Imagines K-POP

By Sweet_Kpopper

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{EM REVISÃO} Sofre por coreanos? Está aqui, o seu remédio... 😉 "Pequenos devaneios de uma mente criativa..."... More

AVISOS
01 - I hate u, I love u (KIM NAMJOON)
2 - My Happiness (KIM JUN-MYEON)
3 - Miss My Love (PARK JINYOUNG)
05 - My happy day (ZHANG YIXING)
06 - He is the friend (JACKSON WANG)
07 - I Love U (LEE JOOHEON)
08 - Jealous (MIN YOONGI)
09 - Back to me (MARK TUAN)
10 - Little accident (IM JAEBUM)
11 - Drunk (OH SEHUN)
12 - Surprise (KIM YUGYEOM)
13 - Afraid to love (JUNG HOSEOK)
14 - My Weekend (SON HYUNWOO)
15 - Crazy About You (KIM MINSEOK)
16 - Baby I'm sorry (KIM TAEHYUNG)
17- Romantic Anonymous (CHOI YOUNGJAE)
18 - News (YOO KIHYUN)
19 - My Best Friend (JEON JUNGKOOK)
20 - My friend is my love (PARK JINWOO)
21 - Dance teacher (KIM JONGIN)
22 - My lady (KIM SEOKJIN)
23 - Distance (WONHO)
24 - Incident (KIM SUNGJOO)
25 - Vampire (DO KYUNGSOO)
26 - Fear (ZHOU YIXUAN)
27 - Boys don't cry (BYUN BAEKHYUN)
28 - Sick (IM CHANGKYUN)
29 - Teacher (KIM JONGDAE)

04 - Turn the page (PARK JIMIN)

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By Sweet_Kpopper

AVISO: Esse imagine aborda um tema delicado ao entendimento de alguns leitores, continue a ler por sua conta e risco. Imagine contendo a visão de alguém que acabou de sair de um relacionamento abusivo.

INSPIRAÇÃO: Boy – Little Mix

Boa Leitura!

“Ele nunca vai perceber o que tem até que perca... E ele vai te perder para sempre... Garota, você vai ficar bem, esqueça aquele menino...”Little Mix {Boy}

     Alguns relacionamento já nascem fadados ao fracasso, mas mesmo assim decidi dar inúmeras chances a ele. SeYeon era o retrato dos oppas de drama, tudo o que sonhei durante minha adolescência quando ainda vivia no Brasil. Meu sonho de universidade estrangeira, a meta do romance perfeito, tudo foi por água abaixo com as inúmeras atitudes que me senti na obrigação de aturar. Talvez por me sentir sozinha, pela saudade de casa, ou simplesmente por acreditar que o amando de verdade conseguiria mudá-lo para melhor.

     E eu me enganei... Como sempre desde que passei a tomar atitudes impulsivas dizendo ser em nome do amor. Sentimento esse que aparentemente apenas eu sentia. Agora estou aqui, novamente jogada no meio da sala de meu apartamento minúsculo, enquanto tento entrar em contato com a única pessoa capaz de me ajudar nesse momento. Tenho quase certeza de que recuperei uma bronca de sua parte, mas ainda sim preciso de seu abraço, além de uma noite regada a sorvete e filmes de romances clichês.

     – Mi. – a chamei com a voz chorosa. – Pode vir aqui?

     – Me deixa adivinhar. – disse minha amiga já evidentemente alterada. – É aquele idiota de novo? O que ele fez desta vez?

     – Não briga comigo, Minah. – pedi novamente desabando em lágrimas. – Por favor.

     – Eita, agora é sério. – ouvi quando a mais velha murmurou em um tom preocupado. – Chocolate ou baunilha?

     – Chocolate.

     – Chego aí em cinco minutos. – disse ela encerrando aquela ligação.

     Minah mora no mesmo prédio que eu, porém, seu apartamento fica há dois andares acima. Claro, sabia que ela não iria demorar a aparecer, minha melhor amiga não iria perder a chance de jogar em minha cara um simples eu avisei. SeYeon e a mais velha nunca se deram bem, até porque a garota vivia tentando me separar dele por questão de segurança. Para meu ex, minha amiga é definitivamente uma ameaça.

     Assim que a campainha tocou me levantei e corri até a porta, quando a abri já recebi seu abraço apertado. As lágrimas se intensificaram agora que tenho um ombro para chorar, a mais velha é e sempre foi meu apoio todas as vezes que me decepcionei desde que cheguei em Seul. Costumo dizer que nestes três anos ela se tornou minha família, afinal não precisa ser de sangue para ser considerada uma irmã.

     – Você lembra quando reataram da última vez? O que ele disse a você? – disse ela com muita raiva, mas sei que não é comigo. – Aquele imbecil prometeu que não te machucaria novamente, e olha o que ele fez.

     – Eu amo aquele idiota, Mi. – respondi com a voz abafada.

     – Você ama minha mão na sua cara, S/N. – a mais velha respondeu se afastando. – Aquele filho da puta nunca foi o cara certo para você. Desta vez precisa esquecê-lo de vez, para o bem da sua saúde física e mental.

     – Você sabe que não é assim tão fácil.

     – Também não é impossível. – ela respondeu como se fosse possível esquecer alguém da noite para o dia. – Será que vou precisar desfigurar a cara daquele idiota? Coloque sua cabeça para pensar, quanta merda ele já fez? O quanto esse cretino atrasou sua vida?

     – Ele vai mudar, Minha. Eu sei que vai.

     – Céus! S/N, entenda uma coisa. Um homem escroto não muda, meu bem. Ele vai continuar sendo um babaca, me entendeu? Nasceu assim, vai morrer assim. – Minah disse como se entendesse do assunto mesmo tendo tido pouquíssimos relacionamentos durante a vida.

     – Você não pode ter certeza disso, Mi...

     – Olha, eu vou bater nesse seu lindo rostinho se continuar defendendo ele. – percebi que ela já estava sem paciência quando revirou os olhos. – Aquele lixo nunca vai ser um homem de verdade. Ele nem mesmo te elogia. Só quer saber de te levar pra cama, e exibir como troféu para os amigos.

     – O que devo fazer, unnie? – indaguei abaixando a cabeça por me sentir envergonhada.

     – Tive uma ideia. Vamos viajar este fim de semana, está bem? – disse ela totalmente animada. – Tenho família e amigos em Busan. Três dias na praia com boas companhias vão te fazer bem.

     – Tudo bem, unnie. Estou precisamos mesmo espairecer um pouco. – respondi tentando esboçar um pequeno sorriso.

⚜⚜⚜

Três dias depois...

     Enfim, sexta-feira chegou, e até o momento SeYeon milagrosamente não voltou a me procurar. Acredito que seja melhor assim, talvez seja a vida me dando uma chance de recomeçar e tentar se feliz de alguma maneira. Cá estou terminando de me arrumar para a tal viagem, Minah disse que sairemos às três da tarde. Em frente teremos cerca de cinco horas de viagem, possivelmente seis já que é ela quem estará na direção do veículo. Confesso que não estou tão animada com a tal viagem, porém, no fundo algo me diz que pode ser o início de uma grande mudança para mim.

     – Vamos? Embarque no expresso das solteiras, e vamos para a praia. – disse a mais velha completamente animada, ainda que esteja com quase meia hora de atraso. – Faz tempo que não vejo meus tios, espero que eles fiquem felizes com a visita.

     – Hum... Posso saber que animação é essa? – indaguei assim que me sentei no banco ao seu lado.

     – Você tem que conhecer meu primo. – sabia que essa viagem repentina estava boa demais para ser verdade. – Verá o que é um homem de verdade.

     – Unnie, não diga isto. – disse com minha voz embargada. – Não sei se estou pronta para conhecer alguém.

     – Aish! Não deveria ter lembrado daquele babada. – Minah murmurou deixando alguns soquinhos no volante. – Esquece. Vamos focar nas praias, pessoas bonitas, talvez uma cerveja ou duas. Nada de homens.

     – Por favor. Quero me sentir bem de novo.

     – Ele só vai perceber a mulher maravilhosa que perdeu quando você finalmente esquecê-lo. – ali estava ela relembrando do idiota novamente. – Inferno! Esquece o que eu disse. Vamos embora, Busan nos aguarda.

     Bom, por um lado me sinto animada. Finalmente depois de alguns anos de amizade irei conhecer parte de sua família, ao menos as pessoas das quais ela não sente repulsa ao falar. Como qualquer ser humano normal, Minah também tem problemas familiares, principalmente com os pais que praticamente a deixaram ser criada pelas tias enquanto aproveitavam a vida em festas ou mesas de jogos. Nem todos têm uma história de vida feliz para contar, porém, ela jamais permitiu que isso interferisse em seus planos de independência.

     E ali estávamos, depois de cinco horas e meia na estrada ela finalmente estacionou em frente a uma casa enorme com vista para o mar. Um local magnífico que com toda certeza eu usaria para passar fins de semana, sem mencionar que parece um santuário em meio à uma das maiores metrópoles do país. Percebendo a movimentação nos portões da propriedade, não demorou para que uma senhora viesse verificar do que se tratava, e pude então ver seu sorriso aberto ao reconhecer a sobrinha.

     – Minah, minha querida! – disse a mais velha acolhendo a garota em um abraço. – Há quanto tempo? Veja só como está linda.

     – Está precisando modificar o grau dos seus óculos, tia. – minha amiga respondeu tentando ser um pouco dramática.

     – Deixa de bobeira, menina. – a senhora lhe repreendeu com bom-humor. – E quem é essa mocinha adorável?

     – Essa é minha melhor amiga, S/N. A senhora se lembra que falei dela por telefone? – a mulher apenas acenou de forma positiva. – S/N, esta é minha tia Park Jisoo.

     – Prazer em conhecê-la, senhora Park. – fiz uma reverência para cumprimentá-la.

     – O prazer é todo meu, querida. – a mulher disse me puxando para um abraço desajeitado, mas que de certa forma aquilo me lembrou minha mãe. – Sua amiga é muito educada, Minah. Já gostei dela.

     – Obrigada, senhora.

     – Vamos entrar, devem estar exaustas. – disse a mais velha nos ajudando com as poucas malas.

     – Um pouco, tia. É uma viajem meio longa. – Minah respondeu se espreguiçando assim que chegamos no meio da sala.

     – Jimin-ah, desça aqui agora. – me assustei quando a mulher gritou por um garoto. – Sua prima chegou, venha cumprimentá-la.

     Não demorou muito para um rapaz aparecer no topo da escada. Aparentemente vinte e três anos, porte físico atlético e muito bonito devo confessar. Trajando apenas uma jeans e moletom, ele não parecia nem um pouco animado de ter sido tirado de seu sossego, ao menos era o que parecia até seus olhos irem em direção à Minah.

     – Minah, sua criatura detestável. O que te trás aqui? – disse ele a abraçando apertado.

     – Olha como fala com sua prima, moleque. – senhora Park o corrigiu. – Faça companhia à elas, vou pra cozinha terminar o jantar.

     – Jiminnie, meu amor. Preciso de sua ajuda em uma missão bem importante. – minha amiga disse de forma sorrateira. – Na verdade é quase um desafio.

     – Opa, adoro um desafio. – então o garoto sorriu. Aquele típico sorriso que desmonta qualquer cidadão desprevenido. – Mas antes não quer me apresentar sua amiga?

     – Ah claro. – Minah sorriu pretensiosa. – Jimin, esta é S/N. – disse ela apontando em minha direção. – S/N, este é meu primo Park Jimin.

     – Oi, S/N. – o garoto cumprimentou com um sorriso diferente. – Prazer em conhecê-la.

     – O prazer é meu, Jimin-ssi. – apertei levemente suas mãos, mas agradeci imensamente quanto ele voltou a encarar Minah. O garoto tem um olhar tão penetrante que é capaz de desmontar qualquer um.

     – Agora priminha qual é a missão?

     – A missão é simples, meu anjo. É fazer com que S/N esqueça o ex dela em um fim de semana. – sabia que por trás de uma boa proposta, sempre haverá a segunda ou até terceira intenção. – Isso é difícil para você?

     – Vou adorar essa missão. – disse ele voltando a me encarar, momento em que fiquei realmente envergonhada. – Amanhã tem festa na casa de um amigo, talvez queiram me acompanhar.

     Bom, pelo pouco tempo de conversa deu para perceber que Jimin tem a mesma animação de Minah, o que acredito ser algo de família. Ficamos ali na sala planejando parte do fim de semana até senhora Park nos chamar para o jantar, foi onde conheci o marido da mais velha, que por sinal também é simpático apesar de sua expressão um pouco séria ter me amedrontado por alguns segundos. Após aquela refeição finalmente fomos acomodadas em um dos quartos, depois de uma viagem cansativa tudo o que eu queria era um banho morno e uma cama quentinha.

     Eram duas da manhã quando acordei assustada, literalmente um pesadelo onde sabem bem quem era o vilão. Mesmo com um pouco de medo decidi ir sozinha buscar água, afinal é mais seguro enfrentar um fantasma do que acordar Minah de seu terrível sono pesado. Então desci cuidadosamente até a cozinha, tentando controlar a vergonha ainda que senhora Park tenha dito que eu poderia ficar a vontade. Bom, no primeiro momento tudo pareceu perfeito, até alguém me assustar e quase me fazer acordar a casa inteira.

     – Socor... – senti quando um par de mãos estranhamente fofas cobriram minha boca.

     – Shiii... – me acalmei ao reconhecer a voz de Jimin. – Não vai querer acordar a casa inteira, ou vai?

     – Que susto, garoto. – disse me afastando, momento em que me arrependi ao observá-lo bem e constatar a falta de uma camisa em seu corpo. – Eu só... Só vim pegar um copo de água, já estou subindo.

     – Para que a pressa? – o garoto perguntou se aproximando. – Já matou sua sede?

     – S-Sim. – lhe respondi um pouco nervosa. – Vou voltar pro quarto. Boa Noite, Jimin.

     – Espere um minuto. Ainda tenho sede. – o mais velho sussurrou em um tom bem sensual enquanto levava as mãos até minha cintura.

     – O que está fazendo?

     – Estou matando minha sede, meu anjo. – respondeu por fim me beijando.

     Confesso que fui pega de surpresa, no entanto, não vou negar que também desejava tal beijo. Jimin chamou minha atenção desde o primeiro momento, mas procurei negar a mim mesmo acreditando que talvez fosse apenas meu lado carente caindo de amores por um garoto bonito. Porém, não há quem resista a alguém como ele, não digo nem por questão de aparência, falo mais pela personalidade e modo de seduzir. Quando o tal beijo se encerrou pela maldita falta de ar, eu já estava agradecendo a todos os anjos por conta de meu maldito pesadelo.

     – Você é linda, sabia? – disse ele mantendo sua testa ainda colada na minha.

     – Pode me soltar, por favor? – pedi me sentindo um pouco envergonhada.

     – Está bem, meu anjo. – disse ele de forma sexy, logo deixando mais alguns selinhos em meus lábios. – Mas isso não termina aqui.

     – EU SABIA! – nos separamos assustados assim que Minah entra na cozinha. – Sabia que não ia resistir ao meu priminho, S/N.

     – Que saco, Minah! Você tinha que aparecer logo agora? – Jimin esbravejou a deixando confusa.

     – Meu querido, você não vai levar minha amiga pra sua cama tão fácil assim. – Minah o repreendeu sem mesmo saber do que ele estava falando. – Acha que S/N é como essas bonequinhas que você costuma brincar?

     – MINAH! – elevei minha voz para chamar sua atenção.

     – Não grita comigo, S/N. – disse ela segurando minha mão e me puxando em direção ao segundo andar. – Vocês terão tempo o suficiente para se pegarem este fim de semana.

     – Sua chata! – sorri discretamente ao ouvir Jimin gritando do meio da cozinha.

     – Também te amo, Jiminnie. – Minah gritou o respondendo a altura.

     Ao chegarmos no quarto, Minah fez um verdadeiro interrogatório até pegarmos no sono. Acordamos às dez da manhã, e pode-se dizer que foi uma noite bem aproveitada para descanso. Após tomarmos o café, resolvemos andar um pouco para que eu conhecesse melhor a cidade. Não vi Jimin durante o dia, soube por sua mãe que ele estava com alguns amigos em um clube qualquer. Claro, fiquei naquela expectativa estranha até a hora em que retornamos para a casa a fim de nos arrumar para a tal festa.

     Como Minah estava muito animada, decidi ir com eles a tal festa. Ao menos tive animação para me arrumar, coloquei meu melhor vestido e um salta alto. Abusei das cores fortes em minha maquiagem, mas nada que ofuscasse meu batom vermelho. Por fim alguns acessórios, cabelo solto e um pouco de perfume. Quando finalmente me senti pronta me encarei no espelho, e foi ali que pela primeira vez em muito tempo que tive a felicidade de gostar do que eu vi.

     – Porra! – disse Minah assim que me viu descendo a escada. –Pretende matar alguém?

     – Só as lembranças daquele imbecil. – a mais velha sorriu ao me ouvir falar daquela maneira.

     – As lembranças e Jimin também, não é? – minha amiga questionou enquanto deixava uma risada evidente. – Acho melhor começar a usar um babador, priminho.

     – Você está... – Jimin ignorou completamente as provocações de Minah, seu olhar estava ali vidrado em minha direção. – Está muito linda.

     – Obrigada. – agradeci um pouco envergonhada. – Acho que podemos ir, certo?

     – Só se for agora. – Jimin respondeu me estendendo uma das mãos. – Vai chegar à festa acompanhado, senhorita.

     – Ei! – ouvimos Minah elevar o tom de voz. – Não quero segurar vela, estão me ouvindo?

     – Não se preocupe, priminha. – Jimin provocou enquanto abria a porta do carro. – Namjoon está a sua espera, ele está cheio de saudade. – sorri ao vê-la envergonhada pela primeira vez.

     O lugar não era tão longe, e quando chegamos a tal festa finalmente pude conhecer todos os amigos de Jimin. Minah já os conhecia, então se enturmou facilmente antes de sumir festa adentro com um garoto chamado Namjoon. Park não saiu do meu lado um só instante, parecia temer por minha segurança no meio de tanta desconhecidos. Estava mesmo curtindo a festa, até meu telefone tocar e a imagem de SeYeon tirar toda minha animação. No entanto, ao perceber aquilo o garoto pegou o aparelho de minhas mãos e o atendeu sem que eu autorizasse, ao menos fez questão de colocar no viva-voz para que também participasse da conversa.

     – Alô!

     – Quem é? Onde está, S/N? – SeYeon perguntou bem irritado.

     – Para que quer saber? – Jimin rebateu no mesmo tom. – Pare de ligar pra minha garota, cara. Aceita que perdeu.

     – Quem é você, idiota? – o outro esbravejou do outro lado, apenas assim para ter coragem de se enfiar em uma briga. – O namorado dela sou eu.

     – O único idiota aqui é você, meu amigo. – Jimin deixou uma risada sarcástica escapar. – Como deixou uma garota tão espetacular escapar dessa forma? Não deu o devido valor foi? Achou que ela seria como um cãozinho o resto da vida?

     – Escuta aqui, babaca! – pude ouvir claramente barulho de vidros se quebrando do outro lado da linha. – Passe o telefone para S/N, meu assunto não é com você.

     – Ele quer falar com você, gatinha. – Jimin o provocou ainda mais em alto e bom tom. – Cuidado. O touro está putinho.

     – O que você quer, SeYeon? – perguntei já irritada e exausta com aquela situação. Ele nem sequer tem argumentos para brigar por mim, o que prova a teoria de Minah. Para aquele idiota eu não passo de um troféu, a namorada estrangeira que ele ama expor aos amigos.

     – Que palhaçada é essa, S/N? – disse ele totalmente descontrolado. – Quero que volte já pra Seul.

     – Você não manda em mim, SeYeon. – respondi a altura, sem temer nenhuma consequência por me sentir segura ali.

     – Então quer dizer que a vadia resolveu se rebelar? – disse ele em um tom sarcástico. – Não estou de brincadeira, S/N. Você é minha namorada, e eu te quero em Seul até amanhã bem cedo.

     – Corrige seu status aí, meu anjo. Eu era sua namorada, estou mais que solteira agora. – respondi observando o sorriso pretensioso de Jimin. – Estou muito bem acompanhada. – o mais velho me lançou um olhar sugestivo. – Ah, já ia me esquecendo. Vadia é a senhora sua... – Park não me deixou completar a frase, tomou o aparelho de minha mão voltando a alfinetar SeYeon.

     – Fica tranquilo, cara. Vou dar a ela o que você não foi capaz de dar. – Jimin me encarou seriamente antes de voltar à sua resposta. – Carinho, atenção e principalmente valor.

     – Isso não vai ficar assi... 

     – Ops! Acho que perdeu o sinal. – o mais velho disse desligando o aparelho. – Vamos, temos uma festa para curtir.

     No entanto, assim que toda a euforia passou lágrimas desceram por meus olhos. Mesmo confuso Jimin me puxou para um abraço, até minha amiga aparecer e querer entender o que havia acontecido ali. Minah disse então que era melhor se fossemos para casa, porém, o mais velho respondeu que se encarregaria desta missão, a deixando na festa para curtir um pouco mais ao lado de Namjoon.

     – Ei, se acalma. – disse Jimin assim que entramos em seu carro. – Já passou. Não precisa ter medo.

     – Obrigada, Jiminnie – falei sentindo o mesmo secar minhas lágrimas.

     – Vou te levar para uma caminhada na praia, está bem? – disse ele com um tom de voz acolhedor. – Ele não tinha o direito de falar daquela forma com você, não deveria levar em consideração qualquer coisa que um homem escroto diz.

     – Esquece isso, por favor. Ele apenas não aceitou que a situação se inverteu, achou que eu não fosse capaz de encontrar outra pessoa. – disse tentando me acalmar aos poucos. – Geralmente quando terminávamos, ele que ia procurar outras. Já a idiota aqui ficava se entupindo de doces e chorando horrores.

     – Você não fez nada de errado. – ele respondeu dando partida no carro. – Apenas tentou ser feliz, quem pode julgá-la por isso?

     Não demorou muito para chegarmos a tal praia, onde ficamos andando por cerca de uma hora, até sentarmos em uma pedra que dava vista para o mar. Acabei me sentindo acolhida quando Jimin jogou sua jaqueta por cima dos meus ombros, ouso dizer que não apenas pelo calor, mas pelo conforto que seu perfume me transmite.

     – Está mais calma agora?

     – Sim. Muito obrigada. – respondi deixando evidente um sorriso, ainda que os resquícios da maquiagem borrada ainda estejam em meu rosto.

     – Já são cinco e meia, quer voltar pra casa? – Jimin perguntou um pouco preocupado.

     – Se importa se ficarmos um pouco mais? Me sinto bem aqui. – respondi sendo surpreendida por um de seus abraços confortáveis.

     Ficamos em silêncio por alguns minutos, até que o sol começou a apontar no horizonte. Jimin puxou meu rosto de encontrou ao seu,  ali nosso segundo beijo aconteceu de forma calma e bem natural. Não houve pressão por sua parte, apenas um carinho do qual tanto senti falta. É realmente uma pena que gestos assim duram tão pouco, o lado positivo é que costumam ser intensos se feitos por pessoas que nos atraímos.

     – Vou ser bem sincero, S/N. Sei que pode parecer estranho, mas eu gostei de você desde a primeira vez que a vi. – Jimin sussurrou enquanto me abraçava por trás, apoiando meu corpo enquanto ainda permanecíamos sentados ali. – Sei também que talvez não seja uma boa hora pra você, porém, vou esperar até que esteja pronta. No entanto, eu quero lhe conhecer melhor, deixar as coisas fluírem naturalmente. O que acha?

     – Por mim tudo bem, Jiminnie. – respondi sorrindo de forma confortável. – Posso lhe dar esse voto de confiança. Apenas não me decepcione.

     – Jamais, meu anjo. – disse ele voltando a me beijar. – Agora vamos pra casa? Precisamos dormir um pouco.

     Nem preciso dizer sobre a bronca que levamos ao chegar em casa, principalmente de Minah que já estava quase arrancando os cabelos tamanha era sua preocupação. A situação apenas voltou a se acalmar quando ela se certificou de que eu estava mesmo bem, além de descobrir que darei uma chance de conhecer melhor seu primo. Bom, não é bem um namoro, afinal ainda preciso adquirir mais confiança além de acertar os traumas que aquele cretino me deixou, mas nada me impede de ter Jimin por perto como uma amizade colorida. Ao menos por enquanto, uma bela e gostosa amizade com benefícios.

     Foi assim que em um fim de semana, e uma pitada de coragem que dei uma virada definitiva nas páginas deste livro dramático que chamo de vida.

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NOTAS DA AUTORA

Olá, amores!

O assunto é bem sério. NÃO continuem em um relacionamento onde estão sendo oprimidos, ameaçados ou até mesmo sendo sujeitados a qualquer tipo de abuso seja ele físico ou psicológico. NÃO se iluda achando que a pessoa vai mudar, as coisas tendem a piorar até colocar sua vida em risco. Caso esteja passando por uma situação semelhante, procure ajuda de um profissional ou denuncie a polícia. NÃO coloque sua vida em risco, quem ama NÃO fere, oprime ou mata, o nome disso é OBSESSÃO.

Fiquem bem!

“Nunca seja intimidado em silêncio. Nunca permita que você se torne uma vítima. Não aceite a definição de ninguém da sua vida, defina a si mesmo.”

~ Harvey Fierstein

~ Sweet

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