The Beast (Tradução PT)

By october_8

168K 12.8K 5.2K

A Rose sabia que este mundo estava repleto de mistérios, mistérios ainda por descobrir. Ela sempre sonhou com... More

The Beast
1. O começo de algo novo
2. Olhos no escuro
3. Acordar
4. Prisão
5. O sabor de um Anjo
6. Escrava do Diabo
7. Simplesmente uma chávena
8. Morte debaixo de nós
9. Anjo caído
10. Diabo com um coração
11. Sangue, suor e amor
12. A beleza de uma rosa
13. Fugindo dos pesadelos
14. Falhando em ser sua
15. O Coração de Ouro Dele
16. Quem poderia amar um Monstro?
17. Sangue para Mim
18. Vou Sempre Tomar Conta de Ti
Férias
19. Bom Apetite
20. Mãe Natureza
21. Sonhos Malvados
22. O Amor Interfere
23. Passado
24. Assombração

25. A história de um monstro

4.4K 372 260
By october_8


Vão ver a minha própria história escrita por mim: EMPIRE de TessaRx! Deixem-me saber o que acham! :)

_______

25. A história de um monstro

Quando acordei, o sol de inverno brilhava por entre as duas grandes janelas. O corpo do Harry cobria o meu e eu conseguia ouvi-lo a ressonar levemente, com a sua respiração a bater-me no rosto. Os seus lábios eram de uma cor rosa e o seu cabelo um embaranhado de caracóis. Ele está tão perfeito. Quero levantar a mão e acariciar-lhe a cabeça, mas não posso. O aperto que ele tem em mim é forte demais, mesmo que eu queira fazer o mais pequeno movimento, vejo-o logo a rugir levemente no seu sono. Chamo por ele, não muito alto nem muito baixo, apenas o suficiente para o acordar. Os olhos dele abrem-se imediatamente e ele olha logo à sua volta atentamente. Quando ele repara que ainda estou nos seus braços, ele relaxa, suspirando alto.

Sorrio. Sempre tão preocupado.

"Bom dia." Digo, finalmente tendo a hipótese de colocar as minhas mãos na sua cabeça, por entre os seus caracóis. Ele baixa a cabeça e os seus lábios tocam no meu pescoço, beijando-o delicadamente. Ele ruge.

"Bom dia, linda." Após dizer isso, ele levanta-se e o seu peito fica à mostra. Uau...

"Pensei que os vampiros não dormissem?" Balbucio e ele ri.

"Nós dormimos, mas não muito. Apenas quando estamos mesmo muito cansados." Assinto.

"Então, o grande Harry Edward Styles estava muito cansado ontem de não fazer nada?" Riu, brincando.

"Oh amor, deixa-me ter uma oportunidade contigo e eu terei uma razão pra estar cansado." Ele sorri à sacana e pisca-me o olho, e envolve-me nos seus braços fortes, puxando-me para ele.

"Tu és tão porco!" Digo, rindo e ele também ri.

De repente, sinto as mãos dele no meu rabo por cima da camisa de dormir, acariciando-o delicadamente.

"Só para ti, bebé." Ele sussura no meu ouvindo e dá uma pequena pancada no meu rabo.

Uma sensação quente espalha-se pelo meu corpo e eu não consigo deixar de adorar esta sensação. Nunca pensei que ele me pudesse excitar tanto. Lentamente, encosto a minha cabeça ao seu peito.

"Sinto-me lisonjeada." Digo, um pouco nervosa.

"Devias." Ele brinca. Ambos os seus braços estão à minha volta novamente, enquanto ele enrosca a sua cara no meu cabelo, fazendo-me rir. Subitamente, apercebo-me de que dia é hoje.

"Hoje é dia de Natal, Harry." Digo, olhando-lhe nos olhos. Ele sorri.

"Como é que poderia esquecer, querida?" Ele beija-me a testa.

O dia continuou, até chegarem às três da tarde, até agora. Eu e o Harry estamos sentados no sofá no quarto em que o vi pela primeira vez. Já parece que foi há anos... não fizemos muito hoje. Apenas decidimos em ter um ótimo jantar de Natal logo à noite, com o Harry sempre a insistir em ser o cozinheiro, o que eu claro, concordei. Ele nunca me desiludiu com as suas habilidades culinárias. Também decidi surpreendê-lo esta noite, ao usar um dos vestidos antigos que estão no guarda-fato. Talvez ele vá gostar... ou pelo menos, espero que sim.

Estava deitada no peito do Harry e os seus braços estavam à minha volta, tal como é habitual... e eu cada vez gosto mais. Nós passámos o dia a conversar sobre tanta coisa ridícula, sem esquecer das suas piadas terríveis que traziam-me sempre um sorriso à cara. E, assim, o tempo acabou por voar.

Os meus olhos deparam-se com o pequeno livro verde na secretária do Harry; o seu diário. Será que ele tinha escrito mais desde da última vez que tinha visto? Estou tão curiosa em saber. A única coisa que me recordo de ler é dele dizer que matou a sua mãe. Mas como? Como é que um filho consegue matar a sua própria mãe?

Será que devia perguntar? Não sei... Mesmo assim, decidi tomar o risco.

"Harry, posso te perguntar uma coisa... pessoal? Mas eu sei que provavelmente não vais querer responder." Pergunto, enquanto olho para ele. Ele acena com a cabeça.

"Qualquer coisa, amor. Podes me perguntar qualquer coisa e eu responderei com sinceridade."

"Bem, tu – tu disseste-me há algum tempo que a tua mãe tinha morrido porque ela era muito fraca e que algo lhe tinha acontecido..." Digo e noto os seus olhos a começarem a ficar nervosos e cautelosos, mesmo assim ele assente e eu continuo. "Harry... Eu – eu quero saber o que é que lhe aconteceu. Como é que ela morreu. Quero saber a verdade."

Digo, mesmo sabendo que foi o Harry que a matou, preciso de ter certezas. Quero ouvir as palavras a saírem da sua boca. Só quero que ele seja honesto comigo e que não tenha nenhuns segredos. Ele abriu a boca e eu pensei que ele fosse dizer o porquê e como tinha morto a sua mãe, mas as suas próximas palavras supreenderam-me.

"Eu acho que já sabes." Ele diz, deixando de manter o contacto visual. Eu franzo as sobrancelhas.

"Como–" Começo, mas fecho a boca imediatamente quando me apercebo do que é que ele está a falar. Ele viu-me. Não pode ser. É impossível. Olho para ele com os olhos arregalados e a sua expressão facial é uma severa e dominante.

"Sim, minha querida, eu vi tudo. Eu tenho visto tudo a partir do momento em que entraste neste castelo. Não me tentes enganar porque eu sei mais do que aquilo que tu julgas. Agora diz-me, linda, foi bom ler aquilo?" Ele desafia e eu calo-me.

Não estava nada à espera disto. Se ele me viu a ler o diário no primeiro dia a que aqui cheguei, o que é que ele deve ter visto mais? Eu a tomar banho? Só o pensamento arrepia-me. Não consigo pensar em tal coisa. O Harry ignora o meu silêncio e continua.

"Foi no ano de 1470. Eu tinha 15 anos na altura, era jovem e ingênuo, não fazia ideia de todas as coisas no mundo. O meu pai tinha 267 anos, era um vampiro e a minha mãe tinha 35 anos e era uma humana." Ele diz e sorri. "Ela era muito boa para mim. Sempre preocupada connosco. Ela não mereceu a maneira como morreu." Consigo sentir o seu aperto a tornar-se mais forte e eu coloco a minha mão no seu peito, acariciando.

"Harry, se dói demasiado, não me contes... quer dizer, podes contar-me noutra altura quando estiveres preparado..." Eu começo por dizer, mas ele interrompe-me.

"Não! Eu quero que saibas tudo. Quero que saibas o tipo de monstro que sou."

"Por favor, Harry, não digas uma coisa dessas! Tu és muito melhor do que um monstro." Digo-lhe e ele agarra numa das minhas mãos, beijando-a, voltando a dizer-me o quanto ele me ama.

"Houve uma vez em que eu já não me alimentava há dias, quase semanas, nem eu nem o meu pai. Ele disse que já não haavia sangue na área, todos os animais foram-se. Eles fugiram, sabendo que haviam dois vampiros perigosos por perto. O meu pai recusava-se a alimentar-se de humanos, ele dizia que era uma desgraça alguma vez fazer isso... ele dizia que tínhamos de continuar à procura de algo. Não havia nem uma única gota de sangue por perto... eu fiquei louco, Rose. Ainda era muito novo e não me conseguia controlar muito bem. A minha mãe estava sempre ali e cheirava tão bem... estava tão esfomeado, eu precisava de sangue! De comer! Eu– eu..." A voz dele quebra no fim e eu beijo-lhe a bochecha. Por favor não chores.

"Harry..."

"Eu ataquei-a, Rose. Ela gritou para que eu parasse, mas... não parei. Não consegui. A fome era demasiada." Eu arfo.

"Eu matei a minha própria mãe." Ele sussurra.

Não sabia o que dizer. Eu bem que lhe queria dizer que ele não se devia preocupar com isso, que não era nada, mas não o posso dizer. Isto era grave. A única coisa que eu podia fazer era confortá-lo.

"O que é que aconteceu ao teu pai?" Pergunto-lhe.

"Ele abandonou-me naquele dia. Quando ele viu o que é que eu tinha feito, ele... ele disse-me que eu não era um filho para ele. Ele não queria mais saber de mim. Ele abandonou-me e nunca mais o vi desde então. Perdi a minha mãe e o meu pai num só dia." Conta-me e olha para baixo.

"Tu sabes que eu nunca te faria isso, certo?" Ouço-o murmurar, nervosamente. Olho para ele. "Por favor Rose, não tenhas medo, querida. Nunca te atacaria. Deus, nem que tivesse de passar fome durante cenas de anos, nunca te tocaria! És muito valiosa para mim e eu aprendi a controlar-me bebé, por favor, eu..."

Eu interrompo-o ao colocar uma mão sobre a sua boca.

"Eu sei, Harry. Eu sei que nunca me farias uma coisa dessas, eu confio em ti. Foi tudo um acidente e tu eras ainda muito novo. Por favor, não deixes a culpa comer-te vivo, por favor Harry." Digo, mas ele abana a cabeça.

"Rose, o que eu fiz é imperdoável. Mesmo que fosse novo, eu já devia saber que não devia atacar alguém tão precioso como a minha mãe! Mesmo assim, fi-lo! Devia ter me morto ali mesmo–"

"Não! Nem te atrevas a dizer uma coisa dessas, Harry! Tu não mereces ser morto. Matar-te não resolve nada." Grito com ele e ele olha para baixo. Porque é que ele tem de pensar tão mal de si? Ele é tão melhor que isso.

"Tens razão." Ele diz enquanto acena. "Não mereço morrer. Mereço estar sozinho e sofrer para sempre enquanto apodreço aqui. Não mereço o teu amor e carinho. Não mereço a maneira como estás nos meus braços. E, certamente, não mereço beijar-te ou fazer amor contigo. Simplesmente, não mereço alguém que me ame. As razões pela qual e como chegaste até aqui são um mistério para mim. Como é que consegues falar comigo? Depois de tudo... não sou nada mais do que um pedaço de merda. Sou um monstro sanguinário, um monstro!" Ele quase grita.

Abano a cabeça e saio do seu aperto e coloco-me no seu colo. As minhas mãos vão até ao seu rosto, fixando os meus olhos nos dele. Estávamos tão perto, os nossos narizes quase tocavam.

"Eu quero que me ouças, Harry." Sussurro e ele envolve os seus braços à minha volta. "Tu não mereces sofrer absolutamente nada, na verdade, mereces ser amado. Magoa-me ver-te desta maneira porque tu significas muito para mim, tanto, mas tanto. O que aconteceu está no passado. Talvez a tua mãe tenha percebido. Talvez embora ela estivesse a ser morta, ela entendeu porque o fizeste. Tu eras o filho dela. Ela amava-te mais que tudo." Sussurro-lhe e ele está pronto para contestar.

"Não... não, ela não entendeu, Rose. Eu não vi nada mais do que medo e traição nos seus olhos enquanto sugava-lhe o sangue. Monstro, monstro, monstro não sou nada mais do que um monstro."

"Não, Harry não és..."

"Ninguém é capaz de amar um monstro, Rose."

"Eu sou."

Vejo algo nele quebrar. A sua convicção em nunca ter alguém que o amasse finalmente foi provada mentira e quase que choro quando vejo os seus olhos a ficarem cheios de lágrimas. Ele é perfeito.

"Não me importa quem ou o que tu és Harry. A única coisa que me importa sou eu e tu e nada mais. Desde que ambos estejamos juntos e felizes e seguros, não há nada com que se preocupar. Quero que entendas isso, Harry. Tu tens me agora e eu nunca te quero largar. Sou só eu e tu, Harry. Só eu e tu..."

"Meu amor..." Ele sussurra e troca-nos de posição. Ele deita-me de barriga para cima no sofá e posiciona-se em cima de mim. Ele não perde nem mais um segundo e começa a beijar-me o pescoço, lentamente. Sei que os seus olhos estão repletos de amor e paixão, mesmo estando fechados. "Meu coração, tu és o meu coração Rose. O meu coração, o meu amor, a minha vida, o meu mundo, o meu tudo." Ele sussurra-me no ouvido e eu beijo-lhe a bochecha.

Os meus olhos arregalam-se quando de repente sinto algo duro e pesado na minha coxa. Ele geme levemente e a sua mão desce até lá. Apercebo-me do que ele pretende fazer quando ele começa a abrir os botões das suas calças e tenta tirá-las.

"Harry... Harry, espera." Digo e ele pára imediatamente, com olhos cautelosos, com medo de me ter magoado de alguma forma. Eu sei o que é que ele quer, mas não lhe posso dar. Ainda não. Não estou preparada.

"Rose, bebé, estás bem? Fui muito violento? Magoei-te? Por favor, diz-me que não."Abano a minha cabeça logo.

"Não Harry, não magoas-te. Eu sei que queres... queres... tu sabes–"

"Fazer amor." Ele interrompe e eu assinto.

"Sim, isso, mas por favor Harry não me leves a mal, é só que ainda não estou preparada." Digo-lhe e espero que ele entenda. Após algum tempo, ele acena.

"Sim, claro meu amor, claro. Tens de me dizer se ainda não queres que eu faça amor contigo. Está tudo bem, eu entendo. Vou esperar por ti, querida." Ele diz e eu suspiro em alívio, sussurando um pequeno 'obrigada' em resposta e ele beija-me a testa.

"Qualquer coisa para o meu pequeno anjo." Ele sorri e eu também.

O tempo voa e eu subitamente apercebo-me de algo. Algo que já não pensava há algum tempo.

"Sabes, Harry... é o meu aniversário daqui a uns dias." Digo e olho para ele. Os seus olhos arregalam-se com choque e medo, algo de que não estava à espera.

"Harry o que se passa?"

"Quando é que é o teu aniversário exatamente?" Ele pergunta.

"No dia 26, ou seja, daqui a dois dias. Porquê? Harry, estás a assustar-me. O que se passa?" Ele abana a cabeça, forçando um sorriso.

"Nada. Não há nada com que se preocupar, querida. Está tudo bem." Ele assegura-me, mas não sei se devo acreditar ou não. Decido que sim.

Nós estamos calados durante alguns momentos até que o ouço.

"Rose... se algo... se algo ou alguém alguma vez entrasse no castelo, eu quero que corras, estás me a ouvir?" Ele diz com urgência. "Quero que corras o máximo que conseguires bebé, vai para a floresta, deixa este sítio e não olhes para trás. Não penses em mim. A tua segurança é mais importante do que qualquer outra coisa, entendes? Quero que me prometas que vais correr. Preciso de saber que vais ficar em segurança." Ele diz-me e fico confusa. Porque é que ele me está a dizer isto?

"Harry, o que é que queres dizer? Do que é que estás a falar? Quem é que nos atacaria aqui?

"Qualquer coisa pode entrar, Rose, mas por favor não te preocupes com isso, okay? Apenas me promete, querida..." Ele suplica e eu assinto.

"Prometo."

Ele sorri. "Ainda bem. Lembra-te Rose, desde que ambos estejamos seguros e felizes, vai tudo ficar bem."

"Tens razão."

Somos interrompidos pelo relógio na parede que indica que são 5 da tarde. O Harry começa a levantar-se.

"É melhor começares-te a preparar para logo à noite. Vou lá para baixo preparar o jantar para nós. Encontra-me lá embaixo quando forem 6.

"Eu vou, não te vou desiludir. Não te preocupes que vou lá estar." Digo-lhe, lembrando-me do vestido que vou vestir. Ele vai gostar. Tenho a certeza.

"É melhor que sim." Ele ri antes de dar-me uma pancadinha no rabo na brincadeira. Ele sai do quarto e deixa-me corada e com o coração a bater rapidamente.

Oh, monstro, o que é que fizeste comigo?

___________

Votem e comentem muito! Quero saber o que têm a dizer! :)

Love, Tess

Continue Reading

You'll Also Like

537K 20.2K 53
⋆。˚ ☆ 𝗈𝗇𝖽𝖾 𝖾𝗎 𝗂𝗅𝗎𝖽𝗈 você com diversos imagines dos jogadores da Sociedade Esportiva Palmeiras . . . . . ɪɴɪᴄɪᴀᴅᴏ: 01/05/2023 ᴄᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴏ: 00...
44.4K 2.5K 54
Foi numa dessas navegadas despretensiosas pelas redes sociais que ele se deparou com ela. Uma foto, aparentemente inocente, capturou sua atenção. Seu...
102K 8.2K 45
Almas que não foram feitas para a paz, mas feitas a mão para a morte e assassinato, sangue e ossos... Almas gêmeas forjadas no fogo, sob o olhar aten...
322K 33.6K 42
O que pode dar errado quando você entra em um relacionamento falso com uma pessoa que te odeia? E o que acontece quando uma aranha radioativa te pica...