Ele e Ela [Os Dois Lados da H...

By StefaniaRaducanu

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ISADORA "Dentre tantas mulheres no mundo, meu pai tinha que escolher ficar justo com a mãe do garoto mais ins... More

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E P Í L O G O

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By StefaniaRaducanu

Lógico que aquilo ia acontecer. Mais cedo ou mais tarde ela iria conseguir chegar perto dele, mas também, eu só podia ser idiota achando que poderia evitar isso. Até porque, se não fosse ela, seria outra. Qualquer outra, mas nunca eu. Não que eu quisesse, claro que não. Só não tinha ido com a cara daquela em particular. Nossa, que raiva ela tinha me dado, aparecendo do meu lado naquele dia, me abraçando como se fôssemos muito amigas, falsa. Me contive com todas as forças pra não dar um soco na cara dela. Com a minha ira toda canalizada para ela, acabei agindo com Rafael da maneira que eu gostaria de agir sempre, sem ficar afastando-o toda hora. Que droga. As coisas não podiam ser menos complicadas? Eu estar apaixonada pelo Fabinho, que era um fofo; me sentir a vontade com o Rafael, que era legal e seria um ótimo "irmão". Mas não, tinha que ser tudo do avesso e sem noção. Por mais que eu tentasse me forçar a cair de amores pelo Fabinho, não conseguia, parecia que não era pra ser, que faltava alguma coisa. E por mais que eu quisesse agir naturalmente perto do Rafael, eu também não conseguia. Ficava naquele impasse, com o coração acelerando sempre que o via. Isso era ridículo. Talvez fosse mais fácil se eu voltasse a enxergá-lo como um idiota, mas nem isso eu conseguia mais, porque o imbecil era maneiro pra caramba. E lindo. Por que ele tinha que ser tão bonito? Aquilo não era justo. Bufei, olhando pro teto do meu quarto, onde ainda podia ver as marcas das estrelinhas que um dia estiveram coladas ali. Daquelas que brilham no escuro, sabe? Aos poucos elas foram perdendo a cola e caindo, uma por uma, até não restar nenhuma, só as marquinhas. Não sei quanto tempo fiquei ali pensando na vida, mas devo ter ficado bastante, porque quando me dei conta, Cíntia e Rafael estavam batendo na porta pra se despedir. Ela me deu um beijo e saiu, me desejando uma boa semana na faculdade. Acho que ele não esperava que ela fosse sair tão rápido, porque normalmente ele só dizia tchau e ia embora, mas de repente, estávamos parados um de frente pro outro.

- Er.. – Ele limpou a garganta pra falar. – Nos vemos amanhã então.

- Não vou de carona com você. – Eu estava sendo grossa? Não era minha intenção, mas quando ele falou que nos veríamos, fiquei sem entender. Nos veríamos aonde? O único jeito seria no carro, não é como se estudássemos juntos nem nada.

- Não te ofereci carona. – Ele respondeu na mesma hora e eu estreitei os olhos.

- Grosso.

- Eu cansei de oferecer. – Ele bufou. – O dia que você quiser, pede.

- Não vou pedir nunca. – Jamais faria aquilo. Ele revirou os olhos.

- Você quer? – Ele perguntou impaciente, como se fosse a última vez que aquela pergunta fosse ser feita por ele. Mas quer saber? Eu queria. Que babaquisse. Pra que eu ficava acordando mega cedo, pegando ônibus lotado, quando eu podia estar de carro, ouvindo música boa? Já bastava de ser paranóica e infantil.

- Amanhã, às 7:15. – Falei, fingindo pouco caso, encostada no batente, mexendo na minha cutícula.

- Não se atrase. – Ouvi ele responder e antes que ele virasse completamente, ainda consegui ver um sorrisinho nos seus lábios. Revirei os olhos, sorrindo também e voltando pra minha cama.

Claro que me atrasei, mas ele não disse nada, até porque foram só cinco minutos. E eu estava cada vez mais confusa, porém contente, porque até o final da semana, era como se a gente fizesse aquilo desde sempre. Passei a pegar carona com ele todo dia para ir, às vezes para voltar, mas isso foi até ele começar a estagiar e não poder mais me deixar em casa de tarde. Mas na parte da manhã estávamos sempre juntos, conversando e ouvindo música como se fôssemos realmente grandes amigos. Não ouvíamos 30STM todo dia, claro. Ele tinha arrumado um pendrive bastante diversificado e quando já tinhamos escutado todas as músicas daquele pendrive, eu trouxe outro. E quase não havia me dado conta que o tempo estava passando muito rápido, já estávamos em Maio, minhas provas se aproximando, trabalhos acumulados e muito estresse.

- E é só o primeiro período. – Lúcia reclamou, sentada ao meu lado, mastigando o canudo do seu guaraná.

- Lú, minha querida, quer parar de me seduzir, por favor. – Jiló falou, olhando para ela com o seu sorriso característico.

- Ai, você é nojento. – Reclamei, jogando minha borracha em cima dele. Estávamos sentados no CT, na hora do almoço, terminando um trabalho que precisava ser entregue mais tarde.

- Não, sou apaixonado. É diferente. – Jiló respondeu e se fosse comigo, teria ficado da cor de um tomate maduro, mas a Lúcia era completamente diferente de mim e adorava provocar o menino, que fazia o mesmo com ela. Não sei como ainda não tinha rolado nada, às vezes, jurava que estavam escondendo da gente, isso sim.

- Oiii, crianças. – Pati chegou, pra variar, fazendo estardalhaço. Eu me perguntava como eu, sendo tão quieta e tímida, só arrumava amigas completamente opostas a mim. Rafael, que estava ao lado dela, sentou na cadeira vazia entre o Rodrigo e eu.

- Oi. – Respondemos juntos, revezando a atenção entre nosso lanche e o nosso trabalho.

Aquilo havia virado rotina. Pelo menos duas vezes por semana, almocávamos no CT e a Pati e o Rafael sempre apareciam. Às vezes o Fabinho também. Eu estava empurrando aquele relacionamento com a barriga. Embora eu achasse que ele também não estivesse cem por cento comprometido. Já estávamos ficando há o quê? Cinco meses? E ele nunca tinha mencionado namoro, embora eu agradecesse mentalmente porque não sabia como negar e provavelmente acabaria aceitando, mesmo não querendo.

- Gente, - Pati falou, tentando chamar nossa atenção, embora ela soubesse que a gente precisava terminar aquilo. Quando olhamos ela continuou. – vocês vão na Choppada Geral?

- Com certeza. – Lúcia e Jiló responderam na mesma hora e Rodrigo concordou como se não tivesse muita escolha, porque onde o Jiló estava, ele estava também. Eu dei uma risada anasalada, como se só pensar naquela hipótese fosse engraçado, eles olharam pra mim.

- Vamos, Isa? – Pati insistiu, sabendo que nunca tinham me convencido antes.

- Claro que não. – Neguei veementemente. – Olha pra minha cara, eu lá tenho jeito de quem frequenta choppada? Não gosto dessas coisas não. – Rafael concordou, balançando a cabeça e revirando os olhos pra amiga.

- Vocês dois são insuportáveis. – Lúcia reclamou e Pati concordou.

- Eu vou falar pra Bia sobre a choppada e eu duvido que ela não vá. E com ela indo, vai ser impossível você não ser arrastada também. – Pati falou estreitando os olhos pra mim, me fazendo rir.

- Aham, e quem vai convencer meu pai? – Nessas horas, era muito bom ter um pai superprotetor.

- Com o Rafa, seu pai te deixa ir até pro inferno. – Arregalei os olhos na direção dele.

- Você vai também???? Não acredito!!! – Falei chocada.

- Fui ameaçado. – Deu de ombros, se sentindo derrotado. Aquela loira era impossível. Revirei os olhos vendo ela sorrir como um anjinho inocente.

- Anda, você tem um mês pra se acostumar com a idéia. – Rodrigo falou, como se entendesse meu martírio de alguma forma. Talvez ele fosse assim no início mas tivesse desistido de perder pro Jiló, aceitando a sina de frequentar aquelas festas pra sempre.

E não teve jeito, aquela doida realmente falou pra Bia, que não deixou de me pentelhar até que eu aceitei só pra ela calar a boca. Como eu havia previsto, meu pai ficou reticente sobre me deixar ir, mas minha amiga já estava instruída a mencionar como quem não quer nada que o Rafael também iria. Inclusive, que levaria a gente. E aquele traíra do meu pai liberou. Então agora eu estava no carro com ele, Pati e Bia, indo pro Monte Líbano, onde encontraríamos a Paulinha, o Tomás, a Lúcia, o Jiló e o Rodrigo pra uma incrível confraternização empolgante, regada de cerveja, refrigerante e gummy a vontade, ao som – veja bem, essa é a melhor parte – de Wesley Safadão e Valeska Popozuda. Sério!!!! Onde eu fui me meter? Se um pequeno pedacinho de mim, ainda guardava alguma raiva pela existência do Rafael, era naquele momento que estava se manifestando, porque se ele não tivesse aceitado ir, eu estaria na minha cama, lendo um livro naquele momento. Após estacionarmos, encontramos nossos amigos na porta, esperando nossa chegada, porque havíamos combinado o horário. O barulho era ensurdecedor e desagradável, com aquelas pessoas suadas, dançando uma música eletrônica chata e o cheiro de cerveja entrando pelas minhas narinas sem pedir licença.

- Anda, desamarra essa cara feia. – Bia descruzou meu braços, me puxando pra pista. – Vamos comemorar o fim do semestre. – Revirei os olhos, desistindo de resistir e sorri, embora ainda preferisse não estar ali.

Pouco mais de meia hora depois de estarmos ali, nos mexendo sem muito sentido na pista, Paulinha me cutucou com o ombro pra olhar alguma coisa. Que eu preferia não ter visto. A Jéssica estava cheia de papo no ouvido do Rafael. Bia e Paulinha ainda se mexiam, embora mais lentamente, esperando minha reação. Elas sabiam que eu estava com sentimentos embaralhados. Tinham feito uma baderna quando eu contei, porque elas sabiam que aquela raiva reprimida só podia significar que eu gostava dele. Eu insisti que não gostava, que só estava confusa. Durante nossa longa conversa, eu me arrependi cinco vezes de ter contado qualquer coisa pra início de conversa, mas eu não conseguiria esconder. Elas eram minhas melhores amigas e eu não aguentava mais guardar pra mim. Eu precisava que alguém me dissesse que era normal, que eu só estava descobrindo que ele era um bom amigo e não que estava gostando dele. Elas não me disseram o que eu queria ouvir, mas eu continuava convencida que era aquilo. Ignorei.

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Nota: FELIZ ANO NOVOOOOO!!! Desculpem por não ter postado semana passada, mas tive alguns problemas e não deu!! Porém aqui estou e espero que gostem dos capítulos de hoje.

Stef Raducanu

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