O Novo Inquilino

By formuladebhaskara

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Sofia teve um problema no coração e precisou de transplante. Agora, Sofia tem um novo coração e um novo vizin... More

1. MORANGO
2. GELATINA DE MORANGO
3. TORTA DE MORANGO
4. CREME BRULÈE
5. PIQUINIQUE
6. CUPCAKE
7. SUSPIRO - PARTE I
7. SUSPIRO - PARTE II
8. VITAMINA DE MORANGO
9. MARIA MOLE
10. CHOCOLATE QUENTE - PARTE I
10. CHOCOLATE QUENTE - PARTE II
11. SORVETE DE LIMÃO - PARTE I
11. SORVETE DE LIMÃO - PARTE II
12. PASTEL DE QUEIJO - PARTE II
13. MADONNA
14. AÇÚCAR
15. PIZZA
16. CONFETE - PARTE I
16. CONFETE - PARTE II
17. FLORESTA NEGRA - PARTE I
17. FLORESTA NEGRA - PARTE II
17. FLORESTA NEGRA - PARTE III
17. FLORESTA NEGRA - PARTE IV
18. MAÇÃ
19. BANANA - PARTE I
19. BANANA - PARTE II
20. CHOCOLATE MEIO AMARGO - PARTE I
20. CHOCOLATE MEIO AMARGO - PARTE II
20. CHOCOLATE MEIO AMARGO - PARTE III
20. CHOCOLATE MEIO AMARGO - PARTE IV
21. MAÇÃ DO AMOR
22. PIMENTA - PARTE I
22. PIMENTA - FINAL

12. PASTEL DE QUEIJO - PARTE I

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By formuladebhaskara

Antes de começar esse capítulo, eu preciso fazer uma confissão especial. Madalena, a melhor amiga de Sofia, foi inspirada numa pessoa muito próxima a mim na época em que comecei a escrever. A pessoa provavelmente vai saber quem é. Uma amiga da faculdade, que sempre estava comigo, mesmo fazendo outro curso :) Quando faço referência aos grandes olhos dela, é porque é uma característica que eu amo na minha amiga da vida real. Era segredo, mas agora você*, que é espertinha, provavelmente já descobriu ♥

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- Cristofer? – esfreguei meus olhos com força para desembaçar.

- Bom dia – falou sorridente parado em frente à minha porta.

Será que eu estava sonhando?

- Olá... – resmunguei.

Eu estava horrível. De pijama, descabelada, mas por sorte tinha acabado de escovar os dentes.

- Muito cedo?

- Não, na verdade não, mas não esperava você tão cedo. Entre, desculpe...

- Eu é que estou devendo um pedido de desculpa pelo que eu vejo – disse enquanto entrava.

- Não se preocupe. Feira a gente faz cedinho mesmo. Eu só pensei que depois de um plantão você não acordaria – expliquei indo para cozinha.

- Não acordei – respondeu lá da sala.

- Não? – estranhei enquanto pegava duas xícaras no armário.

- Não, porque não dormi. Vim direto do hospital.

Eu voltei da cozinha rapidamente e espantada.

- O quê?

- Está tudo bem. Estou acostumado a fazer isso. Se eu dormisse não acordaria de jeito nenhum. Além disso, essa noite eu tenho folga, posso dormir o quanto quiser.

- Bom, se você está bem... Quer um café?

- Eu aceito.

- Tudo bem, mas eu estou inconformada!

- Não precisa ficar – ele sorria seu sorriso habitual.

Eu me limitei a balançar a cabeça negativamente com um sorriso insatisfeito enquanto suspirava.

- Eu estou bem, Sofia.

- Posso ver, Cristofer. Não se alimenta direito, não dorme direito...

Quando olhei para ele novamente, senti que ele não parecia irritado com meu comentário, muito pelo contrário, parecia estar confortável, e ainda esboçava um sorriso.

- Obrigada pela preocupação. Mas acredite, estou bem.

Bufei.

- Tá... Vou me trocar para a gente sair. Fique à vontade.

Quando me olhei no espelho, quis chorar. Eu estava desprezível, mas agora já era tarde, ele tinha me visto daquele jeito. O que na verdade é uma coisa boa, já que agora ele conhece meu pior, não tenho mais como surpreendê-lo negativamente no quesito beleza.

- Ué? – falou quando apareci na sala novamente.

- Ué o quê?

- Cadê a Sofia?

- Muito engraçado – recriminei. – Eu só penteei o cabelo.

- To implicando, ficou bonita.

Um milésimo de segundo de silêncio se passou depois do seu comentário. Eu senti meus olhos se arregalando e tentei disfarçar logo em seguida. Meu coração pulando eu não podia conter, mas os olhos eu podia suavizar, ou achei que podia.

- Você tá bem? – se levantou preocupado.

- Estou... Claro que estou!

Que vergonha.

- Vamos logo antes que você pegue no sono e babe no meu sofá – pedi apressada para a situação constrangedora ter um fim.

- Sim, senhora – assentiu me seguindo porta a fora.

Não fazia sol. O tempo estava cinza, mas ainda assim, a infinidade de cores que tínhamos à nossa frente deixava o dia nublado lindo.

- De que tipo de fruta você gosta?

- Laranja? Laranja transformada em suco?

- Cristofer!

- O quê? – parecia um garotinho.

- Que tal abacaxi? – falei enquanto o puxava até a infinidade de abacaxis que estavam ao nosso lado. – Experimente este aqui.

- Hm... Muito bom, é doce.

- Esta especialidade é docinha, mas têm uns mais ácidos.

"Vamos encontrar algo para o almoço de hoje. Eu estou com uma idéia aqui. Tenho carta branca?

- Absolutamente.

- Então vem comigo.

Percorremos o caminho ladeado de barraquinhas de verduras, cheiros e texturas magníficos. Uma infinidade de coisas, cores, vozes e gente. Se eu não estivesse com algo premeditado teria problemas em escolher. Levei Cristofer até uma das minhas barracas favoritas.

- Como vai, Sofia?

Logo encontrei o senhor que costumava reservar as frutas e as verduras mais bonitas para mim.

- Olá, senhor Fabrício. Este é o Cristofer.

- Como vai, rapaz?

- Bem, obrigado.

Cristofer observava atentamente minha conversa com o senhor Fabrício. Tanto que em alguns momentos eu senti meu rosto esquentar.

- Como está movimentada a feira hoje!

- Graças a Deus, Sofia. O movimento está ótimo. E o tempo ajudou hoje. Apesar de nublado, está quente. No calor vendo mais, ao contrario de você, minha filha.

- É verdade.

- O que vai precisar para hoje?

- Abobrinhas.

Fiquei com medo da reação de Cristofer, por isso tentei reparar em qualquer movimentação sua com o canto dos olhos, mas ele aparentou estar calmo.

- Alguma objeção com as abobrinhas? – perguntei a ele.

- De maneira nenhuma.

- Certo.

- Mas preciso comer alguma coisa antes de irmos para casa, estou faminto.

- Não comeu nada antes de vir?

- Não precisa me lançar esse olhar de ódio e fúria.

Revirei os olhos.

- Comi, mas já faz tempo – tentou se explicar, me deixando com pena.

- Eu sei do que você precisa.

Cristofer me seguiu sem objeções. Quando chegamos em frente a barraca do pastel, pude ver seus olhos brilhando.

- De queijo, certo?

- Sim – sorriu.

Pastel de feira. Uma das coisas mais simples e mais deliciosas da vida.

- Que bom que você gosta de pastel. Foi um tiro no escuro.

- Quem não gosta de pastel? – perguntou um pouco inconformado.

- Você tem uma carinha de fresco – brinquei.

- Como até pedra. Não faz parte do reino animal – continuou a brincadeira.

- Você é um pouco exageradinho, não é? Notei isso.

Ele sorriu abocanhando seu pastel de queijo enquanto eu fazia o mesmo. Depois se divertiu um pouco ao me ver tendo dificuldade com o queijo que esticava quando eu mordia o pastel. Comer queijo na frente dele era embaraçoso, e só piorava quando eu tentava parecer uma pessoa com classe que sabe comer pastel de queijo sem fazer sujeira. Um fracasso.

- Tendo dificuldade com o queijo?

- Ele está um pouco relutante. Não vou poupá-lo mesmo assim.

- Estou vendo.

- Meu pastel vai cair se você ficar olhando assim para ele.

- Tudo bem – falou virando-se de costas.

- Tudo bem. Já pode olhar, terminei.

Ele riu. A risada dele era afrodisíaca pra mim.

- Agora que já comeu, podemos ir?

- Agora sim.

Cristofer tomou algumas sacolas da minha mão com um sorriso que poderia fazer um tablete de chocolate se derreter. Até eu que não sou feita de um, me derreti.

O que está acontecendo comigo? E quando foi que ele aprendeu a dar sorrisos assim?

Meu coração acelerou. Como estávamos caminhando, não demorou para o meu corpo todo pulsar no ritmo acelerado do coração.

- Vamos um pouquinho mais devagar – pedi.

- Você deveria fazer alguns exercícios físicos, parece uma velhinha – brincou.

- É... – dei um sorriso amarelo. – Eu sei.

Mal ele sabia como eu realmente precisava.

- Que tanto de coisa você comprou... Como carrega tudo isso sozinha normalmente?

- Sempre dou um jeitinho – lembrei do Daniel comigo e com as sacolas.

- Eu sei. Um jeitinho de perder kiwis pelo caminho.

Não pude conter a vontade de rir com seu comentário irônico. Senti um misto de coisas estranhas: vontade de dar um soco no seu ombro, vontade de morder a bochecha dele que estava levemente saltada pelo sorriso e vontade de dar um beijo nele.

Beijo?

Apesar de o beijo ser a única coisa que não envolvesse violência, foi a vontade que mais me assustou.

- Vou subir as escadas com cuidado hoje, prometo.

- Hoje eu vou estar bem atrás de você, não tem perigo.

Pelo amor de Deus...

- Aham – consegui resmungar.

- Isso, poupe seu fôlego de velhinha.

Mostrei a língua para ele e seguimos o caminho ofegantes, mas quietinhos.

Dentro de casa, colocamos todas as sacolas sobre a mesa.

Além das abobrinhas, levamos para o nosso almoço romãs, uma porção de folhas verdes pra salada, queijo parmesão e azeite de oliva.

- Romã. Há quanto tempo não comia isso? - ele parecia criança abrindo presentes de natal.

- Eu sempre adorei romã, desde pequena. Não sei ao certo se naquela época era o gosto ou a diversão que fazia ficar mais gostoso.

- Com certeza pela bagunça. Mas então, teremos abobrinha para o almoço?

- Abobrinha com queijo parmesão gratinado. Simples assim.

- Parece bom.

- Vamos fazer uma salada colorida também. Você sabe fazer arroz?

- Se eu disser que não, você nunca mais vai ser minha amiga?

Somos amigos... Isso é bom! Ou isso é ruim?

- Vou abrir uma exceção.

- Vou ser eternamente grato – fingiu uma falsa súplica.

- Agora chega de papo, vamos trabalhar.

As reações dele eram incógnitas muitas vezes. Não conseguia decifrar se estava de bom humor ou não. Algumas vezes tinha que prestar bastante atenção para ver se estava brincando ou falando sério. Mesmo assim era um aluno aplicado.

Cristofer me ajudou cortando as abobrinhas transversalmente enquanto eu explicava o que iríamos fazer. Escolhi uma coisa simples, mas gostosa, muito gostosa. Afinal, ele não queria se tornar chef e eu não estava dando um curso. Só estava ajudando uma pessoa que nem arroz sabia fazer.

Passei as abobrinhas cortadas rapidamente pela frigideira para dar uma dourada, as cobri com queijo, depois reguei com azeite de oliva, polvilhei um pouco de orégano sobre elas e levei alguns minutos ao forno.

- Arroz também é simples. O que você não pode, é perder o controle da quantidade de água ou deixar queimar. E a salada não tem segredo, vem pronta, só precisa cortar.

- Engraçadinha.

- É a verdade, apenas – quis parecer séria. – Não é difícil comer bem, Cristofer, nem caro. Mas as abobrinhas só apareceram no menu por causa de sua opção alimentar. Assim que você me falou que não comia carne foram as receitas desse tipo que vieram à minha cabeça. Não é o que se pode chamar de um prato principal. É simples, mas é gostoso e rápido, como um médico precisa.

- Fico lisonjeado.

- Com o tempo, vou encontrando mais pratos fáceis que não levem carne... Ah! Esqueci de te dizer – lembrei ao ver uns papeis sobre a bancada da cozinha. – Com o tempo, vamos descobrindo suas preferências, até lá estou imprimindo para você cada receita que fazemos, assim, no final, você monta como quiser seu caderno de receitas e não precisa usar aquele caderninho infame – sorri sarcasticamente.

- Agradeço ou revido essa gracinha? – falou brincando.

- Brincadeira, Cristofer. Acho que assim facilita pra você – me expliquei.

- O que eu posso dizer? Muito obrigado. Agora é de verdade.

- Até parece, não é nada demais. Afinal, como você faria pra lembrar todas as receitas? É só papel – falei enquanto pegava as impressões.

- Não é só papel. Fisicamente sim, mas representa mais que isso e eu fico muito grato.

- Estão aqui – estendi os papéis para ele.

Cristofer ficou me olhando por um segundo, depois segurou as folhas com as duas mãos sem puxá-las das minhas. Ainda olhando fixamente para mim, ele tirou uma das mãos do papel e segurou minha mão direita.

Eu queria evitar o contato visual, mas não pude. Os olhos dele eram imãs para os meus. Ficamos assim por uma fração de segundo até que a campainha do forno tocou me dando um susto tão grande que meu coração deu um salto, assim como meus olhos que quase saíram de órbita.

- Meu Deus... – falei sem jeito soltando minhas mãos das dele num impulso. – Eu não lembrava que essa campainha era tão alta.

- É... É alta. – respondeu assustado também.

- Significa que nosso almoço está pronto. Consegue sentir o cheiro? – tentei descontrair enquanto corria para o forno.

- Droga – sussurrei abrindo o forno.

- Precisa de ajuda? – perguntou da sala.

- Não. Está tudo certo, não fique no caminho que está quente.

- Tudo bem – escutei ele responder.

- Adoro esse cheiro de queijo derretido – falei enquanto fungava a fumaça que saía das abobrinhas.

- Só agora notei o vazio que está meu estômago – disse espantado.

- Depois de dois pastéis de queijo?

- Sim – falou inabalável.

- Na verdade eu acho é bom. Seu problema será resolvido em breve.

- Em breve estarei com outro problema. Terei comido demais – riu.

- Eu vou adorar ter que ver você lidando com esse problema. Não é o que eu chamaria de almoço, mas espero que goste.

- É muito mais do que eu to acostumado ultimamente.

- Você está me assustando com essa sua falta de alimentação.

Ele ficou em silêncio. Preferi parar um pouco com a minha crítica à sua forma estranha de se alimentar.

Sentei em frente a ele e, mais uma vez, almoçamos juntos. Foi estranho disfarçar a falta de jeito devido aquele momento embaraçoso com mãos e papéis um pouco antes. No entanto, acho que consegui ser sutil para não parecer uma criança boba. Ele, como sempre, parecia não ter sido afetado por nada, ou como eu pensava algumas vezes, podia controlar suas emoções como um monge.

- Não vou emitir nenhum som de deslumbramento dessa vez.

- E por que não? – quis saber colocando salada no prato dele.

- Para intrigar a cozinheira.

- Cozinheira – repeti arqueando uma sobrancelha.

- Vê como é fácil fazer uma intriga?

- Sinto muito por você, não vai me tirar do sério. Abobrinhas me deixam com um ótimo humor.

- Vou saber que remédio usar para seus dias de mau humor – sorriu.

- Às vezes pode ter efeito colateral – alertei brincando.

- Vale o risco, ainda mais se for com queijo... Hum!

- Opa! Emitiu um som – me gabei.

- Não acredito – pareceu incrédulo. – Uma manhã toda com você e já estou me traindo, imagina com o passar do tempo.

Com o passar do tempo...

Cristofer ria como raras vezes fazia, no entanto, quando decidia abrir seu sorriso eu podia ver que era genuíno e que representava satisfação. Seus olhos estavam fundos e eu só pensava no sono que ele devia estar sentindo.

- Sono? – perguntei.

- Depois de comer parece que piora.

- E piora mesmo. Nem precisa ser médico pra saber. Seus olhos estão fundos e você já começou a rir de qualquer coisa. Embriaguez por sono, doutor.

- Adorei o diagnóstico – ainda sorria. – Preciso mesmo descansar, mas antes romãs? Pode ser?

- Claro. Tinha me esquecido delas. Vou buscar.

- Vou te ajudar com essa bagunça.

- Hoje não. Você não dormiu e eu tenho um apreço grande pelas minhas louças.

- Engraçadinha.

- Para de me chamar assim – brinquei.

Ele me olhou enquanto fazia um gesto exagerado ao bocejar, como se eu estivesse lhe causando sono.

- Depois a engraçadinha sou eu... – resmunguei a caminho da cozinha.

Vi Cristofer se encaminhar para o sofá. Fiquei feliz dele se sentir à vontade na minha casa.

Abri uma das romãs e coloquei em uma tacinha que estava numa bandeja, e a outra romã deixei fechada, embora levasse junto.

- Espero que estejam boas. A cor está ótima, vermelho vivo... – não terminei a frase ao vê-lo.

Cristofer não estava mais acordado. Estava sentado confortavelmente aninhado no meu sofá. Suas pálpebras mal se moviam indicando um sono pesado.

Fiquei momentaneamente sem ação ao vê-lo ali. Com a bandeja nas mãos, fiquei parada como estátua em frente ao sofá olhando para ele sem saber como agir. Deixei a bandeja cuidadosamente sobre a mesa e peguei a taça que eu havia preparado, sentei ao seu lado e desfrutei da fruta e da companhia silenciosa de Cristofer.

O som de sua respiração estava aguçada, vez ou outra ele tinhas alguns espasmos ínfimos dignos de quem não para um segundo e reflete esse comportamento durante o sono. Poderia soar estranho, mas não foi. Com Cristofer embalado pelo sono eu pude me deter em cada um de seus detalhes sem ter que disfarçar como eu fazia quando ele estava acordado.

Passei bons minutos ali até que notei que o tempo havia dado uma esfriada. A passos leves, para não despertá-lo, busquei uma manta leve e coloquei sobre ele.

Havia alguns fios de seus cabelos propositalmente rebeldes muito próximos a um dos olhos. Tentei resistir a umas duas investidas que dei em direção a seu rosto, mas foi mais forte que eu. Ajeitei delicadamente o cabelo, com a perícia de uma especialista do esquadrão anti-bomba para não acordá-lo.

Esperei por alguns instantes para ver se eu não o havia despertado e no outro sofá, para deixá-lo mais confortável, fiquei entretida com meu notebook.

Eu procurei receitas vegetarianas de todos as partes do mundo, mandei e-mails para chefs amigos meus na índia e acabei fazendo uma coleção interessante de pratos que não levavam carne de nenhuma espécie.

- Sofia... – Resmungou tão leve que eu nem cheguei a assustar.

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