Refúgio - Um Amor À Prova De...

By crysthellem

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Desde pequena, o maior sonho de Bonnie era se mudar para a gigante Los Angeles junto com sua melhor amiga Val... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23

Capítulo 13

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By crysthellem

Bonnie

A aula parecia não ter fim e minhas pernas não paravam de tremer de ansiedade e digamos que de medo também.

Tempos depois - muito na verdade - saí da faculdade correndo pela rua, com a mochila balançando na minha costa e meus olhos revezando entre a calçada e o relógio. Eu estava dez minutos atrasada por conta do idiota do meu professor que perdeu a hora e não deixou ninguém sair até o momento que ele bem entendesse.

Alcancei a porta de vidro e entrei no restaurante, bastante ofegante. Me olhei no espelho e bufei ao ver meu rosto vermelho. Quem manda eu não fazer academia, agora sou uma sedentária de vinte e um anos.

Olhei para o lado e vi o reflexo do meu tio. Ele não parecia furioso, o que era um bom sinal, indicava que até ali eu não tinha sido descoberta.

Ajeitei o cabelo e fui até a mesa que ele ocupava. Me sentei na cadeira, ainda ofegante e o encarei.

- Desculpa a demora tio, meu professor inventou de...

- Tudo bem, filha - ele me interrompeu e gelei com isso, era agora que eu ia ouvir o maior sermão do século - sei como é a faculdade. Mas eu preciso ser rápido. Peça algo para você que depois conversamos.

Assenti e pedi a primeira coisa que vi no cardápio. Minhas pernas estavam tremendo, mas neste momento eu não conseguia descrever a causa, só sabia que em breve eu iria descobrir qual seria o início da minha carreira ou o final dela, já que eu até poderia ser presa pelo que eu fiz.

Mesmo o meu tio sendo policial, isso não mudaria o fato de eu ter roubado papéis confidenciais da polícia.

Em alguns minutos, o garçom trouxe nossos pedidos e assim que ele se afastou, meu tio me entregou um envelope.

- Aqui estão alguns casos inacabados que encontrei. Todos eles são de crimes organizados. Eu pedi para virmos pra cá porque isso é de extremo sigilo, as pessoas envolvidas estão entre as mais procuradas no país, e não estou falando de roubos, estou falando de tráfico, que envolve tanto dinheiro que some de vista. Estamos neste caso à vinte anos, mas sempre que conseguimos algo, o alvo muda de percurso e ficamos no zero. Nesta pasta também contém a rota que traçamos, achamos que poderiam estar atuando aqui em Los Angeles. Bonnie - meu tio ficou mais sério do que já estava - isso não é brincadeira. Eu particularmente não queria que você fizesse parte disso, mas foi a única coisa que consegui que se encaixa no que você pediu.

- Tio, isso... isso é mais do que eu preciso. É perfeito. Eu posso investigar? Posso fazer meu artigo sobre isso?

- Poder pode, tenho certeza que será o destaque no seu ramo. Mas é perigoso demais.

- Fica tranquilo, tio. Eu sei me virar.

- Teimosa igual ao pai - ele sorriu, com certeza se lembrando do irmão - Tudo bem, pode investigar, mas tem que me prometer que qualquer coisa que achar você vai entrar em contato comigo, e se algo der errado, não pense duas vezes em me ligar. Eu sempre vou estar por perto.

- Pode deixar, tio. Terei o máximo de cuidado. O senhor não imagina o quanto isso é importante pra mim. O resto da minha vida pode estar nesta pasta.

- Eu imagino, filha. Mas, eu repito, tenha cuidado, por favor.

- Esteja certo que terei, tio.

Suspirei em alívio, ele não desconfiava de nada e ainda me deu casos aparentemente grandes. Nesse momento me arrependi de ter furtado aquele envelope, e estava traçando um esquema pra levar de volta pra polícia, quando meu tio abaixou o talher e disse que estava na hora dele. Assenti e fui com ele até seu carro, aceitando a carona até meu apartamento.

Assim que entrei pela porta de entrada, senti meu celular vibrar. Sorri ao ver quem era.

- Alô?

- Bonnie, onde você está? Eu não vi você na hora da saída e você não atendia minhas ligações. O que aconteceu? Você está bem?

A voz preocupada de Alek fez minha respiração suavizar. Era maravilhoso ver sua preocupação comigo.

- Oi, Playboy. Desculpa, a aula demorou pra acabar e corri pro restaurante pra encontrar meu tio. Não deu tempo pra nada.

- Ah, tudo bem. E... como foi lá com ele?

- Foi ótimo, ele já conseguiu alguns casos pra mim, agora eu tenho que pesquisar e entrar de cabeça nisso.

- Entendi. Podemos nos ver depois do seu trabalho? Posso... posso ajudar você.

- Claro, vou amar ter a sua ajuda. E.. Alek...

- Oi?

Sua voz saiu num suspiro.

- Obrigada por estar comigo nisso.

- Não precisa agradecer, só quero proteger você e estar ao seu lado em qualquer circunstância.

Sorri ao ouvir aquilo. Nunca me senti tão bem ao estar junto com alguém. Alek era especial.

- Até mais. Beijos.

- Tchau minha Caipira.

- Tchau meu Playboy.

Entrei no apartamento e contei tudo a Valentina, - tirando a parte do furto, isso eu ainda iria resolver - sabia que podia confiar nela, e a mesma ficou mais confiante que nunca. Era tão bom ter o apoio dela.

Guardei a pasta dentro do guarda-roupa junto com o envelope furtado e tranquei, iria ver do que se tratava mais tarde.

Depois do banho, minha amiga me levou até a livraria e assim que entrei, Caleb veio até mim com uma expressão diferente e difícil de descrever.

- Boo, até que enfim, não achei você na escola e... fiquei meio... sem graça de ligar pra você depois da nossa conversa ontem. - ele colocou as mãos no bolso encarando o chão. - Não queria atrapalhar você com aquele cara.

O seu semblante que já estava desanimado ficou mais ainda. Porém, algo estranho ainda estava em seus olhos.

- Caleb, deixa disso. Está tudo bem, ta bom?

- Esta bem. - ele virou de costas, mas deu meia volta, me olhando novamente - E... e as coisas com você e aquele cara, são sérias? Vocês estão juntos mesmo?

- Como disse ontem pra você, sim, estamos juntos, Caleb. Tudo bem pra você? Afinal, sempre fomos grandes amigos, certo?

Caminhei até a sala dos funcionários e Caleb continuou falando comigo.

- Eu soube que ele tem dinheiro. É por isso? Bonnie ele está cheio de mulher, se for por dinheiro meu tio também tem e sou herdeiro dele.

Me virei rapidamente pra ele e pela nossa longa amizade não acertei a minha mão na cara dele, mas foi por muito pouco.

- Como você se atreve a falar assim de mim, Caleb? Eu não sou desse tipo. Meu Deus, parece que você não me conhece.

Caleb fez uma cara de dor, como se eu tivesse dado um soco em seu estômago, e nesse momento eu queria muito isso.

- Boo, me perdoa, eu não quis dizer isso - ele segurou minha mão, mas eu me afastei dele, como se ele fosse me machucar a qualquer momento - Eu... eu só tenho medo... receio... ele não parece ser boa pessoa. Você nem conhece ele Bonnie - seu tom de voz aumentou.

Fiquei na ponta dos pés e nossas alturas ficaram iguais.

- Parece que quem eu não conheço aqui é você, Caleb, que de uma hora pra outra virou outra pessoa que me ataca e me ofende. Não reconheço você. E se eu tiver algo com o Alek o problema é meu, se eu me machucar o problema também é meu. Fiz a minha parte e dividi isso com você, mas parece que você não digeriu de uma boa forma. Agora com licença, eu tenho que trabalhar.

Me virei e caminhei até a sala ainda espantada pelo o que tinha acabado de presenciar.

Caleb parecia outra pessoa e isso fez com que eu quisesse ficar longe dele, por hora, até ele voltar a ser o amigo que me encantou desde sempre.

Durante o expediente ele tentava falar comigo, mas eu o ignorava, não estava com cabeça pra isso, precisava dessa distância.

Quando o relógio marcou cinco e meia da tarde, ouvi a buzina do carro de Valentina, e antes que Caleb me alcançasse, fui até minha amiga que, graças aos céus, acelerou rapidamente.

- Bonnie, o que aconteceu? Vi o Caleb vindo atrás de você.

- Você não vai acreditar...

Contei a ela tudo o que aconteceu naquela noite no cinema e a acusação de Caleb a poucas horas. Ela se virou chocada várias vezes, e assim que parou o carro em frente ao nosso apartamento, disparou.

- Mas que porra o Caleb pensa que tá fazendo? Ele não é assim. Te beijar a força? Te dizer que é interesseira? Eu vou arrancar as bolas dele e dar pros cachorros do Noah. Ele foi muito sem noção fazendo isso.

- Eu sei, e to com muita raiva dele - respondi - Ele não parece ser aquele nosso amigo. Não mesmo.

- Não sei o que deu nele, mas acho bom isso não se repetir, pois vai ele vai amanhecer morto. Você vai contar pro Alek?

- Eu não sei, Tina. Não quero mais confusão. Eles já não se bicam.

- Você que sabe, não vou me meter. E aí, me conta, como estão as coisas com vocês dois?

E então a tensão foi embora e um tímido sorriso teimava aparecer em minha boca.

- Ah Tina eu... eu acho que estou gostando dele mais do que o devido. - confessei a ela.

- Aaah amiga, eu soube desde o princípio que isso iria acontecer.

Valentina tirou o cinto e se virou pra mim com um brilho nos olhos, só faltou bater palminhas, como de costume.

- E... e eu acho que ele está gostando de mim. - encarei minhas mãos - Eu não sei Tina, ele me trata de um jeito único, eu me sinto realizada com cada toque dele e ele... ele... ele me deu um cachorrinho. Tá lá na casa dele.

E lá estava ela batendo palminhas.

- Se você ainda acha, eu tenho a certeza. Ele te olha e um jeito tão fofo. Na verdade, ele é um fofo.

Sorri lembrando do olhar de Alek, aquelas íris castanhas me olhando de um jeito tão profundo, como se eu fosse a única coisa na face da terra.

- É eu... eu sei - apertei os olhos - Ai Tina, o que eu faço?

- Seja feliz, sua boba. Aproveita que o amor tá batendo na sua porta. Deixa se levar, sem preocupação. Na verdade, não tem com que se preocupar. Você tá apaixonada por ele e tá na cara que ele tá por você. Vive isso, Bonnie.

Soltei o ar que até agora tinha reparado que estava prendendo e assenti. O que poderia me acontecer? Mais uma desilusão amorosa? Já passei por tantas que posso superar mais essa, porém, eu sinto lá no fundo que com o Alek pode ser diferente, que com ele eu posso ser feliz.

Valentina tinha razão, eu devia ser feliz.

Ao entrarmos no apartamento, contei pra Valentina que ele iria aparecer lá a qualquer momento, então me mandou direto pro banheiro dizendo que o jantar estaria por conta dela.

Tomei uma ducha demorada e ao sair, vesti um macaquinho jeans, com uma blusa branca e sandálias da mesma cor. Dei uma olhada no espelho e sorri com o resultado, acho que dava pro gasto. Nesse momento, ouvi a campainha tocar.

Corri um pouco saltitante até a porta e vi Alek abrindo um enorme sorriso ao pôr os olhos em mim. Ele segurava nas mãos o Capitão, que pulou do colo dele direto pro meu, distribuindo lambidas pelo meu rosto.

- Também tava com saudades, garoto. Vai lá conhecer a tia Tina.

Ri e soltei o filhote que correu descontroladamente pelo apartamento até parar nos braços da minha amiga.

- MEU DEUS!!! QUE CACHORRINHO MAIS LINDO - Valentina gritou, segurando o filhote e apertou tanto o coitadinho que fiquei com medo que ele morresse sufocado a qualquer momento.

- Você ta linda - Alek falou me fazendo voltar a atenção pra ele.

Notei sua camisa azul escura colada no corpo e seu jeans preto. Ele que estava lindo, com o cabelo perfeitamente penteado e aquele sorriso encantador. Não sei se primeiro o beijava ou tocava em suas mechas que faziam meus dedos coçarem de ansiedade pra isso acontecer.

- Obrigada - sorri, tímida e ainda hipnotizada por aquela visão - mas quem merece esse elogio é você.

- Tenho minhas dúvidas.

E antes que eu pudesse discordar dele, Alek me puxou pela mão para fora do apartamento e fechou a porta atrás de mim, me prensando contra ela.

Definitivamente estava começando a adorar essa sua atitude.

- Senti tanto a sua falta - ele falou aproximando nossos rostos, fazendo eu sentir sua respiração acelerada.

- E eu... a sua - Não conseguia parar de olhar para seus olhos que brilhavam tanto quanto no dia anterior. - Demais...

Ele acariciou meu rosto, passou o dedo pelos meus lábios e sorriu.

Como um sorriso pode ser tão lindo assim?

E finalmente ele me beijou, me deixando completamente fora do mundo, fazendo existir somente eu e ele, mais uma vez. Aquilo era como viajar e a cada vez que o beijo ficava mais intenso, menos eu sentia meus pés no chão.

Quando nossas bocas se separaram, tentei formular alguma frase, e saiu isso.

- Você vai acabar me deixando louca, playboy.

- Essa é a intenção, caipira.

Ele me apertou mais contra a porta, sem me machucar. Sua boca voltou pra meus lábios e sua língua acariciava a minha de um jeito único e envolvente.

Não me solte, nunca mais. Repeti em minha mente, para que ele pudesse ouvir e atender ao meu pedido.

Mas de repente, meu corpo caiu pra trás e Alek também caiu, mas em cima de mim.

- Minha nossa. Me desculpem. Puta que pariu. Eu não queria. Eu só ia chamar vocês pra dizer que o jantar ta pronto e também - Valentina diminuiu a voz - a vizinha chata dai do lado ligou reclamando que tinha dois pervertidos na nossa porta e que ela ia chamar o síndico - minha amiga revirou os olhos exasperada.

Alek riu e me ajudou a levantar. Senti uma leve dor na costa mas resolvi não dizer nada. Levantei e sorri com a cena.

Caminhamos até o balcão e começamos a comer. A carne com arroz da Tina estava, como sempre, uma delícia e após devorar o prato todo levei Alek pra conhecer meu quarto.

Ele notou tudo, desde minhas prateleiras na parede branca, cheias de livros, até as almofadas coloridas em cima da cama. Ele olhava cada detalhe, como se estivesse me conhecendo só por ter entrado ali, o que na verdade, fazia todo sentido.

- E então, o que achou do meu pequeno mundo? - sorri atrás dele, enquanto ele se aproximava da cômoda com algumas fotos da minha família. Alek pegou um óculos antigo meu que estava ao lado das fotos, colocou ele e me olhou de volta

- Eu gostei. Admito que é bem a sua cara e me sinto bem aqui.

Ele sorriu e eu me aproximei

- É, não tem nenhum luxo, mas eu gosto, também me sinto bem aqui. E até você fica bem de óculos, Playboy.

Ele riu e olhou novamente para a cômoda, ainda usando o óculos.

- É a sua família?

Ele perguntou apontando para as fotografias.

- Sim. Minha mãe, pai e irmãos.

- Parecem com você.

- Sim - segurei uma foto com todos juntos e senti um choro chegar até a garganta e disfarcei indo até a cama segurando o notebook.

- Como vai a pesquisa?

Alek perguntou se sentando ao meu lado, acariciando meu antebraço.

Sorri com seu toque.

- Pretendo começar hoje, pesquisando mais fotos sobre os documentos que meu tio me deu. Esse foi um ponto que ele não explorou muito ou não quis me dar. Mas isso é bom, pois eu posso fazer do meu jeito. É só eu pegar as informações, colocar na data certa e achar uma pessoa por quem começar a investigar, preciso de nomes para... - olhei de relance para Alek e notei sua atenção para o notebook com uma expressão cansada - Ah... desculpa, eu estou tagarelando.

Ele balançou a cabeça, como se voltasse dos seus pensamentos.

- Ah, não Bonnie. Pode continuar, eu só estava prestando atenção e quer saber? Você devia parar por hoje e descansar - ele fechou o notebook e colocou em cima da cômoda. - Ainda não matei a saudade

Alek acariciou meu rosto, me fazendo suspirar com seu toque.

- Você é tão linda.

Alisei seu cabelo trazendo ele pra mais perto de mim.

- Esse elogio serve pra você.

Ele sorriu e me beijou, deixando aquela sensação mágica pairar entre nós, suas mãos grandes percorreram pela minha cintura fazendo a distância entre nós se dissipar. Sua respiração forte indo de encontro com meu rosto, me fazendo esquecer de tudo.

- O que você está fazendo comigo, caipira? - Ele sussurrou com os lábios nos meus.

- Eu que estou me perguntando isso, playboy - respondi ofegante.

Seu sorriso preencheu seu rosto deixando aquelas íris mais brilhantes.

Eu estou completamente perdida nele, e não quero me encontrar tão cedo.

- O que você vai fazer amanhã? - ele perguntou após separar nossas bocas.

- Humm... sábado. Não sei, acho que vou aproveitar pra pesquisar, mas não tenho nada de importante não.

Aquele sorriso cínico apareceu. E mais uma vez sabia que ele ia aprontar algo

- Alek, o que você pensa em fazer?

- Vou passar aqui pela manhã bem cedo. Esteja pronta. - o mesmo sorriso temia em continuar.

- Me diz logo, playboy!

- É surpresa. E você não vai querer estragar a surpresa, vai? - ele me beijou novamente, mas se afastou (muito rápido por sinal) - Hein, senhorita Bonnie Evans? - e mais uma vez seus lábios estavam em mim. E de novo, e de novo, e de novo... - Diga!

- Humm... - falei zonza - do que a gente tava falando?

Ele riu e antes que eu pudesse dizer algo, ouvi uns latidos do lado de fora do quarto.

- Acho que tem alguém que quer entrar - sorri me aproximando da porta e Capitão entrou atropelando o que via pela frente até parar em cima da cama pulando no colo do Alek.

- Amigão! Não pode nos dar privacidade, não?

Em resposta Capitão latiu mais. Alek sorriu segurando ele no colo e se levantando.

- Ele ta certo, ta na nossa hora.

- Mas já? Vocês acabaram de chegar - falei deixando transparecer minha mágoa.

- Eu sei Caipira, mas tenho uma surpresa pra organizar e você precisa descansar, foi um dia cheio. Prometo que amanhã vamos passar o dia todo juntos.

Ele se aproximou e com a mão livre me segurou contra seu corpo. Eu precisava me acostumar mais com isso, era tão bom.

- Está bem. Mas você tem que cumprir sua promessa - brinquei.

- Sou Alek Midas, cumpro todas minhas promessas, baby - seu sorriso cínico estava de volta e me derreti toda quando vi.

Definitivamente eu tinha virado a Valentina, e estava com medo disso.

Acompanhei eles até a portaria, lhe dando um ultimo beijo quando paramos em frente ao seu carro.

- Pego você às oito - diz ele.

- Já estou contando os minutos.

De volta ao apartamento, percebi que Noah já estava com Valentina em seu quarto, então já sabia que iria ouvir comentários maliciosos no dia seguinte.

Debruçada na cama, senti o cheiro de Alek no travesseiro, aquele mesmo cheiro viciante que estava me deixando completamente alucinada, me fazendo perder a noção do mundo ao meu redor.

Sim, eu estava completa, enlouquecida e perdidamente apaixonada por esse homem e eu não precisava mais esconder isso nem dele e nem de mim.

Iria fazer o que Tina disse, vou ser feliz. O que pode acontecer com uma paixão tão grande como essa que estou sentindo?

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