Protetores - O muro de Krapios

By SweetOfStyle

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Após a morte de seus pais, Isabelle Fretcher se depara com um mundo novo, com pessoas novas, descobrindo cois... More

01 - 100km/h
02 - Granach
03 - Metade anjo
04 - Sangue de Anjo
05 - Confiança
07 - Desenvolver
08 - O galho e a pedra
09 - Teoria
10 - A proposta
11 - Covil dos bruxos

06 - Mais um

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By SweetOfStyle

- Então... - Isabelle disse, quebrando o silencio entre ela e o loiro, que a acompanhava em uma caminhada. - Vocês não tem pais? Digo... Aqui é uma espécie de orfanato para os protetores?

- Não. - respondeu Jonathan, rindo. - Meus pais estão.... Digamos que "completando uma missão". Estão em outro país.

- E o Christian? - Olhou para o loiro, esperando uma resposta.

- Não vamos falar desses assuntos chatos. - disse, segurando sua mão. - Venha, vou te mostrar um lugar.

- Que lugar? - perguntou, andando com o garoto.

Sem ter uma resposta, foi seguindo Jonathan, que andava pelo jardim, indo para os fundos do castelo.

- Gosto de vir aqui pra pensar um pouco. Não é um dos melhores lugares, mas...

Colocou uma mão em cima de uma pedra e então escutou o barulho alto do sino tocando, tirando sua mão rapidamente da pedra

- Temos que ir.

- O que aconteceu? - perguntou a ruiva.

- É o que vamos saber.

(...)

Christian apertou o cabo da espada com mais força, enquanto se preparava para dar o golpe final no lobo a sua frente.

Não gostava de matar os Phildach, mas esse era um caso diferente.

O lobo tinha os olhos completamente negros, um vazio neles. Entrou na sala de treinamento já preparado para enfiar as garras no pescoço de Christian, quando o mesmo, rapidamente, virou o corpo, desviando o golpe.

Assim que a lâmina atingiu a lateral do corpo do lobo, o moreno pôde ouvir o estalar dos ossos se quebrando, e assim, o corpo todo do lobo começar a virar um líquido negro.

Deu um passo para trás, quando o líquido começou a dar forma à um grande demônio, parecido com o que encontrou antes na árvore.

- Christian! - Ouviu a voz de Jonathan e olhou rapidamente para ele, que estava com os olhos arregalados ao ver aquele demônio dentro da sala de treinamento.

- John, vai embora! - gritou para o amigo, desviando das garras do demônio.

Assim que o demônio tentou, novamente, atacar, Christian rolou pelo chão, levantando e segurou o cabo da espada, apontando na direção do demônio, que rapidamente bateu uma das mãos na lâmina, jogando a mesma longe.

Christian se levantou, correndo até o outro lado da sala, pegando a primeira arma que viu, indo na direção do demônio.

Jonathan desviou de um golpe que estava prestes a levar, se abaixando, mas não a tempo de se afastar do demônio, que passou suas garras pelo seu abdômen, fazendo um corte profundo, o que fez o loiro gritar.

Christian girou o corpo, pegando impulso e atingiu a lateral do corpo do demônio, perfurando a pele. O mesmo rosnou, se virando e atingiu Christian, o arremessando para longe, fazendo o moreno bater a cabeça na lateral da mesa com armas.

O demônio então, andou até Christian, com a parte inferior esquerda do corpo em dourado, e chegou bem perto do moreno - que estava com a visão turva por conta da batida - e levantou seu braço, para atacar.

Christian se preparou para o golpe que iria levar, quando um braço do demônio caiu no chão, decepado, o que o fez gritar, virando o corpo pra Jonathan, que já estava com a espada na posição certa e a impulsionou para baixo, rasgando a pele gosmenta e negra do demônio.

Christian fechou os olhos, deixando os braços na frente do rosto, quando o demônio caiu por cima dele, morto.

- Espero que daqui vá direto pro chuveiro. - disse Jonathan. - O feiticeiro está aí. Ele tem uma ideia do que pode ter acontecido com o demônio.

Christian percebeu a grande mancha de sangue na camisa do loiro e balançou a cabeça, desejando que ele não fosse tão teimoso e tivesse ido embora quando o mesmo mandou.

- Espero que ele esteja certo, então. - Empurrou o demônio para o lado, que aos poucos já se transformava em fumaça e se levantou, limpando as mãos na calça. - Vou tomar um banho. A gente se fala depois. Vá cuidar disso, foi de um demônio que não conhecemos. - disse, apontando pra barriga do loiro.

(...)

Isabelle estava sentada ao lado de Charlotte, que terminava uma trança em seu cabelo loiro, passando os dedos agilmente pelos fios.

Elas, assim como Bostorn, Elena e o representante dos protetores, estavam sentados em volta de uma grande mesa dourada retangular, esperando os feiticeiros chegarem com informações sobre o demônio.

Charlotte estava em um dos cantos, onde preferiu ficar por conta do representante, que estava na outra ponta.

- Esse cara é muito estranho. - disse a loira. - Ele fica encarando todo mundo e olhando pra todos os lados. Parece até que está observando cada passo que damos por aqui.

- Ele só deve estar verificando se estão todos seguros, Charlotte. Deve ser normal. - respondeu Isabelle, dando de ombros.

A ruiva olhou pra porta, assim que duas pessoas passaram por ela. Christian Underwood e Jonathan McCarter.

Um com seu cabelo tão escuro quanto a noite, olhando em volta com seus olhos azuis eletrizantes e o outro com seu cabelo loiro, com os olhos azuis-acinzentados que acalmava quem os olhasse.

Os dois caminharam lado a lado até chegarem a mesa, onde sentaram de frente para Isabelle e Charlotte.

- Tudo bem Chris? - perguntou Charlotte, olhando para o corte ao lado do seu lábio inferior, que ia do seu maxilar até um pouco abaixo da maçã do rosto.

- É, tô bem, sim. - respondeu, olhando pra porta da sala.

- Procurado alguém? - perguntou Isabelle.

- Os feiticeiros. - disse Jonathan. - Não chegaram?

- Não, eles ainda não chegaram. Algum problema? - perguntou a ruiva.

- Sempre temos problemas, não acha? - disse Christian, olhando para Isabelle. - Uns maiores que outros, mas não deixam de ser problemas.

- É... Claro. Temos sim.

Charlotte sentiu a perna vibrar e levantou-se, indo para um canto afastado da sala, pegou o celular e atendeu.

- Você de novo? - perguntou a loira.

- Já fez o que eu pedi? - Ouviu aquela voz, mordendo o lábio inferior com força.

- Eu não posso te entregar, já disse isso antes.

- Eu quero. Dê um jeito, me entregue, ou sabe o que vai acontecer. - disse, e então a ligação ficou muda.

Era sempre assim. As ligações duravam menos de dez segundos, ele dizia o que queria, ela não podia dar, então ele desligava, a deixando confusa.

- Droga... - murmurou.

- Algum problema Charlotte? - perguntou uma voz atrás dela.

Charlotte se assustou, dando um pulo e virou, encarando um par de olhos azuis a olhando.

Respirou fundo várias vezes, tentando se acalmar e balançou a cabeça, negando.

- Não... Ta tudo bem, não se preocupe.

- Venha, vamos voltar pra mesa. - Virou, começando a andar.

Charlotte deu um suspiro de alívio e voltou para a mesa, sentando-se ao lado de Isabelle, que olhava atentamente para os feiticeiros que tinham entrado na grande sala de reuniões.

Três feiticeiros entraram na sala, um tinha o cabelo escuro, com as pontas azuis e os olhos dourados, usava uma calça jeans preta, assim como sua camisa. O segundo tinha o cabelo loiro e olhos castanhos escuros, vestia roupas bem coloridas, camisa estampada por dentro de um casaco de veludo branco e a calça azul marinho. O terceiro era mais alto e mais bonito para Charlotte, tinha o cabelo castanho claro, assim como os olhos, usava uma camisa social branca e um jeans escuro.

Os três ficaram parados de frente para a mesa, olhando para o rosto de cada um ao redor dela.

- Miles, Luke e Travis. - Bostorn disse, levantando-se. - Creio que já tenham uma ideia do que tenha acontecido com aquele demônio, certo?

- Por partes, senhor Rooph. - disse o do meio. - De fato, como pensaram, tem sim sangue de anjo no demônio, fato que causou a morte do mesmo. Mas o curioso é: como esse sangue foi parar naquele demônio? Como ele passou pelas barreiras? É isso o que não descobrimos ainda.

O de mechas azuis deu um passo a frente, pronunciando-se:

- O sangue pode ter sido injetado, mas precisaria de muito tempo para que tivesse tanta quantidade assim. O demônio teria morrido no meio do processo.

- Foi só o que descobriram? - perguntou o representante, que ainda não tinha se pronunciado. - Não sabem o por quê de ter sangue de anjo neles e nem quem está por trás disso.

- O senhor sabe? - perguntou Charlotte. - Pare de reclamar e...-

Jonathan a interrompeu, colocando a mão na frente da boca da irmã, a cobrindo.

- Eu e o John vimos um. - disse Christian, assustando a todos. - Estava na sala de treinamento e um lobo apareceu, me atacando. Só fiz me defender e acabei matando-o.

- Christian! Por que não nos comunicou antes? É uma coisa séria! Ataques ao castelo devem ser comunicados. Não podemos deixar coisas assim passarem. - disse Elena.

- Deixe-o terminar de falar, Elena. - Jonathan pronunciou-se.

- Acontece que quando eu o matei, ele virou um líquido negro e ganhou a forma de um demônio. Foi ai que o Jonathan chegou e me ajudou a derrotá-lo. - Completou, Christian.

- E onde está o demônio, protetor? - perguntou um dos feiticeiros. - O que fizeram com ele?

- Está na sala de treinamento. - Jonathan respondeu. - Deixamos ele lá.

E sem dizer mais nada, Bostorn levantou e saiu, rapidamente, da sala.

Charlotte se levantou, assim como os outros e saíram da sala, indo até a sala de treinamento.

(...)

A morena deu mais alguns passos, parando na frente do homem e respirou fundo, antes de falar:

- Destruíram. Os dois que mandamos foram destruídos, não serviram de nada.

- Temos que guardar o sangue que ainda temos, não tem como mandar mais. - respondeu o homem, andando em volta da grande caverna escura.

- E o que eu faço agora? - perguntou.

- Encontre uma maneira de entrar no muro de Krapios.

- Muro de Krapios? Mas eu não posso passar pra lá! Nem os protetores passam. Só os... - Parou de falar, quando viu um sorriso aparecer no rosto do homem.

- Exatamente. Só os anjos.

***
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