OBRIGADA PELOS 101 OLHOS QUE ESTÃO ACOMPANHANDO A MINHA HISTORIA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
(na verdade eu acho que seria 202 já que vocês tem um par de olhos, se estiver errado comenta ai ou então come amêndoas) PS: Eu não tenho nada contra gays.
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-Muito rosa... muito comprido...muito curto...muito chato... muito puta!
Enfrente a um espelho as criadas ,que eu considerava mais como amigas mesmo, mostravam diversos vestidos sem graça que eu deveria vestir para me encontrar com Marlon.
Minha tia sentada com as pernas cruzadas no meu mais novo sofá olhava o teatro com uma cara feia.
-Valentine- ela interrompe- como voce ira ver Marlon se não gosta de nenhum vestido?
-Esse é o problema, eu não gosto de usar vestidos, eu nunca me arrumo tanto só para ver um menino e Marlon... tanto faz se encontrar com ele ou não
-Olha eu não quero saber de seus gostos mocinha, se vista logo Marlon está a sua espera no salão dourado, eu lhe pedi que ensinasse voce a dançar
-Aff
-Agora escolha uma roupa logo
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Algumas horas depois eu descia as escadas para o primeiro andar, o vestido que usava me atrapalhava insensivamente, ele ia até as canelas era esverdeado bem claro, uma estrada de trança meio desarrumada marcava meu cabelo desarrumado mas bonito ao mesmo tempo, minha tia quase me amarrou para colocar saltos em meus pés mas sem que ela percebesse eu troquei por All stars pretos.
Eu atravesso um corredor largo, no final dela uma porta grande e dourada indica o salão, estreito a porta devagar e vejo Marlon tocando um piano branco , agora entendi por que chamam de Salão dourado, as paredes eram amarelas bem claras mas a luz do sol que entrava pelas grandes janelas dava a impressão de tudo ser de ouro.
A melodia da música era linda Marlon parecia um anjo daquele jeito, tão majestoso, tão natural. Enquanto me distraia contemplando Marlon daquele modo ele do outro lado do salão deixou escapar um pequeno sorriso.
-E feio espionar sabia?
Ele me descobriu ali, mas como?
-E-eu não estava espionando!- coro e me esquivo do olhar intenso e Marlon que as vezes parece arrepiar minha pele.
-Seiiii -ele estreita os olhos e se levanta do instrumento
Ele caminha até a minha direção mas para no meio do caminho, parece surpreso, e eu olho para lá fora onde percebo uma pequena cabeça infantil em meio as flores.
May, ela devia estar regando as flores, era a chance perfeita de ajudar Marlon a ficar com ela, Marlon ainda estava parado, eu olho para ele e percebo que sua boca está aberta e seus olhos brilham, Ué, por que isso?
-Ei!
-A-a o que?
-Se tá parado ai, tá fazendo?
-Na-nada- ele cora rápido- só me distrai
-Tá... olha lá- aponto para a janela a poucos metros de distância de nós- May está lá fora
-Hum- ele fica olhando mas não demonstra sentimentos
-Hum o que? e a sua chance de falar com ela
-Como?- de alguma forma ele está muito distraído hoje
-Marlon acorda- digo abrindo uma das grandes janelas- vem vamos lá
-O que? perai Valentine, não podemos sair assim
-Podemos sim, viu eu estou saindo
Ele segura meu braço.
-Eu disse a sua tia que lhe ensinaria a dançar
-Fala sério Marlon, oque voce quer dançar comigo ou ficar com a menina dos seus sonhos?
Ele não responde, eu já sei a sua resposta não preciso que ele diga.
-Então vamos lá- eu pulo a janela, dessa vez ela não é alta e da entrada para o que parece ser um bosque, Marlon pula atrás de mim,havia alguns arbustos altos em nosso caminho o que tampava a nossa visão de dentro do salão e nos impedia de ver um campo bem cuidado e florido, ao redor arvores frondosas compunham o campo.
Fui andando devagar para não chamar a atenção de May, que mesmo ditante poderia sentir nossa presença, Marlon estava muito lerdo então peguei em sua mão para que me acompanhasse.
May era linda, dessa vez seus cabelos castanhos estavam soltos, ela parecia ser uma menina meiga e doce, seu avental estava sujo de terra e ela se esforçava para tirar alguns fios intrusos de seu rosto um tanto moreno.
Eu agacho e me dirijo a Marlon
-Vamos lá Mama voce sabe o que dizer?
-Mama? isso é algum tipo de apelido?
-É, gosto?
-Nem um pouco
-Credo eu achei fofo e miseravelmente Gay, combina com voce
-Credo!
-Isso e horrível, não?
-O que?
-Ser chamado de Gay, voce quer ser considerado um príncipe Gay?
- O que voce tem contra Gays
-Nada Marlon mas voce não quer conquistar May?
-Quero!
-Então vai lá garoto, fale com ela e exiba essa sua testosterona sexy
-Sim... perai o que?
-Faz assim- Marlon usava um paleto cinza, com uma camisa polo branca e uma gravata, eu arranco o paleto dele e tiro a gravata de seu pescoço, desabotoo alguns botões e exibo o peitoral de Marlon
-Ei o que voce está fazendo? me despindo
-Para de reclamar- finalizo desarrumando a gola de sua blusa, agora Marlon parece atraente e muito muito sexy- agora sim
-Eu não vou lá desse jeito!
-A vai sim, tudo o que uma garota mais gosta e de um homem que não tem o que esconder, e voce esconde muita coisa por baixo das roupas
-Para de falar coisas tão constrangedoras
-Hahaha voce é uma graça, agora vai lá
Eu empurro ele para fora do esconderijo, ele olha para mim meio exitante mas segue me frente.
Ele se aproxima de May, ela nota ele e pela sua cara parece gostar da visão a sua frente, Marlon gesticula algumas coisas e ela exibe um sorriso fofo nos lábios, segundos depois os dois estão caminhando juntos e rindo
-O amor e lindo- digo brincando
Marlon da uma olhada para traz em minha direção e faz um joia com a mão, ele parece bem feliz. Não a razão para eu esperar ali então me direciono ao bosque um pouco fechado e misterioso, a grama parecia agradável aos pés então tiro meus tênis e vou descalça, isso serviria de sinalização para Marlon caso quisesse me procurar.
Alguns raios de sol tentavam entrar por entre as arvores que parecia dançar de acordo com a leva brisa presente ali, na cidade era diferente, o ar não era o mesmo e ali, ali tudo parecia mais leve.
Fui deslizando os pés pela grama fria, me deparo com uma goiabeira frondosa e cheia de frutos alguns verdes outros maduros, trepo em um de seus galhos e sento tendo total acesso as frutas tropicais, estendo minhas pernas meu corpo se apoia confortavelmente nos troncos da grande planta, ficar ali era a melhor coisa do mundo.
Acho que minha tia nunca me acharia ali naquele refugio, por mais que minha vontade fosse de voar para longe dali, longe dos problemas, longe das responsabilidades, longe da minha tia, para longe de Marlon?
Não, acho que isso não
Mas seria incrível poder voar, para um refugio, algum lugar distante.
-Um refugio nos céus- olhando para cima fecho os olhos e adormeço.