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Klaus não teceu qualquer comentário sobre o que ela acabara de dizer, talvez porque não tivesse argumento, talvez porque estava focado em tentar abaixar o pau que subitamente subira, empurrando contra sua cueca e calça a ereção que se formara em razão daquele toque em sua virilha e o modo como essa diaba de Domme o seduzia com sua doce voz e firme confiança.
Viu quando ela abriu a bolsa, tirou um bloco pequeno de papel colorido, escreveu algo em uma folha dele, arrancou e deixou na mesa no instante em que se levantava.
- Pense, reflita, analise com a frieza que te é natural. Se optar por se soltar dessas amarras invisíveis que te prendem de seguir uma vida mais livre eu serei, com o maior prazer, a condutora dessa aventura. Só que essa oferta expira em uma hora. - Ela olhou o relógio. Se até as 20:57 você não aparecer vou compreender sua escolha e fazer um desejo mental de "boa sorte".
Melina saiu deixando não somente seu rastro de perfume no ar, mas um homem inquieto com aquelas palavras. O tempo voara ali na livraria enquanto ele olhava aquela letra redonda com o endereço de um apartamento na Praia de Botafogo. Havia uma escolha, não era uma imposição, mas ele sentia que precisava. Talvez não desse em nada. Talvez chegasse a conclusão que tudo era uma grande palhaçada. Porém, não agora, não conseguia emitir qualquer juízo de valor. Levantou-se decidido, saiu da livraria e desceu a Rua Voluntários da Pátria em direção a praia. Olhou o relógio e viu que o tempo tinha corrido, apressou os passos.
Chegou no prédio bege com um porteiro entretido em ler um jornal. A entrada era bem arrumada e limpa, apenas se identificou e deixaram entrar, já haviam avisado na portaria sua prévia autorização. Subiu o elevador até oitavo andar e andou pelo corredor até chegar no numeral 802, apertou a campainha.
Ouviu barulho de chaves, esperou a porta se abrir e quando isso ocorreu seu ar sumiu dos pulmões. Ali estava Belle, de botas de cano longo, pretas e de salto fino, cobrindo o corpo algo que permeava entre um vestido e uma blusa, o decote em seus seios revelava a curvatura perfeita deles e os dois pontinhos sob o tecido, no centro de cada um, demonstrava que não havia um sutiã ali. Ela se trocara para ele e o esperava. O problema era que ela esperava um submisso de joelhos ao chão para vir lhe beijar as botas, mas o que ele queria fazer exatamente de joelhos não era beijar aqueles sapatos, mas levantar o tecido preto de sua roupa e afundar o rosto entre suas pernas, primeiro mordendo a carne de sua vagina e depois aliviando a dor com vigorosas lambidas e beijos.
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LS Morgan