Capítulo 11

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Acordei preguiçosamente, passei o braço pelo espaço ao meu lado e percebi que estava vazio, só então notei o barulho do chuveiro. Ele devia estar no banho, permaneci deitada, olhando para a porta fechada, até que o barulho cessou e ela se abriu, revelando o homem mais lindo da face da terra, ele estava de cueca e trazia uma toalha na mão que esfregava no cabelo molhado.

Eu não sabia como estaria seu humor, então apenas permaneci olhando para ele. Haviam acontecido muitas coisas estranhas naquela noite. Eu jamais havia me comportado daquela forma, jamais havia desafiado sua autoridade, como tinha feito. Meu medo de perde-lo sempre havia me impedido de contraria-lo, de enfrenta-lo, de mostrar a ele o que me incomodava, e na noite anterior eu havia deixado uma Eva que eu mesma nem sabia que existia vir a tona, e naquele momento, observado a figura masculina e imponente a minha frente eu temi sua reação.

— Bom dia anjo. — Ele diz com um sorriso.

Anjo, aquela palavra era a mais bela do mundo quando saía dos lábios dele. Significava que eu estava a salvo.

— Bom dia. — Digo meio tímida aninhando-me mais nos lençóis.

Ele vem até mim e senta ao meu lado, me puxando para seu peito e me abraçando forte. Aquele era o meu lugar preferido no mundo inteiro, nos braços de Cristiano. E aquilo significava que estava tudo bem entre nós novamente.

— O que eu devo fazer com você mocinha? — Ele diz com um suspiro, beijando meus cabelos. Dou um sorriso tímido e volto meu rosto para o peito dele, dando um beijo ali.

— Você me arrumou não somente um, mas dois problemas enormes. Sabia? — Ele afaga meus cabelos com carinho.

— Eu não entendo. — Digo meiga, mas realmente não entendendo do que ele estava falando.

— Têm fotos nossas em todas as colunas sociais de Los Angeles hoje. Tentei amenizar os estragos agora de manhã, mas já era tarde demais. As publicações já tinham saído. — Dou um pulo, me sentando e puxando o lençol até a altura dos seios.

— Como é? — Pergunto meio lerda.

— Tiraram fotos nossas ontem, quando deixamos o hotel e um paparazzi nos seguiu até aqui e também tirou fotos nossas entrando no prédio. — Ele fala e parece cansado.

— O que as matérias dizem? — Pergunto, ao mesmo tempo tendo medo da resposta.

Ele ri. E seu sorriso me parece um tanto forçado.

— Um dos títulos é: Cristiano Andreotti, o solteiro mais cobiçado da cidade finalmente foi fisgado. Em outra: A jovem Eva Martin termina seu namoro com Cristiano Andreotti em evento social, e por aí vai. Há um sem número de reportagens com especulações sobreo o nosso relacionamento. Fora as fotos que tiraram, que estão em jornais, revistas e na internet. — Eu estou prendendo a respiração e meus olhos estão arregalados.

— Minha intenção era mandar tirar todo esse material de circulação, mas meus advogados orientaram que será melhor deixar como está. Do contrário poderá ficar ainda pior. — Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

— Sinto muito. — Murmuro. Finalmente compreendendo a proporção do que aquilo significava. Cristiano sempre fizera de tudo para nos proteger, e toda essa exposição com certeza seria um desgaste desnecessário para ele.

Ele me puxa novamente para seus braços.

— Tudo bem. Se a coisa ficar mais grave do que está eu intercederei, mesmo os advogados sendo contra. — Ele me abraça.

— Qual é o outro? — Digo, lembrando-me que ele havia se referido a dois problemas, e a mídia era somente um.

— Paola. — Automaticamente me reteso em seus braços. — Ela ficou furiosa por eu tê-la largado sozinha na festa e ido atrás de você. Principalmente depois de você ter batido nela. — Ele ergue meu queixo com os dedos para me encarar enquanto pronunciava essa ultima frase. Olho com cara de inocente para ele, mas respondo.

Refém do DesejoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora