DÉBORA
Em câmera lenta virei meu corpo e era como se passasse um filme na mente. Era a minha tia Cíntia na porta, estava mais tranquila, na verdade, nem tanto!!!
- Drew, Alícia, me dêem licença! - disse minha tia.
- quer, que eu leve o Thony? - disse Alícia andando até a minha tia.
- Pode deixar ele aqui Alí. - sorriu fraco pra Alí.
- Então, tá. - disse Alicia nervosa.
Minha tia sento na cama com o Thony que no seu colo já estava pegando no sono.
- Tia, olha, eu.. - ela me interrompeu.
- Sinceramente eu estou decepicionada com você Débora. - disse ríspida. As palavras pesaram no meu coração.
Já disse que eu não gosto de desprezo ou de decepicionar as pessoas?
Então.
- Eu conversei com você Débora. - disse aumentando o tom de voz.
- Mais ti... - ela nem deixou eu terminar e continuo jogando tudo em cima de mim.
- Mais tia não Débora. Eu fui sua amiga, eu expliquei tudo a você. Meu amor olha o que você fez com a sua vida. - disse apontando pra mim. - se seus pais descobrem eu nem quero saber como vai ser a reação deles. - disse por fim.
Meu coração estava dilacerado!
- Eu errei sabia? - levantei meu rosto, e com o dorco da mão fui tantando secar as lágrimas. Funguei o nariz.
- Eu que fiz e a Senhora que errou? - sorri sem humor.
- Sim. - disse com o cenho franzido e os olhos semiserrados.
- Porque? - disse com a voz embargada.
- Porque eu não conversei na real como é! - disse fria.
- Tia... - tentei argumentar.
Ela me olhou como se quizesse me abraçar e ao mesmo tempo me bater. Ela levantou indo em direção a porta.
Antes de sair ela se virou pra mim novamente.
- Não se preucupe, não vou falar nada com seus pais, Isso é dever seu. - mordeu o lábio inferior e depois voltou à falar. - Não, não vou te criticar. Muito pelo contrário, eu vou fingir que nada aconteceu. - ela se virou e saiu fechando à porta.
Deitei na cama com os braços apertando o travesseiro e estava atônita tentando entender o qie havia acontecido ainda. Não sabia se chorava, gritava, então me começei a pensar.
Não sei por quanto tempo eu viajei nos meus pensamentos, porém quando dei em mim a falação lá em baixo não se tinha mais. Olhei no relógio e já eram três e vinte. Minha cabeça estava explodindo, meu corpo parecia pesado, fui no quarto da minha mãe cambaleando e peguei um remédio pra dor de cabeça e voltei pro meu quarto.
Liguei a TV, mais eu nem estava prestando atenção. Senti que meu corpo parecia ter levado uma surra...
[...]
- filha, filha. - escutei bem de longe a voz da minha mãe.
- mãe. - disse com a voz grossa de sono.
- sua preguiçosa! Pode se levantar pra ir pra igreja. - disse na esportiva.
Assenti com a cabeça. Ela me deu um beijo na testa e saiu.
Olhei no relógio e marcava seis e quarenta, bom, vou sozinha pra igreja , pois não quero atrazar meus pais.
Entrei no banheiro e deixei a água quente cair sobre meu corpo. Era relaxante, muito relaxante.
Tem dias que você não quer mais acordar. A noite não tem fim, o dia não quer mais chegar, meu Deus o que vai ser de mim.?
Ouvi um carro de divulgação tocando esse louvor, foi o suficiente pra eu começar a chorar de novo. Parece que quando você está triste você ouve palavras, hinos, que sô te deixam mais na bad.
Terminei meu banho, fiz minhas higienes e fui procurar uma roupa pra eu vestir.
Antes de ir ao guarda-roupa, me peguei olhando no espelho. Olhei e não me reconheci.
Estou péssima.
Olhos inchados e cara vermelha.
Fora que meu corpo tá muito sensível. Acho que meu emocional está me afetando fisicamente.
Coloquei um vestido midi preto justo ao corpo, com uma jaqueta jeans e uma sandália de tiras na cor preta. Soltei meu cabelo, passei uma base pra disfarçar um pouco a vermelhidão do meu rosto, um rímel pra disfarçar os olhos de peixe inchado e um batom nude.
Meus pais já tinham ido na frente. Peguei minha bíblia olhei mais uma vez no espelho e me senti um lixo, olhei no relógio e eram sete e meia, desci e fui caminhando até a igreja.
[...]
Cheguei na porta, e como o culto já tinha começado as pessoas olharam pra quem havia chego. Quando me viram algumas pessoas começaram a cochicar no ouvido da outra.
Sentei na fileira do canto perto da porta de saída.
O culto foi prosseguindo e chegou a hora do ministério de louvor, louvar pra tirar os dízimos e ofertas.
Olhando minusiosamente pras coisas vejo o tanto que eu perdi me afastando de Deus. O pior é que eu não tenho forças pra tentar me reerguer, pra buscar a Deus, sabe?
- Saldo os irmãos com a Paz do senhor? - Disse Emanuel.
- amém. - respondeu a igreja.
- Vamos louvar e peço que os irmãos fechem seus olhos e se liguem com Deus. Deus quer palestra, Deus quer colocar a Dracma no seu lugar. Muitas vezes nos pensamos que só a irmãos perdidos fora da igreja, ou os que não são cristãs do lado de fora da igreja. Mais as vezes a dracmas perdidas dentro mesmo da casa do senhor. Quer dizer, os próprios cristãos.
Sou um ser humano com minhas limitações
Também tenho as minhas falhas
Sou cheio de imperfeições - Bruno
Tem dias que eu prefiro me silenciar
Sentir o vento passar - Angelique
Mas hoje está doendo
Parece que esse vento nunca vai passar
Estou cansado de lutar - Emanuel
Mas é pra meu crescimento
E eu sei que é por um tempo
Deus está me ensinando
Estou aprendendo a adorar - Alice
Se eu não conseguir falar
Entenda as minhas lágrimas
Meu gesto mais sincero
Está em meu olhar, está em meu olhar
Se eu não conseguir falar
Se força me faltar, perdoe minha fraqueza - Todos do ministério de louvor.
Vem me consolar - Angelique
vem me consolar - Alice
Vem me consolar - Bruno e Emanuel.
As lágrimas rolam do meu rosto, a dor de saber que o que Deus tem pra mim está fugindo do meu controle.
- Assim agradecemos a oportunidade. - disse Emanuel.
As palmas encheram a casa.
- Peço os Irmãos que se ponham de pé para a melhor parte. - Meu pai sorri pra igreja. - A pregação da Palavra de Deus, Recebão O Presbitero Mateus. - A igreja bateu palmas. - Ele irá trazer a mensagem essa noite. Fique a vontade meu irmão. - Eles se comprimentaram com um aperto de mãos e um toque nas costas. Meu pai deu o microfone pra ele e voltou pro seu ligar na Tribuna.
- Saldo os irmãos com a Paz do Senhor. - disse ele foleando a bíblia.
- Amém! - disse a igreja.
- Peço que Abram suas bíblias comigo em Salmos 123:1. - Ele espero um pouco alguns irmãos pra abrir suas bíblias. - amém igreja? - "amém" disse a igreja. - Diz assim: A ti, que habitas nos céus, elevo os olhos. Podem tomar seus assentos. De quem vem o teu socorro? Meu socorro vem do Senhor que fez os seus e a terra. E de que socorro você está precisando? Porque o socorro bem presente se faz presente na casa. A Bíblia vai nos dizer que, pode uma mãe se esquecer de um filho mais Deus não. Então, pode as tribulações e os pratos do inimigo tentarem te parar, mais grande é o Senhor que te toma pela mão e diz: "Não temas, pois eu sou contigo. "
A palavra foi uma benção, recebi tudo pra mim. Meu coração estava bem mais leve, começei a repensar no que eu tenho feito e resolvi que sem Deus eu não consigo.
Termino o culto e os irmãos começaram a ir embora. Alícia veio falar comigo mais Drew não. Fiquei um pouco triste, mais a culpa foi minha.
- Amiga, calma, Eleva seus olhos para o céu, de lá vem seu socorro. - abracei Alicia chorosa e meu pai interrompeu me chamando pra ir na sala dele.
- Perai amiga. - disse seguindo meu pai.
[...]
- Não quero falar com você como minha filha, mais sim como minha membra. - meu pai estava com o semblante fechado.
Meu estômago embrulhou.
- Pode falar Pai. - disse receosa.
- Uma Irmã da Igreja disse que te viu chegando algum dia desses antes da escola dominical parando uma rua antes com um garoto e depois foi caminhando até em casa. - disse meu pai com as mãos cruzadas em cima da mesa e o semblante sério.
- E-eu. - minha voz estava ficando embargada e o choro queria vir.
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AEEEEEEEEEE, CHEGAMOS A 100 VISUALIZACÕES. EM COMEMORAÇÃO, POSTEI O 11. SE QUIZEREM MARATONA DEÊM ESTRELINHAS E COMENTEM. JÁ AMO POR DEMAIS VOCÊS. BEIJOS. MUITO OBRIGADA GENTE. MUITO MEMSO.