Jack, Kavana e Clark invadem a sala do delegado, a conversa é calorosa. Jack exigia em ver o rapaz, precisava reconhecê-lo e olhar nos olhos do homem que tirou sua mulher e filha dele.
Kavana mostrou seu registro de advogado pedindo com jeito e calma para que o delegado deixasse Jack e ele conversar com o rapaz. Jack estava nervoso demais, explicou que seu cliente estava praticamente há três dias sem dormir, tendo um monte de coisas para resolver. Só queria poder ver o homem e quem sabe conseguiriam um depoimento ou algo que levasse o paradeiro da menina. Era só isso que queriam. Com muito custo o delegado autorizou desde que tivessem três agentes dentro da sala garantindo a integridade de todos, pois só Jack entraria.
Kavana deixou a sala do delegado, olhou para Jack apoiando a mão em seu ombro.
— Você foi autorizado a ver o homem e a conversar com ele, mas não pode chegar perto, não pode ameaçá-lo, não pode xingar... Tente conversar e tente arrancar dele o paradeiro da menina.
Jack concordou mesmo ofegante, suas mãos tremiam muito deixando claro seu estado emocional. Clark até o momento estava em silencio e em choque como todos, apenas dando apoio para o filho ter calma.
Todos esperavam por mais de vinte minutos, até Jack ser chamado.
— Bom noite Sr. Downey, Sou a tenente Milley Goldman, eu vou acompanhá-lo até a sala de interrogatório.
Jack passou por uma revista, depois disso deixaram que entrasse, deixando com Kavana a gravata, relógio e o paletó.
— Não poderá chegar perto do suspeito e nem fazer ameaças, se eu perceber que a integridade física do suspeito estiver em risco eu tiro você do local.
— Sim... Entendi perfeitamente. — Jack encarou a tenente, seus olhos não transpareciam o tamanho de sua raiva.
Dois agentes abriram a porta, Milley entrou primeiro colocando a ficha do rapaz sobre a mesa de metal chumbada no chão e fazendo um sinal para que deixassem Jack entrar.
Jack respirou fundo quando é autorizado a entrar, hesitante, entrou arrumando os punhos da camisa. Olhou para o rapaz que estava sentado em uma cadeira algemado a uma barra de metal preso a parede, o rapaz o olhou se surpreendendo.
Jack o encarou deixando claro para todos ali que ele conhecia Jack, ficando agitado desviando o olhar.
— Frank? — Chama Milley. — Quero que olhe para o homem em pé a sua frente e me dica se o conhece?
— Não... — disse ele apressadamente.
— Então sabe falar.
Jack puxou a cadeira se sentando, cruzou os braços mostrando que não tinha pressa nenhuma.
Frank levantou o rosto e o olhou mais uma vez. Os dois se encaram e de assustado Frank passou para vitorioso e ameaçador. Jack não deixou aquele olhar o ameaçar e amedrontar, se inclinou apoiando os cotovelos nos joelhos sem piscar, ele não hesitou em perguntar.
— Onde está a minha filha?
— Não sei o que está dizendo. — ele desviou o olhar.
— Olha para mim e me diz onde está Cindy? O que fez com ela?
— Tirem esse louco daqui! — Pediu Franck para a tenente.
Jack foi tomado por um ódio desesperador e voou no pescoço dele derrubando-o no chão, os policiais tentavam tirar Jack de cima dele, mas o homem é forte como um touro e nem precisou de muito para Frank começar a gritar.
- EU A PERDI... TIRARAM DE DENTRO DO CARRO... ME SOLTA... — Frank lutava para tirar as mãos de Jack de seu pescoço.
Ao escutar o que o sujeito havia dito, Jack afrouxou a esganadura. Agarrando a camisa de Frank num tapa violento, segurou firme olhando nos olhos dele..
— você á perdeu? — Jack passou de raivoso para incrédulo começou a tremer ao perceber que aquela história só estava começando. — Conte onde a perdeu e o que aconteceu, para onde estava levando a minha menina? — Jack o chacoalhou, dando seu grito clássico. — CONTE LOGO! — Jack ofega.
— Me solta que eu conto! — pediu Frank.