QUATRO

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DÉBORA

Olhei pra minha mãe com o semblante assustado e ao mesmo tempo triste.

Minha mãe levanto e deu de ombros como quem não pode fazer nada.

E realmente ela não podia.

Liguei meus pensamentos em Deus e mesmo na dúvida se ele me escutaria ou não pedi:

Deus, não deixe haver outra briga, por favor.

— Meu amor, vai tomar um banho, precisamos ageitar uns papéis da igreja, a inauguração tá perto. — O semblante do meu pai mudou como num passe de mágica e ele obedeceu a minha mãe.

— Mais ainda vai acontecer essa conversa dona Débora! — disse antes de sair da cozinha.

— Filha — minha mãe chamou minha atenção. Assenti. — Eu briguei com você porque eu quero o seu bem. Tudo tem suas consequências. Mais eu te amo, independente de qualquer coisa, mais eu preciso que você colabore comigo, por favor, não vacila mais. — Minha mãe deu um aperto confortante em minha mão e continuamos a comer.

[...]

— Débora, Anda logo. — meu pai grito da escada como sempre me esperando. Quando desci ainda com meu pijama meu pai estranhou.

— Ué? — minha mãe exclamo.

— Vai com essa roupa ? — perguntou meu pai espantado. Eu ri.

— Não! Hoje... — cocei a cabeça — eu só não quero ir, pode ser? — sorri fraco de lado.

Meu pai olho pra mim mãe que deu de ombros.

— Fica com Deus! — disse minha mãe antes de bater a porta.

Aproveitei meus "nadas" pra fazer e fui na cozinha caçar besteiras pra comer.

Voltei pra sala carregada de salgadinhos e doces. Sentei e começei a assitir minha série favorita: "PLL"

TOC TOC

Olhei no relógio e vi que ainda não era nove horas pra ser meus pais.

Fora que eles tem as chaves.

Levantei e fui ver quem era. Antes de abrir perguntei.

Adivinha?

Não, não era o Drew. Era o Filipe!

O que esse garoto quer cara? Pensei que depois da vergonha ele não queria me ver nem pintada de ouro.

Abri a porta e lá estava ele com uma blusa polo azul clara realçando seus musculos, uma bermuda clara, seus cabelos penteados corretamente, barba por fazer e um cheiro amadeirado penetrando minhas narinas. Ao abrir a porta ele logo abriu um sorriso Colgate que ativo meus desejos. Droga!

— Oi Débora — aquela voz forte meio rouca me fez vacilar.

— o-oi Filipe?! — gaguejei. Ele riu. Deve ser pelas bochechas enorme e vermelhas que deveriam estar nesse momento.

— não gostou de me ver não? — disse abrindo um sorriso maior.

— Estou assutada, pensei que você nem queria me ver mais.

— bonequinha, quem gosta não desisti fácil.

ELE GOSTA DE MIM?

— tá sozinha? — ergueu a sombrancelha.

— T-tô. — gaguejei de novo. Merda.

Por favor, não vacila mais.

A voz da minha mãe ecoou nos meus pensamentos.

— NÃO! — gritei num em pulso quando ele fez menção de entrar.

— o que foi amor? — disse segurando minha mão. Me derreti.

— Não posso te levar pra dentro da minha casa Fê. Meus pais podem chegar e eu já me lasquei por causa de ante-ontem

— Mais eu queria tanto ficar com você. — disse se chegando pra perto de mim.

— vamos marcar pra se encontrar em outro lugar. Outro dia, hoje não. — Me esquivei e sorri sem graça.

— Tudo bem então. Vou cobrar depois então.

Antes de sair com a moto gritou:

— Vô cobrar heim. — deu uma piscadela e saiu.

Esperei ele sair com a moto e entrei rápido fechando a porta.

— A, Jesus.

[...]

— Aconteceu alguma coisa Filha? — pergunto meu pai.

— An? Que Pai? — estava com meus pensamentos no Filipe.

Meu pai olhou pra minha mãe e depois olhou de volta pra mim.

— Tá acontencendo... — antes de ele terminar eu levantei da mesa.

— Mãe, pai? Vô subir. Tô com muita dor na barriga. Pode guardar meu prato na geladeira que depois eu como.

— Mais filha.. — meu pai fez menção em falar mais minha mãe o enterrompeu.

— Ela está nos dias dela meu amor.

Sussurrei um "obrigada " pra minha mãe e subi.

[...]

— Oi? Como assim o Filipe foi atrás de você?

— indo ué. — Fiz uma cara de óbvio pra Drew que fez uma careta.

— Engraçadinha. Tô falando sério.

— Eu sei Andrew.

— Esses caras só querem uma noite e nada mais.

— Credo Drew. — fiz cara de assustada.

— É a realidade.

— Bom dia Pessoal? — a professora de Português chamou nossa atenção pra ela.

— Bom dia. — falamos juntos meio balançados, porque de manhã é dose ficar acordado as vezes.

— Como eu estava de licença maternidade, e voltei a 3 dias e vocês já vão entrar de férias. — a sala gritou em comemoração quando ela citou "férias " eu ri. — Bom — ela riu e prosseguiu. — Continuando. Cada um tem alguém que tem muita pouca intimidade, ou as vezes "nenhuma" — ela fez aspas na palavra com a mão. Começou um chochicho na sala de aula. — Shiiiiiu, me ajuda ai pessoal. Quero que vocês descrevam como é passar "um mês " — fez aspas. — Um mês conhecendo melhor essa pessoa ao qual você não tem muita intimidade e quando voltar das férias quero os 31 dias escrito de como é passar o tempo com a tal pessoa que vocês forem escolher. A, quero ver progresso. Mesmo que não tiver — a sala riu e a professora também. — e mesmo que não tiver, quero que esteja escrito tudo de como é passar 31 dias ao lado de uma pessoa a conhecendo dia a pós dia.

— Com quem eu vou fazer isso? — Falei com Drew.

—  Eu já sei. — disse Malicioso. O fitei curiosa.

— com quem?

— com o Emanuel. — ele e Alice riram.

— Ta de kao?

— Adorei a Idéia Andrew. Quero ver como se saí passando as ferias com esse Emanuel, Débora. — disse a professora.

QUEEEE???

NÃO!!!!

— Mais professora?

— Boa sorte Dedé! — disse e saiu.

Eu sempre amei essa professora, mais agora ela estrapolou.

— Não sei se tenho mais raiva de você ou da professora! — bati com a mão na mesa.

A FILHA DO PASTOR Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz