sorriso amarelo, elas souberam que eu precisava trabalhar, e Quinn confirmou com uma pergunta.

– Mas mamãe, você disse que você não tinha que trabalhar nesse fim de semana! – Beth bateu com seu punho fechado no colchão da cama, por pouco errando a área do membro de Quinn; os olhos dela arregalaram e aquilo me dizia que ou ela sabia o quão próxima nossa filha esteve de atingi-la com um soco ou que "uau, nossa filha é selvagem".

– Eu sei, bebê, mas eu preciso ir. Eu disse para você que eu vou estar trabalhando mais agora – Quinn franziu sua sobrancelha numa pergunta silenciosa de por que eu precisava de mais horas. – Desculpa, Beth, mas eu prometo compensar para você – Beth fungou alto para dramaticamente deixar claro que ela estava chateada. A primeira vez que ela fizera aquilo perto de Quinn, a mulher de olhos verdes correu para abraçá-la e garantir a nossa pequena que ela iria conseguir o que ela desejava. Logo, porém, ela percebeu o quanto nossa filha podia ser dramática quando queria.

– Talvez nós pudéssemos comer café da manhã em seu trabalho? – Quinn propôs, e o rosto de Beth logo se iluminou porque ela sabia que estaria fazendo algo com suas duas mães... e porque ela também sabia que Quinn compraria seu waffle preferido.

Uma hora depois e nós três tínhamos quase que acabado com nosso café-da-manhã, Quinn e eu ajudando Beth com o dela porque, como era esperado, uma menina tão pequena não poderia comer tudo que havia no prato. Beth já tinha superado sua birra de mais cedo e em vez disso estava ansiosa de passar o dia só com Quinn, quem estava igualmente animada em compartilhar que ela estava disponível para cuidar da menor o dia inteiro. Quinn tinha acabado de limpar o creme no nariz de Beth e no meu nariz quando uma mulher se aproximou da mesa. Eu olhei para cima para encará-la e eu imediatamente reconheci a mulher, rapidamente usando as costas da minha mão para limpar o resquício do creme do meu nariz.

– Cassandra?

– Rachel Berry – a mulher sorriu para mim –, faz tempo que não nos vemos – seu sorriso charmoso forçou um similar ao dela em meus lábios. – Então você vai me dar um abraço ou ficar parada aí?

– Claro – eu ri para ela antes de me levantar e colocar meus braços em sua volta desajeitadamente. Cassandra me apertou com força antes de me deixar sentar de volta à mesa. Eu pigarreei e nervosamente comecei aquela conversinha.

– A última vez que você viu a Beth ela era apenas alguns meses, certo?

– Certo – Cassandra se apertou na beirada do banco próxima a Quinn, fazendo a mulher calada se mexer no banco. – Como você está, fofinha? – Beth apenas olhou entre os três adultos na mesa, olhos passando por todos os outros três pares que a encaravam e murmurou um "bem" antes de voltar ao seu waffle.

– E essa é minha.... amiga, Quinn – eu gesticulei fazendo Cassandra virar seu corpo para olhar para Quinn dos pés à cabeça antes de se voltar para mim. Quinn imediatamente deixou seus olhos desapontados caírem sobre o prato de comida de Beth quando a palavra "amiga" escapou dos meus lábios. A loira familiar deve ter reparado em minha hesitação a me referir a Quinn e o olhar que ela me deu foi de ciúmes, e não de julgamento.

– Quinn, essa é a minha ex-namorada, Cassandra.

– Prazer em conhecer você – Quinn disse de maneira madura, sorrindo para a minha ex-namorada sentada ao lado dela. Quase que instantaneamente, Cassandra se levantou da mesa, oferecendo a ela seu característico sorriso perfeito.

– É melhor eu ir andando, mas nós vamos nos ver mais, Rach. Nós passamos um tempo ótimo juntas e talvez nós devêssemos revisitá-lo uma hora dessas – minhas bochechas ficam vermelhas diante da sua sugestão. – E agora que eu sei onde você trabalha – ela olhou para o meu uniforme –, espere uma visita surpresa – ela piscou para mim, flertando antes de sair do café e reforçando o quanto eu me sentia desconfortável durante toda aquela situação. Cassandra e eu estivemos juntas por três anos durante a escola e tentamos reacender aquela velha chama um pouco depois de Beth nascer, mas aquilo nunca funcionou. Minha prioridade tinha se tornado Beth e ela nunca entendeu aquilo. Eu não a vi mais desde a noite em que terminei com ela, mas aquela sempre foi a nossa especialidade: namorar, discutir, terminar, fazer as pazes, e sexo. A única mulher com quem eu estive; a única pessoa com quem eu estive. Ia ser estranho de qualquer forma a ver novamente, mas eu nunca esperei a presença de Quinn quando isso ocorresse.

– Talvez a gente deva ir também – Quinn sugeriu quando viu Cassandra saindo pela porta. – Você está pronta, princesa?

– Sim, mama – Beth desajeitadamente limpa sua boca com o guardanapo e eu saí do banco para que ela pudesse se levantar.

– Dá um beijo na mamãe, Pequena – Quinn levantou nossa filha e a colocou apoiada em seu quadril, e a pequena menina inclinou-se para frente, segurando nos meus ombros e fazendo um biquinho com seus lábios para eu dar um beijo neles. Eu caminhei com as duas para o carro de Quinn, e nós duas conseguimos de alguma forma colocar uma animada Beth segura em sua cadeirinha. – Eu não ganho um beijo? – Quinn fechou a porta de trás do carro e escorou seu corpo contra ela, seus braços cruzados e seus olhos me encarando.

– Nossa filha vai ver.

– Seu corpo está tapando a janela dela completamente, ela não vai poder ver nada – Quinn enroscou seu dedo na cintura da minha calça e me puxou para mais perto, meu corpo caindo em seus braços. – Beth apenas vai pensar que nós estamos conversando – ela esfomeadamente inclinou-se para frente e colou seus lábios nos meus. Pus minhas mãos em sua nuca, uma posição muito alta para Beth ver através da janela do carro, e meu joelho fraquejou com a forma que nossas línguas dançavam juntas. Ela estava mais desesperada em seus beijos que o normal, devorando meus lábios e língua completamente, suas mãos me apertando com força na cintura. Minhas pernas bambearam quando ela não desistiu do beijo; minha cabeça estava ficando tonta com a falta de oxigênio e todas as emoções do beijo. Eu me pressionei mais contra ela, minhas pernas incapazes de suportar meu peso, e ela apertou seus braços em volta de mim para me segurar, seus lábios implacáveis contra os meus até o momento que me afastei dela. Apoiei minha testa contra sua clavícula, recobrando minha respiração e tentando achar energia para me mover.

– O que foi isso? – Perguntei ainda trêmula, minha cabeça tonta e pressionada firmemente em seu peito enquanto ela depositava beijos no meu cabelo e seus dedos acariciavam minha cintura.

– Eu não quero que você revisite nada com sua ex.

– Por que?

– Você é minha, Rachel Berry – eu mantive minhas mãos em seu tórax, fechando meus olhos enquanto suas palavras me inundavam. Minha. Aquilo era algo com o qual eu podia me acostumar. Era algo que eu não sabia que eu realmente precisava ouvir.

– E você é minha, Quinn Fabray – eu tirei minha cabeça de sua clavícula e a beijei suavemente em seus lábios. – Agora vai e se divirta com nossa filha. Vejo você hoje à noite – sussurrei a última parte em seus lábios e ela visivelmente engoliu em seco com a antecipação.

Quinn POV!!!

Não era o beijo que ficou atormentando minha mente desde que eu tinha deixado Rachel; era o porquê eu a tinha beijado daquela forma. Cassandra tinha me deixado com ciúmes. Claro que ela tinha me deixado ciúmes. Rachel nunca a mencionou antes, mas eu sabia que ela tinha ex-namoradas e eu sabia que elas seriam atraentes e charmosas porque Rachel não deveria nunca se contentar com menos do que ela merecia. O que eu não sabia eram os ciúmes que eu sentiria de pensar em outra pessoa a tocando. Eu tinha certeza que Cassandra a tinha a tocado de maneira semelhante a como eu a tinha tocado, mas entre mim e Rachel havia sempre aquele tom de segredo que eu tinha certeza que ela e sua ex não tinham e que ela provavelmente preferia.

Eu sabia que Rachel queria mais. Ela queria que eu fosse aberta e confiante perto dela, ela queria que eu fosse quem eu realmente era e ela queria que eu confiasse nela com algo que eu nunca confiei a ninguém. Eu sabia que Cassandra não era assim. Eu não queria ser assim. E eu mostraria a Rachel que eu podia ser honesta e aberta com ela, tanto quanto qualquer outra pessoa.

– Mama, eu não estou me sentindo bem – a voz da minha filha interrompeu meus pensamentos e eu brevemente me virei para olhar para a pequena menina que estava com a mãozinha esfregando sua barriga.

– Você está bem, bebê? O que houve?

– Tô enjoada – Merda, ela não tinha tomado as suas balas contra enjoos de carro. Mesmo que elas fossem meramente um truque psicológico para convencer as crianças de que elas estavam seguras em longas jornadas, Beth devia ter lembrado que ela esqueceu de tomar uma.

– Desculpa, eu não dei pra você uma balinha, dei? – Ela balançou a cabeça para mim, tristemente ainda esfregando sua barriguinha. – Quer que eu pare o carro? – Ela fez que sim com a cabeça em silêncio. Nós estávamos dirigindo por vinte minutos para um novo shopping que acabara de abrir, mas em vez disso eu estava agora saindo da via principal para uma área mais reclusa. Eu estacionei no meio do nada e saí do carro para acudir minha filha. – Você está bem, princesa?

– Não, mama – Beth colocou sua cabeça em meu pescoço e meu coração quebrou com seus gemidos e fungadas.

– Você acha que pode aguentar alguns minutos enquanto eu acho um lugar para a gente estacionar e talvez comer e beber?

– Em um minuto – comecei a dar vários beijos em seu rostinho, a minha pequena menina eventualmente rindo em vez de fungar dramaticamente.

– Você está pronta para voltar ao carro? – Ela concordou e eu cuidadosamente coloquei de volta em sua cadeirinha. Olhando para ela pelo retrovisor algumas vezes, nós dirigimos um pouco até o que parecia ser um parque onde eu estacionei e busquei minha filha de novo. Eu a coloquei no chão, tranquei o carro e peguei sua mãozinha antes de começar a trilhar um caminho por algumas árvores que formavam uma floresta. – Então vamos andar por aqui por um tempinho e ver o parque, daí poderemos comer um pouco e descansar. O que acha?

– Yay! – Eu ri do seu entusiasmo e ela gargalhou de volta, nós duas andando pela trilha e rindo uma da outra. O tempo que eu passava com Beth era sempre perfeito. Eu a achava absolutamente hilária e tão adorável que tudo que ela fazia me encantava. Ela era muito semelhante a Rachel, na verdade. Eu ria de tudo que ela dizia e admirava tudo que ela fazia. Apesar de adorar o tempo que eu passava com a minha filha, eu achava que nós duas iríamos adorar se Rachel estivesse conosco.

Já fazia muito tempo desde que nós três havíamos visitado um lugar juntas porque Rachel sempre tinha que trabalhar. Eu adorava quando ela me ligava e me pedia para passar o dia com Beth, mas eu adorava ainda mais quando eu tinha a oportunidade de passar o dia com minhas duas garotas.

– Beth, você está bem com o fato de sua mamãe ter de trabalhar tanto ultimamente? – Ela deu os ombros antes de responder.

– Não tem problemas. Eu ia gostar mais se ela pudesse vir com a gente, mas eu sei que ela tem que trabalhar. A tia Sant que disse.

– E o que a tia Sant disse exatamente? – Perguntei, tanto descobrir por que Rachel tinha que trabalhar muito mais agora do que ela trabalhava antes.

– Eu ouvi ela e a mamãe falando que elas precisam trabalhar mais. Mamãe disse que ela talvez precise de um outro emprego porque ela precisa do dinheiro por um motivo que não sei – eu franzi minha sobrancelha diante dessa nova informação, Rachel nunca tinha dito que precisava de dinheiro. – Mas não tem problema porque eu posso passar tempo com você!

– Yay! – Eu compartilhava do seu entusiasmo, jogando meus braços para cima para fazê-la rir. Por que Rachel precisava de dinheiro? Elas estavam com problemas? Ela nunca tinha nem mesmo sugerido que ela estava atrás de um novo emprego ou que dinheiro tinha se tornado um problema.

– Você gosta de estar comigo e com a mamãe? – Beth perguntou curiosamente, sua cabecinha se inclinando para o lado assim que ela terminou sua pergunta.

– Claro que sim, bobinha! Você gosta de estar comigo e com a mamãe?

– Sim, eu amo! Você e a mamãe estão juntas agora? – A pergunta repentina me fez tropeçar numa pedra que estava na trilha e eu rapidamente me recuperei da quase queda. Beth sequer riu. Ela só queria uma resposta.

– Eu não sei, bebê. Eu gostaria de estar com ela. Você ficaria bem com isso? – Perguntei hesitantemente, pela primeira vez admitindo para alguém que não era minha terapeuta que eu honestamente gostaria de ter uma relação com Rachel. E eu tinha certeza que Beth não sabia guardar segredo e contaria tudo para sua outra mãe em breve.

– Você olha para ela como se ela fosse a Jasmine.

– Jasmine?

– É – ela respondeu simplesmente –, e você é o Aladdin! – Encarei a minha filha, tão esperta e observadora, enquanto ela apenas olhava em volta. – E você pode levar eu e a mamãe no seu tapete voador para um lugar incrível! – Nós rimos juntas e eu tentei assimilar sua maturidade diante da situação. Assim que eu entrei no carro depois do meu intenso beijo com Rachel no meio da rua, Beth perguntou por que eu e sua mãe estávamos tão próximas quando nós estávamos conversando fora do carro e seu tom era pontuado com uma leve acusação.

– Ah, isso me lembra, você acha que sua mamãe gostaria se nós fôssemos passar um fim de semana fora? Não esse agora, mas o próximo?

– Eu posso ir?

– É claro!

– Então, sim, ela vai adorar e ela vai amar você.

– Espero que sim – murmurei, animada e esperançosa para pedir a Rachel para passar um fim de semana comigo.

– Mama? Minhas pernas estão doendo – sem nem pensar, eu peguei Beth em meus braços e a incentivei a montar em minhas costas, suas pernas e braços me envolvendo para dar-lhe segurança. Andamos por mais dez minutos antes de chegar a uma área aberta e havia uma festa ocorrendo entre as pessoas que montavam barracas ali, um churrasco e uma música tocando. Eu pedi um cachorro quente e comprei uma porção de fritas de uma das barracas. Eu duvidava que a menina de quatro anos fosse gostar de um churrasco de uma das barracas, então as fritas eram para ela, assim como uma maça que comprei em outra barraquinha e então a cortei em pequenos pedaços para ela, e algumas pessoas vieram nos falar o quanto éramos fofas juntas.

Nós acabamos andando um pouco mais, indo em direção a um lago, onde algumas pessoas pareciam admirar a vista. Encontramos um lugar para sentar na grama e nos sentamos uma de frente a outra, de pernas cruzadas. Estávamos num relativo silêncio por algum tempo, Beth alternando entre comer seus pedacinhos de maça e suas fritas. Nós começamos a dividir a comida entre nós, Beth abrindo sua boca num pedido silencioso por um pedaço do cachorro quente que eu comia, e o ketchup escorreu entre seus lábios depois que ela mordeu. Eu ri e passei um lenço por sua boca, sabendo que ela estava fazendo uma bagunça.

– Mamãe disse que você é especial.

– Ah, é?

– Aham. Eu tentei explicar na escola, mas eles não entendem.

– Não entendem o que? – Perguntei com curiosidade, olhando para minha filha, que evitava olhar para mim e encarava sua comida.

– Eles disseram que eu precisava de um papai e que era estranho ter duas mamães – Beth respondeu com tristeza.

– Isso é porque é mais comum ver uma criança com uma mãe e um pai. Não é tão comum ver uma criança com duas mães ou dois pais. Mas não é estranho, de maneira alguma. Aliás, por não ser tão comum, acaba sendo muito bonito, na verdade. Eles não estão implicando com você, estão, Beth? – Minha filha deu os ombros e meu coração se apertou em agonia e raiva de pensar que minha filha poderia estar passando por bullying. – Sua mamãe sabe? – Beth balançou a cabeça negativamente e quando ela finalmente olhou para mim, havia lágrimas em seus olhos e ela imediatamente os esfregou, impedindo que as lágrimas caíssem.

– Você é uma menina muito forte e muito corajosa, Beth. Eu sofri bullying na escola e era horrível. Eu só queria chorar, mas você está sendo tão forte agora – ela concordou com a cabeça e engatinhou para se sentar em meu colo, sua cabeça apoiada em meu peito, mas ainda sem lágrimas. – Você é forte porque você vai para a escola todos os dias com um sorriso no rosto. Você mantém sua cabeça erguida e enfrenta essas pessoas. Eu não estou dizendo que você é forte porque você não está chorando. Você pode chorar. E você pode conversar sobre isso. Obrigada por me contar, mas eu acho que sua mamãe também merece saber sobre isso, está bem? – Ela concordou com a cabeça silenciosamente. – Você vai contar a ela ou você quer que eu conte?

– Você pode contar? – Ela murmurou contra minha pele.

– Eu posso fazer isso. Mas ela vai querer conversar com você, está bem?

– Aham.

– Boa menina – eu apertei o corpinho da minha filha em meus braços, beijando sua testa repetidamente, da mesma forma que eu fiz com Rachel naquela manhã.

Depois de terminarmos nossa comida, nós ficamos admirando o lago, conversando sobre coisas importantes, bem como todas as coisas irrelevantes. Depois de voltarmos ao carro, uma cansada Beth imediatamente caiu de sono em sua cadeirinha, me deixando com uma coisa a menos para me preocupar, já que ela não ficaria enjoada. Eu olhei para o relógio e vi que eram quase quatro da tarde, e Rachel já deveria ter terminado seu turno há uma hora. O simples pensamento de Rachel já estar em casa me trouxe um sorriso ao rosto, um que não durou muito quando lembrei que que eu tinha que contar a ela sobre nossa filha sofrendo bullying.

Quando cheguei no prédio de Rachel, eu cuidadosamente peguei minha filha de sua cadeirinha e a carreguei até a porta da frente, onde eu surpreendentemente consegui bater na porta baixinho, para não a acordar. A porta se abriu para revelar uma Rachel sem fôlego do outro lado, suor escorrendo por sua testa e fazendo seu cabelo parecer bagunçado, enquanto ela vestia shorts apertados e um top de ginástica.

– Oi – Eu nem mesmo ouvi que ela tinha falado até que ela estendeu seu braço para segurar meus ombros, eu estava muito ocupada devorando sua pele suada com meus olhos e apreciando o quanto sua roupa era apertada. Eu ofereci a ela um quieto cumprimento quando meus olhos encontram os dela novamente e ela abriu ainda mais a porta e me puxou para dentro. – Há quanto tempo ela está dormindo? – Mais uma vez eu estava preocupada demais a encarando, dessa vez a sua bunda quando ela se virou para fechar a porta. – Q?

– Erm, uns vinte minutos?

– Ah, ótimo. Bem, você pode colocá-la na cama se quiser e nós vamos acordá-la em breve – fiz o que ela me pediu e levei Beth para seu quarto, mas não sem antes deixar Rachel dar um beijo em sua testa gentilmente e comentar o quanto ela era adorável enquanto dormia. Depois de a colocar na cama, eu voltei para a sala-de-estar e não encontrei Rachel. Segui o som de uma leve cantoria e entrei na cozinha, onde ela tinha suas costas para mim, colocando alguns ingredientes a uma panela que ela tinha no fogo.

Eu inicialmente queria falar com ela sobre assuntos sérios: Beth, querendo viajar no fim de semana, o que tinha acontecido naquela manhã e os problemas financeiros. Mas ela estava tão fodidamente sexy.

Eu tentei acalmar minha respiração enquanto meus olhos passeavam por seu corpo, sua pele bronzeada brilhando com o suor, sua cintura fina, a curva generosa de sua bunda que nunca falhava em me excitar e as pernas longas e bem-torneadas pelos exercícios de yoga, entre outros, que ela se dedicava a fazer. Assim que eu vi que Rachel tinha acabado de adicionar os ingredientes a panela, caminhei até ela e pressionei seu corpo contra o meu com agressividade, a mulher deixando escapar um gritinho na surpresa.

Eu encostei meu rosto em seu pescoço para absorver mais da deliciosa essência que ela exalava, uma mistura do suor e seu perfume, pulando qualquer provocação que eu poderia fazer quando firmemente cobri seu centro sobre seu shortinho. – Cadê Sant e Michele? – Sussurrei em seu ouvido.

– Saíram – ela murmurou sem ar.

– Que bom – virei o corpo de rachel em meus braços e a pressionei contra o balcão da cozinha. – Você é tão sexy – sussurrei contra seus lábios antes de colar os meus nos dela, nossas línguas se encontrando instantaneamente –, e tão fodidamente linda – envolvi meus braços em torno dela e gentilmente a levantei para colocá-la em cima da ilha que ficava no meio da cozinha, tirando seu short imediatamente. Rachel deitou na superfície, seus braços cobrindo seu lindo rosto enquanto eu colei meus lábios no interior de sua coxa. Puxei a calcinha para o lado e deslizei minha língua por seu sexo, debaixo para cima, a ponta da minha língua passeando por suas dobras e então em seu clitóris.

Eu pressionei de leve ali e, depois de alguns segundos, puxei sua calcinha para o outro lado, dando aos seus lábios o mesmo tratamento de antes. Minha intenção de provocá-la tinha um efeito similar em mim, ela tinha um sabor fodidamente maravilho e era uma tortura não a devorar de cara, mas a provocar com um ritmo lento. Eu continuei alternando meus movimentos antes que ela impacientemente se sentasse e tirasse ela mesma sua calcinha. E ela era fodidamente sexy quando era dominante. No breve momento em que Rachel se focou em tirar sua calcinha e não em meus toques, eu enfiei dois dedos dentro dela, a ação surpresa a fazendo se deitar novamente enquanto eu terminava de tirar sua calcinha.

A abundância de humidade que eu sempre encontrava entre suas pernas nunca deixava de me surpreender e me excitar e eu sempre me sentia orgulhosa sabendo que eu a fazia se sentir assim. Mas um sentimento que eu não podia superar era quando meus dedos entravam nela e sua boceta se apertava em torno deles; aquilo me fazia imaginar como ela seria apertada em volta do meu pau. Quando eu curvei meus dedos em direção ao rígido e áspero ponto que sempre fazia Rachel arquejar e gemer, ela apertou meus dedos ainda mais e, sem pensar, eu abaixei o zíper da minha calça jeans e a deixei cair sobre meus joelhos. Quando a pontinha da minha língua encontrou seu clitóris e ela começou a sentir seu orgasmo, eu apertei minha ereção por cima da cueca que eu usava, me surpreendendo com aquela sensação e em quanto tempo fazia desde que eu me tocara.

Eu a vi arquejando e, lentamente, voltando a posição inicial enquanto sua respiração diminuía e suas pernas apenas contraiam-se, não mais tremendo como antes. Tirei meus dedos e gentilmente arrastei minha língua por seu centro sensível para saborear cada resquício do seu gozo. Larguei meu pau duro e aproveitei seu estado ainda delirante para explorar seu sexo novamente, usando meus dedos para brincar entre suas dobras e meus lábios beijando e mordicando cada detalhe que estava exposto para mim.

– O que você está fazendo? – Rachel perguntou suavemente enquanto tentava se sentar. Eu deixei escapar a pele que estava entre meus dentes e olhei para ela inocentemente.

– Nada – respondi, minhas bochechas rosadas entrando em ação de novo. Ela olhou para baixo e viu meu jeans caindo em meus joelhos e que apenas minha cueca escondia minha ereção. Rachel diabolicamente se inclinou para frente e me puxou pela cueca, apertando meu pau com sua palma de mão.

– Isso não parece nada – eu afastei suas mãos da minha cueca e as prendi contra o balcão da cozinha, Rachel rindo levemente da situação.

– Agora se deita novamente – eu brinquei, empurrando-a pela barriga para ela se deitar naquela superfície novamente –, eu estava explorando.

– Você está sempre explorando – ela rapidamente respondeu com uma risadinha.

– E você é a minha descoberta favorita – coloquei uma de suas pernas sobre meu ombro e pressionei gentilmente meus lábios contra sua pele rosada. – Isso deixa você desconfortável?

– Deveria porque eu estou exposta desse jeito e momentos como esse não são particularmente sexy, então eu não tenho o desejo para me cegar.

– Momentos assim não são sexy?

– O que nós acabamos de fazer foi sexy, mas isso é bem inocente e fofo – Rachel abruptamente se sentou e eu a segui, ficando em pé na sua frente para que eu a pudesse encarar. Ela enrolou minha camiseta em seus dedos e a puxou para cima, abaixando sua cabeça para ver o que havia debaixo dela. Ela largou minha camiseta e sorriu para mim.

– Ok................ – O que ela tinha acabado de fazer?

– Desculpa, eu apenas não tinha visto seus seios ainda e você vê os meus o tempo inteiro.

– Ah. Mas eu não estou vendo os seus agora e isso me deixa triste – sem dizer mais nada, eu puxei seu top esportivo por baixo e o levantei, revelando os seus pequenos seios que eu amava. Rachel apenas começou a me afastar quando beijei cada bico do seu seio e ela riu alto dizendo que aquilo fazia cócegas. Nós duas olhamos uma para a outra e eu ri do quão ridículas nós parecíamos daquela maneira.

A bunda de Rachel estava sentada na ilha da cozinha enquanto seu top esportivo estava cobrindo apenas metade do seu seio. Já eu estava parada entre suas pernas, minha calça jeans se embolando em meus tornozelos e tentando não me aproximar muito do balcão da cozinha porque o frio do mármore faria meu pênis ficar duro novamente.

– Você quer passar um final de semana comigo viajando? – Eu perguntei do nada antes de tomar seus lábios nos meus por um momento. – Eu, você e a nossa filha. Numa casa de praia em algum lugar. Só nós três? – Rachel concordou rapidamente e me beijou com força.

– Em que fim de semana você está pensando?

– Não esse agora, mas o próximo. De 25 de junho até dia 28? – Ela gemeu contra a minha boca quando nós nos beijamos de novo.

– Parece perfeito – nossos lábios e línguas se exploram mais uma vez num ritmo estável e lento; pequenos gemidos e inocentes carícias distraindo nós duas.

Agora eu precisava me preparar para o fim de semana, já sabendo como tornar meu aniversário especial para nós duas.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Minhas notas: Aqui a Luna mostrou a opinião da Emma em relação a aceitação da fic em relação a interxualidade!! "Os comentários sobre a minha representação da intersexualidade são incríveis. Diga a eles que os agradeço muito, agradeço todo o apoio e estou muito feliz que minha história tenha chegado a eles sem nenhuma discriminação – eu não iria querer que as pessoas achassem que eu não fiz justiça a condição de intersexual, seja por sua complexidade ou pelo que pessoas intersexuais passam. Eu fico muito feliz que tenham recebido tão bem a história".

Como a fic está sendo aceita nessa adaptação para Faberry eu resolvi deixar essas palavras dela!!

Enfim.. Até breve Kids!!!

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