Refém do Desejo

بواسطة GleiceBelfort

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Eva tinha apenas 18 anos quando conheceu Cristiano, em uma ocasião um tanto quanto incomum, porém isso não a... المزيد

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Comunicado
Nova estória, novo amor.

Capítulo 4

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بواسطة GleiceBelfort

Fecho os olhos e começo a pensar sobre a noite anterior.

— Como assim ele não deixa você sair sozinha? — Natalie quase grita ao telefone.

— Ele só quer me proteger Natalie. — Digo tentando amenizar.

— Isso é ridículo, do que esse homem pode ter tanto medo, ou melhor, o que poderia acontecer a você, durante umas poucas horas em minha companhia, NO KICK’S? — Ela realmente está furiosa. — O máximo que poderia acontecer é lhe servirem uma cerveja quente e você ter azia, ou algum babaca derrubar alguma coisa em cima de uma de suas roupas caras. — Não aguento e começo a rir, com essa ela me convenceu.

— Está bem Natalie, te encontro lá umas 22:00h está bem?

Desligo o telefone e penso em Cristiano, ele vai ficar uma fera, naquele momento ele devia estar no escritório. Meu celular toca, é ele.

— Alô. — Atendo, já pensando em não contar a ele sobre meu programa daquela noite.

— Oi, não sei que horas vou pra casa hoje, tenho uma reunião muito importante e só terminaremos depois que tudo estiver definido. — Ele parecia cansado.

— Está bem, então terei de jantar sozinha? — Digo ocultando meu entusiasmo, por aquela feliz coincidência.

— Sinto muito anjo, mas assim que acabar eu vou pra casa. — Ele fala, e posso sentir a malicia em sua voz.

— Está bem, se eu estiver dormindo, me acorde. — Digo com um sorriso.

— Pode deixar, um beijo.

— Outro. — Desligo o telefone sem acreditar. Com um pouco de sorte eu poderia ir ao Nick’s encontrar Natalie e voltar antes que Cristiano chegasse em casa. Olho no relógio e já passava das sete.

Faltando 40 min para o horário marcado, fui até o closet e escolhi uma roupa simples, não queria chamar atenção, optei por calça jeans, uma blusa de seda preta e sandálias Manolo Blanick, é durante aqueles meses, eu tinha me acostumado as grifes.

Depois de me vestir, passei maquiagem leve e peguei as chaves do carro, Cristiano havia simplesmente me dado de presente de aniversário há três meses atras um Audi R8 branco lindo. Mas como eu não saia só, geralmente só dirigia na companhia dele, pois na maioria das vezes saía em um Land Rover Evoque com motorista e segurança. Então não desperdiçaria a chance de dirigir o meu brinquedo.

Desci as escadas e encontrei Cassie no hall, ela me olha intrigada, sabe que Cristiano não está em casa.

Cassie tem 52 anos e trabalha para a família Andreotti desde os 20, ela foi babá de Cristiano, e depois que os pais dele morreram em um trágico acidente de carro quando ele tinha apenas 16 anos, Casssie cuidara dele como se fosse seu próprio filho, mimando-o e lhe fazendo todas as vontades.

— Vai sair? — Ela me olha confusa.

— Vou encontrar Natalie, aquela minha amiga que te falei lembra? Ela voltou de Paris e quer me ver. — Digo tudo olhando em seus olhos desconfiados.

— Mas o meu menino não está. — Ela fala com ares de repreensão.

Dou um abraço nela e digo delicada. — Eu sei Cassie, e também sei que ele não aprovaria que eu saísse sozinha, mas ele vai chegar tarde hoje, tem uma reunião importante. Eu volto antes dele, eu prometo, e dou um beijo em seu rosto.

Ela ainda parece desconfiada, mais que isso, parece preocupada. Mas eu aproveito para pedir.

— Cassie, posso pedir um favor? — Falo com a cara mais inocente que consigo.

— Humm, o que? — Ela fala claramente desconfortável.

— Preciso que você me ajude a sair sem que o Carlos me veja. — Ela arregala os olhos e balança a cabeça, pesei que fosse se negar.

— Como eu vou fazer isso? O que eu digo a ele? — Ela pergunta com uma expressão de culpa, ela odiava contrariar Cristiano.

— Fique calma Cassie, é só pedir a ele que resolva alguma coisa no jardim, o tempo suficiente para que eu tire o carro da garagem e saia.

Ela me olha nervosa, da um suspiro e por fim concorda. — Está bem.

E tudo da certo, depois que Cassie chama Carlos e eu os vejo sumir em direção ao jardim dos fundos, corro até a garagem, e saio feliz com meu carro, abro o portão, usando um dispositivo instalado nele e dirijo até sumir na rua. Não sei por que, mas estou com a adrenalina nas alturas, parece até que sou uma fugitiva da prisão, esse pensamento me entristece, pois eu realmente parecia uma prisioneira.

Chego ao bar e encontro Natalie na porta a minha espera, estaciono, e ela solta o assobio quando me vê saindo do carro.

—Uau amiga, agora eu vejo porque esse cara tem que se preocupar, só esse carro deve valer uma fortuna. — Ignoro o comentário.

— É bom te ver também. — Digo com um sorriso, abraçando-a.

Entramos. O lugar não tinha mudado muito, já começava a encher de jovens estudantes da UCLA, havia um bar no fundo, com copos pendurados sobre o bar man e bancos altos ao redor do balcão, o teto era baixo e as luzes amareladas, sentamos em uma mesa próxima a parede, um pouco mais distante do barulho da música que tocava ao fundo.

Depois de duas heineken pra mim e cinco para Natalie, já tínhamos conversado sobre milhões de coisas, a viagem dela a Paris, seu novo amor francês, sua intenção de se mudar definitivamente pra lá, e minha vida ao lado de Cristiano.

Não nos víamos desde nossa formatura, seis meses antes, quando Natalie finalmente deixou o apartamento que já não dividíamos juntas, pois eu havia me mudado para a mansão de Cristiano apenas dois meses depois de nos conhecermos, no entanto como as despesas do apartamento eram rachadas entre nós, ele fez questão de continuar pagando minha parte no aluguel, mesmo Natalie sendo contra.

Antes mesmo da formatura ele havia insistido que eu largasse meu emprego de meio expediente na New Image Art, disse que eu não precisava mais dele, pois não moraria mais com Natalie, e a bolsa de estudos era suficiente pra mim, o que era insignificante pois eu tinha a ele, o que era um fato, pois Cristiano, mesmo comigo tentando constantemente impedir, me enchia de presentes caros, o que no final acabei me acostumando, afinal quem não se acostumaria?

— Você é feliz? — Ela dispara olhando pra mim e dando um gole em sua cerveja. Eu engasgo e tusso.

— Claro que sou, por que a pergunta? — Digo com um sorriso.

— Amiga, não me leve a mal não, mas você precisou sair escondida hoje de sua própria casa, para poder encontrar comigo, o que você quer que eu pense? — Ela larga a garrafa sobre a mesa e me encara.

— Natalie, nós vivemos muito bem, eu, eu..., gosto muito dele, e sei que ele gosta muito de mim também, então... — Ele te ama? — Ela me corta incisiva.

— Isso não é relevante agora, eu estou feliz, da pra ficar feliz por mim também? — Disparo.

— Desculpa, ela fala olhando pra baixo e depois me encara. Só pensei que você tinha se acostumado a esse estilo de vida e esquecido de quem você é. — Ela fala gesticulando pra mim, e sei que ela se refere as minhas roupas.

— Não acredito que você disse isso. Eu não estou com ele por que ele é rico. Estou com ele por que ele é uma pessoa maravilhosa. Ele cuida de mim Natalie, se importa comigo e com minha segurança, ele me protege! — Meu tom de voz sai mais alto e irritado do que eu pretendia. E é incrível na cama, completo pra mim mesma.

Ela me olha, e segura minha mão. — Desculpe, eu não quis ofender. Apenas quero ter certeza de que é isso que você quer.

Aperto sua mão. — É isso Natalie. Eu estou feliz, acredite.

O celular de Natalie toca. Ela atende e me entrega

— É pra você.

Pego o aparelho de suas mãos.

— Alô. — Atendo. É Cassie. Automaticamente prendo a respiração.

— Ai menina, onde você está? — Ela fala baixo.

— O que houve Cassie? — Pergunto mesmo já sabendo a resposta.

— Ele chegou tem vinte minutos, está furioso, acordei com os gritos dele. Onde você está?

— Tudo bem Cassie, eu estou indo, não se preocupe. — Desligo o celular, consciente de que Natalie me encara com firmeza, então não posso deixar transparecer uma gota da minha preocupação.

— Desculpe, esqueci meu celular em casa e Cassie deve ter visto seu número nele. — Digo e devolvo o celular, meio sem graça. Jamais admitiria que deixei o celular em casa de propósito.

— Tudo bem. Problemas? — Ela pergunta fingindo desinteresse.

— Não, mas eu preciso ir, Cassie está sozinha e está preocupada comigo. — Minto.

— Tudo bem. — ela diz se levantando junto comigo. — Nos vemos antes de eu partir novamente?

— Claro. — Respondo enquanto caminhamos apressadas para o estacionamento.

Dou um abraço em Natalie, entro no carro e vou embora, olho no relógio do painel e praguejo. Como eu pude me esquecer da maldita hora?

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