A Vitrine - 2ª Edição (De...

By KatheLaccomt

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O que você faria se fosse o bem que os homens mais ricos do mundo desejassem, a ponto de apostarem dez milhõe... More

Prólogo
Capítulo 01 - Letícia
Capítulo 02 - Zachary
Capítulo 03 - Letícia
Capítulo 05 - Zachary
Capítulo 06 - Letícia
Capítulo 07 - Letícia
Capítulo 08 - Zachary
Capítulo 09 - Zachary
Capítulo 10 - Zachary
Capítulo 11 - Letícia
Capítulo 12 - Letícia
Capítulo 13 - Letícia
Capítulo 14 - Letícia
Capítulo 15 - Letícia
Capítulo 16 - Zachary
Capítulo 17 - Zachary
Capítulo 18 - Zachary
Capítulo 19 - Zachary
Capítulo 20 - Letícia
Capítulo 21 - Ethan
Capítulo 22 - Letícia
Capítulo 23 - Zachary
Capítulo 24 - Letícia
Capítulo 25 - Letícia
Capítulo 26 - Zachary
Capítulo 27 - Letícia
Capítulo 28 - Letícia
Capítulo 29 - Zachary
Capítulo 30 - Zachary
Capítulo 31 - Letícia
Capítulo 32 - Letícia
Capítulo 33 - Zachary
Capítulo 34 - Lorena
Capítulo 35 - Letícia
Capítulo 36 - Letícia
Epílogo

Capítulo 04 - Letícia

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By KatheLaccomt

Vozes exaltadas irrompem pelo andar e levanto-me para saber o que acontece. Caminho até a sala de reuniões e vejo o cliente exaltado. Kevin e o responsável pela pasta desse cliente tentam miseravelmente acalmar o homem. Não costumo me meter nos assuntos dos meus colegas de trabalho, mas a situação estava fora de controle e ninguém fazia nada.

Entro sem pedir licença e todos se calam ao me observar pegar alguns papéis sobre a mesa. Pude ler o relatório que apontava um caixa dois e uma amante sem noção que tinha acesso à conta da empresa. Seu capricho em Miami custou uma pequena fortuna. Esse é um dos piores tipos para lidar, velhos babões amantes de ninfetinhas com a empresa da família beirando a falência.

O contrato não é da minha responsabilidade, só que eu não poderia permitir que aquele circo continuasse. Pessoas com o rei na barriga acham que podem tratar os outros de qualquer maneira, mas não podem! Kevin tentou intervir, mas não teve êxito e minha paciência estava por um fio. O cara conseguiu atrapalhar o serviço de todo mundo.

Ainda olhando os papéis, dirijo-me diretamente ao presidente da minha empresa:

— Qual o problema, Kevin? – eu já sabia, só queria a confirmação, antes de falar o que não devia.

— O senhor Monteiro está insatisfeito com nosso trabalho. Quer que eu troque o consultor porque, segundo ele, o Camargo não serve nem para limpar banheiros – Kevin fala, apontando para o infeliz do cliente.

Fui até o Camargo e perguntei onde o problema estava pegando.

— Ele não mencionou que a secretária também tinha um cartão corporativo de outro banco. Aliás, conta que não tínhamos conhecimento até então. E, com os boatos de falência, alguns bancos credores não querem renegociar a dívida da empresa. Só que há uma solução. Na auditoria, encontramos uma conta robusta para quitar as principais dívidas e tirar a empresa da lama. Mas, segundo o senhor Monteiro, se usarmos esse recurso, ele não terá como sobreviver.

— Quem é ela? – o "tiozin" pergunta.

Antes que Kevin pudesse responder, falo:

— Sou sua nova consultora.

O homem fica ainda mais vermelho.

— Era só o que me faltava, tirar um velho e colocar uma mulher. Isso é trocar seis por meia dúzia – bastardo.

Com toda educação que tenho, coloco as folhas sobre a mesa e encaro-o:

— O senhor está à beira da falência e acredita mesmo que pode exigir alguma coisa? Aqui na Global, senhor Monteiro, o ditado "o cliente sempre tem razão" não funciona! Se nos contrataram, é porque estão com a corda no pescoço. Se estão com a corda no pescoço, é porque não tiveram razão! Então, o senhor deve ficar bem tranquilo e nos deixar fazer o que estamos sendo pagos para fazermos. E, comigo, educação vem no pacote. É bom que lembre-se disso.

Aponto para as linhas no meio de uma página e volto a falar:

— Pelo que vi aqui, sua amante gastou mais do que deveria e o senhor não quer que sua família saiba desse pequeno detalhe. Eu compreendo que seja difícil contar a eles que estão ficando pobres por causa da péssima administração do pai. Também acho constrangedor dizer que a amante tem mais gastos que eles.

— Você não pode falar assim comigo. Quem você pensa que é? – ele questiona irritado.

— Eu sou aquela que vai salvar sua empresa da falência. Agora, responda-me, o senhor quer sair do buraco, senhor Monteiro? – pergunto com meu tom falsamente doce.

Visivelmente irritado, ele responde:

— Por qual outro motivo ainda estaria aqui?

— Ótimo. Camargo, concordo com você, vamos usar o dinheiro do desvio para quitarmos a dívida. Também vamos confiscar o cartão dela e encerrar a conta da se...

A "secretanha", mistura de secretária com piranha, pula de sua cadeira.

— Meu cartão? Por quê?

Com o mesmo tom que usei com o senhor anteriormente, respondo:

— Porque você é secretária, não precisa...

Ela interrompe-me:

— Eu faço compras para o Monteiro, sabia?

Procuro pelas faturas e volto a falar:

— Não sabia que o seu patrão andava com sapatos Louboutin, senhorita – volto a atenção ao meu colega de trabalho e o instruo: — Camargo, também acho interessante fazer algumas mudanças no quadro de funcionários, começando pela a secretária. Ela trabalha lá, sabe da dificuldade que estão passando. Se, ainda assim, gasta mais do que pode, prova que não tem consideração por quem lhe sustenta. E acredito que ter a amante como funcionária seja inconveniente e constrangedor.

— Se vocês não se incomodam, pretendo continuar com o consultor – Monteiro senta, ajeitando sua gravata.

Segurando o riso, pisco para o Kevin, que concorda imediatamente. Então, saímos da sala conversando.

— Por que você permitiu aquele escândalo? Nossa obrigação é salvar a empresa, e não sermos condescendentes com eles – questiono-o.

— Lê, você sabe que não gosto de expor nossos clientes. A amante é uma parte privada da vida dele, não cabe a mim trazer isso à tona. Podemos violar a sua privacidade.

— Aprenda, Kevin, aqui não é como no seu país, onde as crianças de seis anos gritam com os pais porque violaram sua privacidade. Aqui, o máximo de privacidade que temos é ir ao banheiro com a porta fechada.

Chegando a minha sala, Lorena avisa-me que alguém me espera.

— Lê, o Ricardo está te esperando para dar uma palavrinha com você.

— Obrigada, Lolo.

— Faço muito gosto na sua relação com o Ricardo. Às vezes, te acho muito solitária, Letícia. Merece alguém que a faça feliz – Kevin fala com carinho.

— Obrigada, senhor presidente. Mas nós não temos nada.

Despeço-me e entro na sala, encontrando um belo exemplar masculino sentado em uma das cadeiras em frente a minha mesa, distraído, no celular. Ricardo é diretor do departamento jurídico da Global. E encantador, com seus olhos castanhos, cabelos curtos e bem penteados para trás. Sempre elegante em seus ternos sob medida. Nós somos uma espécie de amigos com benefícios. Saímos de vez em quando para jantar e algo mais.

— Olá! Que bons ventos trazem o galã da empresa até minha sala?

— Vim te ver, bonita – ele fala afetuosamente.

— Cansou da nova secretária? – pergunto, rindo. — As conversas correm por aqui.

— Não sei o que falaram, mas é mentira, eu não...

Abro um sorriso e levanto a mão, cortando seu discurso.

— Meu querido, não se preocupe! Não temos um relacionamento, apenas gostamos da companhia um do outro. Não há porque você deixar de sair com outras pessoas.

— Você está saindo com outra pessoa, Letícia? – ele pergunta consternado.

— Não... – ele sorri, vitorioso. Mas dou um jeito de seu ego desinflar: — Mas não por sua causa. Tenho trabalhado demais e saído de menos.

— Vamos sair hoje?

— Claro – passo a impressão de estar empolgada, mais do que realmente estou.

— Eu te busco às oito. Pode ser?

— Perfeito.

Assim que ele sai, Lorena entra com e entrega-me alguns papéis.

— Tenho um encontro hoje à noite, Lê! – ela fala com um sorriso enorme e pulando como uma menina. — Com o Diego da contabilidade. Estou tão ansiosa, não saio com ninguém desde o Rogério.

— Hoje à noite promete – levanto e dou um abraço nela. – Já estava na hora, Lolo.

Interessante, o tal do Zachary Thorton não pediu nada extravagante, apenas a suíte presidencial. Bem, todos a pediram. Para nossa tranquilidade, o hotel se propôs a montar suítes pomposas para recebê-los. Ainda tento entender o que houve aquele dia que abri a pasta, a foto que está lá é de um jovem sorridente que não parece ter trinta e nove anos. E, cada vez que penso nisso, um arrepio corre pelo meu corpo.

Não quero dar o braço a torcer, mas estou ansiosa. Não vejo a hora de ficar frente a frente com os seis ilustres convidados. Meu único receio é não conseguir alcançar a meta que o Kevin quer. Pelo menos dois investidores e, desses dois, um tem que investir na restauração de um prédio tombado pelo patrimônio histórico, que hoje é um hotel ou era.

O dia passou rápido demais para o meu gosto. Assim que saí da minha última reunião, fui para casa me arrumar para o encontro. Já de banho tomado, vou para o closet escolher uma roupa. Não sou muito ligada em moda, prefiro algo elegante e confortável. Então, opto por um vestido frente única floral, scarpin e clucht verde, brincos e pulseira de ouro e o look está pronto. Eu adorava meus cachos, até descobrir a praticidade dos cabelos lisos, por isso alisei e fiquei ainda mais apaixonada pelos meus cabelos que vão até o meio das costas.

Já sai com o Ricardo algumas vezes e com outros homens também. Na hora da transa, tenho que fingir um orgasmo. Não é justo ferir o orgulho do cara só porque me tornei frígida ou quase. Mas a verdade é que ninguém me desperta, por mais que eu tente. Nem mesmo lembro da última vez que tive prazer com um homem. Entre abraços e beijos, "mão naquilo e aquilo na mão", nada acontece! É como se desligassem o interruptor do desejo. Sozinha, tocando-me, tenho orgasmos, só que nada se compara a sentir uma pessoa dentro de mim. Já fui em médicos e todos me disseram a mesma coisa, é psicológico, mas nem os psicólogos conseguiram me ajudar.

Encontro Ricardo à minha espera no hall de entrada do condomínio. Ele me cumprimenta com dois leves beijos no rosto.

— Boa noite, Lê. Você está linda, como sempre.

— Boa noite, Ricardo. Você também está muito bem.

Ele abre a porta para mim como o verdadeiro cavalheiro que é. No caminho para o restaurante, tento me concentrar no que o homem fala, mas meus delírios com aqueles olhos azuis, que só existem nos meus sonhos, têm se intensificado cada vez mais.

— Letícia?

Assusto-me.

— Oi?

— Está distraída, princesa. Algum problema? – seu olhar preocupado faz-me sentir mal.

— Está tudo bem – respondo.

— Estou sabendo que você apresentará a próxima A Vitrine. Se eu a conheço bem, sei que está se dedicando totalmente a isso.

— Se não for assim, não teremos êxito.

— Quando fui o apresentador, o sheik Baschir estava presente e já adianto, não é fácil.

— Imagino – desconverso. Sou muito fechada para ficar trocando figurinhas sobre negócios. Parece egoísmo, eu sei. Mas, nesse mundo, você nunca sabe quem está prestes a lhe trair.

O jantar foi muito agradável e, apesar de Ricardo ser uma ótima companhia, meus pensamentos estavam longe dali. Assim que entramos no carro para irmos embora, ele beija-me e o clima esquenta. Dessa vez vai... tem que ir.... Um calafrio faz com que eu abra os olhos, vejo que um par de olhos azuis intensos. Então, um calor desconhecido queima dentro de mim. E eu quero mais... muito mais! Mas Ricardo quebra o momento quando abre a boca.

— Nossa, princesa! Eu sabia que você estava com saudades de mim.

Todo encanto se perdeu. Abri meus olhos e encontrei os olhos castanhos de Ricardo. Meu Deus, acho que estou ficando louca.

— Desculpa, eu não sei o que me deu.

— Para sua casa ou para minha? – ele fala confiante.

— Eu para minha e você para sua – digo seriamente.

— Mas achei que iríamos passar a noite juntos. O clima estava esquentando e...

— Não estou me sentindo bem.

Ricardo acena consternado, sabendo que discutir nesse momento é trabalho perdido. No trajeto, mais uma vez me distraio. O que está acontecendo comigo? De onde esses benditos olhos saíram e por que não me deixam em paz?

Assim que ele estaciona em frente ao prédio, despedimo-nos e subo correndo para o meu refúgio. Preciso colocar a cabeça no lugar. Tirando minha roupa em frente ao espelho, a lembrança dos sonhos que venho tendo com aquele olhar volta com força, fazendo meu corpo acordar mais uma vez. Como isso é possível? Balanço a cabeça e coloco uma camisola, deito sob as cobertas ainda impressionada. Nos últimos dias, estou dormindo cada vez mais cedo. Mesmo não querendo admitir, tenho que reconhecer que o faço porque quero encontrar aquele olhar mais uma vez.

Estou correndo entre árvores, em meio a escuridão da noite. Piso em meu vestido branco que é longo demais e caio. De repente, um arrepio corre pelo meu corpo. Essa sensação já é uma velha conhecida, sei quem está por vir. Minha cabeça grita para levantar e correr. Mas meu corpo continua inerte, à espera daquele que realmente o comanda. É assustador. Sei que ele está por perto e sei que ele está aqui por mim.

Olho para o meu pé descalço e um pouco machucado, lágrimas brotam dos meus olhos e as palavras saem da minha boca:

— Eu preciso tanto de você... por favor... – mas por quem eu clamava?

Uma mão toca o meu rosto e seca minhas lágrimas. Sentindo-me confortada, levanto a cabeça e vejo aqueles olhos que me prendem. Passo a mão por aquele rosto desfocado e novamente as palavras saem sem permissão:

— Eu preciso de você...

Mãos fortes rasgam meu vestido, deixando meu corpo à mostra. Todo o lugar que estava no breu é iluminado por uma luz vermelha e a luxúria toma conta do meu corpo. Assalto sua boca sem piedade e ele, o meu corpo, tomando de mim o que quer. Suas mãos apertam meus seios e logo a sinto entre minhas pernas, penetrando-me. Sua respiração em meu pescoço e todo aquele desejo, sobrecarregam-me. Quando estava prestes a ter um orgasmo, toda a cena muda.

A luz que outrora era vermelha, volta a desaparecer, deixando-nos no breu novamente. Aquele ser me empurra e acabo caindo no chão, com o rosto no pó. Humilhada, machucada e ainda no chão sem entender, pergunto:

— Por quê? – o sentimento de traição volta mais uma vez para me assombrar.

Abro os olhos e me dou conta de que foi somente um sonho ruim. Caminho até a varanda e sento-me na espreguiçadeira, contemplando o mar. Isso me acalma. A brisa resfria meu corpo que estava quente por causa daqueles olhos azuis, novamente. Preciso encontrar um psiquiatra, urgente!

* * *

— Bom dia, minha Deusa de Ébano!

Sorrio com o bom humor de Lorena. Ela entra e senta-se com seu tablet em mãos.

— Essa empolgação toda logo pela manhã significa que a noite rendeu. Como foi seu encontro, Lolo?

— Foi ó! – abro a boca para felicitá-la, mas ela continua: — Horrível! O tarado não queria nem mesmo me levar para jantar, queria ir direto ao motel. Mal entrei no carro e a mão boba criou vida. Teve uma hora que até desconfiei que tinha mais gente dentro daquele carro, era muita mão para uma pessoa só.

Tentei me segurar o máximo que pude, mas foi impossível não cair na gargalhada.

— Um polvo? – comento.

— O Lula Molusco, do Bob Esponja, não tem tanta habilidade com oito tentáculos como aquele protótipo de nerd tem com as duas mãos.

Meu riso cessou quando ela perguntou sobre a minha noite. Assim que respondo que foi agradável, ela se levanta pronta para sair.

— Onde você vai, Lorena? Nem passou meus recados ainda.

— Vou procurar seu ânimo. Você deve ter deixado cair em algum lugar – ela senta-se novamente. — Como alguém pode falar que um encontro com o deus do sexo é agradável? Agradável é tomar chá com a minha mãe!

— Desde quando o Ricardo é deus do sexo? – pergunto, sorrindo.

— Informações das "peguetes" dele pelos corredores.

Enquanto ela conta onde ouviu esses absurdos, abro as pastas novamente para fazer anotações.

— Desculpa te interromper, Lolo, mas estas pastas estão todas organizadas como te pedi?

— Isso não é daqui – ela fala enquanto folheia cada uma e retira algo de uma delas.

Não suportando mais a ideia dos benditos olhos me perseguindo, desabafo com a minha melhor amiga:

– Lolo, acho que estou ficando louca...

— Por que acha isso? – ela deixa seu tablet de lado e concentra-se em mim.

— De uns dias para cá, ando sonhando com um par de olhos azuis.

Levantando as sobrancelhas, ela pergunta, sorrindo:

— E quem é o dono desses olhos poderosos a ponto de fazê-la achar que está louca?

— Não sei...

— Não sabe? – pergunta descrente.

Nego com a cabeça.

— Não. Mas figura em meus sonhos há um longo tempo e quase todos os dias.

— Você deveria estar com o Ricardão, e não sonhando!

— Eu estava beijando o Ricardo quando aqueles malditos olhos me assombraram e...

— O Ricardão não tem olhos azuis, criatura – ela interrompe-me

— Mas eu os vi! E aqueles olhos acenderam uma coisa diferente em mim, até que o Ricardo falou alguma coisa, quebrando o clima.

— Que estranho, Lê. Não sei como te ajudar nisso. Mas minha mãe tem uma teoria sobre isso. Ela diz que quando temos esse tipo de sonho é um sinal do destino. Talvez, o dono desses olhos esteja vindo ao seu encontro.

— De onde vocês tiram essas coisas? – pergunto, arrependida de ter contado.

Ela dá de ombro.

— Não sei. Mas ela costuma acertar. Deixa eu terminar o pensamento dela. A missão de ambos é encontrar-se e, quando esse encontro acontecer, seu destino será selado. Isso não é profundo?

Um calafrio sacode meu corpo e falo, me benzendo:

— Credo! Sua mãe tem que parar de falar essas coisas e você tem que parar de repeti-las.

— Já parei!

Impressionada com as palavras da Lorena, tento focar no meu trabalho. Ela repassa os horários das reuniões do evento e confirma o desembarque dos convidados que estão prestes a chegar. Passamos o dia verificando o hotel e se todas as exigências dos rigorosos hóspedes foram cumpridas. Mesmo com a cabeça cheia e um dia brutal de trabalho, a frase da Lolo não para de rolar pelos meus pensamentos: A missão de ambos é encontrar-se e, quando esse encontro acontecer, seu destino será selado.

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