Uma Linda Mulher (Adaptada)

Capítulo 41

Alfonso estacionou o carro em frente ao hotel apertou o alarme quando se direcionava rumo a entrada, apenas com algumas palavras pegou o elevador. Cheirou seu paletó, o perfume de Anahi estava impregnado nele. Mordeu os lábios chegando no andar desejado, caminhou até o quarto onde bateu na porta, Claudia logo atendeu se afastando para que ele entrasse.

Poncho: Cadê o exame? – Claudia o pegou de dentro da bolsa.

Claudia: Aqui. – Alfonso o abriu, revisando cada linha.

Era verdade. O deixou jogado na cama enquanto se sentou, levando as mãos á cabeça

Claudia: Alfonso eu...

Poncho: Fica quieta, Claudia, pelo amor de Deus, fica quieta!

Claudia: Anahi sabe que está aqui? – perguntou com os olhos cheios de água – Você já disse a ela antes que ela descubra? RESPONDE, ALFONSO.

Poncho: NÃO, EU AINDA NÃO CONTEI A VERDADE A ELA. DROGA, DROGA! O que foi que ele disse?

Claudia: Que a culpa era minha... Alfonso, é melhor que você conte a ela... Diga que eu sinto muito...

Poncho: ELA NÃO VAI ENTENDER, CLAUDIA.

Claudia: É claro que vai. Conte tudo, desde o começo.

Poncho: Ela sabe de você... – pegou o exame novamente, o colocando no bolso do paletó.

Claudia: Eu sei que sabe, nos encontramos no clube enquanto você dormia...

Poncho: O QUE? E VOCÊ DISSE O QUE A ELA? – se levantou com fúria.

Claudia: NADA, EU NÃO DISSE NADA A ELA. APENAS SAI CORRENDO... Vai ser pior mais tarde... Alfonso.

Poncho: Não diga nada, não diga nada eu preciso pensar em uma forma que ninguém se machuque. Ligue agora para ele e diga para me esperar em 20 minutos no Plaza. 20 minutos, Claudia.

Claudia: O que vai fazer?

Poncho: EU NÃO POSSO PERDER MINHA MULHER E MEU FILHO...

Claudia: A CULPA NÃO É SÓ MINHA... DROGA, ALFONSO! QUANDO NOS CONHECEMOS, TANTO EU COMO VOCÊ, PRECISÁVAMOS DE AJUDA... Nina sabe?

Poncho: Nina está com dor de cotovelo e mais nada, deixe que dela cuido eu.

Claudia: Anahi sabe?

Poncho: Não, Anahi não sabe e sobre isso nem vai saber.

Claudia: Quando ela souber de tudo você está ferrado, Alfonso. – começou a chorar – O que vai fazer com esse exame?

Poncho: O deixe comigo, vá para sua casa eu preciso pensar, preciso de um tempo, ok? – Claudia assentiu, pegando sua bolsa, deu uma última mirada em Alfonso saindo do quarto.

Alfonso se sentou na cama apoiando as mãos na cabeça. Cluadia tinha razão, ele estava perdido. Anahi abriu os olhos percebendo que estava deitada bem no meio da sua cama. Olhou o relógio: já era madrugada. Olhou suas roupas, ainda nem havia tomado banho, se levantou tirando o terninho, indo até o quarto de Gabriel. Notou que o garoto dormia tranquilo, o cobriu até o pescoço, para depois depositar um beijo na testa do mesmo, saiu do quarto encostando a porta. Eram mais de 2 horas da manhã e não havia sinal de Alfonso. Se sentou no sofá, deixando tudo o que havia segurado fluir naturalmente em sua mente. Maldito bastardo e ordinário! Eram 3 da manhã. Inferno! Jantares familiares iam, no máximo, até as 22h. Nenhuma ligação nada. Levantou-se, caminhando de um lado para o outro, pegou o telefone nas mãos, mas não ligaria, não diria nada. Tomou um banho rápido e voltou a se deitar, sem conseguir pregar os olhos. A raiva começou a se transformar em preocupação.

Onde ele estava? Era tarde. Além do mais, ele havia dito que...Parou, ouvindo o barulho da porta se abrir. Se cobriu rapidamente, fechando os olhos como se estivesse dormindo. Sentiu a porta do quarto se abrir e percebeu que ele se movimentava lentamente, calmamente, tentando não acordá-la. Anahi permaneceu quieta até quando ele entrou no chuveiro. Em 20 minutos já estava fora, se deitando com cuidado na cama. Abriu os olhos quando sentiu que os braços dele a envolviam de maneira possessiva, de forma que seu corpo ficasse colado ao dela por trás e o que sentiu fez com que Anahi fechasse os olhos e decidisse chorar de desgosto. Era o perfume... Era o puro perfume de Claudia. Tentou se afastar quando ele lhe deu um beijo na nuca e depois outro no pescoço e por fim em poucos minutos adormeceu.