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By ErlaCosta

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Esse é o segundo volume da série Os Irmãos Backar e já se encontra na Amazon. ELE SERÁ RETIRADO DO WATTPAD D... More

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By ErlaCosta

Algo sobre você

É como um vício

Me acertou com o seu melhor golpe, querida

Certain Things, James Arthur (feat. Chasing Grace)

-O que propõe, Irina? – Alan a questionou seriamente e observou a loira sorrir.

Estavam na sala de reuniões da Space Dance a nova Matriz da Sex And Sex, dessa vez desprendida de Herval e totalmente legalizada.

Desde o anuncio de Hiorran, cinco meses antes, avisando que ele deixaria a administração da boate para investir em um projeto pessoal, Alan esteve ao seu lado em cada etapa.

Realmente decidiram seguir pelo lado certo da lei e tinham o apoio de Catarina que estava oficialmente dando as costas ao ex-marido. Jonny e Andrew, Gabriel Dante e os Ruiz também tornaram-se contribuintes. Fernanda Ruiz e seus dois filhos possuíam porcentagens da boate, já que Hiorran havia fragmentado as ações e as distribuído no mercado. Jonny e Andrew juntos somavam uma boa soma de ações e tinham grande poder de decisão, Catarina também possuía assim como Gabriel que ganhou por seu trabalho bem feito nos últimos anos. Fernanda possuía dez por cento e deixava seus dois filhos representa-la. Beth esporadicamente participava de reuniões no lugar de Catarina e possuía seus 3% que se fosse imaginado em lucros que recebiam por noite, era uma pequena fortuna.

Não eram mais uma boate familiar e ilegal, eram agora uma empresa grande e pretendiam fazê-la crescer.

Como Hiorran estava há mais de trinta dias em lua de mel com a esposa, Alan havia permanecido a frente das decisões e na sua ausência a assinatura de Alan seria o suficiente.

-Apenas não diga dançarinas de Cancan no estilo de musicais da Broadway. – Guilherme brincou arrancando risadas mesmo contra vontade, mas os olhos dele estavam provocantes sobre Irina e Alan precisou rolar os olhos.

-Engraçado, é uma ótima ideia. – a loira rebateu a brincadeira. – Mas pensei em algo diferente, deixaremos a ideia do Pimpão aqui para depois.

-Ai. – Victor Ruiz provocou o irmão de consideração e o mais novo cruzou os braços contrariado.

-O que decidir para mim está ótimo, até parece que alguém contestaria suas ideias, são elas que enchem a boate todas as noites. – Elizabeth acrescentou entediada.

-Na verdade Jonny quem deu a ideia e eu apenas incrementei. – Irina sorriu cumplice para o moreno de olhos esverdeados.

-E o que seria? – Andrew inclinou-se irônico.

-Lembram-se da dança feita na antiga boate por Lívia no dia em que Hiorran pediu a esposa em casamento? – Irina animada instigou.

-Ah é, lembro. – Alan brincou bem humorado. – Lembro bem. – piscou marotamente para a amiga, ele havia dançado com Gabi, Andrew com Irina, Jonny com Natalia e Hiorran com a esposa naquela noite em comemoração ao pedido.

-Pensei em algo do gênero, porém melhor. – Irina tinha os olhos castanhos brilhando animados, ela simplesmente adorava criar, participar dos ensaios e escolhas de figurino, ensinar a coreografia e claro, fazer parte do show, afinal ela era a Estrela. – Pensei em quinze dançarinas vestidas de assistentes e dançarinos vestidos de mágicos e com a dança que estou criando entraria bem alguns efeitos especiais. Posso treinar as meninas em alguns truques pequenos de mágica, seria fantástico.

-E se uma delas cantasse o refrão? – Guilherme deu de ombros.

-Elas são dançarinas, não cantoras. – Irina o fuzilou, ela apenas não o aturava e Alan tinha a impressão que se devia a disputa machista e infantil entre Guilherme e Hiorran que parecia não ter fim. Era estranho e assustador, mas Irina era amiga do ex amante e ele nunca iria entender aquilo tudo.

-Esperem, é uma boa ideia. – Andrew se inclinou irônico. – Você poderia cantar.

Alan concordou com Andrew e sorriu. – Ela poderia dublar, e outra, todos estariam tão fascinados com a performance das dançarinas que elas poderiam cantar qualquer coisa que eles iriam adorar.

-Diz isso dos homens, porque as mulheres vaiariam. – Beth provocante ressaltou e riu brevemente. – Eu só estou dizendo que teria que ser uma dublagem digna de óscar de ouro para convencer as dondocas que nos frequentam todas as noites.

-Estamos falando de Irina, irmã, teriam que inventar um novo óscar para ser digno dessa mulher. – Jonny acrescentou.

-Diga-me, Estrela, em sua extensa lista de talentos, o canto é um item? – Alan a questionou brincalhão.

-Opa! – Alan não poderia sorrir mais largo, seus dentes perfeitos contrastavam com seus olhos azul-acinzentados e com seu rosto forte e bonito. Os cabelos negros bem arrumados e um digníssimo Ermenegildo Zegna italiano sob medida, o terno de linho acentuava seu corpo grande e másculo, as linhas verticais sobre o tecido negro, gravata roxa e blusa social branca completava sua imponência naquela noite. – O que faz aqui, Gatinha brava?

-Dirigiu-se a mim, animal? – Mirian virou-se de frente para ele e apertou os incríveis olhos azul-mares ao notar o sorriso largo e pretencioso. Não vestia nada especial já que a pequena loira detestava essas coisas, uma calça jeans preta skini, blusa de manga preta com a caricatura do Elvis Presley e os coturnos habituais que ela usava para trabalhar. Os cabelos loiros presos baixos e bagunçados e nenhuma maquiagem, parecia proposital sua falta de vaidade, mas sua beleza era cativante, poderia usar trapos e estaria linda.

-Bom, não estou vendo nenhuma outra Gatinha por aqui. – ele a observou curioso sem tirar o sorriso da face, mas seu carisma não parecia funcionar com a melhor amiga da sua cunhada, a não ser que seu desejo fosse fazê-la desprezá-lo ainda mais. – O que faz aqui?

-Eu não sei se sabe, mas posso estar onde eu bem entender, até mesmo na sua boate. – ela cruzou os bracinhos e ele riu, é claro que ela podia. Primeiro que o homem que barrasse a entrada daquela pequena loirinha ficaria manco por um bom tempo, segundo que ela era tão delicada e bela como uma boneca e ninguém teria coragem de dizer não a ela, e terceiro e não menos importante, ela era madrinha do filho de um dos donos.

-Vejo que conseguiram se entender... ou talvez não. – a voz grave e divertida chegou até os dois e Alan rolou os olhos para o irmão mais velho. Hiorran o abraçou pelos ombros. – Eu sei o que vai dizer, sei que não é nada sem mim, eu já sei, não precisa gastar saliva.

-Seus sonhos são tão ridículos, irmão.

Hiorran riu.

-Olá. – Lívia acenou para Alan enquanto abraçava Mirian. – Hei loira, menos brava hoje ou seria esperar demais da minha melhor amiga? – a menor a olhou de cima a baixo com uma sobrancelha erguida. – Bem, acho que seria esperar demais, claro, apenas passamos trinta dias sem nos vê.

-Nossa que drama, menos. – Mirian fez pouco e estendeu o punho. – Fala aé, babão idiota.

-Essa me sufoca com tanto carinho. – Hiorran brincou batendo no punho da "cunhada" que rolou os olhos e fez uma caretinha. – Já que estamos nós quatro aqui, de bobeira, por que não bebemos algo? Sabe como é, acabamos de voltar, se espera que tenhamos feito falta, talvez.

-Não. – Alan e Mirian falaram juntos e os recém-casados riram e os puxaram para uma mesa.

A boate dividia-se em duas partes, o restaurante havia sido transformado em uma área social enorme com mesas discretas, um bar com bartenders e garçons, o hall de entrada havia se transformado em uma gigantesca pista de dança.

Alan sabia que tinham uma mina de ouro em mãos. Hiorran tinha muitos contatos com as pessoas mais poderosas do país e de fora, Irina era simplesmente um poço infinito de criatividades explosivas e maravilhosas e Alan tinha experiência como empresário e sabia fazer os lucros renderem. Os investidores eram inúmeros, a procura absurda e as ações na bolsa de valores valiam milhares de dólares. Eram simplesmente o trio de ouro para os negócios e com a ajuda dos outros que completavam a sociedade da boate, eram o segredo do sucesso.

-Eu sempre me surpreendo com o que fizeram com esse lugar. – Lívia comentou enquanto sentavam-se os quatro na mesa cercada por um sofá redondo e macio. Um garçom aproximou-se com um tablet para os pedidos. – Vou querer um Pit Chardonnay.

-Grey goose. – Hiorran solicitou.

-Gim suíço. – Alan fez seu pedido.

-Caipirinha. – Mirian completou e o garçom saiu. – Realmente souberam utilizar o lugar, quer dizer, era um hotel caindo aos pedaços e vocês o tornaram um dos maiores paints do bairro mais nobre de São Paulo, um pedaço de terra nesse bairro esta com preço de diamante bruto.

-Valeu pelo elogio, Gatinha. – Alan não resistiu em mexer com ela e a loira o fuzilou indignada.

-Eu não pensei que seria isso tudo, tudo bem nosso nome ficou conhecido nas noites paulistas, ok e o tipo de show oferecido chama a atenção. Mas esperei uma boa clientela, não que tornasse um dos lugares mais badalados do país. – Hiorran comentou abraçado em Lívia.

-Apenas seus nomes relacionados a um novo local de show já despertaria a atenção do senado, amor, seria questão de tempo que caísse no gosto público. – Lívia assinalou aceitando a bebida que o garçom havia trazido.

-Minha cunhada tem razão. – Alan piscou presunçoso. – Vamos convir que sabemos fazer as coisas funcionarem quando juntamos seus contatos, a mente criativa de Irina e meu talento nato com o dinheiro.

-Opa, seu talento? – o loiro riu bebendo da vodca.

-Irmão, sua administração é precária, faria isso tudo falir em uma noite. – Alan provocou brincando, não era verdade. Hiorran nunca quis administrar uma boate, ele queria administrar empresas, por isso descontava a frustração despejando tudo nas costas dos outros e finalmente quando buscou concertar seus erros, estava sem a Estrela e não teria como arrumar mais nada. A prova disso era que administrava lado a lado a Alan e ambos tinham uma combinação incrível no trabalho e faziam render tudo aquilo.

-Eu administraria isso melhor que os dois, queridos. – Lívia entrou na brincadeira e os Backar riram. Além da rede de lojas de eventos que ela possuía, Lívia às vezes agia como consultora logística e ajudavam na hora de comprar ou vender ações, a mulher era um gênio e apenas não tinha um emprego certo ali porque já presidia seus negócios e dava atenção ao filho pequeno, mas claro que havia seu dedo naquele crescimento todo.

-É claro que faria. – Mirian irônica atiçou a morena.

-Pode ficar no meu lugar quando quiser. – Hiorran sorriu orgulhoso beijando a esposa e Alan bufou rolando os olhos, às vezes tentava entender o que o amor havia feito a seu irmão mais velho. Ainda lembrava-se do loiro tendo casos com quase todas as garotas da boate, e ali estava ele, babando em apenas uma mulher.

-É bonitinho os dois apaixonados e tudo mais, mas será que dá para parar? – Alan ordenou virando seu copo e o ergueu, logo um garçom corria para servi-lo. – Tem duas pessoas a mais nessa mesa e isso é incômodo para caralho.

-Tudo bem. – Lívia concordou se ajeitando nos braços do marido. – Mas não precisam sobrar, não é verdade? – ela brincou divertida e Mirian engasgou com a caipirinha enquanto Alan fuzilava a cunhada, a bela morena riu.

-Eu concordo. – Hiorran acrescentou mais lenha a fogueira.

-Engraçadinho, muito engraçadinho. – Alan balançou a cabeça e olhou de canto para Mirian que vermelha tentava parar de tossir. Não seria nenhum sacrifício ter aquela loirinha por uma noite, não mesmo. – Eu até tentaria algo, mas vocês conhecem essa baixinha irritada ao meu lado.

-Baixinha é sua mãe, seu babaca, porra!

-Engana-se gatinha, minha mãe é alta. – piscou provocante e Mirian fechou os pequenos punhos, Alan gargalhou. – Sabe, se estiver tentando ser sexy até posso concordar, mas ameaçadora... hm, precisa fazer melhor. – não mediu suas brincadeiras, claro, por isso surpreendeu-se quando a loira saltou como um gato sobre ele e o mordeu no ombro com toda força. – Ai.

-Provoca mais, de dor não gosta, não é? – Hiorran o questionou tentando tirar Mirian de cima do moreno. Alan até poderia discordar, mas aquela mordida estava doendo demais, ele levou as mãos a cintura dela para afastá-la e para sua sorte ela se afastou. Arfava ruborizada, tão linda e tão perto que ele mudou de ideia e queria que ela continuasse onde estava, mas então sentiu, com todo o seu ser, a joelhada na sua virilha e quase enfartou de dor. – Ai, merda, calma Mirian, não tem noção do quanto isso dói.

-Chega Miri, chega. – Lívia a puxou e os dois conseguiram afastar a loira enquanto Alan apertava o local machucado e grunhia de dor. Aquela garota podia ser delicada, mas batia como um homem. – Meu Deus, quer aleija-lo?

-Com certeza. – Mirian afirmou sem se abalar e chutou a perna do moreno. – Estou parecendo ameaçadora agora, hm? – sorriu de canto e cruzou os braços. Alan dispensou a bolsa de gelo que o eficiente garçom o oferecia e sentou-se sentindo seus testículos latejando, ergueu o rosto e a fitou irritado. – O que foi? O gato comeu sua língua?

-Sua... vadia! – vociferou furioso.

-Opa, acho que ele quer outra joelhada. – ela provocou e ele ergueu-se ignorando a dor e aproximou-se dela, era duas vezes seu tamanho e sua largura e com sua massa corporal e a expressão de pura raiva, ele estava realmente ameaçador.

-Eu juro que beijará com prazer essa parte que atingiu. – ele garantiu soando arrogante e perverso e segurou o braço fino e pálido dela quando ela tentou soca-lo. – Eu vou descontar essa dor que me infligiu, Gatinha, e será de um jeito que jamais vai se esquecer.

E finalizando sua promessa, virou o copo de gim e se afastou arrumando o impecável terno que valia uma boa quantia em euros e recobrou o seu normal enquanto desfilava com toda a sua glória entre as pessoas na pista.

De um jeito ou de outro teria Mirian em sua cama e adoraria ensiná-la a ser uma boa garota. 

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16.04.2016

Revisado: 15/08/2018

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