ARCANO (COMPLETO)

By AKAlves

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1°lugar no concurso Rosas Douradas Vencedor #Watson 2018 ⭐Versão wattpad Ricardo é um adolescente marcado po... More

Epígrafe
PRÓLOGO
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
FIQUE MAIS PERTO DE MIM! <3
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
NOVO CONTO!
Capítulo 13
PROJETO CDE - RESENHAS CRITICAS LITERÁRIAS
WATTYS 2016
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
INTERAÇÃO ESPECIAL!
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS
PLAYLIST
LIVRO NOVO!
GRUPO DE LEITORES!
NOVA CAPA COMEMORATIVA

Capítulo 22

203 30 24
By AKAlves


Sem pensar duas vezes, corri em direção a parte de trás da casa, e logo soube do que se tratava: Um par de sapatos azuis de salto médio, os reconheci de imediato.

— São dela! — gritei — Ela deve ter tirado para fugir daqui.

— Suspeitamos que ela não tinha como ir muito longe, vamos procurar por ali. — disse um deles, apontando para o mato Alto que se estendia por uma vasta região nos fundos da casa.

Procuramos por todo local, mas nada foi encontrado, nem um vestígio sequer. Ela não estava  ali.

— E se procurarmos do outro lado da estrada? Ela pode ter fugido para se esconder lá. — sugeriu Augusto.

Os policiais concordaram e nós procuramos por todo o local, nos dividindo dois para cada lado. Depois de um longo tempo de procura e quase desistência acerca daquele local, Augusto a encontrou, o que quase fez com que meu coração quase parasse.

— Ela está aqui! — ele gritou de repente, fazendo meu coração bater descompassado.

Eu mal contive os passos e em um gesto desesperado corri, caindo de joelhos no lugar onde ela se encontrava desmaiada.

— Lana, meu Deus! Eu te encontrei meu amor! Como tive medo de te perder... Ah meu Deus! Você está bem, vai ficar tudo bem agora, ouviu? — repetia, descontroladamente.

Não pude notar os olhares de confusão dos policiais quando me viram chamá-la daquele jeito, mas eu não me importava. Só queria gritar para o mundo que a amava e que agora tinha ela ao meu lado outra vez.

Abracei-a e senti seu coração bater, aliviando toda a tensão que havia no meu corpo minutos antes. Eu só queria abraça-la e tê-la comigo, vê-la viva era um alívio para mim. Sentir seus cabelos macios e a pele do seu rosto tão próxima a mim, fazia-me ter vontade de beijá-la; mas me contive. Só de vê-la outra vez, tudo já valia a pena.

— Vamos chamar uma ambulância, a fumaça pode ter a afetado. — falou o policial.

Quando enfim a ambulância chegou, a levamos para o hospital mais próximo da região.

Passei algum tempo aguardando por notícias na recepção, — horas, para ser exato —, até que corri ao ver o médico que a examinou.

— Como ela está doutor? — Perguntei aflito.

— Está estável. A fumaça afetou um pouco os seus pulmões, mas nada de muito grave. Porém, achamos melhor transferi-la para o hospital da Cidade, aqui não temos muitos recursos.

Suspirei aliviado.

— Tudo bem... Quando vão transferi-la? Posso vê-la?

— Aconselho que deixe ela descansar. — informou. — Iremos fazer a transferência amanhã.

— Tudo bem. Obrigada doutor.

— De nada, garoto. — falou, saindo em seguida.

Queria acompanhar a transferência, — a qual seria bem cedo pela manhã —, e como já estava quase anoitecendo, Augusto sugeriu que ficássemos por lá aquela noite. Alugamos um quarto em uma pensão bem próxima ao hospital, afinal, precisávamos descansar muito depois de tudo o que aconteceu.

***


No dia seguinte, bem cedo, liberarem Lana para transferência. Quando finalmente estava tudo pronto, a acompanhamos até um conhecido hospital da Cidade, o mesmo em que Alice estava internada.

Durante todo o caminho, segurei sua mão lhe passando toda a força que tinha naquelas horas que precisávamos para chegar ao hospital. Mesmo que o seu estado não fosse tão grave, eu não podia deixar de me preocupar.

Felizmente, correu tudo bem durante a transferência. Lana havia acordado, porém estava extremamente sonolenta, precisava descansar e obedeci as recomendações do médico. Resolvi passar para ver como estava Alice, ela havia feito o transplante de sangue no dia anterior e quis me certificar que estava bem.

Entrei devagar no quarto e ela estava deitada, os olhos vidrados em algo na tevê.

— Posso entrar? — falei, abrindo a porta devagar, revelando um amplo sorriso em seus lábios.

— Claro que sim. — falou sorridente. — Estava sentindo sua falta.

— Eu também, passei pra te ver. vejo que está bem melhor mocinha!

— Graças aos melhores amigos que tenho, estou ótima! — falou, com um sorriso que me trouxe certa positividade.

— Não sei se sabe, mas já encontramos a Lana. — sorri.

Ela sorriu de volta, seu rosto iluminando-se instantaneamente.
— Sabia que iria encontrá-la! Ela está bem?

— Uma longa história... está aqui  no hospital, mas seu estado não é grave.

— O que aconteceu? — perguntou, o rosto formando uma ruga de preocupação. — Você está estranho... deveria estar feliz por que a encontrou. Aconteceu alguma coisa, não foi?

— Parece que houve um incêndio, e provavelmente foi provocado pelo... — engoli em seco — pelo Richard.

— Ah meu Deus! Seu pai? Como assim? O que aconteceu, Rick? — perguntou mais uma vez, incrédula, e eu senti que não iria parar de perguntar até que soubesse no mínimo, o que aconteceu.

— O encontramos próximo a uma região desconhecida do interior do Rio, em uma casa totalmente queimada. — falei, ainda lembrando-me da cena horrível que vi.

— Rick, eu sinto muito...

— Está tudo bem agora... — falei, engolindo as lágrimas — Ele preferiu assim. O que importa é que de alguma forma, a Lana escapou.

Ela abriu os braços e eu a abracei, enquanto deixava que minhas lágrimas caíssem espontaneamente.

— Estou com você, Rick. Sempre estarei. — falava, acariciando meus cabelos com a ponta dos dedos.

Afastei-me do seu abraço e encontrei seus olhos castanhos e profundos, que me encaravam com ternura. Ela desceu seu olhar até os meus lábios, e então, beijei seu rosto delicadamente e me afastei.

— Desculpe. — falou, desconcertada. — Não sei o que deu em mim.

— Está tudo bem... — falei, acalmando-a.

A porta se abriu inesperadamente e Augusto entrou por ela, sorridente. Mesmo vendo Alice e eu tão próximos, ele não se importou.

— Como está a menina mais valente e linda que existe? — perguntou.

Ela deu sorriu e abriu os braços para o abraçar.
— Estou ótima! — falou, divertida. — Mas desse jeito vou começar a me achar!

— Que bom. — sorriu. — Bom senhorita heroína, não sei se esse é o momento mais apropriado, mas tenho algo para te falar...  — Falou, sem jeito.

— Então, eu já estava de saída. — falei, já levantando-me para me despedir de meus amigos.

— Não saia Rick, quero que esteja aqui com a gente nesse momento. É o meu melhor amigo. — pediu Augusto, com um sorriso sincero.

Eu apenas assenti e sorri de volta, colocando uma das mãos no ombro do meu amigo, apoiando-o.

Então, de um jeito singelo, carinhoso e inesperado, ele a pediu em namoro. Não posso negar que foi um momento extremamente romântico e que ver o sorriso indecifrável de Alice e a cara de felicidade do meu amigo, não tinha preço. Ele lhe entregou um buquê de margaridas, — as suas preferidas  — e lhe deu um beijo no rosto. Eu estava feliz por ver que ele realmente gostava dela e sentia sinceridade de sua parte, pois do contrário, não responderia por mim. Entretanto, algo me dizia que ele não faltaria com a palavra.

— Eu... preciso pensar, Gus. — foi o que Alice respondeu, visivelmente sem palavras.

Augusto a olhava sorridente, esperando alguma reação. Porém, quando ela lhe disse tais palavras, seu sorriso antes evidente, desapareceu após alguns minutos.

— Tudo bem... — Ele disse, voltando a sorrir, entretanto, não era o mesmo sorriso de antes — te dou todo o tempo do mundo para pensar.

Saí do quarto e os deixei a sós. Sabia que eles precisavam de tempo para se acertarem e torcia para que tudo corresse bem.

***

O velório de Richard foi realizado, e embora eu não o considerasse como pai, posso dizer que aquele foi um momento muito triste para mim. No fundo, eu ainda tinha esperanças de que ele mudasse. Dona Mariana, como sempre solidária, logo se ofereceu para me ajudar quando soube de tudo, e posso dizer que se não fosse ela e a família do Augusto, eu não teria suportado aquele dia, nem muito menos todas as coisas que vinham acontecendo em minha vida.

Duas semanas se passaram e aos poucos, as coisas começaram a se acalmar. Alice recebeu alta e já estava em casa com a tia. Lana também havia recebido alta e estava de volta à pousada, entretanto, quase nunca a via, a não ser nas poucas vezes em que estava em casa e ia lhe fazer uma rápida visita.

Cheguei a achar suas saídas constantes um pouco estranho, mas resolvi não incomodá-la, entendia que ainda estava abalada e precisava de tempo para esquecer tudo o que passou. Quando conversávamos, pouco tocava no assunto que envolvia o acidente. A única coisa que sabia é que Richard tinha a intenção de que os dois morressem, mas Lana conseguiu se soltar e correr antes que uma parte do teto fosse à baixo e caísse em cima dele, fazendo com que o mesmo desmaiasse. Um verdadeiro milagre.

Minha rotina finalmente tinha voltado ao normal, bom... com exceção de alguns contratempos. Fui demitido do trabalho pelas inúmeras faltas dos últimos dias e acabei tendo que arranjar outro. Por sorte, acabei encontrando uma vaga de atendente em uma livraria próxima à minha antiga casa, e sem pensar duas vezes, resolvi tomar uma decisão.

— Tem certeza que quer fazer isso?  — perguntou Alice, logo depois que o filme que assistimos acabou e Augusto desligou a TV.

— Sim... afinal, é a minha casa não é? Ela está vazia agora, tenho direito de morar lá e além do mais, fica perto do trabalho. — expliquei.

— Prefiro que more aqui e eu possa te abusar todos os dias! — brincou.

Augusto levantou uma sobrancelha e franziu o cenho, antes de falar:
— Não acho que seja uma má ideia, afinal, a casa é do Rick.

— É, só estava brincando. Acho que não  má ideia voltar a morar na casa que é sua por direito. — Concordou Alice.

— Então... já estou indo nessa Rick. Você vem Alice? — perguntou Augusto.

Ela olhou para mim de relance e depois de alguns segundos, falou:

— Claro. Acho que precisamos conversar, não é mesmo?

Augusto franziu o cenho e depois sorriu, parecendo saber do que se tratava.

— Precisamos? — perguntou. Senti que aquela fora mais uma pergunta retórica do que alguma de que não sabia a resposta.

— Sim. — disse Alice, então se despediu de mim com um aceno, e o arrastou para fora do quarto da pousada em seguida.

Já faziam duas semanas desde que Augusto tinha pedido Alice em namoro e ele não teve nenhuma resposta dela. E agora, levando em conta a possível resposta da minha amiga, torcia para que fosse positiva.

_______________

Oi pessoal, como vocês estão?
Não sei se já perceberam, mas os capítulos aumentaram bastante nas últimas semanas né? É que além de necessário para o desenrolar da história, sei que vocês merecem pelas semanas que fico sem postar! ^_^
Espero que tenham gostado, de coração! Um beijo enorme pra todo mundo e até mais! <3

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