INSPIRAÇÃO: Romântico Anônimo – Marcos & Belutti feat. Fernando Zor
Boa Leitura! ❤
“Aquelas flores que deixavam no portão... Que sempre vinha assinado no cartão... Romântico Anônimo!” – Marcos & Belutti feat. Fernando Zor {Romântico Anônimo}
⚜ YOUNGJAE P.O.V'S ⚜
S/N e eu sempre fomos próximos um do outro, porém nunca passou de uma enorme admiração e amizade fiel. Algumas vezes me recordo da época de escola, de como a protegia por ser dois anos mais nova e da forma cruel que algumas garotas lidavam com ela por ser descendente de estrangeiros.
Me formei primeiro no colegial, e quando entrei para a universidade parte do contato foi perdido graças às rotinas agitadas de ambos. S/N entrou para o ensino médio, conheceu pessoas novas, algumas boas e outras nem tanto, afinal são raros aqueles que realmente conseguem entendê-la.
Nos afastar dessa maneira me fez entender que meu sentimento em relação a ela não era mais de uma simples amizade, talvez nunca tenha sido, e por medo de perdê-la decidi manter o que tínhamos. Demorei a ter coragem de confessar meus sentimentos, mas quando a tive, percebi que cheguei tarde demais.
– Jae?! – disse ela, me abraçando da mesma forma de sempre, como se o tempo não houvesse passado e ambos seguido caminhos diferentes. – Quanto tempo eu não o vejo?
– Oi, pequena. – respondi, retribuindo aquele gesto e sentindo o coração disparar por novamente sentir seu corpo delicado entre meus braços. – Bastante tempo, não? Me perdoe por ter sumido dessa maneira, mas a faculdade está tomando boa parte dos meus dias. – disse, encarando o rapaz apático ao lado dela. – Hum... Eu perdi alguma coisa?
– Ah, que cabeça essa minha. – ela sorriu com ternura, e se virou para encarar o garoto que não parecia feliz com tal encontro. – Jae, este é meu namorado Dong-Yul. – senti meu coração falhar por alguns segundos ao saber a real posição que o “estranho” tem em sua vida agora. – Dong-Yul, este é meu melhor amigo Youngjae.
– Prazer em conhecê-lo, Dong-Yul. – disse cordialmente, e lhe estendi uma das mãos por educação.
– É bom finalmente conhecer o garoto de quem minha namorada tanto fala. – ele se pronunciou, mas por alguma razão não senti algo confiável vindo de sua voz.
Depois do banho de água fria que levei com tal notícia, ficou meio inviável permanecer naquele local. Inventei que tinha algo qualquer para resolver na casa de minha avó, e os deixei segui caminho para o lado oposto.
Saber que outro foi mais rápido me deixou mal, porém reconheço que preciso estar feliz se S/N estiver bem ao lado de outra pessoa. Claro, parte disso é culpa minha também, afinal fui eu quem me afastei e a deixei sem contato por muito tempo.
⚜⚜⚜
Algumas semanas depois...
Cerca de um mês se passou desde nosso encontro por acaso, meus sentimentos continuam tão fortes quanto antes, mas não me sinto no direito de dizer algo agora que ela finalmente está confiante em si mesma. Tudo que desejo é que S/N esteja sendo tratada e valorizada como uma princesa, afinal é isso que ela sempre mereceu.
Após mais um dia cansativo na universidade, tudo o que queria era chegar em casa, tomar um banho quente e cair na cama, talvez dormir por longas doze horas para compensar a semana estressante eu tive. No entanto, assim que cheguei ao estacionamento uma chuva forte desabou, sinal de que o trânsito estará um caos e chegarei bem mais tarde que o previsto.
Foi apenas o tempo de entrar em meu carro para não me molhar, então pude seguir sem muitos problemas pela metade do caminho. Estava preso no trânsito de uma das avenidas quando tive a visão que me incomodou, uma garota parada na calçada, completamente encharcada e parecendo estar sem rumo para seguir.
Quando finalmente pude ver seu rosto, entendi a razão pela qual se estado me incomodou mais do que deveria. Mesmo recebendo inúmeras buzinas e xingamentos, atravessei o carro na via e estacionei no acostamento a tempo de alcançar a garota. S/N ficou surpresa ao notar minha presença, mas o pior de tudo foi vê-la tentando disfarçar aquela dor.
– S/N!? – gritei, foi a única maneira de ela se aproximar um pouco mais do veículo. – Entra no carro, por favor.
– Jae, eu... Eu estou encharcada. – disse ela, tentando encontrar uma boa justificativa para não entrar. – Não quero sujar seu carro.
– Isso não importa agora, depois eu dou um jeito. – expliquei, meu desejo é apenas tirá-la da chuva e aquecê-la antes que pegue um resfriado. – Por favor, vai acabar ficando doente se permanecer sob essa chuva.
– Certo, hum... Obrigada, Jae. – a mais nova respondeu, finalmente se sentando no banco do carona onde havia indicado.
– Está um pouco longe de casa, não? O que faz debaixo dessa chuva? – indaguei, um pouco preocupado ao notar seu corpo trêmulo pelo frio. – Olha como está tremendo. – disse, pegando meu casaco no banco de trás e jogando sobre seus ombros. – O que houve para estar assim?
– Ele me traiu, Jae. – disse ela, se encolhendo entre meus braços, momento em que não me importei de ter minhas roupas também molhadas. – O que eu fiz, Jae? Por que Dong-Yul fez isso?
– Escuta. Você não fez nada, isso não é sua culpa. – respondi, a apertando um pouco mais contra meu corpo. – Ele é um idiota. Eu estou aqui, pode chorar.
– Você sempre me protege, Jae. – a mais nova então ergueu o rosto, me encarando seriamente com aqueles olhinhos repletos de lágrimas. – Parece ser o único garoto que vale a pena.
– Acho que já disse que pode contar comigo para tudo, certo? – voltei a abraçá-la, ouvindo um breve “sim” ser sussurrado por sua boca. – Vou te levar para casa. Você precisa de um banho quente e roupas confortáveis ou vai acabar pegando um resfriado.
A deixei na casa de seus pais, e somente quando me certifiquei de que estava segura, tive coragem de voltar para meu apartamento. Não posso comemorar diante de um coração partido, mas o destino me deu uma nova chance. Obviamente devo esperar um tempo para me aproximar e confessar meus sentimentos, afinal sua mente deve estar uma repleta confusão neste exato instante.
⚜⚜⚜
Alguns dias se passaram desde que encontrei S/N aos prantos debaixo da forte chuva. Não tive muitas notícias dela, apenas coisas que minha avó contou ao telefone, sobre não ter visto ela na rua. Minha prima que frequenta a mesma escola disse que a garota também não tem comparecido às aulas, o que me fez acreditar que o filho da puta realmente a feriu bastante.
S/N jamais mereceu ter seu coração partido desta maneira, mas coisas ruins costumam acontecer com pessoas boas, e o universo quer nos fazer engolir esse tipo retorno. Não sei dizer como ela está neste momento, porém sei o que posso fazer para alegrar seu dia e fazer com que minha amiga passe a acreditar em si outra vez.
Sempre soube de seu lado romântico, então decidi unir o útil ao agradável e tentar conquistá-la a moda antiga, só quando tiver confiança irei revelar minha identidade. Sei que as coisas podem não ser como estou esperando, mas acredito que não irei perder nada se não tentar.
Escrevi um bilhete descrevendo algumas memórias, algo que desse a entender de quem se trata e ao mesmo tempo não deixasse tão óbvio. Decidi enviar tais palavras doces junto a um buquê de rosas, uma maneira de alegrar seu dia logo pela manhã.
Oi, anjo
Ainda me recordo da época de escola, sempre atento para protegê-la do que fosse preciso. Como me arrependo de deixar que as coisas nos afastassem dessa maneira, me dói muito saber que não pude evitar certos acontecimentos em sua vida. Fui covarde por um tempo, desculpe por não conseguir evitar que as lágrimas rolassem em seu rosto lindo. Prometo que farei de tudo para novamente ver seu sorriso iluminando seu rosto, por enquanto através de pequenas cartas já que ainda não tenho coragem de me mostrar para você. Na hora certa saberá quem sou, fique bem e... Eu te amo.
Romântico Anônimo
Paguei para um garoto deixar o buquê e a carta em sua casa, e acabei passando o resto do dia imaginando a reação da garota ao recebê-lo. No fim da tarde, resolvi visitar minha avó na intenção de encontrar a garota pelas ruas, afinal sua família sempre foi vizinha da mesma, por essa razão nos conhecemos na infância.
Como esperado, a encontrei no portão de sua casa, estava chegando do colégio na companhia de duas amigas. Finalmente S/N se animou para sair depois do que houve, e para meu alívio ela parece estar feliz outra vez.
– Oi, Jae. – disse ela, me abraçando logo após se despedir de suas amigas. – O que faz aqui?
– Oi, pequena. – respondi, e sorri desentendido para não ficar tão óbvio. – Vim visitar minha avó e decidi passar aqui para ver se está melhor, não tivemos tempo de conversar depois daquele dia.
– Estou me recuperando, obrigada por se preocupar. – disse ela, se mostrando um pouco desconfortável ao tocar no assunto. – Aliás, algo estranho me aconteceu hoje.
– O que houve?
– Recebi uma carta anônima e flores hoje pela manhã, você acredita? – indagou, mostrando o sorriso mais lindo que já vi. – Jamais imaginei que receberia algo assim.
– Por que não? – perguntei um pouco confuso, ainda sem entender se fiz o certo ou não. – Você gostou? Faz ideia de quem mandou?
– Eu amei, Jae. – revelou, deixando ainda mais evidente em um sorriso. – Acreditei que isso era coisa de filme. Não faço ideia de quem pode ser meu romântico anônimo.
– Estranha maneira de se assinar uma carta. – disse, e ela sorriu um pouco envergonhada. – Espere seu admirador secreto mandar outra carta, talvez ele deixe uma pista.
– É o que farei.
– Hum... Agora tenho que ir. Só passei para ver como você está. – a abracei em despedida, sendo retribuído no mesmo instante e com todo carinho que temos.
– Tudo bem. Até a próxima, Jae. – disse ela, entrando em sua casa e me deixando parado no meio da rua.
– Até a próxima, meu anjo.
⚜⚜⚜
Quase um mês se passou desde a primeira carta, nesse tempo enviei uma coisa a cada semana atiçando ainda mais sua curiosidade em torno da figura misteriosa. S/N estava cada vez mais fixada nessa história, o que me fez chegar à conclusão de que é hora de revelar a verdade.
Desta vez lhe mandei um buquê de tulipas azuis e o bilhete definitivo, o ultimato para que eu finalmente possa revelar quem está por trás de tudo isso, provocando boa parte de seus sorrisos nas últimas cinco semanas.
Oi, anjo
Acho que já está na hora de saber quem eu sou. Vou esperá-la no parque próximo à sua casa às 17:30. Um local e hora movimentados para que se sinta segura. Estarei esperando no banco próximo ao lago, local perfeito para assistir ao pôr-do-sol. Eu te amo.
Romântico Anônimo.
Fiquei ansioso o dia todo à espera do momento marcado, não tive tanta coisa para me distrair já que no sábado não temos aula. Me arrumei sem muita pressa, e acabei chegando mais cedo ao local do encontro. Tudo que fiz foi comprar um algodão doce e esperar por ela, torcendo para que S/N não me deixe esperando por tanto tempo.
Perdido em meus pensamentos acabei me distraindo com o horário, até ter minha atenção tomada pelos passos lentos e um perfume já conhecido por mim. Minha garota veio, me deixando um pouco mais nervoso para finalmente dizer à S/N tudo o que sinto e sempre senti por ela.
– Oi. – disse S/N, ficando surpresa quando finalmente a encarei. – Jae, o que faz aqui? Eu não entendo.
– Oi, anjo. – sua expressão de surpresa apenas se intensificou diante daquele apelido. – Sou o seu romântico anônimo.
– P-por que não disse antes?
– S/N, desculpa se passei dos limites, eu... Sei que talvez me enxergue apenas como um amigo, mas preciso revelar o que sinto. – disse, notando as lágrimas deslizarem por suas bochechas. – Eu te amo, meu anjo.
– Está errado, Jae. – ela sorriu, mesmo tendo seu rosto lindo encharcado pelas lágrimas. – Durante anos achei que me enxergava apenas como uma amiga, a garota mais nova que você queria proteger como um irmão mais velho. – S/N continuou a falar, secando parte de suas bochechas ainda que fosse inútil. – Procurei outros relacionamentos na tentativa de me afastar um pouco de você. Eu...
– Quer dizer então que...
– Sim, Jae. Eu te amo. – a mais nova respondeu, logo me abraçando como uma forma de tentar esconder seu nervosismo.
– Como é bom ouvir isso de você. – disse, tomando coragem para finalmente nos separar daquele abraço. – Me deixe protegê-la de tudo, meu anjo. Me deixe te amar como ninguém ainda foi capaz. – fiquei de joelhos em sua frente, então tirei do meu bolso um anel de compromisso para mostrar que minhas intenções são mesmo verdadeiras. – Quer namorar comigo, S/N?
– Sim. É óbvio que sim. – S/N respondeu, desta vez com os olhos refletindo a felicidade. – Eu te amo tanto, Jae.
Coloquei o anel em seu dedo, então acariciei sua face secando cuidadosamente cada lágrima que ainda restou ali. Finalmente tive coragem de aproximar nossos lábios e buscar um beijo, gesto que desejei por anos até poder lhe transmitir tudo o que sinto.
– Eu te amo, meu anjo.
– Eu te amo, Jae – ela respondeu, dando sentido a velocidade disparada do meu coração. – Sempre amei.
Enfim, nossa história terá o início que tanto esperamos. Prometo protegê-la de tudo o que for preciso, e jamais permitir que as pessoas a machuque novamente. Diante do belo pôr-do-sol, em um fim de tarde típico de verão, posso finalmente chamá-la de minha garota.
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Olá, Preguicinhas! 😃
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~ Sweet 🦄