- Já chega! - Kile praticamente urrou sentindo a raiva consumir todo seu corpo. - Allice está louca, ela não é a nossa Allice, agora ela é a vilã que vamos deter.
Doía para o alter ego de Arsenal dizer tais palavras sobre sua amada namorada. Porém a coisa havia saído do controle no momento em que Allice sequestrou sua própria filha, após o sacrifício heróico de Robin.
- Temos que parar de pensar nela como nossa amiga. - Falou Lucy com a voz embargada. - Ela é a ameaça. - Reforçou as palavras do irmão ao compartilharem seu sentimento em relação a Marrie.
Lucy e Jack se entreolharam e o homem-animal assentiu com a cabeça às palavras de Lucy.
Estava profundamente irritado com tudo aquilo. Não suportava o fato de não saber como agir com aquela situação extremamente adversa.
A equipe estava em sua base e juntamente a eles Olívia que mais parecia uma criança encantada com os vários aparatos científicos da base da Legião. Computadores com super-capacidade, inúmeras armas poderosas, diários científicos de Jack que reportava inúmeras descobertas interessantes.
A ruiva ainda tinha uma ponta de mágoa e também culpa pelo o que havia acontecido com o filho de Isabelle. Não havia se sentido nada confortável ao ver aquele garotinho que tanto havia perturbado sua sanidade mental da forma em que foi encontrado após os barulhos de raios que ouviu do apartamento de Jack.
- Ele vai ficar bem, não é? - Perguntou um tanto aflita por Robin que estava deitado se recuperando da noite difícil que havia tido.
Após os clarões dos raios de Allice, Kile rapidamente subiu até o telhado apenas para encontrar sua mulher deixando o local com sua filha. Logo após, Jack e John encontraram Robin desacordado no chão do beco que separava seu prédio do prédio vizinho.
Robin teve queimaduras graves como as de sua mãe e apenas sobreviveu por ter a mesma capacidade regenerativa de Isabelle. Já a queda o menino sobreviveu por segundos após desmaiar, seu corpo automaticamente se tornou invisível, o que fez com que o impacto não lhe trouxesse sequelas.
- Ele é um garoto forte, e vai sair dessa. - John sorriu passando um tanto de conforto para a ruiva.
Olívia sorriu e continuou a observar o garoto desacordado.
- Eu não consigo associar a nada. - Jack bufou sentindo a raiva da ignorância que sentia em não saber explicar o que havia tornado Allice insana.
Todos estavam instáveis por simplesmente se tratar de Allice. Aquela era a Allice. A mesma Allice que era mais que amiga de todos eles.
- Eu acho que tive uma ideia, Nicholson. - Octávia que até então não havia saído de perto do Robin finalmente foi até os computadores de Jack. - Acha que conseguiríamos o código Turing? Ao menos encontrariamos a criança.
- Não sou tão bom, Livi. - Jack lamentou consigo mesmo pensando se conseguiria mesmo executar o código mais difícil da área da computação.
- Claro que consegue, nós dois. - Sorriu se sentando ao lado de Jack pronta para a execução.
Jack seguia estático olhando fixamente para Octávia ajustava seu computador para aplicar o tão famoso e impossível código Turing.
Olívia encarou Jack por um breve momento e revirou os olhos entendendo as palavras silenciosas do metamorfo.
- Eu sei, é o código mais difícil do mundo, mas teríamos acesso a todas as câmeras da região, ou microfones, conseguiríamos facilmente achar a mulher que procuram.
- Sabe como isso é difícil? - Perguntou mais uma vez ainda dominado pela desconfiança. - Fora que poderíamos ser presos pelo FBI ou até mesmo a CIA.
- Você é um homem ou um rato? - Falou desafiando-o com um trocadilho dos poderes de Jack. - Vamos logo, seu inútil. - John não aguentou e esboçou um sorriso pela reação de Jack pelas palavras da ruiva.
Ela estava de volta.
- NÃO! - O grito estridente de Robin ecoou pela base assustando a todos de súbito.
Octávia e Jack se levantaram imediatamente e seguiram até Robin assim como os outros.
O garoto havia se sentado na maca em que dormia enquanto debatia os braços com o susto de achar estar ainda despencando de seu prédio.
Estava ofegante e suado. Reação esperada considerando tudo o que passou.
- Calma Rob. - Octávia foi de encontro até Robin por um instinto involuntário. - Sou eu, viu, a tia Livi. - Disse tentando acalmar o menino que ainda ofegava assustado. Olívia sequer reparou que usou seu antigo nome para nomear-se a si.
Robin alternava seu olhar em seus tios que tinham preocupação evidentes em seus olhares enquanto Octávia o ajudava a se recompor.
- Você tava morta. - Murmurou com palavras quase falhas passando as mãos entre os fios de seu cabelo. - Tá tudo errado. - Sussurrou ignorando todos os pares de olhos que o encaravam. Só então se lembrou de Marrie e Allice, era como se um choque passasse por seu corpo. Havia fracassado. - A Marrie, eu juro tio Kile, eu juro que tentei, mas eu sou fraco e... me desculpe, é tudo minha culpa. - Falou decontroladamente enquanto suas memórias da noite anterior voltavam fazendo as lágrimas incessantes molharem seu rosto juvenil.
Suas mãos tampavam seu rosto para esconder seu choro constante.
Robin sentia-se mal por não ter salvado Marrie. De fato pensava que se conseguisse tal feito, sua mãe enfim teria algo para se orgulhar, como encher o peito e declarar: "Meu filho fez com que eu perdesse minha infância, fez a família de Martin se destruir, foi preso aos treze anos, mas ainda sim é um herói."
Porém isso não iria acontecer, afinal, não havia conseguido sucesso. Apenas se machucado mais do que deveria.
Talvez seria melhor que eu tivesse morrido. - Pensou ainda soluçando com o choro, o único som que preenchia o lugar.
Kile rapidamente foi até o garoto e o envolveu em um abraço reconfortante.
O ninja da equipe tinha sentimentos fortes pelo pequeno Robin. Havia acompanhado seu crescimento desde pequeno. Sentia-se totalmente frustrado ao vê-lo de tal maneira.
- Não foi sua culpa, amigão, e pelo contrário, você foi o grande herói, carinha. - Suas mãos acariciavam os cabelos um tanto grandes de Robin enquanto o garoto apenas chorava soluçando sentindo toda a agonia da noite anterior.
- Você vai ser um grande herói, Rob. - Falou Lucy também se aproximando dos dois.
- Obrigado. - Murmurou após fungar o nariz. - Obrigado também tia Livi. - Numa atitude inesperada pela ruiva, Robin abraçou sua tia fortemente e Olívia retribuiu ao aperto de seu sobrinho.
Em sua mente lhe veio algo. Algo como um abraço.
Uma memória.
Robin era bem menor, um bebê. Vestia-se com o uniforme da escola. Era o horário da saída pois várias mães também esperavam suas crianças na porta da escola. Ao sair correu diretamente até Olívia e lhe deu o melhor dos abraços que a garota havia recebido em sua vida.
- Vamos ao trabalho? - A voz de Jack a despertou daquela lembrança amorosa que rondava em sua mente.
- Vamos. - Sorriu tentando disfarçar o turbilhão de sentimentos que pulsava em sua mente e seu peito. - E você, você vai ficar bom logo. Meu herói. - Robin sorriu com as palavras direcionadas a ele.
[...]
- Martin Sean, aonde está o nosso filho problemático? - Falou pausadamente após se sentar na cama.
Lugar onde já não aguentava mais estar. Ao se sentar sentiu uma tontura imediata por sua cabeça e logo voltou a se deitar. Isabelle odiava aquilo, estar impotente. Há anos a mulher não se sentia daquela forma. No momento Isabelle desejava dar um soco em Kile por tê-la tornado tão ativa com os treinos da Legião.
- Querida, ele está com a Alice. - Deu de ombros com a desculpa tola que havia inventado. - Robin está ótimo, e precisa da mãe dele da mesma forma, então relaxa e concentre-se na cura. - Acrescentou divertido tentando disfarçar seus verdadeiros sentimentos.
Martin sabia o que havia acontecido com seu garoto e se segurava para não correr até a base da Legião para abraçá-lo e ver que ele estava bem, mas simplesmente não podia. Segundo John, Martin deveria manter Isabelle em casa para que somente depois os outros contassem com cautela tudo o que estava acontecendo, afinal a ruiva não esperava por seu filho ser quase morto e a volta de sua irmã morta.
- Não confio nas suas palavras, Sean. - Falou um tanto divertida sorrindo para seu marido.
- Como assim, Massey!? - Seu tom era como o de sua mulher, porém ainda receoso.
- É sério, Mart. - Revirou os olhos. - Ele foi preso de novo? Me conta o que aconteceu.
- Ele está bem, apenas está chateado em te ver machucada, só isso. - Martin havia se sentado ao lado de sua mulher e brincava com uma mecha de seus cabelos ruivos.
- Por que não consigo confiar em suas palavras?
Talvez por anos de experiência e também a convivência com Kile, Isabelle conseguia farejar a mentira descaradamente.
- Porque você está doente e precisa de repouso? - Ponderou colocando a mão no queixo pensativo.
Mesmo desconfiada, Isabelle cedeu á história de Mart.
O dia seria longo para o pai de Robin, afinal, a ruiva era tão geniosa quanto o pequeno Massey.
[...]
- Está pronta? - Perguntou Jack.
O homem metamorfo já estava com as mãos posicionadas sobre algumas teclas do computador que usaria assim como Octávia.
A ruiva apenas checou uma última vez todo seu algoritimo na tela do computador para enfim assentir à pergunta de Jack.
Robin, seguia calado apenas observando as ações dos dois.
Já Kile colocava para fora sua angústia descontando toda a sua raiva na sala e treinamentos aonde massacrava seus músculos com o treino pesado que fazia.
John saiu para correr, o que significa pôr a cabeça em ordem. Sentir a brisa em seu rosto. Sentir a velocidade o relaxava.
Lucy havia ido para casa contra sua vontade, coisa que ela não tinha quando John e Kile se juntavam. Segundo os dois, a morena precisava descansar, pois foram emoções demais.
Na sala principal, Jack e Olívia se entreolharam uma última vez já prontos para executar o código.
- Pronta pro maior hack da história? - Murmurou Jack fazendo os últimos ajustes necessários.
- Vocês poderiam mudar algumas notas da escola pra mim. - Disse Robin seu pensamento que na verdade não deveria ser dito.
- Um dia, garoto. - Octávia sorriu travessa dando uma piscadela para Rob.
Robin comemorou internamente e realmente iria cobrar sua tia para que ela fizesse o que havia dito.
- No três. - Falou Jack.
- Três.
Assim simultaneamente os dois passaram a digitar o mesmo código. Tudo deveria ser feito em perfeita simetria, esse fato tornava o código tão difícil de ser executado.
Apenas era possível ouvir as teclas do computador ecoar pela sala aonde todos prestavam atenção com cuidado para não distrair Jack ou Olívia.
- Tá quase. - Murmurou Jack ainda concentrado no que fazia.
- Ahn, Robin, rápido, me ajuda aqui. - Disse Olívia num tom urgente.
A mulher havia se desconcentrado e sem querer havia digitado o que não deveria, o que estragaria todo o plano se não agisse rápido.
Robin se levantou depressa e caminhou até dia tia pronta para ajudá-la.
- Pega seu celular e faz exatamente o que eu mandar.
Rob assentiu com a cabeça e digitou todos os números e letras ditados por Octávia. A ruiva além de dizer ao garoto o que ele deveria fazer, também trabalhava duro em fazer seu próprio plano funcionar.
- Tá compilando. - Falou Jack sorrindo como bobo.
- O que? Eu juro que não é minha culpa. - Disse nervoso sem parar de teclar o que havia sido instruído.
- Está funcionando, garoto. - Falou Octávia orgulhosa pelo incrível feito.
Jack imediatamente passou a procurar imagens de Allice por toda a cidade afim de localizar Marrie.
Robin se sentia orgulhoso com borboletas em seu estômago. Após ser preso, se tornar o que sua mãe jamais queria, ser espancado, eletrocutado, fracassar em salvar Marrie e por fim a quase morte, finalmente havia feito algo bom, algo realmente bom.
- Então, já sou um hacker profissional? - Disse Robin já deixando seu celular de lado apenas para massagear seus dedos que ficaram doloridos.
- Sinto muito. - Falou Jack. - Ainda tem muito o que aprender.
- Pronto, nosso vírus já foi instalado, o programa já tá rodando e bem, logo ela vai ser encontrada. - Olívia passava um tom tranquilo como quem confia veemente na eficiência de seu trabalho.
- Até que não foi difícil. - Rob tinha as mãos no bolso enquanto relaxava depois de tanto sufoco.
Sua calmaria em meio a tempestade.
- Claro Robin, apenas tivemos que digitar sincronizadamente os códigos que estavam fragmentados em dezenas de livros e alguns em páginas de rascunhos do próprio Turing. - Desdenhou Olívia. - Muito easy.
No instante que Olívia falava, Kile passava pela sala principal com a cara de poucos amigos apenas para pegar sua melhor Katana retrátil e guardá-la antes de sair do lugar sem dizer uma palavra sequer.
- Nossa. - Octávia encarava a porta pela qual Kile saiu impressionada com a rapidez do homem.
- Ele não é sempre assim, está passando por um mau momento. - Disse Jack.
Olívia parecia refletir sobre o que Kile estava passando. Sua mulher se tornar uma pessoa detestável e ainda sequestrar sua filha, aquilo poderia ser o inferno particular de qualquer pessoa.
- Acho que essa é minha deixa. - Levantou-se lentamente. - Eu vou pra algum lugar por um tempo.
- É o que?! - Robin se levantou juntamente a sua tia.
Seus olhos castanhos nublaram-se com a tristeza de perder sua tia de novo. Talvez fosse o maior defeito de Robin, se apegar tão facilmente à pessoas que não correspondem tal sentimento.
Olívia percebeu a tristeza clara do garoto, logo a mulher foi até Robin e o abraçou afagando seus cabelos.
Rob pensava como havia conseguido confundir Octávia com Isabelle. As duas eram completamente diferentes não só em seus jeitos mas também na aparência.
Olívia tinha um cheiro em especial, algo como se tivesse usado um jardim inteiro de camélias e litros de vinho como perfume. Talvez fosse o lançamento da Victoria Secrets que usara aquela manhã.
Já seu abraço era quente e acolhedor. Era como abraçar um ursinho de pelúcia em frente a uma lareira enquanto tomava uma boa xícara do melhor chocolate quente que sua avó fazia em meio um forte inverno. Diferente de Octávia, Isabelle tinha um abraço refrescante, algo como uma brisa suave num dia quente.
- Eu preciso ir, garoto. Preciso me achar, mas eu prometo que volto. - Sorriu ao tranquilizar o menino.
- Você promete que vai voltar? Digo, nós já te perdemos uma vez, não quero que aconteça tudo outra vez. - Desabafou ainda em meio ao abraço apertado com dia tia.
- O que aconteceu? - Perguntou com uma ponta de curiosidade. Octávia nunca havia imaginado que enquanto se divertia em festas ou viagens haviam pessoas sofrendo por sentirem sua falta.
Robin pensou por um momento, sua mente foi até sua infância. O garoto saiu dos braços da sua tia e deu de ombros.
- Isabelle chorava o tempo todo, talvez soe como uma piada, mas ela ficou totalmente fria. - Confessou com seu olhar fixo em suas mãos. - Eles dizem que não, mas sei que a vovó teve depressão, na verdade ainda tem. Por isso as viagens. Meu avô decidiu ir visitar todos os lugares que a deixaria feliz. Já a Legião, todos choravam o tempo todo. - Robin por um momento se lembrou da maior piada que poderia ser para Olívia. - Sabe, o tio Kile sequer usa mais a Cenny.
- Cenny? - Franziu o cenho ao ouvir o nome nada comum.
- Você nomeou a Katana favorita dele de Cenny. Pelo o que o tio John me contou, você queria ela para cortar uma melancia, então ele surtou. Você nomeou Cenny por significar Favorita de alguma língua muito estranha.
Olívia sorria da história, sequer imaginava ser capaz de dirigir a palavra àquele homem duro e inexpressivo, quanto mais roubar sua arma para um propósito infantil.
- Robin, eu prometo pra você que não vai ser da mesma forma. Unicamente por você, eu volto.
Robin assentiu um pouco hesitante antes de voltar a abraçá-la uma última vez. Para o garoto, abraçar Olívia era viciante.
- Você tem que voltar a tempo de mudar as minhas notas da escola. - Impôs com seu melhor tom bravo.
Olívia revirou os olhos entediada porém emocionada por conseguir conquistar Rob.
Jack até então apenas se concentrava no computador para evitar ao máximo observar Olívia ir embora mais uma vez.
Octávia também não havia insistido, iria facilmente embora sem dar um adeus sequer.
- Até mais, garoto.
Robin somente sorriu assentindo com a cabeça.
Octávia observou Jack uma última vez e com um tanto de mágoa deixou a base com sua bolsa nas mãos.
- Sério? Você não vai atrás dela? - Falou Robin incrédulo com a falta de inteligência do seu tio mais inteligente.
- Ela não quer que eu insista e eu prometi que não faria isso.
Robin queria pelo menos esmurrar o rosto de Jack com toda sua força. Queria matá-lo enforcando-o lentamente pouco a pouco.
- Você é burro ou se faz seu demente?! - Gritou exageradamente alto.
Jack franziu o cenho assustado com a reação adversa de Rob.
- Não é possível que não perceba que ela precisa de você. Ela pode dizer não querer que você insista, mas os olhos dela, as atitudes dela dizem pra que você o faça, e faça agora. - Robin disse tudo o que estava preso em sua garganta.
Jack sem esperar um segundo sequer, correu na esperança de encontrar Octávia, porém viu o que de fato iria piorar de vez a sua relação com a ruiva.
Octávia estava parada de frente a Mark um tanto paralisada.
- Sério isso? Agora os dois são irmãos, Jack? - Gritou em bom som para que todos escutassem.
- Eu não sabia que ela estava aqui. - Mark balbuciou nervoso.
Mark não queria aquilo, mais um conflito. Queria apenas reatar o que quer que tinha com o irmão.
- O que mais não estão me contando? Meu Deus, será que tem algo na minha vida que não tenha sido manipulado por vocês? Meu pai, vocês dois, todos me controlam.
- Tassie, por favor me escuta. - Jack suplicou.
- Vá se foder. - A ruiva saiu dali em passos fortes segurando suas lágrimas.
Embora quisesse ir embora, Olívia ainda confiava em Jack, afinal a Legião era um segredo coletivo. Olívia entendia o porquê dele não ter contado, mas não contar sobre Mark foi a gota d'água.
- Merda. - Jack esbravejou totalmente irritado. - Por que infernos voltou, Mark? Ahn? O Dustklion deveria ter te matado, ou apenas Kile. Você deveria ter morrido há muito tempo.
Mark não se deixou abalar pelas palavras de seu irmão, deveria no mínimo concordar. Tudo o que havia feito na sua vida era ruim e em sua única oportunidade de mudar, Mark simplesmente traiu os únicos que lhe ajudaram.
- Eu te odeio, não entendo como pode ser meu irmão. Você nada mais é que uma fraude. - Jack sorria sarcástico.
- Eu sinto muito, Jack. Não quero ser a vítima, mas eu vim apenas pra tentar ajudar e não esperava encontrá-la aqui.
- Ajudar? Por favor, Mark. - Novamente seu riso sarcástico se fez presente. - Suas palavras me enojam.
- Olha maninha, os irmãos estão bem no meio de uma discussão familiar. - A voz de Annie se fez presente como a melodia hipnotizante das sereias que famintas pela morte atacava.
Jane e Annie sorriam, o brilho roxo em seus olhos contrastavam com a pele demasiadamente clara das gêmeas.
[...]
- Você vai ficar bem aqui? - John perguntou preocupado com a segurança de Lucy, afinal a obseção de Ferrero pela irmã de Kile era óbvia.
John havia recebido um chamado importante que vinha do Centro da cidade, aparentemente um homem havia feito uma juíza refém no fórum da cidade. Seria um caso perfeito se o tal homem não fosse um metamorfo com o poder de mudar sua aparência para a de qualquer pessoa que lhe interessasse.
- Eu vou ficar, apenas me prometa que vai ter cuidado. - Sua mão acariciava a leve barba de John. O homem lhe direcionou um sorriso terno como quem diz que tudo vai ficar bem e então assentiu com a cabeça.
- Tenho que ir. - John depositou um beijo cálido na testa da morena para enfim disparar como o trovão que é em rumo ao centro.
O vento batia forte contra seu rosto e suas pernas moviam-se rapidamente impulsionando-o para onde quisesse.
Ao chegar, um forte vento anunciou a sua chegada.
John havia chegado a tempo. A bala saía lentamente da arma que o homem segurava. Seu rosto se transformava no rosto da mulher que iria matar em milésimos de segundos.
A mulher ajoelhada no chão estava com os olhos fechados pronta para encarar sua morte.
O homem poderia tentar se transformar na juíza, porém seu olhar psicopata ainda se caracterizava no rosto delicado que se transformava.
Claro, a maioria das pessoas super-humanas passavam por terríveis torturas como exposição radioativa e outros para obterem seus poderes. Aquilo destruía o lado humano de qualquer um e apenas restava o super.
John correu e ficou de frente ao homem metamorfo que se transformava na juíza. O velocista desviou a bala quando apenas faltavam segundos para que enfim matasse a mulher.
O tempo voltou ao normal. A juíza ainda chorava e apenas abriu seus olhos confusa pela bala acertar sua mesa.
John de frente ao homem desferiu diversos socos rapidamente por todo corpo do metamorfo.
O homem sorriu e empurrou John para longe.
Ele havia se transformado em John e sendo assim também tinha os mesmos poderes de Trovão.
Porém seu olhar aflito ainda se destacava.
Sem perder tempo o falso velocista correu em máxima velocidade pela cidade sendo seguido por John.
John corria o mais rápido que podia para alcançar o homem. Porém para ele a sensação era nova, o que era diferente para John, ele conhecia muito bem os efeitos da velocidade.
No chão John pegou uma pedra e voltou a correr. Mirou bem e atirou contra o velocista que corria a sua frente.
Como resultado o homem caiu ao tropeçar por suas próprias pernas.
John sem usar sua velocidade foi até o homem e o levantou bruscamente.
Perto dali um prédio estava em processo de demolição. Claro, oportunidade perfeita.
John impulsionou o corpo do metamorfo em direção ao prédio e o lançou contra as paredes e enfim o prédio caiu sobre o aprimorado causando surpresa aos operários que trabalhavam na demolição.
John havia colocado suas mãos no joelhos e havia se debruçado ofegante pelo cansaço.
As pessoas começavam a reparar no integrante da Legião ali. Algumas já tiravam fotos e até twittavam sobre.
John sorriu consigo mesmo. Ao se virar para ir embora, o homem se assustou ao ver uma parede de metal atrás de si.
Não havia uma parede de metal ali.
Apoiado na tal parede estava ele com seu tópico sorriso extenso, a postura debochada e aquela cor em seus olhos.
[...]
- Sério, você precisa falar com sua mãe, amor. - Falou Isabelle.
A ruiva ainda estava deitada com Martin quando de repente surgiu o assunto Helena.
- Eu não vou falar com ela enquanto ela rejeita as pessoas que eu amo, Belle. - Disse já irritado.
Isabelle se virou para encontrar o olhar perdido de Martin. A mulher sorriu e beijou o rosto de seu marido trilhando beijos até chegar na boca de Mart.
- Amor, ela ainda é sua mãe. Ela ainda te ama, querido.
Martin se preparava para rebater quando a campainha do apartamento soou.
- Eu odeio essa campainha dos infernos. - Disse Isabelle divertida por já não suportar o som estranho que sua campainha fazia.
Era como uma cigarra tossindo.
- Prometo trocar ela - Martin se levantou para ver quem era. -, algum dia.
Ao abrir a porta Martin imediatamente adquiriu uma expressão como a de quem está em transe. De fato estava.
- Como vai, Mathew? - Pronunciou George com puro desdém.
Martin apenas estava no transe do homem que controlava mentes.
George retirou de seu bolso uma arma pequena e entregou para Martin.
- Atire na cabeça da sua mulher. Aja naturalmente e só desperte depois do tiro. - Impôs sorrindo abertamente.
Martin assentiu e pegou a arma para em seguida fechar a porta e enfim seguir para o quarto do casal fazer o que havia sido lhe ordenado sem sequer esboçar alguma reação.
[...]
Kile tentava chegar o mais rápido possível, claro, depois da ligação que havia recebido
Era Marrie chamando por ele, uma ligação da pequena Mahhid do apartamento aonde moravam.
Kile corria esbaforido pronto para ter sua garotinha de novo.
Ao entrar em casa tudo estava como antes, como se nunca tivesse acontecido uma luta sequer.
Marrie dormia tranquilamente no sofá de casa enquanto na tv passava algum desenho.
- Allice? - Sussurrou ao vê-la a sua frente com o mesmo olhar acolhedor de sempre.
Sem brilho roxo nos olhos. Apenas a sua Allice.
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ACABASTEEESSS
HEUEHEUEHEUEHEUEHEUEHEUEHUE N ERA MINHA INTENÇÃO PÔR ESSAS CARINHAS ESPANTADAS PRA ENCERRAR O CAP... SÓ FUI VER AS CARINHAS AGR HEUEHEUEHEUEHEUHEUEHEUEHEUEHEUEUEUEHEUUEEU
ACHO QUE ERA MEU SUBCONSCIENTE IMPRESSIONADO COM ESSE CAPÍTULO
DPS DESSE VÃO SER MAIS TRÊS CAPS DE ÚLTIMO FÔLEGO... DPS VEM A ÚLTIMA FASE DO LIVRO E POR FIM O EPÍLOGO
AEEEEEEEEEWWWWWSWWW
AGORA VAMOS PAPEAR
Gente, o que vocês tão achando dos capítulos maiores? Porque tipo, tá muito grande kkkkkkkk... Eu queria saber a opinião de vocês sobre isso.
Enfim
Se você tá no ensino fundamental ou no primeiro ano do médio, ou segundo, só tenho algo a dizer...
IIIIIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
BOM HORÁRIO INTEGRAL PRA VC SEU BUNITOOOOOO
EU QUERIA QUE FOSSE HORÁRIO INTEGRAL... MAIS TEMPO PRA SAMBAR NA CARA DAS INIMIGA GENTE
FORA O PODER DE ESCOLHER EDUCAÇÃO FÍSICA, SOCIOLOGIA, FILOSOFIA E ARTES
MTTTT LEGAL GENTE
HEEHEUEHEEUEHUEHEEHEUEHEUEHEEUEHEUEHEUHEUE
(se vc não sabe, a partir do ano que de vem, o ensino médio vai ser em horário integral em todo país)
IIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
PAREI
ENFIIIIM
EU TO COM MEDO PÁ CARAAI DO PRÓXIMO CAPÍTULO.. TÁ MTTTT HARD
E TIPO, EU TENHO QUE ME CONTROLAR SE N SAIO FALANDO TUDO HEUEHEEHEUEHEUEHEUEHEUEHEUEHEUHR
BEM
ROBIN NÃO MORREEEEEEUUUU CARAAAAAAAAI
EU N IA DEIXAR MEU CRUSH MORRER
PFVR NÉ
E BEM... TENHO UMA NOTÍCIA AMAZING PRA VCS
ADIVINHEM QUANDO SERÁ NOSSO PRÓXIMO ESPECIAL?!!
TATATATAAAANNMMMM
VAI SER DE 17K
mas pq, Eryca?
PQ EU POSSO PQ EU SOU LINDA
E PQ É MINHA IDADE POXA (mentira, é pq eu quero msm)
E SABEM COMO VAI SEEEER????
VAI SER UM CAPÍTULO COM ALGUNS SPOILERS DE LEVE SOBRE A SEGUNDA TEMPORADA E FINAL DE LEGIÃO..
AGORA RESTA ESPERAR CHEGAR A 17K NÉ MEU POVO
BEM
É ISSO
EU AMO VOCÊS
SEUS
Em7 (é uma nota do violão que eu mais amo)
É ISSO
AGAIN
ATÉ DOMINGO PARA A MORTE DE TODOS
SE BEM QUE ATÉ O PRÓXIMO DOMINGO VAI SER MTTT TIRO
VAMO FAZER ASSIM
Se
Eu disse SE eu conseguir terminar o capítulo que eu to escrevendo ainda pela semana (o que é provável já que tá pela metade já).. Eu posto no domingo que vem.. Fechado?
Então fechou
MTSS LASANHA PRA VCS
EU TO FELIZ PQ OUAT VOLTA HOJEEEEE CARAAAAAI
parei
FUUUUIZ