Alfonso dirigiu no transito caótico. Não sabia que demoraria tanto assim uma reunião, ainda mais no domingo. Ao menos havia dito a Pedro que o ajudaria sim a reconstruir sua empresa, não a afundar. Se sentiu orgulhoso de si mesmo. Por fim, chegando ao hotel abriu a suíte com um sorriso. Tudo o que precisava era de Anahi, do calor de seu corpo sobre seu, mas tudo tava tão escuro e silencioso, tudo estava tão frio. Franziu a testa chamando pelo nome dela. Seu coração bateu rápido ao entrar no quarto.
Estava tudo vazio e arrumado. O vestido vermelho sobre a cama, a caixinha dos colares e o anel de noivado tombado sobre o vestido. Mordeu os lábios. Seu coração palpitava com tanta força que se sentiu obrigado a sentar. Ela havia partido e nem havia dado tempo de dizer adeus, de beijá-la uma vez mais. Santo Deus! Como sua garganta queimava. Se levantou encostando-se à varanda.
Maite: Alfonso? Poncho, você está aí? A porta tá aberta e...- viu o irmão de frente para o vidro da varanda com as mãos nos bolsos. Maite se aproximou.
Poncho: Ela já foi embora... - levantou o queixo mordendo os lábios.
Maite: Eu sei, eu a vi.
Poncho: Quando foi? Que horas foi?
Maite: À tarde...
Poncho: Ok! - suspirou fundo balançando a cabeça.. - Amanhã é segunda e meu domingo eu passei em uma reunião. Amanhã eu pego o primeiro voou, Maite. Você volta quando?
Maite: Vou ficar mais alguns meses por aqui e era o que você deveria faze também. Alfonso, a Anahi...
Poncho: Eu não quero falar sobre ela... - fechou os olhos. - Eu não quero mais falar sobre nada dela.
Maite: O que aconteceu Alfonso? O que foi que ela fez?
Poncho: Nada, Mai, ela não fez nada. Mas você me conhece, não conhece? - Engoliu a seco pondo seu ar de arrogância e prepotência.
Maite: Você pensa que está enganando a quem? Seu coração deve estar batendo tão rápido que você não deve estar aguentando as pernas... Alfonso, é tão simples admitir que...
Poncho: Maite, por favor! Eu preciso descansar agora, ok? Antes de ir eu te dou um beijo, certo? - Abriu os olhos arrancando a gravata com força a jogando em cima do sofá. Maite apenas tocou as costas dele para depois, sem dizer nada, sair.
Alfonso encheu um copo de Martini, mesmo que não bebesse precisava sentir suas pernas e cair na cama para somente adormecer e acordar intacto e arrogante no dia seguinte. Se sentou no sofá bebendo um gole. Fez uma careta, mas bebeu novamente e depois mais uma vez, e outra vez.
Foi até o quarto, se sentando na cama, pegou o vestido o jogando no chão com força. O anel caiu junto. Ele se abaixou, a bebida começava a fazer efeito. Cambaleou um pouco, conseguiu pegar o anel, mais não pode evitar cair sentado no chão.
"Poncho: Há muitas coisas que você nem imagina sobre mim...
Anahi : Me mostre. – Alfonso sorriu e se dirigindo as pessoas presentes pediu.
Poncho: Senhores, poderiam nos dar licença, por favor? – e assim, de imediato, todos se levantaram deixando apenas uma luz de fundo acesa. Anahi sorriu perguntando, debruçando os cotovelos e o corpo no piano:
Anahi: As pessoas estão acostumadas a seguir suas ordens?
Poncho: Elas são pagas para isso.
Anahi: Sim... Elas são pagas para isso!".
Tentou se levantar, mas foi em vão. Apoiou as costas na cama tomando outro sorvo de sua bebida.
"Poncho: A quem você pertence Anahi? - Ela respirou fundo, franziu a testa ao sentir os primeiros espasmos
Anahi: A você... – saiu como quase um sussurro e sem poder segurar mais Alfonso disse:
Poncho: E quem sou eu Anahi ?
Anahi: Alfonso. – ela gritou alto, sentindo seu corpo entrar em erupção. Precisava que ele continuasse...
Poncho: Sinto muito, eu não ouvi. – franziu a testa. Apenas um pouco mais.
Anahi: Alfonso. – ela gritou mais alto, explodindo de prazer. Ele a seguiu, mais mordeu os lábios com força, segurando um grito alto."
Por que agora aquilo lhe atormentava a cabeça de forma tão intensa? Fechou os olhos com força, sentindo sua cabeça latejar.
"Poncho: você é paga para me enlouquecer... E se isso dignifica se envolver, você o fará!
Anahi: Não, Alfonso, eu não o farei... – sorriu irônica - Um sexo maravilhoso é tudo o que eu vou te oferecer... – parou de sorrir caminhando.
Poncho: Nós já estamos envolvidos, Anahi... Eu sei que você está.
Anahi – Não, Alfonso, você não sabe nada sobre mim."
Conseguiu, por fim, se levantar. Sentou-se na cama levando as mãos à cabeça. Sentia frio, sentia muito frio. Anahi arrumava suas malas na segunda-feira de manhã. Nina a observava, encaracolando os cabelos.
Nina: E onde pensa em ir?
Anahi: Não sei, talvez eu fique por aqui mesmo, mas em um lugar um pouco maior e distante daqui. - suspirou fechando uma de suas malas. - Liguei agora pouco para uma proposta de emprego que eu havia visto, há duas semanas... Não sabem nada sobre a vida que eu levava, então acho que posso começar de novo.
Nina: Vou sentir sua falta, Doçura... - Anahi sorriu abraçando Nina - Vamos parar com esse lenga-lenga, porque se não vou borrar toda a minha maquiagem. - Anahi sorriu mais uma vez terminando de pegar suas coisas. Abriu sua carteira dando algumas notas á Nina.
Nina: O que é isso, tá doida?
Anahi: Não, não estou. É para você pagar aluguel desse mês. Anda, é um presente. - Nina sorriu pegando o dinheiro.
Nina - Agora que virou madame tá cheia dos vocabulários, né?! - Nina sorriu abraçando novamente Anahi - Te amo, Baby, e vou sentir sua falta! Muito a sua falta... - Anahi sorriu enchendo os olhos de lágrimas.
Anahi - Acho que não conseguiria mais fazer isso. - ouviram um barulho – Olha, meu táxi chegou.
Nina: Bom, então eu já vou indo, não aguento despedidas... Onde você vai ficar?
Anahi: Ainda não sei, essa noite até alugar um apartamento pequeno, eu vou ficar em um hotel pequeno. Eu te ligo... A gente se vê. E, Nina, seu conseguir uma vida melhor eu venho te buscar!
Nina: Vem nada. - se emocionou com sua própria vida - E assim que o barco toca, Anahi. Nem sempre fazemos o que queremos. Seja feliz, amiga! - saiu dando um beijo rápido na bochecha de Anahi.
Anahi deixou uma lágrima escapar, se sentando na cama, levou as mãos a cabeça. Recomeçar do zero seria mais que ideal. Pegou seu táxi indo para o pequeno hotel. Na tarde do dia seguinte havia alugado um apartamento pequeno, em um prédio bastante escondido. Havia dado sorte, pois a proprietária passaria alguns anos fora e deixara o apartamento mobiliado.
Era tudo muito simples, porem muito limpo e confortável. Sua entrevista já havia sido marcada para a quarta-feira. Olhou sua mala, roupa não haveria problema, nem acessórios, maquiagem, esses tipos de coisa, havia tudo do bom e do mais caro. Engoliu seco se lembrando de alguns dias atrás. Um passado que deveria ser esquecido tão bem quando ela deveria recomeçar novamente.
"Poncho: E você prefere ficar sozinha, Anahi? Você não tem ninguém, ninguém que cuide de você... - Levou as mãos até o rosto dela. - Eu não posso suportar a ideia que outro homem te toque, Anahi, eu não quero que nenhum homem te toque."•
Fechou os olhos com força, não se deixando vencer pela saudade. Ele deveria estar agora em sua casa e não deveria se lembrar muito dela. Na realidade, alguma mulher essas horas estaria em sua cama... Guardou suas coisas no armário. Eram mais roupas e recordações que ficariam dentro dela escondidas.
Alfonso desceu do avião com seu terno escuro e óculos escuros. Avistou uma mulher de costas, com um vestido branco maravilhoso. Parou de caminhar prestando atenção naquela mulher. Era como Anahi, igualzinha a Anahi. Engoliu seco se aproximando, caminhando rápido, cada vez mais rápido... Tocou o ombro da mulher, que se virou rapidamente.
Poncho: Me desculpe! Te confundi com outra pessoa.
Mulher: Percebi... - Alfonso pegou seu caminho novamente, um grupo de empresários a esperava, e Velasco também.
Velasco: Graças a Deus que você já está normal. Não aguentava mais os seus surtos por aquela prostituta. - Alfonso mordeu os lábios. Não queria falar sobre ela, sobre nada relacionado a ela, será que não entendiam? - Depois da merda que você fez com os negócios multimilionários, espero que nenhuma mulher mais influencie você. Santo Deus, Alfonso!
Poncho: Eu não fiz nenhum merda. A empresa é minha e faço o que euachar melhor. - Alfonso continuou andando enquanto Velasco passava um par deinformações sobre os negócios que viriam a seguir com todo o vapor.
Mas algo estava errado; não conseguia se concentrar.Na realidade, desde domingo a noite, nada entrava em sua cabeça, ou aquecia seucorpo constantemente frio.
~~
Anahi se foi e o Alfonso tá todo quebradinho, gente! Esse capítulo me faz chorar real oficial </3
Mas agora sim ele viu que realmente tá todo apaixonado por ela, né? E essa nova vida de Anahí? O que será que vai acontecer?