Gente, eu tenho um aviso: Parei de ser fã do BTS. Agora vou me dedicar completamente ao fandom do Wesley Safadão. Lá não tem tiros, os vídeos que ele lança são todos normais e eu não preciso morrer toda vez que a Big Hit posta alguma coisa. Além disso, não preciso me preocupar com teoria. Só assisto os clipes, grito Vai Safadão e fico feliz.
SÉRIO. NA BOA. NÃO DÁ. COMOFAZ?
Eu não sei mais o que faço da vida... Kpop cada dia acaba comigo... Sei lá... Essa Big Hit tá muito engraçadinha pro meu gosto. Vou processar eles. Só acho!
Boa leitura!
- E aquela nuvem, o que ela parece para você, Yuju?
- Uhm... Parece um coelho...
- Coelho? - Taehyung riu. - Não é nada parecido com um coelho para mim.
- Ah é? Então o que parece?
Yuju virou o pescoço, olhando para Taehyung enquanto esperava a resposta. Estavam deitados na grama; Admiravam o céu e as figuras formadas nas nuvens no que parecia ser um dia de verão. Porém, não era nada similar àquele típico verão de calor insuportável. Muito pelo contrário, Taehyung sentia uma brisa agradável percorrer pelo seu corpo.
Era como se estivesse literalmente no paraíso.
- Bom... - suspirou, analisando a nuvem. - Parece um boneco de neve.
- Sempre boneco de neve. - Yuju soltou uma risada descontraída. - Você realmente adora bonecos de neve. Me pergunto desde quando começou essa obsessão. - ele se levantou do gramado, erguendo a mão para que Taehyung a acompanhasse. - Aqui é um lindo lugar, não acha?
-É... - levantou-se com a ajuda de Yuju, olhando ao seu redor. - Eu poderia ficar aqui para sempre.
Nunca havia visto uma grama tão verde, tampouco arbustos com flores tão bonitas. Eram só Taehyung e Yuju, em um lugar onde parecia não existir nenhuma angústia ou dor. Por isso sentiu que queria ficar ali para sempre.
- Você está tão bonita, Yuju.
- Mas eu sempre fui bonita.
O garoto deu outro sorriso, segurando as suas duas mãos enquanto aproximava o corpo dele ao seu.
- Você também sempre foi bonito... Garoto sorriso...
Sem dizer mais nada, Yuju encostou seus lábios nos de Taehyung, na forma mais natural. Feliz pelo momento, Taehyung apenas fechou os olhos e sentiu a quentura da boca dela. Foi rápido. Quando percebeu que os lábios de Yuju se afastavam, abriu os olhos. Não era mais dia, também não parecia ser verão. Seus pés não pisavam mais um gramado e sim um asfalto frio. Não havia nada além de uma longa e silenciosa avenida.
- Yuju? - a procurou - Yuju?
Girou o corpo e viu ao longe, no meio do asfalto, a garota acenando para Taehyung. Atrás dele crescia uma luz amarelada de formato cilíndrico, similar a uma grande bola de fogo.
- Yuju! Cuidado! - queria correr até ela, mas seu corpo parecia ter congelado.
Yuju parecia não dar ouvidos, pois continuava acenando até ser completamente engolida pela luz. Então Taehyung viu um carro em alta velocidade, passando ao seu lado e seguindo pela avenida reta, até colidir em uma grande mureta que aparecia no meio da estrada.
- Eu estou bem, não se preocupe. - Taehyung assustou-se com a aparição repentina de Yuju ao seu lado. Estava com o mesmo semblante sereno, sem nenhum ferimento, como se nada tivesse acontecido. Yuju fitou o carro completamente destruído.
- Temos que ajuda-lo. - Taehyung concluiu, apressando o passo até o carro.
Sabia que havia alguém ao volante, mas sua vista ficou embaçada e era impossível reconhecer o rosto do motorista.
- Não é o motorista que precisa de ajuda. - Yuju o alcançou, segurando o braço de Taehyung e o impedindo de abrisse a porta do carro. - Ele também vai ficar bem.
- Mas o corpo dele está todo ensanguentado!
- Às vezes as piores feridas não são as que podem ser vistas, garoto sorriso.
- Por que está me chamando de garoto sorriso? Nunca me chamou assim antes...
- É claro que já chamei.
Yuju continuava serena.
- Por que gosta tanto de bonecos de neve? - Yuju perguntou.
- O que isso tem haver?
Ela não respondeu. Só sorriu e lhe deu um abraço.
- Eu o perdoei por sua causa. - Yuju terminou.
Foi sentindo os braços dela em volta de seu corpo que Taehyung percebeu não estar mais em uma avenida. Era uma pista de patinação a céu aberto. Assustado, soltou-se dos braços da menina e olhou para o chão. Deu-se conta de que era um lago congelado quando viu, através da fina camada de gelo, um boneco de neve flutuando na água gélida abaixo de seus pés.
XXX
Taehyung acordou assustado com o barulho da porta da janela batendo incessantemente contra a parede. Ainda estava zonzo e confuso com o que aparentemente tinha sido um sonho, mesmo assim, Tahyung afastou as cobertas do seu corpo e se levantou da cama, caminhando até a janela. Estava escuro e o frio intenso invadia seu quarto através de um vento forte. Travou as portas da janela do quarto, para que não corresse o risco de abrirem novamente.
"Que sonho foi esse?" perguntou a si mesmo, sentando-se na cama enquanto tentava recordar de cada detalhe do sonho. Voltou-se para o celular que estava apoiado no criado-mudo ao lado, eram 3 horas da manhã.
Desde a morte de Yuju, nunca mais tinha sonhado com ela. O curioso era que no sonho ela estava bem mais bonita de quando viva, além de parecer extremamente feliz.
- Ela me chamou de garoto sorriso... - balbuciou.
Sim, Taehyung tinha a plena convicção de que a única pessoa que o chamava dessa forma era aquele Jimin da "sua imaginação". Então por que no sonho Yuju também a tratou como "garoto sorriso"? E o que foi aquele carro e o motorista acidentado? Também tinha o boneco de neve... O lago congelado... Eram tantas coisas para se pensar sobre um único sonho que sua cabeça doeu. Além do mais, o coração de Taehyung começou a palpitar e lhe faltou ar, como se estivesse tendo uma crise de ansiedade ou um ataque de pânico.
Imediatamente Tae correu até o banheiro, procurando no armário de remédios alguma coisa que pudesse fazer parar aquele desespero que Taehyung sentia. Com as mãos trêmulas, encontrou um medicamento controlado que seu psiquiatra havia receitado na última consulta. Desde que tinha se mudado não o tomou mais, até porque não havia lhe ocorrido nenhuma vontade de se matar. Levou dois comprimidos à boca e tomou água da torneira na pia do banheiro, para ajudar a engolir o remédio. Com as mãos apoiados no balcão da pia e de cabeça baixa, esperou algum tempo até que fizesse efeito e aos poucos, sua respiração foi voltando ao normal.
Taehyung mal conseguia ver as fotos de Yuju sem chorar, sonhar com ela foi certamente o ápice para que todas as suas crises viessem à tona. O mais estranho era pensar que não foi um simples sonho. Na verdade, parecia um recado de Yuju para Taehyung. Será que isso era possível? Definitivamente Taehyung nunca foi tão bom assim para criar teorias e interpretações e certamente aquele sonho estava fadado a nunca ser entendido.
"- Não é o motorista que precisa de ajuda"... Ele também vai ficar bem.
- Mas o corpo dele está todo ensanguentado!
- Às vezes as piores feridas não são as que podem ser vistas, garoto sorriso."
Olhando para seu reflexo no espelho, lembrou-se do diálogo.
"- Por que está me chamando de garoto sorriso? Nunca me chamou assim antes...
- É claro que já chamei."
Talvez tudo fosse realmente coisa da cabeça de Taehyung, resquícios dos vários remédios que tinha tomado durante seis meses. Já ouviu falar de muita gente que tinha enlouquecido por tomar tanto remédio.
Cientificamente falando, essa seria a explicação mais válida. Por outro lado, sabia que muita gente poderia dar outra explicação... Algo além da ciência, mais no plano espiritual na verdade. Sinceramente, estava tão confuso que não sabia no quê acreditar.
"- Eu o perdoei por sua causa"
Será que Yuju se referia ao motorista no sonho? Ele dizia que tinha o perdoado... Mas por que o perdoou por sua causa? O que Taehyung havia feito?
XXX
- Por que acordou tão cedo, Yoongi?
Yoongi estava sentado no tapete da sala de estar, folheando os vários álbuns de fotos espalhados em cima da pequena mesa de centro quando a mãe apareceu no local.
- Na verdade não consegui dormir... Desculpe se te acordei.
- Não me acordou. - a matriarca se aproximou, pegando uma das fotos espalhadas.
Era uma fotografia dela mesma. Portava uma medalha de ouro no pescoço e segurava um buquê de flores em uma das mãos. Virou a foto e leu a legenda escrita pelo fotógrafo responsável pela foto: "Lim Hye-kyung, campeã sênior. Seul - 1981". Suspirou fundo e deixou a foto de lado, reparando no filho que continuava folheando um álbum de fotografias.
- Esse é o álbum que Jimin lhe deu? - a senhora Hye se sentou ao lado do filho, olhando para o álbum de fotos.
- É... - o olhar de Yoongi parou em uma foto de Jimin em uma estação de esqui, ainda criança. - Não sei o que aconteceu. Simplesmente acordei no meio da noite e não consegui voltar a dormir...
- Vocês dois sempre foram talentosos para patinação... - a mulher apontou para uma foto de Jimin e Yoongi juntos. Estavam na faixa de seis ou sete anos de idade, ambos com patins nos pés.
Yoongi fitou a mãe por alguns momentos. Ela sempre foi durona quando se tratava de patinação e dificilmente deixava transpor os sentimentos. Quando ela conheceu o pai de Yoongi, havia acabado de se aposentar como patinadora e iniciava a carreira de treinadora. Acabou engravidando um pouco antes do planejado e teve que se casar às pressas. Mas o casamento não durou muito, pois logo descobriu que o até então marido a traía com uma de suas alunas. O pior é que a aluna engravidou quase na mesma época que ela. Foi assim que Jimin nasceu. Então o pai de Yoongi decidiu se separar de Hye após três meses de casado.
Ainda grávida, ela teve que se virar sozinha e demorou em conseguir que o ex-marido pagasse a pensão. Enquanto isso, o homem, herdeiro de grandes empresas, se casou com a mãe de Jimin. Embora os adultos tivessem uma relação conturbada, Yoongi e Jimin se tornaram próximos como verdadeiros irmãos.
Tempos depois, o pai de Yoongi tentou se aproximar do filho, mas foi em vão. O ódio que Yoongi tinha por ele era muito grande para qualquer tipo de aproximação. Entendendo a relação do filho, Hye não impedia que Jimin fosse visita-lo, embora sofresse sozinha sempre que se lembrava do passado pelo simples fato de olhar para Jimin.
- Acho que me lembrei de porque desisti de patinar. - Yoongi riu. - Eu tinha medo de você, mãe.
- Não exagere. - ela disse constrangida. - eu não era uma treinadora tão má assim...
- Imagino se fosse... Sei que não se conforma com o fato de eu ter escolhido a quadra de basquete.
- Essa foto... - Hye-kyung ignorou o filho depois de ter virado a página do álbum. - Não sabia que tinha essa no álbum...
Yoongi olhou para o retrato. Estava ele e Jimin, também muito pequenos um ao lado do outro no que parecia ser uma pista de gelo a céu aberto. Havia alguns casais patinando em volta.
- Esse menino não parece estar muito contente. - Yoongi riu, apontando para um garotinho que aparecia no canto da foto. Ele estava caído em cima do gelo e pela cara dele, era bem provável que a foto foi tirada no momento que estava prestes a chorar.
- Ah sim! Eu me lembro. - a mulher também riu - Você não deve se lembrar. Isso foi no lago em um bairro aqui perto. Nunca tinha ido lá, mas sempre diziam que era a melhor pista de patinação natural. Então te levei com o Jimin...
- Seguindo o seu plano de fazer de mim um patinador artístico. - Yoongi interrompeu aos risos.
- Pobrezinho esse garotinho mal conseguia ficar em pé nos patins. Acho que ele não era daqui, porque os pais dele vieram me perguntar sobre um lugar para comer logo depois...
- Legal... - Yoongi balbuciou, sem dar muita importância e virando a página do álbum.
- Depois que tirei essa foto, você o ajudou a se levantar. - a senhora Hye se levantou do tapete.
- Eu? - Yoongi franziu o cenho.
- É. - ela riu. - Eu deveria ter tirado uma foto disso. - falou pensativa - Você daquele tamanho segurando na mão do garotinho e ajudando ele a dar os primeiros passos na pista... Até comecei a achar que seguiria minha carreira e viraria um patinador. - suspirou - É melhor guardar essas fotos, não pense que irá sair e deixar a bagunça para eu arrumar!
- Eu já vou...
A senhora Hye saía da sala enquanto Yoongi voltava à página do álbum em que estava a foto do garotinho. Olhou atento para ele, sentado sobre o gelo com uma cara de choro. Esforçou-se para lembrar a cena contada por sua mãe, mas nada lhe vinha à mente sobre esse dia.
Balançou a cabeça, fechando o álbum e juntando as fotos espalhadas. Ele estava cansado, mas por alguma razão estava sem sono. Era como se algo o deixasse inquieto.
Antes de se levantar para guardar as fotos, seu celular que estava sob a mesa tocou. Era cedo demais para receber ligações, ainda mais de um número desconhecido. Resolveu atender.
- Yoongi?
- Sim... Quem fala?
- Sou eu... Seu pai... - Yoongi resmungou, estando prestes a desligar o telefone - Não desligue! É importante! - disse rapidamente - É sobre o Jimin!
- O que tem ele?
- Eu estou aqui no hospital... Se puder vir agora...
- O que aconteceu com ele? - Yoongi gritou já nervoso. As piores coisas lhe surgiam à mente.
- Ele acordou. - Ao ouvir a última palavra, o telefone escapou das mãos de Yoongi. - Alô? Yoongi? Yoongi? Está aí?
XXX
- Você não pode entrar aqui!
- Como não? - Taehyung questionou ao segurança que barrava seu acesso ao corredor de internações do hospital. - Eu venho aqui todas as manhãs e nunca fui barrado. Por que não posso visitá-lo hoje?
- Sinto muito, são ordens. Só familiares.
Taehyung encarou o segurança como se ele fosse algum terrorista, mas no fundo sabia que ele não tinha culpa, até porque só estava cumprindo ordens.
Mesmo assim estava irritado pelo fato de não poder ver Jimin naquela manhã. Até então, os ditos "familiares" dele nunca deram importância. Por que justo agora, quando Jimin finalmente tinha pessoas que queriam vê-lo, resolveram impedir as visitas? O que estava acontecendo?
- Me diz uma coisa... - falou com o segurança. - Não vão desligar os aparelhos dele, não é mesmo? - o homem o olhou como se Taehyung tivesse confessado que havia acabado de matar um panda. - Não... Não fariam isso. - falou a si mesmo. - Pois bem, eu não vou sair daqui até que me deixem visitar Jimin! - Taehyung praticamente gritou.
- O que quer com meu filho?
Taehyung girou o pescoço e se deparou com um coreano de meia-idade, que vestia um belo terno, parecendo um CEO importante de uma empresa multinacional.
- Diga... - ele continuou - Quantos mais desconhecidos estão vindo visitá-lo? - o homem perguntou ao médico que estava ao lado.
- São os amigos dele, senhor...
- E quem autorizou? - perguntou irritado.
- Bom... Foi o seu filho, senhor...
- Não deixem mais ninguém entrar sem a minha autorização.
- Como é? - Taehyung tomou a frente, pouco se importando com o fato dele ser alguém importante. - Deve ser fácil para você deixar seu filho aqui sozinho enquanto proíbe a visita dos amigos dele, não é mesmo? - o homem arregalou os olhos para Taehyung. - Deveria agradecer por estarmos vindo visitá-lo!
- Quem pensa que é para agir dessa forma?... E você? - se dirigiu ao segurança - Esse adolescente me desafia e fica só parado, olhando? Faça alguma coisa! Tire-o daqui!
- Senhor Park... - o médico tentou acalmar a situação. - Não precisa do segurança... Ele pode sair por si mesmo, não é?
- Não mesmo! - Taehyung se impôs. - Eu vim visitar o Jimin e é isso que farei!
- Era só o que me faltava... - o homem elegante reclamou. - Essa é uma área restrita, garoto. - novamente olhou para o segurança - Tire-o daqui, rápido.
O segurança segurou em seu braço, apertando-o forte. Até achou que ele pudesse quebrar seu punho enquanto o puxava para longe daquele corredor.
- Solte-o. - Taehyung olhou em direção ao dono da voz. Lá estava Yoongi, com os olhos um tanto fundos. O segurança parou, olhando confuso entre Yoongi e o pai de Jimin. - Eu disse para soltá-lo.
Estático com a aparição repentina de Yoongi, Taehyung viu o garoto caminhando até si. O fato de ele estar ali fez com que o segurança soltasse o braço de Taehyung. Massageou de leve o pulso, notando uma vermelhidão marcada pelos dedos do segurança.
- Vamos. - Yoongi pegou pelo seu braço, puxando-o em direção à entrada da ala de internações que anteriormente estava sendo barrada.
- O que pensa que está fazendo? - o homem perguntou assim que Taehyung e Yoongi passaram por ele.
- Estou fazendo o que não fez desde que Jimin se acidentou. - Yoongi parou em frente ao homem, encarando-o de perto. - E se ele deu algum sinal de melhora, foi graças a ele. - o garoto apontou para Taehyung. - Agora se der licença, iremos visitar o Jimin. Ou irá me impedir de fazer isso? - o homem ficou em silêncio. - Ótimo.
Sem se importar com quem estava à volta, Yoongi continuou o caminho, sem soltar o braço de Taehyung. É óbvio que Taehyung estava confuso. Primeiro que não estava entendendo o que Yoongi fazia lá e o motivo dele ter tanta autoridade com o segurança e até mesmo com o pai de Jimin. Além disso, enquanto te defendia, disse algo que fez o coração de Taehyung bater mais rápido:
Jimin havia dado sinais de melhora.
TAN TAN TAAAAAAAAAAAAN
Então minhas massinhas, bolinhos fofos do meu coração, estou aqui fazendo meu papel de panfletinho, pra recomendar a fic da dona bambifigueiredo, Save Me, ele é um YoonMin nhonhonho.
Até.
Beijinhos da Tia Putiranha <3