O Novo Inquilino

By formuladebhaskara

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Sofia teve um problema no coração e precisou de transplante. Agora, Sofia tem um novo coração e um novo vizin... More

1. MORANGO
2. GELATINA DE MORANGO
3. TORTA DE MORANGO
4. CREME BRULÈE
5. PIQUINIQUE
6. CUPCAKE
7. SUSPIRO - PARTE I
7. SUSPIRO - PARTE II
8. VITAMINA DE MORANGO
9. MARIA MOLE
10. CHOCOLATE QUENTE - PARTE I
10. CHOCOLATE QUENTE - PARTE II
11. SORVETE DE LIMÃO - PARTE I
11. SORVETE DE LIMÃO - PARTE II
12. PASTEL DE QUEIJO - PARTE I
12. PASTEL DE QUEIJO - PARTE II
13. MADONNA
14. AÇÚCAR
15. PIZZA
16. CONFETE - PARTE I
16. CONFETE - PARTE II
17. FLORESTA NEGRA - PARTE I
17. FLORESTA NEGRA - PARTE II
17. FLORESTA NEGRA - PARTE III
17. FLORESTA NEGRA - PARTE IV
18. MAÇÃ
19. BANANA - PARTE I
19. BANANA - PARTE II
20. CHOCOLATE MEIO AMARGO - PARTE I
20. CHOCOLATE MEIO AMARGO - PARTE II
20. CHOCOLATE MEIO AMARGO - PARTE III
20. CHOCOLATE MEIO AMARGO - PARTE IV
21. MAÇÃ DO AMOR
22. PIMENTA - FINAL

22. PIMENTA - PARTE I

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By formuladebhaskara


Está chegando ao fim ;) a história do meu casal favorito na vida (até agora porque já estou escrevendo uma nova história com um casal novo que tende a se tornar meu favorito também! Pra quem me acompanhou ate aqui, um super obrigada *.* 

Em breve, tem mais! 



Estava decidida a ver Cristofer, mas a coragem para isso ainda não tinha me encontrado. Era tão simples, ele estava logo ali ao lado. Tentava me convencer disso todo dia, mas parecia quase impossível chegar até ele.

Naquela tarde de sábado, tinha acabado de voltar da casa dos meus pais, estava exausta por ter ajudado minha mãe a fazer almoço, sobremesa e tudo o que eles tinham direito. Avisei a Madalena que demoraria um pouco para voltar, mas não contei a ela que estava matando trabalho para dormir. O sol estava clareando meu quarto, mas nem isso impediu que eu adormecesse facilmente num sono profundo.

Acordei assustada quando notei que o sol já estava se pondo. Fui despertando lentamente e aos poucos comecei a ouvir o som que vinha da rua. Levantei e andei até a janela que estava aberta e pude escutar um grupo de meninas brincando na rua. Quando voltei para a cama pude escutar um carro que passando pela rua anunciava algo que eu tentava ardentemente obter sem êxito algum: sonhos deliciosos. O som do carro de sonhos ficou distante até sumir por completo enquanto eu pensava que já deveria estar na pâtisserie há muito tempo.

Antes de sair fui até a cozinha fazer um chá para me esquentar e acordar de uma vez. Me recostei na pia enquanto assoprava o chá super quente quando notei o vasinho de flor que Cristofer tinha me dado e que estava perto do meu pé de cebolinha. Larguei a caneca de qualquer jeito na pia quando vi que a planta estava brotando. Senti até um frio na barriga quando me aproximei do vaso. Tinha uma pontinha verde que saia da terra. Era ainda tão pequena, mas fez um efeito enorme dentro de mim.

Me obriguei a sair dali para ir até o café, tinha prometido para Madalena que ia.

A tarde estava linda num tom alaranjado, não fazia calor, mas também não estava frio. As ruas começavam a ficar enfeitadas de luzes com o natal ficando próximo, deixando o caminho que eu fazia todo dia cada vez mais bonito.

Em um trecho, ao longo da calçada, havia estrelas douradas penduradas nas árvores que balançavam com o vento. Estavam brilhando com as luzes que também estavam enroladas nos galhos. Eu as olhava admirada quando uma delas caiu próxima ao meu pé. Parei por alguns instantes admirando o pedaço de papel em formato de estrela que agora estava caído no chão. Recolhi a estrela e pensei comigo se estrela cadente de papel também valia pedido. Na duvida, apertei meus olhos e acabei fazendo um.

Quando cheguei no café recebi um olhar fuzilante de Madalena, mas devolvi a ela um sorriso.

- Onde esteve? – perguntou.

- Acabei me atrasando, desculpe. Está tudo certo por aqui?

- Tudo certo, e com você?

- Também... – falei olhando para cima.

- O quê? O que está procurando?

- Não enfeitamos para o natal ainda.

- Tá cedo...

- Amanhã vou arrumar isso aqui.

- Você é quem manda.

- Você manda também.

- Mas eu tô boazinha ultimamente – sorriu, então a abracei.

***

Logo cedo pela manhã, eu já estava de volta no café para enfeitar para o natal. Encontrei no depósito os enfeites e luzes e carreguei tudo para o meio da patisserie com certa empolgação natalina. Madalena logo chegou, mas não parecia tão empolgada quanto eu.

- Achei que depois que você dormisse, iria esquecer disso.

- Ah, Mada. Deixa de ser chata.

- Estou brincando – tentou suavizar. –  Quer ajuda?

- Não, está tudo bem. Vou colocar alguns enfeites lá fora e acabo.

Ao sair, olhei para os lados tentando encontrar o melhor lugar para os enfeites que eu tinha nas mãos. Coloquei a escada na parede para alcançar a fachada do café.

Ao terminar de colocá-los, já estava descendo quando notei que Cristofer se aproximava ainda na outra esquina. Entrei em desespero e acelerei o passo para descer da escada. Quando meus pés tocaram o chão resolvi que era melhor me controlar, já que ele provavelmente passaria reto. Além do mais, já estava na hora de eu parar com o faniquito toda vez que a possibilidade de ver ele aparecia. Chega.

Parei, respirei fundo e comecei a agir normalmente, me afastei um pouco para ver se o trabalho que eu tinha feito com os enfeites havia ficado bom enquanto ele chegava cada vez mais perto. Não parecia ter a intenção de desviar e não o fez.

- Olá – falou timidamente.

- Oi – respondi um pouco fria, ainda olhando para a fachada do café.

- Você está bem?

- Estou, e você? – respondi ainda sem olhar para ele.

- Também... Sofia, – continuou – queria falar com você.

Olhei para ele com expressão de duvida. Quis recusar o pedido, mas pensei melhor e cheguei à conclusão de que o orgulho que sentia não era nada comparado com a tristeza da ausência dele. 

Estrelas de papel...

- Tudo bem, pode falar.

- Não agora. Mais tarde. Pode ser?

- Pode ser sim.

- Na minha casa, hoje de noite. Que horas está bom para você?

Na casa dele???

- Quando sair daqui te ligo.

- Ok. Eu espero sua ligação.

- Até mais tarde.

- Até.

Não consegui entrar logo em seguida como tive vontade. Fiquei parada em frente ao café vendo Cristofer ir ficando cada vez menor até sumir da minha vista por completo.

Quando entrei Madalena veio correndo saber informações sobre o que havia acontecido.

- Eu vi vocês dois pela janela.

- Imaginei – falei sorrindo.

- O que foi? Me conta! Sem brigas? Pelo amor de Deus, hein!?

- Ele quer falar comigo hoje.

- Só "falar"?

- É... Perguntou se eu podia ir na casa dele depois que saísse daqui.

- Por favor Sofia, não vá ficar nervosa – pediu. – E depois que isso acontecer, quero ser informada.

- Quem te falou que eu vou?

- Não vai? - pareceu assustada.

- Vou - confessei por fim.–Te mantenho informada.

- E não adianta fazer essa cara blasé para mim, que eu sei que aí dentro você esta pulando! – falou cutucando meu peito.

- Ai! – reclamei brincando. – Vai trabalhar, dona Madalena.

- O que você acha de fazer o mesmo? – brincou.

Madalena tinha razão, meu coração estava a ponto de explodir, mas agora, depois de tudo que havia acontecido, conseguia controlar melhor seus momentos de batimentos acelerados, podia evitar me entregar a minha pulsação frenética.

Durante todo o dia, me senti dividida. Havia momentos em que eu não via a hora de sair correndo daquele lugar para poder ver Cristofer, em outros momentos ficava apavorada com o que essa nossa conversa pudesse resultar. Entretida comigo mesma e com as possibilidades infinitas que o futuro me esperava, mal vi o tempo passar como sempre.

Madalena e eu fomos as últimas a sair. Quando estava a alguns passos do café escutei Madalena gritar "quero ficar informada!". Acenei sem me virar e continuei meu caminho levando comigo duas Madonnas para viagem.

Não fui direto para a casa de Cristofer, achei melhor tomar um banho antes. Minha cabeça não funcionava mais direito, e para ajudar uma música estava enroscada nos meus pensamentos e eu cantava toda hora o mesmo refrão. Estava prestes a perder o juízo de uma vez.

Me arrumei bem, mas sem parecer pretensiosa, não queria que ele entendesse errado. Peguei o pacote com as Madonnas e fui para o apartamento ao lado saber o que me esperava.

Bati na porta sentindo meu coração nas bochechas, o que só piorou quando ele apareceu na porta com aquela calça de moletom cinza e suas meias brancas. Tentei esboçar um sorriso para disfarçar meu nervosismo, mas Cristofer fez uma cara estranha ao me ver.

- O que foi? – perguntei preocupada.

- Não sei... Tenho a sensação de já ter visto essa cena. Você parada aí exatamente desse jeito...

- De novo isso... – me irritei com medo que dessa vez ele lembrasse. Já era a segunda vez que ele falava a mesma coisa. – Você só tem essa calça? – desconversei em tom brincalhão.

Pude notar que eu também usava o mesmo casaco que usei no dia em que nos conhecemos, ou que eu o conheci, já que até ali, ele não havia dado sinal de que se lembrava daquela noite.

- Entra! – ele falou quando notou que ainda estávamos parados sob o batente da porta.

- Obrigada – falei entrando.

- Fique à vontade. Quer que eu troque de calça?

- Não, claro que não. Estava brincando.

Como ele pediu, fui entrando, deixei os bolinhos na mesa, mas me sentia um pouco desconfortável com a situação. Sentei no sofá dele e pude ver que as caixas que haviam sobrado na sala, depois de nossa arrumação, não estavam mais lá. Estava tudo muito bem arrumado. Tinha prateleira na parede e almofadas no sofá. Alguém andou redecorando.

Ele se sentou no outro sofá, perpendicular a mim, parecia que tentava manter uma distancia segura.

Eu estava ofegante, era impossível evitar. Meu coração dava socos contra o meu peito. Fechei os olhos e inspirei fundo para me acalmar.

- Você está bem? – ele pareceu notar minha falta de fôlego.

- Estou.

- Seu médico vai acabar receitando a minha ausência... – falou me fazendo lembrar da nossa conversa no hospital.

- Que bobagem – falei inconformada e envergonhada. Isso sim é que acabaria comigo.

- E como está seu rim? – sua versão médica tinha se apoderado dele.

- Não sinto mais nada. Parece que nunca aconteceu. O médico avisou que seria assim. Mas... Avisou que posso ter cólicas novamente, de uma hora para outra. Agora já estou preparada.

- Que bom que está bem.

- Obrigada.

- Sofia, vou direto ao assunto.

- Sim?

- Pedi para vir aqui hoje porque, além de querer saber se está bem, quero que conheça alguém.

- Conhecer alguém? – me desesperei enquanto ele sorria timidamente.


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