Estas alegrías violentas tem fins violentos
Falindo no triunfo, como fogo e pólvora que num beijo se consomem.
_ Romeu e Julieta, ( Ato II, Cena VI ).
_ William Shakespeare
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No sonho Thatyana se encolhia dentro de seu esconderijo, o armário velho e empoeirado, enquanto ouvia berros e passos de pessoas correndo do lado de fora, sabia que estava em uma casa grande e cheia de móveis, e havia empregados também, ouvia barulho de móveis sendo arrastados, vidro quebrando, os sons fizeram com que se encolhesse e sufocasse seus gritos de histeria, estava encolhida dentro do cubículo, as mãos tapando a boca, os olhos fechados, começou a tremer ao ouvir o barulho de tiros ecoando do lado de fora, depois o silêncio e pasos de alguém correndo, quem quer que estivesse lá fora, estava parada enfrente a porta do armário, tremendo ela mordeu o lábio e esperou pelo pior, que mãos frias e fortes a arrancassem de onde estava, mas em vez das mãos, sentiu um arrepio percorrer seu corpo.
Já tinha tido aquele sonho antes, mas nunca sentira tanto medo como sentia agora, sempre acordava quando os passos se aproximavam, mas agora não conseguia, parecia presa alí.
E os gritos, os sons, nunca os ouvira antes, não como agora, parecia tudo tão real, que se sentiu tentada a sair e olhar lá fora, mas se conteve, aquilo não era apenas um sonho, era como uma lembrança ruim, perdida em algum lugar de sua mente, algo à muito tempo esquecido, e que agora surgia em sua mente até mesmo quando fechava os olhos. Mas quem a esconderá dentro do armário? Quem eram as pessoas gritando do lado de fora? E quem estava em frente do lado de fora do armário? Quem tinha atirado em algum momento? Não conhecia o lugar, muito menos as pesosas que gritavam, estava confusa e apavorada, tremendo e chorando.
" Deus eu quero acordar... " Seus pensamentos foram interrompidos no momento em que ouviu uma risada fraca e conhecida, da última que ouviu aquela risada fria foi na noite em que conhecera Erick.
Era ele em algum lugar lá fora, sorrindo friamente, ouviu seu rosnado e em seguida, mas risos, mas dessa vez não fora a risada de Erick, fora o riso de uma mulher, e em seguida a de outro homem, e ela por um momento pensou que fosse de Erick, mas essa era mas fria, e cruel, como se estivesse feliz com todos os gritos e destruição. " O que está acontecendo? "
Pensou e uma gota de suor escorreu em sua testa, enquanto andava lentamente até a porta, aproximou o ouvido para escutar melhor o que acontecia e se afastou rapidamente ao ouvir os gritos de uma criança. " Oh, vejam só o que temos aqui, Erick querido? " Ouviu a voz melosa da mulher dizer e depois os gemidos de uma criança....
Erick? O que estava acontecendo, Erick, sabia e sentía que era ele lá fora, mas as outras pessoas, não as reconhecia, a mulher deu outra rissada e logos depois ouviu erick falar novamente. " Uma criança, se parece tanto com celeine, o que acha Adam? " O homem deixou escapar uma risadinha e em seguida rosnou, " ela é minha... Faça o que quizer com o resto... " Ouviu o vampiro dizer e em seguida os gritos da menininha, logos depois vinheram o som de lutas e tiros, e então tudo se acalmou.
" Bela mansão Harry." Continuou Erick e sorriu novamente, arrancando de Thatyana um choramingo, seu coração acelerado, saltando se perguntou porque estava tendo aquele sonho, E quem era Harry? E Celeine?
E Adam? E quem era a menina que provavelmente estava morta a aquela altura? Não sabia e as dúvidas estavam fazendo com que quizesse sair dali e gritar para que todos parassem, queira acordar.
" Sim, é uma bela mansão. Ou foi antes de você destruir tudo. Vejo que não veio sozinho. " Disse o homem que atendia por Harry, Thatyana se perguntou se era ele que estava parado em frente ao seu esconderijo. " Olá, sonya? vejo que continua tão bela como sempre. " Disse outro vampiro, e Thatyana por um momento pensou ter ouvido-a antes, em algum lugar, mas percebeu que talvez o medo que sentisse estava confundindo sua mente.
Com a exceção de Erick não conhecia nenhuma daquelas pessoas, e sinceramente tudo o que queria era acordar. " eu chamei o departamento, eles estão vindo. " Disse a mulher que atendia por Sonya e por um momento Thatyana pensou que a dona da voz ecoando próximo a porta fosse Miranda Preston, o mesmo timbre, a forma como pronunciava cada palavra, como se nada a assustasse, mas não, miranda estava viva e provavelmente as pesosas lá fora estavam mortas...
Recordou-se de quando era criança, e acordou de um sonho ruim, depois do acidente de carro com sarah e gracie, no orfanato, tinha se lembrado de está dentro do armário, e quando contou a sua psicóloga ela disse que poderia ser alguma lembrança que ela esquecera e que o acidente havia despertado o lado adormecido em sua mente, e que estava começando a se lembrar de seu passado, adrian também tinha dito a mesma coisa em certo momento, e agora entendia.
Tudo fazia sentido, aquilo era uma lembrança sua, possivelmente vivênciara toda aquela chacina, todo aquele horror, causado por Erick e os vampiros, agora entendia os sonhos, pesadelos, não eram sonhos, eram suas lembranças, lápisos de algo ruim, algo enterrado em sua mente, algo que se quer sabia que tinha, sempre pensou que tinha sido abandonada pela familia, que realmente estavam mortos ou não a queriam, mas estava errada, e com certeza sabia por que não conseguia se lembrar.
Erick, o desgraçado esteve por perto o tempo todo para se certificar de que ela não se lembraria de nada, ele tinha apagado sua mente e destruído sua família, jogado-a em frente a igreja e feito o padre acreditar que sua mãe a jogará alí, quando na verdade não passava de uma farsa, tinha familia, e estavam mortos, a garotinha, ela era sua irmã, a mulher que atendia por Sonya era sua mãe, e o homem, Harry, era seu pai.
E estavam todos mortos, e Erick, fora o assassino, fora o culpado. Mas quem eram as outras pessoas? E o departamento, o que seria? E por que Erick havia matado sua família e a deixado viva? Que misterio era aquele que a envolvia?
" Más até que o departamento chegue querida sonya, você e sua família estarão mortos." Disse outro vampiro e Thatyana tremeu, ao ouvir a risada fria de Erick, e quando o som de luta começou novamente, Thatyana tapou os ouvidos e sufocou outro grito quando ouviu o som dos tiros, e gemidos.
" Sonya... Fuja..." Erick sorriu e Thatyana se encolheu novamente. " Que romántico, ninguém vai fugir daqui, a casa esta cercada, é hora de resolver suas pendências Harry. " Sentindo um gosto amargo na boca Thatyana cerrou os dentes e se obrigou a não gritar, o barulho de tiros ecoando em seus ouvidos assim como os gritos de sua mãe e seu pai, a risada dos vampiros.
A dor em seu peito havia aumentado, assim como as lágrimas. Como Erick fora capaz de fazer isso? Matar sua família e deixa-la viva? qual era seu real propósito, transforma-la em um vampiro? Ou ela era apenas um troféu? Uma lembrança de uma grande conquista? E ela, como fora se apaixonar por ele?
Então ele não à amava? Era tudo mentira. E ela tinha caído em seus truques. Erick não amava ninguém, ele apenas induzia suas vítimas a acreditarem em seus falsos sentimentos. E ela era sua vítima, e tinha acreditado em sua ilusão.
Ela foi arrancada de seu torpor ao ouvir os gritos de sua mãe, e depois os de Harry, logo em seguida a risada de uma mulher e a de Erick, os dois parecíam tão íntimos e em sincronia, Thatyana sentia vontade de vomitar ao lembrar de cada beijo e abraço, cada momento que tivera com Erick.
" Sonya... " Gritou seu pai e logo em seguida ela ouviu o som de algo se quebrando, " ah o amor... Lindo não? " Disse erick em tom de deboche, " Nathan, lucían, sonya grinson é de vocês, aproveitem rapazes... " Engolido um seco thathy tapou a boca novamente e fechou os olhos ao ouvir os gritos de seu pai, " Não, sonya... " " Você matou Tallya harry, é justo que os irmãos Crews se vinguem, assim como adam provavelmente já secou as veias de sua filha... " Não, erick, a garota vai me servir no futuro, farei dela uma arma contra Martina e o Departamento... " Disse o vampiro que atendia por adam e thathy sentiu seu peito saltar, sua irmã não morrera naquela noite o que a fez despertar de seu devaneio e tremer, não estava sozinha, mas isso não fora o suficiente para aliviar a dor em seu peito, muito menos para faze-la acordar daquele maldito pesadelo. Sua irmã estava viva mas talvez nunca a visse.
" Harry, eu te amo..." Foi tudo o que ouviu sua mãe dizer antes ouvir a risada de Erick e em seguida os gritos de sonya enquanto os vampiros a matavam, e em seguida o som de algo caindo próximo a porta, fazendo com que ela abrisse um pouco, uma fresta fina e fraca de luz entrando dentro do armário, iluminando o chão de madeira, onde um líquido vermelho escorria em sua direção, sangue, o sangue de sua mãe, agora entendia o sonho da jovem caída em frente ao armário, o desenho que fizera na noite em que conhecera Erick, era o corpo de Sonya.
" Agora, é a sua vez Harry... " Disse Erick e antes que ela podesse impedir a sí mesma estava gritando eufórica e então a porta do armário foi escancarada e ela abriu os olhos, parado enfrente a porta, estava Erick, sorrindo cinicamente, exibindo suas presas, os olhos vermelhos encarando-a friamente, " Olá, docinho? " Disse ele e ela fechou os olhos quando as mãos frias dele a arrancaram de dentro do armário. " Não... "
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Despertando com um grito assustador Thatyana respirou ofegante e tremeu ao ver tudo de cabeça para baixo, sentiu o cheiro de gasolina, e algo queimando, um corte pequeno e sangrando em sua testa a fez gemer enquanto tentava sair de dentro do carro, lembrava que havia saído da casa de Erick apresada ao ouvi-lo gritando com uma mulher, e depois que ele saiu correu até o Opala e enquanto dirigia foi atingida por algo que a fez perder o controle do carro e capotar, depois ficou de cabeça para baixo e apagou.
Mas preferia ter morrido, não queria ter que sonhar e ver o que havia visto em sua visão, Erick, o desgraçado tinha matado seus pais e desaparecido com sua irmã, a quem ela se quer podia lembrar, como fora tola por acreditar nele, se deixar envolver, se houvesse descoberto antes não estaria sentido a dor insuportável que sentia agora, sempre sonhou que um dia encontraria seus pais, que saberia o motivo de não conhece-los.
Pensara que fora abandonada por eles, que não a queriam, mas não, os dois estavam mortos, e sua única esperança era encontrar sua irmã, que agora rezava para que o vampiro adam não a tivesse matado.
Estava sentindo-se tão arrasada e sozinha enquanto se arrastava para fora do carro, o vidro do lado do passageiro quebrado a permitiu que saísse mas ao fazer isso acabou cortando um pouco acima do joelho, deixando um rastro de sangue por onde passava, se afastou zonza e cambaleante para longe do carro e se deixou cair enquanto chorava cabisbaixa e tremendo, como fora tola por acreditar que não se machucaria em toda aquela história, sempre achou que Erick fosse um cretino mentiroso e cruel, mas não pensara na hipótese de que ele sabia sobre seu passado, de que ele matara sua família que se quer sabia existir.
Estava tão arrasada, e com raiva, um ódio profundo e obscuro se formando em seu peito, socou o chão enquanto gritava e odiava a sí mesma, por ter se apaixonado por Erick, por ter desobedecido adrian naquela noite em que conheceu o vampiro, se não tivesse o conhecido naquele dia, nunca teria passado por isso, lembrar que sua família estava morta, e que tinha se apaixonado pelo assassino, não, era melhor nunca ter se lembrado, as recordações, cada uma delas deveriam ter ficado enterradas em sua mente.
Ouvindo o barulho de seu carro explodir ela voltou a chorar ao ve-lo em chamas, o fogo crepitando alto e queimando o Opala, recordou-se de adrian, ele a mataria por isso, em outro momento teria achado isso engraçado, discutir com Adrian, ve-lo furioso, mas no momento ele era de longe sua maior preocupação.
A lembrança, ou sonho, o que quer que fosse ainda estava clara em sua mente, cada mínimo detalhe dela, os gritos, as palavras, as presenças, tudo e isso fez com que se recordase de algo, do que o vampiro Adam dissera, sua irmã estava viva e isso foi a motivação que a fez se erguer, olhar para a frente, e enxugar as lágrimas, tinha que se manter forte apesar das perdas, Erick e os vampiros haviam matado seus pais e ela os faria pagar, mesmo que para isso tivesse que morrer, encontraria sua irmã e seria feliz.
Qualquer sentimento que tivesse nutrido pelo vampiro, havia se tornado em ódio e asco, sentia nojo de si mesma, raiva, e isso a fez gritar, enquanto socava o chão, se levantou cabaleando e tremeu ao sentir o calor do fogo em sua pele e respirou ofegante enquanto a fumaça tomava conta de seus pulmões, precisava sair dali, e ir para casa, precisava pensar e descansar, digerir tudo o que sabia.
As lembranças confundiam sua mente, fazendo com que as lágrimas saíssem sem parar, tocou o ferimento em sua testa e percebeu que já não o sentia doer, a dor em seu peito era maior.
Fora enganada, triada e humilhada, e agora faria com que Erick pagasse, o destruiria, e vingaria sua família.
__ Oi, Thatyana? Como você está?
A voz melancólica ecoou como um soco no estômago de Thatyana que tremeu e prendeu a respiração eufórica, aquela voz melosa e fria, era a mesma que ouvira em seu sonho, era a voz da mulher que estivera com Erick na lembrança, e quando se virou deu um passo para trás e cerrou os punhos enquanto as lágrimas turvavam sua visão.
Ela era a vampira que ajudará a matar sua família, a desgraçada que sorria enquanto os vampiros matavam sua mãe, se perguntou se Erick também estava alí, se ela tinha vindo para mata-la, quem ela era.
Apavorada ela sentiu um aperto no peito ao se dar conta de que aquela mulher nunca a tinha visto na vida, pelo menos era isso que ela pensava. Mas como a mulher a reconhecerá?
Como sabia onde estava? E foi observando-a sorrir que Thatyana tremeu mas ainda ao se recordar da mulher que estava com Erick na sala... Era ela, sim era ela, o mesmo vestido longo e vermelho, os cabelos loiros e longos, a pele branca pálida, era ela.
__ Quem?__ Perguntou ela a voz vacilante, ordenou que suas pernas se movessem mas elas pareciam plantadas no chão.
__ Você cresceu, querida, me lembro de quando Erick a encontrou escondida dentro do armário.__ Disse a mulher e deixou escapar uma risada de deboche, mostrou os dentes brancos e perfeitos, e ficou seria.__ Uma ratinha encurralada com medo do gato malvado. Tão indefesa, e tão hipócrita.
As palavras da mulher a pegaram de surpresa, fazendo com que seu coração saltasse e acelerasse, doesse como se estivesse sendo cortado por algo afiado, Erick, as lembranças, a morte de seus pais, a dúvida sobre sua irmã, aquilo tudo a estava confundindo, fazendo com que as lágrimas saíssem sem parar.
Tentava encontrar palavras que a defendessem dos insultos ditos pela vampira, mas não, não conseguia, sua mente estava em branco, enquanto ela sorria friamente.
Em silêncio ela sustentou o olhar frio e assassino da mulher, notou o quão linda ela era, os olhos azuis, o corpo curvilíneo e bonito, longos cabelos loiros, ela era perfeita, o tipo de beleza que chamaria a atenção de qualquer um, mas sua beleza não passava de uma farsa para esconder o monstro que era por dentro, uma assassina fria e cruel.
E foi justamente isso que a tirou do transe, não deixaria que a maldita a assustasse, a ameaçasse, não quando sua irmã ainda estava viva.
__ Quem é você?__ Perguntou ela controladamente, não podia fraquejar, reunindo toda a sua raiva ela encarou a vampira e soltou a respiração. " Seja forte... "
__ Sou Lucille, a noiva de Erick, o vampiro que você roubou.__ Disse a mulher com escárnio, as presas afiadas visíveis e os olhos vermelhos, ela estava furiosa.__ Pensei que a tal caçadora fosse a única humana que teria que matar, mas vou me contentar com você, sua pirralha.
__ Eu não sei do que está falando, e Erick e eu terminamos, vou mata-lo.__ Disse Thatyana no mesmo ton de voz da mulher que abriu um risinho debochado.__ Pode ficar com ele se quizer.
__ Vejo que é muito autruista e confiante. O que a fez deixar de ser a garotinha assustada de quem Erick falou?
Continuou Lucy e deu um passo a frente, aquela de longe era a garota inocente e assustada de quem Erick falará, a garota sentia tanta raiva e ódio que estava tremendo na inútil tentativa de se controlar, e Lucy definitivamente gostará disso, não iria mata-la, não naquele momento, ainda faria com que Erick sofresse e através dela.
__ Mão sou uma garotinha assustada, sou alguém que perdeu tudo. Minha família, meus amigos, meu passado, eu perdi tudo.__ disse Thatyana quando a mulher a encarou friamente, não sabia de onde estava tirando toda aquela coragem, aquela força que bloqueava o medo.__ Sou uma garota que perdeu tudo, e que foi enganada por monstros como você. Portanto não me venha com essa de vampira assustadora.
As duas se encararam em silêncio por alguns minutos, até que Lucile começasse a sorrir friamente, e depois ficou seria e encarou Thatyana e rosnou exibindo suas presas.
__ Oh, bravo, muito bravo.__ Disse Lucy e deu um passo a frente.
Em silêncio Thaty tremeu e sentiu o coração acelerar.
__ Você se lembrou não foi? Espertinha, se recordou da noite em que Erick quebrou o pescoço de seu pai e Nathan secou as veias de sua mãe.__ Continuou Lucille e sorriu friamente enquanto observava a garota recuar lentamente a cada passo seu.__ Fabuloso, não? vou lhe contar um segredo, mas não conte a Erick, isso é se você conseguir sobreviver.
O que ela sabia? Em alerta e confusa Thaty arregalou os olhos ao constar que aquela vampira poderia saber onde sua irmã estava, quem ela era, e precisava que ela falasse.
Ouvindo a própria respiração ofegante e tensa Thaty fechou os punhos e mordeu a parte inferior da boca, não podia revidar, Lucy era uma vampira, se à atacasse morreria, mas também não iria se permitir ter medo dela, não quando a desgraçada tinha informações sobre sua irmã, ela sabia sobre o paradeiro de sua irmã.
E quanto mas informações tivesse melhor, assim poderia começar uma investigação até encontrar-la.
__ O que você sabe?__ Perguntou ela controladamente e Lucy espreitou os olhos.
__ Adam não a matou sabe, ela está viva, e aqui em portland.__ Disse Lucy e thathy tremeu, seu coração acelerado quase a fez sorrir, mas se conteve.
Uma pista, era tudo o que precisava, e começaria a busca por sua irmã e pela verdade, e deus, ela estava na cidade, em algum lugar lá fora, sobre a proteção de algum vampiro, o tal adam, irmão de Erick, preciada encontra-lo.
A possibilidade de que em algum momento conversou ou trocou olhares com sua irmã na rua, a fez rir e despertar de sua dor, o resto não importava, a garota estava viva e podia ser qualquer uma garota lá fora, poderia até ter sido sua amiga, inimiga ou alguém a quem ela viu uma vez apenas de passagem. Se perguntou como ela era?
Como se chamava? O que fazia? As perguntas a fizeram chorar, de tristeza, felicidade, estava tudo tão confuso que tudo o que fez foi apenas esboçar um sorrisso que desapareceu assim que ouviu a risada da vampira.
__ Ela está tão perto querida, que quando você descobrir quem é, vai se surpreender.__ Disse Lucy e deu um passo a frente, precisava se livrar daquela garota antes que Erick a colocasse de vez no jogo, e para isso precisava mante-la oculpada.
Não seria tão mal assim jogar aquele jogo, havia formulado aquele plano, a jogaria contra Erick como vingança, além disso a garota precisava de um motivo e aquele era perfeito, precisava saber quem era, e se afastar, não contaria a verdade, pelo menos não o que realmente sabia, apenas plantaria dúvidas, sua irmã realmente estava viva e por perto, só não fazia a mínima idéia de quem ela era, mas a colocaria na direção certa.
__ Você sabe como ela se chama?__ Perguntou ela, e sentiu uma súbita vontade de chorar.
__ Não. Mas talvez você saiba, a resposta está em sua mente, é só você se lembrar.__ Disse Lucy e parou.__ Agora chega. Você está enchendo a minha paciência com todas essas perguntas.
__ Eu prometo que todos vocês pagarão por isso.__ disse Thaty firme e seria, uma gota de suor escorreu em sua testa e rolou sumindo pescoço abaixo, se misturando ao suor em sua jaqueta.__ E sim, agora eu me lembro, não é muita coisa, mas me recordo do que aconteceu naquela noite.
__ Se recorda más não está em prantos? Nossa que capacidade emocional, não?__ Perguntou Lucy e soltou outra de suas risadas sarcásticas, deu um passo a frente.__ Fría como o gelo, mortal como uma faca afiada, muito interessante. Só que, querida, eu sou uma vampira, e não uma humana assustada prendendo a respiração e ordenando que o corpo se controle. E se quer saber sua irmã está viva, e você pode até odia-la, ela pode ser sua amiga, inimiga, qualquer uma, mas você não vai encontra-la, a não ser que sobreviva.
__ Eu vou sobreviver, sua bruxa ordinária.__ Disse ela e sustentou o olhar frio da vampira.
" Não baixe a guarda... " Ordenou a se mesma sustentando o olhar da vampira que sorriu e deu outro passo a frente, e em um piscar de olhos ela estava bem a sua frente exibindo suas presas brancas e afiadas. Prendendo a respiração Thaty deu um passo para trás e cerrou os punhos, seu coração acelerado a denunciou por que a vampira aumentou seu sorrisso e lambeu os lábios, como um lobo diante de um coelho assustado.
__ Eu.. Eu não tenho medo de você.__ Disse em ton audível e sentiu um arrepio.
__ Ótimo, por que essa sua língua afiada e sua coragem de merda estão me dando nos nervos.
Ouviu Lucy dizer e antes que podesse racionar sentiu algo frio empurra-la para longe, fora tudo tão rápido que ela soube que estava caindo no momento em que seu corpo tocou o asfalto molhado e frio, seu braço ardeu e ela gemeu ao tentar se erguer, ar escapou de seus pulmões quando puchou a respiração e gritou, um corte em sua cabeça havia começado a sangrar colorindo seus cabelos loiros de vermelho, tossiu e tremeu ao ouvir a risada de Lucy, que caminhava lentamente em sua direção.
__ Você é patética pirralha. Uma simples humana medindo forças com uma vampira.__ Disse Lucy e soltou outra risada enquanto caminhava lentamente até Thatyana.__ Você não ver? Acha mesmo que Erick a ama? Você é diferente de sua irmã sabia, ela não é uma garota assustada, é uma caçadora de vampiros como seus pais foram.
__ Quem ela é?__ Perguntou Thaty mas sua voz saiu em um sussurro.
__ Você acha mesmo que vou contar?
Observando-a responder a proporia pergunta negando a cabeça, Thaty começou a se afastar arrastandosse pelo asfalto machucando as pernas e costas, seu cotovelo esquerdo arranhando e ardendo de encontro a pista enquanto se afastava, a respiração presa na garganta, as lágrimas turvando sua visão.
Lucy era muito forte e iria mata-la, estava exausta e não podia fazer nada, seu braço quebrado doía enviando ondas de dor por seu ombro, as pernas banbas não respondiam, enquanto rezava para que quando chegasse a hora, sua morte fosse rápida e indolor.
Mas ela sabia que Lucy a torturaria primeiro, se divertindo com seus gritos e dor, com o medo evidente em seus olhos, com o sangue fluindo de seus ferimentos, um choramingo escapou de sua garganta seca, e ela fechou os olhos ao engolir um seco. " Por favor deus, eu não quero morrer aqui... " Suplicou em silêncio e olhou para o alto.
__ Eu vou ser rápida, você não sentirá nada.__ Disse ela e Thatyana tremeu ofegante fechou os olhos e cerrou os dentes.__ Ultimas palavras querida?
__ Vá para o inferno.__ Disse Thaty e antes que podesse racionar e entender sua reação havia pego a estaca prateada dentro de sua bota e enfiado na coxa esquerda de Lucy que gritou irritada e arrancou o objeto da perna e jogou no chão.
__ Vadia desgraçada. Eu vou arrancar sua cabeça.__ Disse ela e a chutou na barriga fazendo com que ela gemesse.
__ E Erick arrancará seu coração gelado e morto.__ Disse Thaty e tossiu, se contorcendo de dor, e ao ouvir suas palavras a vampira exitou.__ Quando ele souber que você matou o brinquedinho dele...
__ Cale a boca, você não sabe de nada pirralha irritante.__ Gritou a vampira e a chutou novamente.
__ Está com ciúmes não é?
__ Erick me ama...
Sentindo a dor insuportável dos chutes em seu estômago Thatyana gemeu e tremeu, lágrimas escorreram em sua face e ela sentiu a bile queimar sua garganta e cuspiu um pouco de sangue, tentou se erguer mas Lucy fora mas rápida e a acertou com um soco fazendo com que seu nariz sangrasse.
__ Desgraçada...__ Disse enquanto respirava ofegante, limpou o sangue em seu nariz e sorriu desafiando a vampira que rosnou.
__ Você acha que Erick me punirá por mata-la?__ Perguntou Lucy seriamente e encarou Thatyana com seus olhos vermelhos.__ Não, querida, Erick é frio e mentiroso, um crápula dos piores e não ama nada que não seja ele mesmo.
__ Então ele não a ama também.
Como resposta Thaty apenas sorriu tranquilamente, não estava surpresa com a verdade, depois das recordações estava começando a acreditar que era capaz de tudo, e incapaz de sentir pena, ou algum outro sentimento.
Mas Lucy não precisava lembra-la disso, só estava fazendo aquilo para ve-la sofrer, e estava conseguindo suas palavras frias estavam fazendo com que lágrimas queimassem o rosto da humana que agora estava completamente vermelho de fúria e dor.
__ Eu espero que ele arranque o seu coração, sua desgraçada.__ Rugiu Thatyana em um grito forte e ensurdecedor que fez as risadas de Lucy cessar e dar um passo para trás.__ E eu espero que...
Ela interrompeu quando Lucy agiu rapidamente e a segurou pelo pescoço, não estava surpresa o com a velocidade e força da vampira, sabia perfeitamente da força e agilidade dos vampiros e lobos, mas Lucy fora mas rápida que antes e agora Thatyana tremia enquanto a vampira aumentava o aperto em seu pescoço.
__ Últimas palavras sua maldita... Estou cheia de você.__ Disse ela e sorriu enquanto Thaty tentava se libertar do aperto.
Mas Thaty não tinha nada a dizer, talvez aquele fosse simplesmente seu fim, não tinha importância se falasse alguma presa ou palavra que significasse algo para alguém, toda sua família estava morta, e Lucy não precisava saber que adrian era tudo o que lhe restava, por isso apenas encarou a vampira e sorriu friamente.
__ Vá para o inferno sua bruxa...
__ Vejo você lá querida...
Fechando os olhos Thatyana se preparou para o fim e deixou que as lágrimas saíssem com força, seu coração acelerado, o ar preso nos pulmões, viu toda sua vida passar diante de seus olhos, desde sua infância até aquele momento desolador, lembrou-se de cada momento triste e feliz que vivênciara, lembrou-se de adrian, de suas amigas e amigos, e na possibilidade de que um dia encontraria sua irmã, mesmo estando do outro lado.
Pensou em tudo e quando a vampira aumentou o aperto, fazendo com que Thatyana sufocasse, então ela abriu os olhos pesados e tremeu ao ouvir o barulho de um uivo voraz e assustador, sentiu seu corpo mole se chocar contra o chão e tossiu, se contorcendo de dor e medo ela ouviu gritos, e depois rosnados, como se houvesse uma fera grande e furiosa lutando contra a vampira que sorriu maliciosamente, então ela simplesmente se virou para o lado e tremeu enquanto tentava se erguer, estava apavorada com o que via.
Fechou os olhos e os novamente, o que via era assustador, mas a deixara feliz, Lucy esteve à um ponto de quebrar seu pescoço, mas não conseguiu, por que antes que podesse fazer algo, alguma coisa havia atacado-a e a jogado para longe, alguma fera bizarra e selvagem.
Um monstro enorme e feio, o corpo coberto de pelos, garras e dentes saltados e afiados, olhos negros como a escuridão, e um rosnado feroz e assassino.
Aquela coisa, o que quer que fosse havia atacado a vampira e impedido que Lucy a matasse, e isso não era bom, por que assim que acabasse com a vampira, a coisa a faria em pedaços, talvez fosse uma briga entre predadores, e o campeão ficaria com o brinde, e ela seria esse prêmio.
Mas como iria sair dali? Como iria se defender? Estava longe de casa, e sozinha, desarmada, seu único refugio seria o opala, mas seu precioso bebê estava em chamas. Arrastando-se desesperada ela tentou gritar, mas seus gritos não saíram, tentou ficar em pé mas suas pernas não corresponderam, estava tão assustada, enquanto ouvia os rosnados da fera, então se afastou o máximo que pode exausta, deixou escapar um suspiro trêmulo e sorriu enquanto olhava para o céu, a visão fixando turva.
__ Você pagará por isso mestiço, não pode proteger essa pirralha irritante para sempre.__ Rra a voz da vampira soando distante.__ Erick a encontrou e a matará assim como Adam matará a outra, e eu farei questão de ver as duas morrerem.
O que? Então aquela coisa e erick se conheciam? Eram inimigos. Por que estava defendendo-a? Quem ou o que era aquela fera? E desde quando ele a conhecia e protegia? Confusa ela engoliu um seco e começou a chorar.
__ Mão enquanto eu e o Departamento existirmos.
Ao ouvir a voz fria e grave da fera, Thatyana prendeu a respiração e se recordou da lembrança, o departamento, sua mãe havia mencionado aquela mesma frase, e agora agora a fera também, sentia que aquela coisa não estava alí para mata-la, mas sim defendendo-a de Lucy, e quando a vampira gritou ela sentiu um calafrio e olhou para onde a fera e Lucy lutavam e sorriu quando a coisa atingiu a vampira lançando-a contra o chão, fazendo com que a mulher gritasse e se contorcesse de dor.
__ As herdeiras de Harrison irão sucumbir aos vampiros, assim como a casa e o departamento, o mundo será das sombras da noite...
__ Cale a boca sua vadia, ouse tocar em um fio de cabelo dela e morrerá. __ Rugiu a fera e pisou sobre a barriga de Lucy.__ Dê um recado a Erick Lawrence, diga a ele que Martina e o Departamento estão vindo e dessa vez por vingança, diga a ele que os caçadores terão sua vingança. Diga que a guerra já começou, mesmo antes do despertar da rainha.
__ No nosso próximo encontro Leviatã, não haverá salvação.__ Disse Lucy e se ergueu, rosnou e deu alguns passos para trás.__ E nem para você, e nem para as duas herdeiras.
__ Irei esperar até lá.
Thaty ouviu a coisa dizer antes de Lucy desaparecer, um silêncio assustador se formou, e enquanto tremia e chorava, Thatyana respirou profundamente quando sentiu um calafrio, tossiu e tentou se erguer mas não conseguiu, ouviu passos vindo em sua direção e esperou pelo pior, e se a fera não estivesse ao seu lado, e se também quizesse mata-la, não, estava enganada, aquela criatura tinha defendido-a de uma vampira, e embora nunca tivesse visto algo além de um vampiro, sentiasse confusa e apavorada.
E enquanto respirava ofegante sua visão ficou turva e ela sentiu algo macio e quente tocar seu rosto, focou no rosto que a encarava e sorriu diante da alucinação que via, era uma alucinação, deveria está ficando louca, não era real o que via, mas o toque das mãos, o cheiro e a segurança que sentia era a mesma sensação, mesmo alucinando ela realmente desejava que fosse adrian bem alí pegando-a nos braços e sorrindo.
__ Adrian...
Sussurrou e fechou os olhos enquanto ouvia as batidas do coração da fera, sentiasse segura agora.
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Ufa!
Demorei a posta, e a aparecer também, mas aqui esta mas um capítulo de criaturas da noite, espero que tenham gostado e que deixem seu voto e comentário.
BJ's Maria. E em breve estarei postando um novo capítulo. E gostaria de avisar desde já que criaturas da noite está chegando ao fim, pelo menos o primeiro livro.kkk.