Duas vezes amor

By mirandaescreve

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Assim como a maioria dos primeiros amores, o de Alice terminou com um coração partido. Para ser sincera, term... More

Sinopse
Nota da autora
Prólogo
Capítulo um
Capítulo dois
Capítulo três
Capítulo quatro
Capítulo cinco
Capítulo seis
Capítulo oito
Capítulo nove
Capítulo dez
Capítulo onze
Capítulo doze
Capítulo treze
Capítulo catorze
Capítulo quinze
Capítulo dezesseis
Capítulo dezessete
COMUNICADO (muito) OFICIAL
Capítulo dezoito
Capítulo dezenove
Capítulo vinte
Capítulo vinte e um
Capítulo vinte e dois
Capítulo vinte e três
Capítulo vinte e quatro
Capítulo vinte e cinco
Capítulo vinte e seis
Capítulo vinte e sete
Capítulo vinte e oito
Capítulo vinte e nove
Capítulo trinta
Capítulo trinta e um
Capítulo trinta e dois
Capítulo trinta e três
Capítulo trinta e quatro
Capítulo trinta e cinco

Capítulo sete

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By mirandaescreve


@HnrqFerrari Baby, we both know that the nights were mainly made for saying things that you can't say tomorrow day.
@MacacoLouco para @HnrqFerrari Deixe de ser clichê, Henrique, citando Arctic Monkeys as quatro da madruga. Ninguém merece tanta fossa.


– Uau – exclamou Henrique ao se chocar comigo da saída do banheiro. – Como você está... pitoresca hoje.

– Se você tiver tido parte nisso, Henrique Ferrari, eu vou te pegar por essa gravata estúpida e te dar o maior cuecão da história – eu disse firmemente, cutucando meu indicador em seu peito rígido. – Vai doer tanto, que suas bolas vão desejar nunca terem crescido e deixado de ser menina!

Henrique se limitou a rir, sem exagerar, pois meus mais recentes inimigos estavam dormindo feito anjos... apenas esperando a morte chegar. Eu.

– Calminha, florzinha. – Henrique segurou minha mão, impedindo meu objetivo de abrir um buraco em seu peito. – Acabei de chegar e, por mais que você esteja uma verdadeira obra-de-arte, não tive parte disso.

Cerrei os olhos, tentando decidir se era verdade. Ele estava vestindo roupas de trabalho, seus cabelos estavam bagunçados e ele cheirava ao mundo lá fora, perfume e... Henrique.

– Que horas são?

– Agora eu tenho toque de recolher? – perguntou meio hostil, meio ainda entretido pela minha aparência.

– Não sei... você tem toque de recolher, Henrique?

Sem responder a minha pergunta, ele apenas continuou sorrindo e segurando minha mão junto ao peito. A luz do banheiro estava acesa me permitindo perceber detalhes que não havia reparado, como suas olheiras fundas, a gravata desfeita, a barba começando a crescer. Estávamos tão próximo que podia sentir seu hálito de café. A essa hora? Que diabos ele estava fazendo? Se fosse outro dia, a resposta mais óbvia seria sua namorada, mas dessa vez eu sabia que esse não era o motivo – ele esteva desalinhado demais.

– Quer iogurte? – perguntou. – Trouxe sonhos também.

Para alegria da minha bunda grande, pensei.

– Ela é perfeita – disse Henrique. Oh, droga. Eu não havia apenas pensado. – Agora vem... mas apague a luz porque você está horrorosa.

– Estou ofendendo sua sensibilidade com minha beleza, Henrique? – brinquei, empurrando seu ombro com a palma da mão.

– Como sempre, Alice. – Obedecendo seu próprio pedido, ele esticou o braço, apagou a luz do banheiro e me puxou para a cozinha.

Em cima da mesa de jantar havia uma sacola de plástico com os prometidos sonhos. Na semiescuridão, banhada pela luz do céu e da cidade, Henrique abriu a geladeira e pegou uma garrafa de iogurte. Ele cheirou o conteúdo e fez uma careta, considerando o líquido mais ou menos tóxico. Senti vontade de rir de sua precaução, mas me contentei em enfiar sonhos goela abaixo.

Devia haver aí uma metáfora para nossa situação.

Trazendo apenas a garrafa, Henrique apontou para a varanda, num pedido para irmos até lá. Antes de fechar a porta atrás de nós, ele também fechou a cortina. Desnecessário, em minha opinião, mas quem era eu para julgar?

Ele se sentou no chão, no lugar em que me sentei ontem, e eu tomei o lugar de Lucas na noite anterior. Entreguei a ele o sonho e Henrique me passou a garrafa de iogurte. Morango era seu favorito.

A luz pálida suavizava todos os contornos de Henrique. Seu maxilar parecia menos quadrado, seu nariz menos reto, sua franja sobre os olhos menos bagunçada, suas linhas de expressão não existiam. Era quase o meu Henrique de novo. Não. Não. Não. Ele nunca foi meu. Pessoas não pertencem às outras.

Era óbvio que estava cansado. Eu também estava cansada. Talvez cansaço fosse contagioso, não por contato, mas por empatia. Quanto maior a afinidade com uma pessoa, maior a chance de copiarmos suas ações e sentimentos.

– É feio encarar, Alice.

– Eu não tenho muita chance de fazer isso durante o dia – respondi honestamente, sem saber o motivo. Culpei o cansaço que Henrique me passou.

– Então fique à vontade – disse Henrique, com tanta intensidade que me fez desviar o olhar. Eu não sabia como lidar com aquele Henrique cheio de confiança, roupas caras e algumas camadas de passivo-agressividade. Eu gostava dele, claro, mas duvidava que um dia as coisas entre nós voltariam ao normal.

– O que houve? – perguntei, ansiando mudar o assunto. – Para ter chegado em casa desse jeito?

– Tem certeza de que quer saber a resposta?

Se fosse qualquer outro momento, eu teria respondido não. Dessa vez assenti e, por um longo momento, achei que fosse ficar no vácuo. Henrique conseguia ser imprevisível e inconstante assim.

– Que houve? – insisti.

– Meu pai houve – respondeu, pegando a garrafa da minha mão e tomando um longo gole. – Eu não me importo de seguir os passos dele, para falar a verdade, eu adoro meu trabalho. Adoro meu curso. Adoro a rotina, as milhões de tarefas diárias. Adoro até todo o trabalho extra que ele me dá, para não pensarem que está me favorecendo por ser meu pai... o problema é que ele não para por aí. Não basta seguir seus passos profissionalmente, ele também espera que eu lhe dê todo meu tempo livre, que frequente os mesmos lugares que ele, que vista as mesmas roupas, que escolha as mesmas refeições, que me livre da minha moto, que me case e me torne respeitável o quanto antes. Não sou respeitável o suficiente, é isso?

– Você é uma das pessoas mais respeitáveis que conheço e sequer precisa de um anel no dedo para provar – eu disse, quando percebi que não havia traço algum de sarcasmo em sua voz. A ideia de ver um anel dourado em seu anelar me dava ânsia de vomito. Que elegante!

– E ainda preciso fazer as vontades da mãe, acompanhando-a em almoços e dias de compras, ouvir todos seus conselhos sobre quem eu devia namorar (mesmo que ela tenha arrumado a minha atual namorada) e todos seus conselhos sobre como eu devia ser um homem completamente diferente do meu pai.

– Que ironia...

– Acredita que eles ainda me usam de garotos de recado? – Henrique estava indignado. Seu cenho se resumia a cinco centímetros de rugas.

– Argh! – Fiz uma careta de desgosto, tomando como minha a sua indignação. Mesmo antes do evento com nossos pais, os pais de Henrique brigavam pela sua alma, como Crowley e Castiel nas temporadas antigas de Supernatural, mas na vida real. – Você devia aprender com sua irmã. Dê mensagens trocadas até eles se irritarem e te demitirem do cargo.

– Essa era a tática de Tatiana, não é mesmo? – Henrique riu baixinho, provavelmente lembrando de sua irmã mais velha. – Ela me mandou uma mensagem, avisando que viria daqui a algumas semanas... perto do aniversário da vó Ana.

– Sério? – perguntei, mal acreditando na novidade. Tatiana era uma das pessoas mais legais do mundo. Era praticamente impossível ficar de mau humor perto dela. – Que maravilha! Da última vez que a vi no Facebook, ela estava na Espanha com o... namorido?

– Acho que é isso mesmo, os dois vem vir visitar. – Tatiana era jornalista, praticamente casada com um russo. Ela trabalhava como correspondente internacional e nos fazia visitas bianuais.

– Ela fugiu completamente da garra dos pais – comentei, orgulhosa da irmã mais velha de Henrique.

– Mais ou menos. Às vezes ela ainda liga no meio da noite para perguntar se a mãe está tomando todos os remédios direito, sem misturá-los com álcool.

– Ela é uma boa pessoa.

– Tatiana? Sim. Minha mãe? Bom, ela mistura tarja preta com álcool, então não estou muito certo disso.

Henrique deu uma risada autodepreciativa que cortou meu coração. Ele podia reclamar o quanto quisesse dos pais, mas era óbvio que se importava com eles. Me sentindo estranhamente corajosa, apertei seu joelho direito numa tentativa de reconfortá-lo. Ele me deu um sorriso tão cheio de afeto, que fez meu estômago se contorcer sem saber como reagir.

– E Lucas? – perguntou, sussurrando as palavras. – O que aconteceu? Cheguei tarde ontem e encontrei vocês sentados aqui, com uma garrafa praticamente vazia de Absolut. A última vez que vi Lucas desse jeito, demorou duas semanas inteiras de muita música emo para passar... e a última vez que vi vocês dois juntos desse jeito, você sabe muito bem o que aconteceu!

Brigas, mudanças, álcool, polícia e relacionamentos que não voltariam mais. Eu me lembrava como se fosse ontem. A ressaca incluída.

– Não me arrependo nem por um minuto.

– Nem eu – concordou Henrique, sem hesitar. Ele coçou a babar por fazer, fazendo soar um barulho áspero. – O pai de Lucas teve toda razão de surtar quando viu o estrago que vocês fizeram no carro. Eu também teria ficado puto da vida se estivesse no lugar dele... mas aquele filho da mãe mereceu tudo o que vocês fizeram.

Eu assenti, concordando com Henrique. Seu Carlos merecia aquilo e muito mais.

No dia em que a mãe de Lucas tomou consciência de sua vida e abandonou a casa, Lucas e o pai brigaram como nunca tinham feito antes. Não apenas uma discussão verbal, mas coisas foram quebradas e arremessadas contra pessoas. Lucas saiu de casa antes da polícia chegar e não havia voltado para lá desde o dia anterior.

No dia seguinte, uma sexta-feira, eu estava atrasada para aula porque Rafael havia escondido meu celular. Eu cheguei esbaforida na escola vazia, para encontrar Lucas do lado de fora, parecendo uma daquelas bonecas de pano muito gastas, de tanto que a criança empurrou e arranhou e pulou em cima. Não foi preciso palavras para explicar o que havia acontecido. Eu tomei toda sua raiva e dor para mim. Com a mãe que foi embora. Com o pai imbecil. Com tudo o que Lucas estava sentindo e que eu não conseguia interromper.

Por fim, insisti que fossemos à casa dele. Se não podia fazer nada para consertar um dos meus melhores amigos, então quebraria aquilo que o machucou. Dramática? Talvez, mas eu sabia que Sr. Brutamontes estava no trabalho e sabia exatamente qual era seu bem mais precioso, sua galinha dos ovos de ouro, cuidada muito melhor que qualquer ser vivo: seu carro.

No fim do dia, havíamos destruído todos os detalhes importantes do tão precioso veículo. Marcas de queimado de cigarro decoravam os bancos, assim como a fumaça do pacote inteiro que Lucas fumou ali, com apenas uma fresta de janela aberta.

Ainda houve o uísque da prateleira mais alta que bebemos e a cerveja ruim que deliberadamente derramamos nos bancos. Sinceramente, não havia nada além do ato em nossas cabeças. A única consequência que pensávamos era em como o pai iria morrer de raiva – e isso nos enchia de uma alegria doentia.

Saímos da casa com uma mochila de roupas, outra com livros e o violão de Lucas, antes que Carlos chegasse. Podíamos estar bêbados, mas sabíamos que se nos pegasse no flagra, estaríamos mortos. Sem exagero.

Na madrugada de sexta-feira, curtindo a maior ressaca da minha vida, a verdade foi forçada para fora de nós, quando Carlos apareceu em nossa casa com uma marreta e destruiu o carro do pai. Ele furou todos os pneus, estilhaçou os vidros, amassou completamente a lataria e jogou a marreta dentro de casa, quebrando a janela da sala. Foi preciso pular um muro de mais de dois metros para conseguir entrar em nosso quintal.

Apesar de termos recebido o maior esporro de nossas vidas, tanto dos meus pais quanto de Rafael (ele tinha paixão por sermões. Sua prolixidade deixaria qualquer Padre Vieira no chinelo), meus pais acolheram Lucas, inclusive dando-lhe o mesmo castigo que recebi, e levaram-no ao hospital para cuidar dos machucados em seu rosto e das dores no peito, que descobrimos virem de uma costela quebrada.

Diferente da noite anterior, em que vizinhos chamaram a polícia, meus pais não deram queixa. Nem Carlos deu queixa do que fizemos. Aquela foi a última vez em Lucas viu o pai – até ontem.

Havia dias em que eu achava que devíamos ter destruído muito mais que apenas um carro. Aquele era um deles.

– Foi a melhor coisa Lucas ter saído daquela casa – disse Henrique, interrompendo meus pensamentos homicidas. Eu concordei novamente, debatendo se deveria contar ou não o encontro de ontem. Aquilo era pessoal demais e não cabia a mim sair por aí espalhando as más novas. Devia haver um limite entre o que era válido dizer de uma pessoa, o que era difamação e o que eram segredos que apenas o dono devia contar.

– Você não deve deixá-lo fumar – ralhou Henrique. Sua voz estava baixa e rouca, aumentando sua seriedade. – Eu sei que você ainda se lembra do irmão da minha mãe e o quanto foi difícil para todo mundo aquele câncer.

– Eu lembro.

– Ser indulgente com Lucas é igual ser indulgente com você mesma em algo que só vai piorar e te fazer se sentir um lixo depois.

Henrique pegou minha mão significativamente e começou a contornar com o polegar os desenhos coloridos em meu braço. Cada volta que ele dava fazia meu estômago revirar e calafrios percorrerem meu corpo. Ele sorriu ao perceber os fios arrepiados em meu braço, mas não parou. Flores, peitos, o símbolo das Relíquias da Morte, casas, pokébolas, triforce de Zelda, Pikachu e até algo que parecia o cabelo do Goku. Tudo isso Henrique circulou no meu braço direito com um sorriso enorme. Ao menos alguém estava se divertindo.

A quem eu estava enganando? Cada segundo que seus dedos leves se demoravam em minha pele, mais eu queria esquecer que ele conseguia ser um babaca (às vezes um babaca legal) e juntar seus lábios nos meus. Seu corpo no meu. Seu peito no meu. Só por alguns minutos. Só para ver se eu ainda me lembrava da sensação.

Mas não fiz nada disso por medo do menor movimento espantá-lo. Quando chegamos a isso? Será que cochilei e perdi algo? Seus dedos pararam de se mexer e meu coração parou de bater. Seus olhos encontraram os meus, fitando-me como se nada mais importasse. Será que ele estaria sentindo o mesmo que eu? Será que ele me odiaria se eu acabasse com esses trinta centímetros entre nós? Será que eu queria saber a resposta?

Houve um tempo em que nossa comunicação podia se limitar a troca de olhares ou a pequenos gestos que apenas nós entendíamos. Nos últimos anos, sequer nos olhávamos direito. E agora estávamos preenchendo o mundo com monólogos internos desconexos. E o pior de tudo? Parecia que depois de tantos anos nada havia mudado. Eu continuava perdida por Henrique.

Eu continuava perdida em Henrique.

E sequer sabia exatamente em quem ele havia se transformado, nem se sentia o mesmo por mim. Por mais que a última hora tivesse sido agradável, isso não apagaria anos de hostilidade.

Pequenos calafrios ainda percorriam minha pele onde Henrique acariciava. Por que ele ainda não parou? O que quer dizer com isso? Foi ele quem terminou comigo, não o contrário. Se é que podíamos chamar aquilo de "término". Subzero fatality parecia melhor. Não seria tudo mais simples se a gente apenas falasse o que sente e o que não sente? Colocar as cartas na mesa. Para melhor ou para pior. Claro que meu cérebro sonolento pensava isso. A garota que odiava confrontações desnecessárias!

– Por que você e Rafael estavam brigando? – perguntei, me arrependendo no mesmo momento em que as palavras deixaram minha boca. Henrique não poderia ter sido mais rápido em se separar de mim nem se um balde de água gelada tivesse lhe atingido. Para exemplificar, poderíamos dizer que esse gelo respigou em mim, pois eu estava igualmente ofendida.

– Pergunte a ele – respondeu rispidamente.

– Não fique delegando tarefas como um menino de seis anos! Foram vocês que acordaram o prédio aos berros ontem de manhã – eu disse, devolvendo-lhe a grosseria. Excelente!

Henrique se levantou, me ignorando deliberadamente. Antes de abrir a porta da varanda, ele apontou o indicador para mim dramaticamente:

– Pergunte ao teu irmão.

E assim eu encerrei a noite. Com raiva de Henrique e de mim mesma. Por ele ser tão babaca e por eu achar que ele podia não ser. Por acreditar em promessas que existiam apenas em minha mente. Repeti até dormir que não seria estúpida de novo e não meteria o bedelho onde não me queriam mais.

Claro que isso iria funcionar.


♥ ♥ ♥

Seres vivos! Obrigada por todas as leituras, votos e comentários! Vocês fazem meus dias mais feliz.

O que vocês acham que está passando na cabeça de Henrique? O que vocês fariam se estivessem no lugar de Alice, muitas juras (vazias) de ódio eterno? O capítulo ajudou a explicar um pouco mais sobre o passado de Lucas?

Como sempre, continuem maravilhosos! ♥



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