Harry Potter - 31 de Julho

Par seokahjin

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Como seria o aniversário de Harry Potter se o encontro entre Lílian e Tiago Potter e Voldemort nunca tivesse... Plus

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Par seokahjin

Uma garrafa de hidromel vazia depois, e eles resolveram ir para o quintal nos fundos da casa para arrumar a mesa e as coisa para o aniversário de Harry.

Estava quase tudo pronto quando as pessoas começaram a chegar. A primeira foi Batilda Bagshot, a senhorinha que morava ao lado da casa dos Potter. Ela era um pouquinho caduca, mas Harry a adorava, e sempre que ela tinha oportunidade o mimava. Em seguida chegaram os Longbottom lhe trazendo um vaso com uma planta que parecia um cacto cheio de pústulas. Neville ficou animado quando Harry mostrou a carta a ele, e muito chocado ao ver o pomo de ouro esvoaçando pela sala. Vários outros amigos de seus pais também apareceram, enchendo o pequeno quintal de risadas e conversa.

Harry estava fechando porta depois de Pedro Pettigrew passar, quando viu um vulto enorme aparatando na calçada em frente a casa.

Ele não cabia em si de alegria; disparou até o vulto, e se jogou nele, recebendo um abraço de quebrar as costelas, e o tirar do chão.

- Harry! Parabéns Harry! 11 anos hein - disse o gigante, com seus olhinhos de besouro se enrugando em um sorriso por baixo da espessa barba.

- Hagrid, que bom que veio! Eu amei a coruja, ela é tão linda.

Rúbeo Hagrid o depositou no chão sorridente.

- Que bom que gostou Harry. Já deu um nome a ela?

- Mamãe deu o nome na verdade, mas eu gostei muito. Chamamos ela de Edwiges.

- É um belo nome.

Harry pulou ao ouvir a voz as costas de Hagrid. Um homem alto, que usava óculos de meia-lua, com um nariz comprido e torto, cabelos esvoaçantes cor de prata, barba e bigode, saiu de traz do gigante.

- Olá, Harry - cumprimentou animadamente o diretor, seus olhos muitos azuis cintilando.

- Professor Dumbledore? - sussurrou Harry estupefato.

Dumbledore sorriu.

- É um prazer finalmente conhecê-lo Harry, ouvi falar muito de você.

Harry o olhou espantado.

- Ouviu?

- É claro. Espero que tenha gostado do presente - ele o olhou sobre os óculos de meia-lua com um sorrisinho.

- Eu... ãh gostei muito - sorriu para o homem a sua frente. - Um dos meus presentes favoritos.

- Ah que ótimo. Fico muito satisfeito, muito satisfeito - ele juntou os dedos longos e olhou para a casa. - O que acha de entrarmos, Harry?

- É mesmo, desculpe, claro que sim.

Harry guiou os dois para dentro, ajudando Hagrid que ficou entalado ao passar pelo portal.

Estavam passando em frente a porta da sala quando um brilho dourado passou esvoaçando por eles.

- Vejo que já andaram se divertindo um pouco com a pomo, sim?

Harry riu para o professor Dumbledore.

- Papai queria testar minhas habilidades como apanhador.

- Ah sim, compreendo.

Eles chegaram aos fundos da casa, e quando Dumbledore imergiu no quintal as pessoas o olharam surpresas.

- Alvo, que bom que veio.

Lílian foi até eles radiante, e deu um abraço em Dumbledore.

- Muito obrigada pelo pomo, não precisava, foi tão gentil.

Dumbledore sorriu afetuosamente para ela.

- Achei que seria apropriado para a ocasião.

- Harry? - Hagrid o chamou da porta do hall. - Será que podia me dar uma ajudinha?

Harry foi até lá e o ajudou a desentalar, passando pelo mesmo processo quando chegaram a porta dos fundos. Logo Lílian também o cumprimentava, o beijando em suas bochechas, o que o fez ficar corado até os fios de cabelo.

A chegada de Dumbledore e Hagrid foi bem recebida por todos. Dumbledore era engraçado, e Harry tinha leve suspeitas que ele fosse um pouquinho maluco. Todos gostavam muito de Hagrid também, que depois de alguns goles de cerveja amanteigada falava alto e ria de tudo.

Eles cantaram os parabéns e comeram bolo, cumprimentaram Harry e desejaram muitos anos de vida. Depois de comer e beber vários copos de suco de abóbora, Harry se sentia feliz e sonolento, mas não queria ir se deitar por causa das pessoas ali presente de quem ele gostava tanto.

- Acho que está na hora de você dormir Harry.

Harry deu um pulo no banco, olhando rapidamente em volta assustado. Estivera tão concentrado em Sirius, Remo, Pedro e Tiago que conversavam e riam ali perto, que nem reparara na pessoa sentada ao seu lado comendo uma fatia de torta de caramelo.

Dumbledore o observou com seus olhos absurdamente azuis por cima dos oclinhos de meia-lua.

- Eu não estou com sono senhor - mentiu.

Prof. Dumbledore comeu calmamente mais um pedaço da torta.

- Tem certeza, Harry? Está bem tarde agora - então ele o olhou novamente e Harry sentiu que estava sendo radiografado. - Sabe, é normal querer aproveitar momentos como esse ao máximo, mas suspeito que seu dia tenha sido bastante cansativo, e devo dizer que você merece uma boa noite de sono. Foram bastante emoções para um aniversário só.

Harry pensou. Realmente havia sido um dia em tanto. Um dos melhores que já se lembrava, e apesar de querer continuar aproveitando a companhia de tantas pessoas que ele gostava e que talvez não fosse ver tão cedo novamente, sentia em seu íntimo que o sono o venceria cedo ou tarde.

- É que... - ele hesitou - professor, quando eu estiver em Hogwarts vou demorar pra ver eles de novo. Acho que vou sentir saudades.

- Com certeza que vai, Harry - ele juntou a ponta dos longos dedos e olhou para o garoto por cima deles. - Mas, saudade é algo normal. E ainda mais normal sentir falta dos seus pais e amigos. A diferença é que você voltará a vê-los em breve. Pense nos amigos que vai fazer e todas as pessoas que vai conhecer. O quanto vai aprender e se divertir também. Aposto que, quando se der conta, o ano vai ter acabado e você mal vai poder esperar para ter mais uma dose de aventura.

Harry ficou calado por um tempo, absorvendo as palavras do diretor. Era verdade que, há algumas horas atrás estava ansioso para partir de uma vez. Mas agora, de forma abrupta, se dava conta de que teria que deixar muita coisa para trás e abrir mão de tantas outras. Era estranho se imaginar longe de casa, de seu quarto, de sua Nimbus 2000, de seus pais... sentiria falta das risadas de seu pai e do olhar carinhoso de sua mãe.

- Meu pai disse que Hogwarts foi um lar pra ele, e que até hoje ele tem lá como uma segunda casa - olhou para o homem ao seu lado, que ainda o observava por cima dos dedos, a fatia de torta de caramelo esquecida ao seu lado. - Foi assim com o senhor também? Sabe... o negocio de lá ser como sua casa...

- Sim Harry - disse Dumbledore, olhando por cima da cabeça de Harry, os olhos desfocados e os pensamentos distantes. - Hogwarts foi, e continua sendo meu lar. Meu colegas de trabalho e alunos são minha família. Hogwarts é minha casa, e mesmo depois de minha morte, continuara a ser.

- Eu quero que seja meu lar também.

O professor o olhou com seus olhos cintilando.

- E será Harry, e será.

- Harry? - ele olhou para cima e viu Sirius se aproximando. - Vem, vou te levar para dormir.

- Mas não estou com sono - protestou.

Seu padrinho sorriu para ele e Dumbledore.

- Eu imagino - ele acenou para Dumbledore. - Vamos.

S em outra desculpa, e sonolento demais para falar qualquer coisa, Harry seguiu seu padrinho, se virando próximo da porta, e olhando para Dumbledore.

- Boa noite prof. Dumbledore. Mal posso esperar pra ir pra Hogwarts.

O professor lhe deu uma piscadela.

- Boa noite, Harry.

Harry seguiu Sirius para dentro, arrastando os pés ao subir a escada, mal vendo para onde ia, os pensamentos distantes, vagando pelos terrenos de Hogwarts; sua imaginação criando os cenários mais espetaculares para sua nova aventura, como tinha dito Dumbledore.

Naquela noite Harry não se preocupou em vestir o pijama, e nem pensou no que sua mãe diria no outro dia ao descobrir que ele não tinha escovado os dentes antes de dormir. Ele apenas deitou em sua cama confortável, e deixou que seu padrinho o cobrisse.

Com seus olhos sonolentos, ele mirou Sirius.

- Você vai dormir aqui?

Sirius o olhou. De repente uma ruga surgiu em sua testa, e seu rosto ficou sério. Se agachando ao lado da cama de Harry para que seus rostos ficassem no mesmo nível, ele disse:

- Não. Tenho que ir até a antiga casa da minha família - Harry fez uma careta. - É. Também não me agrada nada ter que ir até lá. Você sabe, eu odeio aquele lugar, mas não faria isso se não fosse necessário.

- Por que é necessário?

Sirius hesitou, escolhendo suas palavras.

- Nada demais. Coisas que eu vinha tentando evitar, mas, não se pode fugir dos problemas pra sempre, não é?

Harry observou o rosto do padrinho atentamente. Sabia que ele estava escondendo alguma coisa.

- Que coisas? - insistiu.

Sirius desviou os olhos, e a ruga em sua testa se aprofundou.

- Nada demais, agora, durma. Amanhã vai ser um longo dia.

Ele se levantou, decidido a sair do quarto do mais depressa possível antes que acabasse dizendo algo que não deveria.

- Sirius?

O homem estacou na porta, ao ouvir a voz do afilhado. Vagarosamente, como se temesse ser atacado, ele se virou. Harry havia se sentado na cama, e o olhava com o semblante triste.

- Por que você não fica aqui? Sabe... só hoje, aí depois você resolve as suas coisas.

Sirius suspirou, se dando conta de que Harry, na realidade, não queria saber o porquê de ele ir até a antiga casa dos Black; ele queria é saber por que ele não ficaria ali na casa deles.

- Escute - falou, se sentando na beirada da cama - amanhã eu vou encontrar com vocês no Beco Diagonal. Vamos todos juntos até lá, e talvez depois nós possamos tomar um sorvete, ou então dar um alô ao Tom no Caldeirão Furado. O que acha?

Harry o olhou. Algo dentro de seus olhos incomodou Sirius. Mais tarde, ele percebeu que o que havia nos olhos de seu afilhado era tristeza. Uma tristeza que ele não lembrava de ter visto nenhuma outra vez.

- E depois? - Harry desviou os olhos e torceu os dedos na coberta. - Depois que eu for pra Hogwarts só vou te ver no natal. Talvez antes, na páscoa, não sei. Mas vai demorar, não é?

- Eu posso vir aqui todos os dias de agosto se você quiser.

A cabeça do menino continuou baixa. Sirius pensou no que dizer. Agora ele percebia a preocupação dele, e não imaginava que por trás de sua empolgação houvesse medo.

- Vamos, Harry - ele colocou a mão no ombro magro, e Harry levantou os olhos para olhá-lo. - Você pode nos encontrar em Hogsmead nos fins de semana.

- Mas não são só os alunos do terceiro ano que tem permissão?

- É mesmo - Sirius pensou mais um pouco, então lançando um olha para a porta entreaberta e baixou a voz. - Que sua mãe não me escute dizendo isso...

Harry o olhou aborrecido, não vendo o menor motivo para o sorriso que seu padrinho abria, ou para o brilho em seus olhos escuros.

- Que seja, você ganhou a capa e o mapa, nada mais justo.

- Eu não estou entendendo - murmurou Harry.

- Você pode usar os dois pra sair escondido de Hogwarts. Então eu vou encontrar você no Três Vassouras.

Harry o olhou, sem acreditar que não tinha pensado nisso.

- Eu... será que eu... eu...

- Claro que você consegue, é fácil - ele lançou mais um olhar para porta. - Vou te ensinar todas as passagens possíveis sempre que vier aqui - ele olhou para Harry sorrindo abertamente. - Vai ser nosso segredo?

- Vai!

Os dois bateram as mãos, rindo.

- Muito bem, agora, melhor você dormir.

Harry se deitou, e Sirius o cobriu.

- Boa noite, Harry.

- Boa noite.

Sirius deu um aceno com a varinha e todas as luzes se apagaram. Depois, silenciosamente fechou a porta.

Sorrindo e bem mais aliviado, Harry adormeceu. E aquela noite seus sonhos foram borrões de Hogwarts e aulas divertidas, fugas e tardes animadas com seu maior cúmplice, Sirius Black. Nos sonhos os dias eram ensolarados e felizes, e nada de ruim podia lhe perturbar. Em seus sonhos ele estava seguro.

●ω●

Espero mesmo que quem leu até aqui tenha gostado. Essa fic estava a algum tempo guardada, e até então eu não tinha intenção de postá-la, pois ia fazer uma long fic, com todos os acontecimentos de A Pedra Filosofal.

Talvez um dia eu decida escrever mais, mas por agora, isso é tudo. Não tenho planos de fazer mais fanfics de Harry Potter, e se acaso esta short tiver um bom retorno, talvez eu faça mais alguma coisa.

Realmente espero que tenham gostado, nos vemos por aí!

Kah.

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