Half of Person❌Miraculous

By nadsaxx

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Um dos maiores medos de Marinette era de se meter em problemas incapazes de se resolverem. Porém não imaginav... More

Importantíssimo!
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six (partie un)
six (partie deux)
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Demora
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As desventuras de uma mongol (criatividade nunca tive)
dix-sept
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vingt
vingt et un
feliz natal!
vingt-deux
vingt trois

huit

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By nadsaxx

Novo capítulo meio demorado, porém maior do que todos e com focus no otp, então relevem ^.^.

Boa leitura sz.

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A situação ainda estava desconfortável para ambos. Alya não voltava há muito tempo com Nathanael, e Adrien se perguntara o que a morena tanto falava com ele.

Ora ou outra cruzavam olhares de soslaio, e resultava apenas nisso. O loiro suspirou impaciente com o momento que deveria ser seu e dela, porém como já pensava: não era seu dia. Mas não deixaria assim.

— Eles estão demorando não? — a garota levantou o olhar para o dono da voz.

— Sim... e o pior é que Nathanael ia na cantina comprar minha refeição. — foi como uma lâmpada acesa em sua mente.

— Então não quer vir comigo? Também tenho que ir lá.

Se levantou do banco estendendo sua mão na direção dela, que depois de avaliar brevemente seu pedido, acenou com a cabeça ficando de pé também, sem dar a mínima para o gesto de Adrien. Ele retirou rapidamente sua mão, frustrado pelo possível toque que poderiam ter. Talvez não devesse ser tão... iludido.

Caminharam lado a lado, mais uma vez em silêncio. E o incômodo estava estampado na face dele. Marinette percebeu isso, e uma culpa logo pairou em sua consciência. Apesar do que passou por causa de Adrien, não conseguiria ignorar o mal estar de alguém, mesmo que seja vindo de quem a fez sofrer no passado.

— Hm... como vai, em casa? — amaldiçoou-se pela pergunta tosca que fora a primeira a vir em sua mente.

Ele a encarou, tanto mais aliviado pela tentativa de assunto.

— Mesma coisa de sempre: meu pai trabalhando muito na marca Agreste como se não tivesse filhos, minha mãe ainda desaparecida sem explicação, muitos photoshoots e brigas com... — não, não iria terminar a frase. Iria falar demais.

— Com...? —"não incentive Marinette."

— Ninguém. Deixa pra lá. — respondeu cético.

Engoliu seco quando chegaram no balcão, com poucas pessoas. A azulada ainda tinha os olhos cravados em Adrien, explodindo de curiosidade. No entanto imaginava que seria Félix, já que no dia da confeitaria eles demonstraram claramente que não se suportavam. E pela convivência vivida com Alya, aprendeu a tirar mais suas dúvidas pois a morena não tinha a menor vergonha de se expor, ao contrário dela. Com certeza tiraria essa história a limpo.

— Não quer pedir primeiro? — perguntou gentil indicando a pequena fila formada no caixa.

— Não, não, não precisa. Vai primeiro.

— Por favor Marinette, eu insisto. — sorriu ladino. Ela acreditava que a generosidade era genética da família. Bom, com exceção de Gabriel aparentemente.

— Então tá.

Ela se posicionou em frente dele. De certa forma, isso a fazia se sentir pequena porque Adrien era no mínimo uma cabeça mais alta. Desde que tinham quatorze anos, ele sempre fora maior, e agora quase fazendo dezenove e ela dezoito, a situação nunca mudou.

Ela se encontrava pensando no histórico de relacionamento de ambos. Recordou-se de quando a azulada achou Adrien maquiavélico como Chloe pelo episódio do chiclete no assento, do guarda-chuva emprestado debaixo daquela tarde tempestuosa nunca inesquecível, o cachecol azul feito com tanto carinho, a resposta do poema, e entre outros. Até que tinha um bom índice de lembranças afinal.

O jeito sempre atencioso na qual tinha, que era inegavelmente um dos aspectos mais marcantes de Adrien Agreste. Comparando à atualidade, houve mais modificações físicas como a barba rala da mesma cor de seus cabelos dourados dando sinal de masculinidade, os ombros bem mais largos, os fios agora grandes e desengonçados e as vestes variadas. Porém a personalidade continuava, e isso era uma das particularidades que ela admirava no rapaz.

Certas coisas nunca mudam.

Uma mão tocou levemente seu ombro, a despertando de seus pensamentos profundos. Avistou a mão albuginea, virou o pescoço e posteriormente as orbes verdes zelosas.

— Você já é a próxima.

E assim enxergou a atendente ruiva dando o troco para o garoto em sua frente, e saindo dando a vez para ela. Tentou imaginar um pedido, mas nada vinha em sua mente ainda perdida. Olhou para o menu em busca de algo, porém a fez se sentir mais pressionada. Como odiava devanear!

Adrien observando que ela estava em dúvida e deslocada, e que os dois caras atrás a encaravam ansiosos, tomou o posicionamento para si.

— Ela vai querer uma torta de morango. — passou para seu lado chamando a atenção da ruiva atrás do balcão negro, e tirando quatro euros do bolso, colocando sobre ele.

Marinette viu a ação perplexa e sentindo suas bochechas se tornarem vermelhas violentamente. Não acreditara o pequeno vexame que passara e a atitude dele em ajudá-la. Tudo culpa de seus devaneios avassaladores e seu modo atrapalhado. Ele a entregou uma nota e murmurou um "espero que goste dessa torta" voltando a pedir um sanduíche natural com café expresso.

A azulada foi ainda lenta para o segundo balcão onde receberia o pedido. Entregou a notinha para um homem e logo obteve um prato com uma fatia da torta atraente gelando levemente seus dedos. Decidiu esperar Adrien pegar sua encomenda para talvez lhe explicar o ocorrido e pagar o que devia. E assim aconteceu, ela parada pacientemente aguardando o singelo "obrigado" em finalidade. Corou mais ainda ao notar que foi mal educada por não se tocar em agradecer o homem. Apenas queria enfiar sua cabeça em qualquer buraco pela vergonha que sentia.

Adrien caminhou até a mesma com um copo fulminante e sanduíche em mãos e apontou para uma mesa vazia no canto do local, no meio de um refeitório cheio e barulhento. Eles seguiram em direção à mesa, se sentando em seguida, lado a lado novamente.

— Olha, obrigada por me "salvar" ali. — fez aspas no ar. — E desculpa eu ser tão aérea. Deixa eu te pa... — ia procurar o dinheiro em seu bolso até ser interrompida por um sorriso autêntico.

— Tudo bem Marinette. Não precisa me pagar, se é essa uma de suas preocupações. Nem se desculpar pelo jeito que ficou. Gosto de você assim, seja aérea ou atrapalhada. — a área de suas bochechas entrariam em erupção de tão quentes que ficaram. — E fico contente em saber que ajudei. Somente fiquei em dúvida sobre o pedido, mas lembrei que gosta de morangos portanto pedi essa torta. Espero que tenha acertado.

— S-sim, acertou. Não sabia que você lembrava disso. — à cada minuto que passava com Adrien, mais surpresa ficava com ele. Era inacreditável.

— Lembro sim. Afinal de contas, toda vez que saíamos às terças e sábados com Nino e Alya, você pedia algo com morango, principalmente milkshake. E quando não tinha na lanchonete, começava a ficar vermelha e dizia para Alya em como queria gritar com o dono sobre não ter o 'melhor sabor do mundo' e que perderia inúmeros clientes por causa disso.

Se a boca de Marinette estivesse aberta, estaria bem abaixo do chão. Ainda não considerava aquele garoto e suas falas reais. As saídas naqueles determinados dias foram no primeiro semestre do ano passado que combinaram porque todos podiam ir. No entanto desde aí não se teve mais pois no semestre seguinte, a escola estava mais rígida com deveres de casa e houve mais akumas para lutar.

Percebendo a expressão pasma, o loiro riu divertido antes de dar um generoso gole em seu café. Ele mesmo se surpreendia pelo fato de memorizar muitos detalhes a ver com ela. Queria justamente mostrar nesses atos, o seu amor, mesmo que indiretamente. Para em modéstia parte, tirá-la desse sentimento inocente e perigoso por Félix visto que ele era bem melhor.

— É, realmente estou espantada em se recordar dessas coisas. Por quê isso?

— Deve ser porque eu gravo momentos importantes, mesmo que mínimos, de pessoas importantes. — piscou enquanto terminava seu lanche e embolava o plástico que viera no alimento, o jogando dentro do copo de isopor vazio. E ela nem havia engolido um mísero pedaço daquela torta ainda em suas mãos. Ele viu isso.

— Quer que eu te salve nisso também? Posso te dar em aviãozinho, ou túnel de trem, você escolhe... — perguntou atrevido arrancando uma alta gargalhada dela, consequentemente rindo junto. Incrível como nessas simples ações, ela era inconscientemente encantadora.

— Não exagera Adrien! Sou quase maior de idade, pare de me humilhar assim. — deixou o prato em cima da mesa e cruzou os braços fazendo bico.

— Quase, só um ano e alguns dias. E oh, eu já tenho carteira de motorista, uma linda BMW na minha garagem e legalização. Acho que ganhei nisso aqui. — embora não gostasse de auto convencido, os olhos azuis brilharam ao ouvir o nome da marca.

— Sério que tem uma BMW, senhor riquinho-maior-de-idade? É meu sonho ter uma! — exasperou animada depois de engolir um pedaço da torta (finalmente).

— Vou levar isso como um elogio. E sim, tenho. Só que nem sempre dirijo nela. Meu pai ainda prefere que Gorilla seja meu motorista por segurança. — revirou os olhos.

— Nossa... que triste. Então me empresta no meu aniversário? É daqui a um mês. — tentou imitar a carinha triste de Manon ganhando somente uma risada baixa.

— Você? Dirigindo? Posso não o usar muito, mas não quer dizer que não goste ao ponto de querer perdê-lo em qualquer poste ou numa infeliz loja.

— Há há há há, muito engraçado Adrien. Estou rindo. — falou sarcástica.

E então, veio uma coisa em sua mente incessante que queria saber à todo custo.

— Mudando de assunto... — encarou o prato praticamente vazio na mesa e voltou a vista para ele. — sobre as brigas daquela hora, estava se referindo a Félix?

O leve sorriso em seus lábios se desfez numa linha reta e séria. Ele finalmente conseguiu um bom momento e ela tinha de meter esse medíocre no meio. E Marinette ficou receosa pela reação dele.

— S-se não quiser falar sobre isso, t-tudo bem. De verdade. — a voz saiu trêmula em súplica.

Adrien, ainda com a carranca no rosto, apenas suspirou.

— Sim, o próprio. — a fala era carregada de repulsa e seriedade, e ela engoliu seco notando o quanto esse assunto o afetava. Ele pensou em dizer algo, mas achou melhor não. — Pode parecer bobagem o que irei pedir, entretanto... não permaneça muito com ele. Moramos na mesma casa, e eu posso te afirmar com toda a certeza de que ele é intragável. Não se meta com Félix, Marinette, se envolverá em muito mais do que imagina.

Ambos mantinham o olhar cravado no outro. Com o dito, ela mordeu o lábio inferior em aflição, mas despertou outra sensação em Adrien. Ele aproximava vagarosamente, intercalando o foco entre aqueles olhos que lembravam um puro oceano e seus lábios rosados presos no dente. E ela não recuava. Por alguma razão inexplicável, permaneceu em inércia, se sentindo cada vez mais envolvida pelo perfume amadeirado em seus pulmões. Suas mãos foram delicadamente seguradas por outras maiores e esguias, numa percepção calorosa na região. Lufadas de ar misturaram-se, juntamente com seus corações batendo intensamente.

Sim, até que enfim chegara o momento em que mais sonhou durante esses meses. Ele provaria de seus lábios e podia imaginar sentir um doce sabor de cereja ou morango insistente em sua memória, o querendo experimentar mais e mais, numa vontade infinita que somente dessa forma se resolveria.

Aproximava-se mais até constatar que seus lábios não estavam mais fincados, no momento entreabertos e aquilo o atiçava de todos os modos possíveis. E então, finalmente se tocaram. Delicadamente, mas tocaram-se, e Marinette pensou se seu coração sairia pela boca no instante.

Estava acontecendo.

Finalmente.

Porém, no mesmo milésimo, o sinal soou gritante, espantando à todos, principalmente ambos. Marinette arregalou os olhos, se afastando involuntariamente como um pulo tomando todo o ar possível e olhando para todos os lados, menos a face de Adrien. Já ele se encontrava da mesma maneira, todavia focado no rosto vermelho e abismado da garota esperando por alguma reação que não fosse ela começar a gritar e o esmurrar com acusações de audácia. Trocaram mais uma vez olhares e tentou falar.

— M-Marinette, perdão, e-... — fora drasticamente interrompido por uma voz melancólica.

— Não! Não fale nada.

Jogou duas notas de euro na mesa e com isso saiu apressadamente para as escadas. Adrien encarou as notas marcadas com um dois e apenas queria uma arma para atirar contra a própria cabeça. Reclamava tanto de Nathanael e Félix, mas fora ele quem conseguiu dissipar a oportunidade de uma relação melhor com ela em um ato impulsivo. Abaixou a cabeça e apoiou as mãos nos joelhos sentindo um peso gigante em suas costas a cada palavrão que murmurava baixo para si mesmo.

Maldito seja!

~•~

Ainda no mesmo lugar, continuou a assistir toda a cena com um sorriso sereno.

— Mestre, você acha que isso vai dar certo? — o kwami verde perguntou incerto sobre o episódio.

— Creio que sim, pois estarão ligados eternamente e adversidades assim ocorrem. É apenas o começo. Paciência pequeno, muita paciência...

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e.e.

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