Refúgio - Um Amor À Prova De...

By crysthellem

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Desde pequena, o maior sonho de Bonnie era se mudar para a gigante Los Angeles junto com sua melhor amiga Val... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23

Capítulo 5

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By crysthellem

Bonnie

Valentina e eu fomos para a faculdade no carro do Noah, ele tirou o dia de folga da empresa do pai e decidiu que iria passar o dia com a minha amiga e fazer ela não perder a hora dessa vez. Quando saí do carro, avistei um par de olhos castanhos me encarando por debaixo dos óculos escuros.

Alek estava encostado em seu carro branco com os braços cruzados e acenou pra mim quando eu passava por ele. Olhei para Valentina que entendeu e caminhou sorrindo junto com o namorado para dentro da faculdade.

Me aproximei de Alek e parei em sua frente.

- Oi Alek.

- Oi Bonnie, e ai, você ta melhor?

- Sim, graças a você. - sorri e ele também.

- Eu estou atrapalhando você? Você vai ter aula agora? - ele perguntou.

- Ah, não, ainda tá cedo, graças ao Noah que é sempre pontual.

- Você quer tomar um café?

- Sim, pode ser.

Alek me levou até uma cafeteria que fica na frente do campus. Pedimos dois chocolates quentes e uns biscoitos, e nos sentamos em uma mesa na calçada.

- E então, senhorita caipira Bonnie - ri um pouco, só um pouco - me conta mais sobre você. - ele disse enquanto uma garçonete nos servia os pedidos e notei que o olhar dela para ele era mais além de um adequado para um cliente qualquer.

Olhando para ela, perguntei.

- E o que o senhor playboy deseja saber? - olhei para ele novamente.

A moça de cabelos claros se afastou, mas se virou um pouco na direção de Alek e mordeu o lábio inferior.

Bufei.

Mas porque eu bufei?

Alek ainda olhava para mim, sem notar o descaramento da garota.

- Ah, qualquer coisa. Seus intereses, seus sonhos, suas conquistas, suas músicas preferidas, o que gosta de fazer nas horas vagas.

- Humm, como já falei eu estou fazendo jornalismo, e meu sonho é ser uma jornalista requisitada, com uma coluna só minha, ou algum cargo alto em um jornal ou revista. Eu terminei o ensino médio com 16 anos, e graças as minhas notas e uma boa prova de aprovação acabei ganhando uma bolsa aqui na universidade e...

- Então, além de linda a caipira ainda é uma nerd? - ele me interrompeu distribuindo um sorriso brincalhão.

- Não sou nerd e nem caipira, e nem linda.

- É sim e nem consegue notar isso. Nem com esses óculos gigantes. Mas continua.

Tentei não sorrir, mas acabei falhando.

- Enfim - pensei um pouco, ainda boba pelo seu elogio. Ele me achava linda - gosto de música pop, mas, como você pôde ver ontem, sou bem eclética. Sou louca em animes, mesmo que eu tenha visto poucos em minha vida...

- O que? - ele parecia surpreso - Você gosta de animes? Quais?

- Sim!!! Alguns como Nanatsu Nutasai, Death Note e como esquecer do meu amorzinho Narutinho de Konoha

Ele me olhou pasmo, parecia que tinha visto um fantasma, mas que ao mesmo estava gostando de ver ele. Não me aguentei e perguntei.

- Porque está fazendo essa cara? Falei algo de errado?

- Não, não. É que... ah... continua, fala mais de você.

Fiquei encarando ele confusa, mas balancei a cabeça continuando

- Ah, amo livros, música é minha paixão. Ah... o que mais? Huuum gosto muito de comer.

- Mesmo? Mas, você é magrinha, tirando essas bochechas grandes. Pensei que você era daquele tipo de garota que come à medida certa de calorias ou só salada com um micro pedaço de carne - seu sorriso cínico apareceu.

Eu até que estava gostando desse sorriso.

Hã? Eu pensei isso mesmo?

- Deus me livre. Eu gosto de salada sim, mas não dispenso um hambúrguer com um belo milkshake bem calórico e doce, eu sou doida em doce - tomei mais um pouco do chocolate e belisquei um dos biscoitos.

- Gostei de saber disso.

- Gostou? Porque? - perguntei com um sorriso no canto da boca.

- Ah é que eu...

- Bonnie? - me virei e me deparei com Caleb em pé ao lado da mesa

- Oi Caleb. - respondi.

- Ta tudo bem? - Caleb perguntou para mim, mas estava encarando Alek, que fazia o mesmo.

- Sim. Tudo ótimo. Deixa eu apresentar. Alek esse é o Caleb, meu amigo, Caleb esse é o Alek, meu... novo amigo - pisquei para Alek e vi um sorriso tímido em seu rosto.

- Oi... Alek. Já não ta na hora da sua aula, Bonnie? - Caleb disse voltando a me olhar.

Mas antes que eu pudesse responder, Alek falou:

- É Bonnie, vai pra aula, não quero que você leve bronca, a babá já avisou - ele levantou alcançando a mochila.

- Você me chamou de que? - Caleb foi na direção de Alek.

- De babá, porque? - os dois se encararam, Alek era mais alto que Caleb, mas mesmo assim os dois não pararam de se encarar, parecia que eu estava em uma daquelas lutas e essa era a apresentação antes do ringue.

Fiquei entre eles tentando separar.

- Os garotos podem parar?

Alek me olhou e se afastou.

- Tchau Bonnie - disse ele.

- Mas e a sua aula? - perguntei.

- Eu to indo agora mesmo pra ela e você devia ir pra sua - ele encarou Caleb e em seguida a mim e caminhou em direção ao campus em passos largos

- Vamos Bonnie - disse Caleb.

- Vai indo, eu vou ver o que aconteceu com ele.

- Deixa esse cara, você vai perder sua aula.

- Caleb, vai. Daqui a pouco eu vou.

Deixei o dinheiro em cima da mesa e fui até Alek. Consegui alcança-lo antes que pudesse entrar.

- O que aconteceu? - perguntei parando em sua frente.

- Nada, eu só... - Alek suspirou pesadamente - só to querendo ir pra aula e você precisa ir, senão vai perder sua aula, como o seu amigo disse.

- Então vamos juntos - segurei em seu braço que só agora tinha notado que eram grandes e musculosos. Tentei repor minha concentração e com muito esforço continuei com meu argumento - Vou deixar você na sua aula pra ter certeza que você vai pra sala mesmo. Vem.

Ele hesitou um pouco, mas por fim e me acompanhou sem eu precisar arrastar ele, o que eu acho que seria impossível, eu era uma anã perto dele.

Entramos na faculdade de mãos dadas, mas não me importei com os olhares, eu sentia que isso era o certo a fazer.

Chegamos em frente da sala W17 e ele me olhou sem soltar minha mão.

- Pronto, agora você está entregue. - brinquei.

Ele sorriu

- Então agora você é a minha babá? Humm, eu tenho sorte de ter uma babá assim.

- Não sou sua babá - soltei sua mão devagar - Eu... só queria... Nossa, tá na minha hora, a gente se vê depois Alek.

Saí andando pelo corredor, mas me virei a tempo de ver Alek sorrindo e entrando na sala.

A aula acabou e fui direto para cantina. Sentei junto com Valentina e Noah após pegar minha comida.

- Nossa, eu to morrendo de fome. - falei colocando meu óculos dentro da bolsa e comendo um pedaço do hambúrguer - hoje eu como igual um dragão.

- Bonnie, todos nós sabemos que você vive com fome. - Valentina se virou pra mim - Mas agora me conta, como foi com Alek? Soube que você foi atrás dele.

- O que? - quase cuspi o pedaço, quase, não ia desperdiçar aquela delícia. - Como você sabe? - falei de boca cheia.

- Caleb me contou e ele não pareceu muito feliz. Na verdade ele tava muito irritado.

- Não sei porque. Alek e eu estavamos conversando na cafeteria e de repente o Caleb chegou e Alek foi embora. Eu só fui saber o que ele tinha. Fim.

- Eu ouvi direito? Ta surgindo um triângulo amoroso? - disse Noah beliscando um pedaço de bolinho.

- Não, Noah. Gente, vamos parar, ta bom? Eu não tenho nada com Caleb e muito menos com Alek que conheci à dois dias. Agora me deixem comer?

- Ta certo - Valentina falou - Falei com minha mãe hoje.

- Serio? E como estão as coisas por lá?

- Tudo na mesma, estão com saudades e mandaram lembranças.

- Quando vou conhecer sua família, corujinha? - disse Noah abraçando minha amiga por trás.

- Em breve, Tigrão. Assim que tivermos uma folga.

- Ótimo, vou adorar conhecer a família de vocês duas.

Nesse instante, senti uma mão tocando meu ombro e um corpo sentando na cadeira vermelha ao meu lado.

- E ai Caleb - Noah falou.

- Oi gente. Bonnie, será que você tem um minuto pra mim?

- Claro.

Levantamos e nos afastamos um pouco dos nossos amigos.

- Será que agora você pode me dar um pouquinho da sua atenção? - ele sorriu colocando as mãos no bolso.

- Para Caleb, eu estou aqui - sorri.

- Que tal um cinema depois do trabalho?

- Ah... cinema? Eu...

- Ela não pode - sem eu perceber, Alek estava ao nosso lado - Ela já tem compromisso.

- Tenho? - perguntei.

- Tem sim, esqueceu que você combinou de ir em casa hoje?

- Cara, você de novo? - Caleb encarou novamente Alek, que mesmo sendo bem mais baixo que ele, tentava ao máximo mostrar autoridade. - Você ainda não viu que ta sobrando?

- Eu sobrando? Eu to vendo o que ta faltando aqui, altura. Você parece um anãozinho de jardim. Já sei, vou te chamar de mascote.

- Alek, não fala assim. - eu disse, mas fui ignorada.

- Mascote? Ah você vai se arrepender.

- Caleb, para! - tentei dizer, mas ninguém me ouviu.

- Vem, acho que nem vai fazer cócegas.

De repente Caleb foi pra cima de Alek, que tentou acertar um soco no seu queixo, mas Alek desviou e revidou, deixando uma marca de sangue no nariz de Caleb. Algumas pessoas se amontoaram ao redor de nós três enquanto eu tentava separar eles.

- Parem, parem com isso. Eu vou... - então, senti um impacto forte perto do meu olho e cambaliei para trás, caindo no chão, nesse momento agradeci por não estar com meu óculos senão iriam virar pedacinhos de lentes.

- Bonnie - ouvi a voz aflita de Alek, mas não consegui vê-lo, pois minha visão estava embaçada - Você está bem?

- Olha o que você fez, seu maluco - foi a vez de Caleb dizer algo - Boo, fala comigo.

- Quem me acertou? Ai! - meu rosto começou a doer mais.

- Foi esse brutamonte de dois andares. - disse Caleb

- Eu? Você que acertou o cotovelo nela - Alek falou.

- Chega! Parem. Eu não quero saber de nada, só saiam da minha frente. Ai! Droga isso dói.

- Bonnie? Bonnie - ouvi a voz de Valentina ao longe. - Vem amiga, levanta. O que fizeram com você? Vocês dois, deixem ela passar. Nossa ta ficando inchado. Vem, vamos na enfermaria

Caminhei com a ajuda de Valentina sem enxergar nada, mas pude ouvir a voz de Alek atrás de mim.

- Bonnie, me perdoa, eu não quis te ferir, eu... ele que acertou o...

- Não Alek, agora não e nem você também Caleb. Me deixem ir por favor.

Me afastei da multidão acompanhada por Valentina. Na enfermaria a doutora dissera que não tinha passado de uma pequena escoriação e que só ficaria um tom roxo por alguns dias, mas que depois voltaria ao normal.

Professor Adam resolveu me liberar por conta da minha visão ainda estar embaçada, então peguei um táxi e fui para casa.

Depois de comer algo, resolvi deitar um pouco e quando acordei a visão tinha voltado ao normal, mas o olho ainda continuava dolorido e roxo.

Noah e Valentina chegaram querendo saber meu estado. Coloquei eles a par de tudo e algum tempo depois, eles estavam indo me levar ao trabalho.

Assim que passei da porta, um corpo um pouco maior que o meu, mas levemente forte, me abraçou, me apertando e afundando a cabeça em meu pescoço.

- Boo, nossa que bom que você está melhor. Fiquei tão preocupado. Como ta seu rosto? - Caleb segurou meu rosto com cuidado e voltando a me abraçar - Nossa, ainda ta bem roxo. Culpa daquele idiota que...

- Caleb, para. - correspondi ao abraço - Não vamos voltar a esse assunto, por favor, você viu o que aconteceu.

- Eu sei, desculpa. - ele me soltou - Não sei o que deu em mim.

- Muito menos eu. Mas já passou, só não quero que fique implicando com Alek, ele é meu...

- Namorado? - ele perguntou com tristeza na voz.

- Não, ele é meu amigo, já disse isso.

- Olá pombinhos - ouvi a voz do senhor Simon e me soltei de Caleb - Bonnie, o que aconteceu com você? - ele segurou minha mão com semblante preocupado - Você não é de se meter em briga.

- Mas não me meti, senhor Simon, foi o seu sobrinho.

- Caleb Johnson, o que você fez com a Bonnie?

- Eu me descontrolei, tio - Caleb disse - Mas não fui eu que acertei a Bonnie.

- E ninguém sabe quem foi - completei antes que ele falasse de Alek - Eu já estou melhor, senhor Simon, foi um acidente.

Meu patrão olhou para o sobrinho com desgosto e segurou em meu ombro me acompanhando para dentro da livraria.

- Tire o dia de folga hoje, minha querida. Descanse. Nós tomamos conta do trabalho.

- Muito obrigada senhor Simon. Mas não precisa, eu estou bem.

- Eu insisto - ele disse com algo paterno no olhar - Pode ir minha filha.

Assenti e abracei o velhinho que me ajudou desde quando cheguei nessa gigante cidade. Me despedi de todos e na saída Caleb me parou.

- Não quer que eu leve você em casa?

- Não Caleb, eu pego um táxi, seu tio vai precisar de ajuda. Não se preocupa, vou ficar bem.

Olhei para ele e segui meu caminho. Quando cheguei em casa ouvi uns gemidos do quarto ao lado do meu e as vozes de dois namorados apaixonados. Sorri e entrei no banheiro sem fazer barulho.

Já era de tardinha quando os dois vieram para a sala e tomaram um susto quando me viram sentada no sofá vendo TV.

- Bonnie? - Valentina perguntou - Eu perdi a hora outra vez? Por que já ta em casa?

- Não Tina. O senhor Simon me dispensou quando viu meu olho. Tô em casa desde de cedo, só não consegui dormir com o barulho que vocês faziam no quarto.

Os dois sorriram envergonhados e foram pra cozinha procurar algo pra comer. Minutos depois a campainha tocou.

- Deixa que eu atendo - eu disse indo em direção a porta. Abri ela e dei de cara com um par de lindos olhos castanhos que atualmente já conhecia bem - Alek?

- Suas roupas estão secas - ele disse olhando para a sacola em suas mãos - Trouxe pra você - então ele me encarou olhando para meu ferimento e se afastou um pouco - Eu vou indo. Já... já causei problemas demais.

- Não - segurei sua mão - Não vai, por favor. Você... você não causou problema algum, Alek, foi um acidente.

- A sua babá pode chegar e não quero mais confusão.

- Eu não tenho babá - sorri - Fica, por favor.

- Ta bem. Mas... você quer dar uma volta? - ele perguntou colocando as mãos no bolso.

- Ah, pode ser, mas com esse meu olho roxo a gente pode dar uma volta aqui no prédio mesmo? Conheço um lugar que acho que você vai gostar.

- Ta bom - ele estendeu o braço - vamos?

Acabei rindo.

- Tina, vou lá em cima e já volto - gritei para minha amiga.

- Ta bom, mas qualquer coisa mandem me chamar - ela gritou de volta.

Segurei no braço de Alek e subimos as escadas até chegarmos em uma porta que ficava no último andar.

- Você me trouxe pro telhado? - ele riu atrás de mim.

- Sim, mas não é um simples telhado, vem comigo - segurei sua mão e o levei ate uma área atrás da caixa d'água.

Paramos em frente a uma construção mal acabada de madeira com uma tenda em cima, um pequeno sofá, algumas luzes e uma mesa ao lado.

- Nossa Bonnie, você que construiu isso? - Alek perguntou.

- Não - sorri - eu achei esse lugar logo quando me mudei, ele só tinha essa parte com a madeira, o sindico falou que seria algum tipo de depósito, mas não construiram tudo, então eu vinha pra cá pra ler, escrever ou me distrair. Com o tempo eu trouxe o sofá, a cobertura, as lâmpadas, a mesinha. O sindico disse que não havia problema porque ninguém vinha aqui mesmo, então, esse virou o meu cantinho, o meu refúgio. - dei um risadinha.

- É bem bonito aqui, e... Nossa - ele caminhou ate a beirada - que vista... uau. - sorriu

Caminhei até ele.

- Não é como a sua vista, mas eu gosto de vir aqui e olhar pra ela. Me tranquiliza, eu me sinto bem. - suspirei e fechei os olhos.

Senti algo tocar minha mão e quando abri os olhos, me deparei com Alek acariciando ela. Eu não quis tirar, e não tirei, era uma coisa boa e voltei a fechar os olhos pra continuar sentindo a sensação.

- É bom mesmo aqui, parece um lugar que vou e que também me deixa assim.

Olhei para ele e vi que estava com os olhos fechados e suspirando, como eu. Voltei a minha posição inicial e quando eu ia perguntar sobre esse lugar, ouvi um toque de celular, que fez a mão dele se separar da minha infelizmente.

- Desculpa Bonnie - ele disse olhando a tela - eu preciso atender. Alô? - ele se afastou um pouco, mas pude ouvir algumas coisas - sim, eu sei... Agora? - ele suspirou pesadamente - Tudo bem, chego ai em 10 minutos. Está bem... até - e desligou. - Desculpa Bonnie, era o meu... era algo que não poderia deixar pra depois.

- Ah, tudo bem. Mas aconteceu alguma coisa?

- Não, não é nada demais, eu só preciso ir mesmo. Desculpa não poder ficar mais - ele se aproximou de mim - eu queria muito ficar aqui, mas preciso ir - ele tirou uma mexa de cabelo do meu rosto, abaixou os óculos um pouco e tocou de leve meu ferimento - Desculpa por isso, eu sei que não sabe de quem foi a culpa, mas mesmo assim desculpa - então, ele se aproximou mais e beijou minha testa, em seguida encostando a dele na minha. - amanhã a gente se vê caipira. - e rapidamente foi em direção a porta descendo as escadas.

Fiquei parada por um tempo ainda sentindo o toque dos lábios dele em minha pele, macios, quentes, molhados, eram... incríveis.

Ouvi o barulho de uma buzina e fui até a beirada do telhado, Alek estava na porta do carro e com um leve aceno piscou pra mim, entrou e acelerou. Fiquei olhando o veículo até sair da minha visão.

- O que será que ele foi fazer de tão importante pra sair assim e porque o tom da voz dele ficou tão séria ao telefone?

Mas minha mente vagou pra outras lembranças, o toque dele, o beijo em minha testa, nunca tinha ficado assim com algo tão simples e normal.

Sentei no sofá e tentei pôr em ordem os fatos desse dia maluco.

Ganhei um olho roxo, mas com ele veio dúvidas que martelavam em minha cabeça e um simples beijo ba testa que me fez dormir sorrindo sem perceber.

Ai Bonnie, o que tá acontecendo com você?

¤

Alek

Saí do prédio da Bonnie com uma angústia e uma imensa vontade de dar ré e voltar lá. Mas meu pai tinha que me chamar justo agora? O dia tinha sido bastante turbulento e por culpa daquele mascote filho de um anão de jardim, Bonnie tinha ficado com um olho roxo

Eu tinha certeza que foi ele, porque minha mira era embaixo do queixo daquele intrometido e o cotovelo dele estava na direção de Bonnie. Mas não queria uma discussão com ela por culpa daquele cuzão.

Ter ido com ela naquele telhado me deu uma idéia que eu iria por em prática amanhã mesmo, mas agora, precisava cuidar de um assunto que caberia a mim, mesmo contra minha vontade.

- Filho, até que enfim. Já estava achando que iria falhar na sua primeira ação como um dos comandantes - disse meu pai assim que entrei em seu escritório.

- Eu sei cumprir minha palavra. O que aconteceu?

Ele ficou me olhando e jogou uns papéis na mesa de vidro.

- Aqui estão os documentos pra você verificar. Quero saber se podemos continuar com essa proposta, se sim iremos fazer ainda está noite

Apanhei os papéis e comecei a ler linha por linha, com o máximo de atenção possível. Devolvi os papéis pra ele

- O senhor podia me enviar isso por email. Está tudo certo, pode continuar

- Você sabe muito bem que não tratamos nada por email ou mensagem ou telefonemas, Alek. Mas não foi só pra isso que chamei você.

Suspirei pesadamente e me sentei na cadeira na frente do meu pai. Previa que noite seria bastante longa.

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