CAPÍTULO ONZE

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DÉBORA

Em câmera lenta virei meu corpo e era como se passasse um filme na mente. Era a minha tia Cíntia na porta, estava mais tranquila, na verdade, nem tanto!!!

- Drew, Alícia, me dêem licença! - disse minha tia.

- quer, que eu leve o Thony? - disse Alícia andando até a minha tia.

- Pode deixar ele aqui Alí. - sorriu fraco pra Alí.

- Então, tá. - disse Alicia nervosa.

Minha tia sento na cama com o Thony que no seu colo já estava pegando no sono.

- Tia, olha, eu.. - ela me interrompeu.

- Sinceramente eu estou decepicionada com você Débora. - disse ríspida. As palavras pesaram no meu coração.

Já disse que eu não gosto de desprezo ou de decepicionar as pessoas?
Então.

- Eu conversei com você Débora. - disse aumentando o tom de voz.

- Mais ti... - ela nem deixou eu terminar e continuo jogando tudo em cima de mim.

- Mais tia não Débora. Eu fui sua amiga, eu expliquei tudo a você. Meu amor olha o que você fez com a sua vida. - disse apontando pra mim. - se seus pais descobrem eu nem quero saber como vai ser a reação deles. - disse por fim.

Meu coração estava dilacerado!

- Eu errei sabia? - levantei meu rosto, e com o  dorco da mão fui tantando secar as lágrimas. Funguei o nariz.

- Eu que fiz e a Senhora que errou? - sorri sem humor.

- Sim. - disse com o cenho franzido e os olhos semiserrados.

- Porque? - disse com a voz embargada.

- Porque eu não conversei na real como é! - disse fria.

- Tia... - tentei argumentar.

Ela me olhou como se quizesse me abraçar e ao mesmo tempo me bater. Ela levantou indo em direção a porta.

Antes de sair ela se virou pra mim novamente.

- Não se preucupe, não vou falar nada com seus pais, Isso é dever seu. - mordeu o lábio inferior e depois voltou à falar. - Não, não vou te criticar. Muito pelo contrário, eu vou fingir que nada aconteceu. - ela se virou e saiu fechando à porta.

Deitei na cama com os braços apertando o travesseiro e estava atônita tentando entender o qie havia acontecido ainda. Não sabia se chorava, gritava, então me começei a pensar.

Não sei por quanto tempo eu viajei nos meus pensamentos, porém quando dei em mim a falação lá em baixo não se tinha mais. Olhei no relógio e já eram três e vinte. Minha cabeça estava explodindo, meu corpo parecia pesado, fui no quarto da minha mãe cambaleando e peguei um remédio pra dor de cabeça e voltei pro meu quarto.

Liguei a TV, mais eu nem estava prestando atenção. Senti que meu corpo parecia ter levado uma surra...

[...]

- filha, filha. - escutei bem de longe a voz da minha mãe.

- mãe. - disse com a voz grossa de sono.

- sua preguiçosa! Pode se levantar pra ir pra igreja. - disse na esportiva.

Assenti com a cabeça. Ela me deu um beijo na testa e saiu.

Olhei no relógio e marcava seis e quarenta, bom, vou sozinha pra igreja , pois não quero atrazar meus pais.

Entrei no banheiro e deixei a água quente cair sobre meu corpo. Era relaxante, muito relaxante.

A FILHA DO PASTOR Where stories live. Discover now