Put you in the past, try to forget you cause it's over
And every time you ask I'll pretend I'm okay
You're inside my head
In the middle of the night when I don't feel right
I dream I can hold you
And I can't go back to you anymore, yeah, yeah
Pov's: Helena
Ela dirigia o carro em alta velocidade em direção à nossa casa, que não sabia se ainda poderia chamar de nossa. Era uma casa destruída: sentimentos ruins, doenças,mortes, brigas, estava tudo destruído naquela casa.
Entramos na garagem e eu sigo para o meu quarto batendo as portas.
- Helena! - grita. - Você não quer conversar sobre isso?
- Pra você arrancar minha língua e eu além de tudo não poder mais falar? NÃO OBRIGADA - respondo batendo à porta do meu quarto.
Não tinha nada ali que pudesse servir para me comunicar com alguém, talvez eu mandasse uma carta se conseguisse sair de casa.
- Merda - murmuro sentando na cama
Naquele momento eu não podia fazer absolutamente nada, isso me frustrava. Saio do quarto indo em direção à cozinha e busco alguns remédios para me ajudar a dormir. Volto para o quarto já engolindo os remédios. Há algum tempo precisava da ajuda de remédios para dormir, não era incomum tomá-los.
☕︎☕︎☕︎
Já era de manhã quando acordei com a minha mãe me chacoalhando.
- O que foi? - falo abrindo os olhos lentamente.
- Você não acordou com o despertador, vai se arrumar - ordena.
- Tá - falo me levantando e a afastando da cama.
Estava 100% sem vontade de ir para o colégio, mas era obrigada. Deveria me "comportar" caso o contrário nunca teria meu celular de volta.
Em alguns minutos já estava dentro do carro indo em direção ao colégio, queria falar alguma coisa precisava falar alguma coisa. Mas não falei, como diz aquele velho ditado: querer não é poder.
Saio do carro quando chego ao colégio, ela abaixa o vidro do carro para me ver entrar no colégio.
Me sentia vazia sem meu celular, sentia que faltava um pedaço de mim, não pelo próprio aparelho, mas sim pelas pessoas que eu não conseguia falar sem ele.
Logo encontro a May entrando no colégio.
- May - dou um grito
Ela se vira para mim e para.
- Oi? - pergunta
- Pode me emprestar seu celular? - pergunto
- Que celular? - fala num tom sarcástico
- Ah não - resmungo. - Sua mãe também tirou o seu?
Ela balança a cabeça em afirmação.
- Merda! - exclamo. - O que deu nelas?
- Não sei
- Você ainda está com raiva pelo que ontem - afirmo. - Vou ficar longe
- Não, não tô com raiva - fala antes que eu vá
☕︎☕︎☕︎
Uma semana havia se passado e eu ainda estava sem celular. Mas conseguira me provar algo: mesmo que eu estivesse sem celular ainda podia ter contato com o meu canal.
Vários inscritos me paravam na rua, algo que se tornou comum há algum tempo. Ela não podia me parar, não podia.
Passara sete dias sem falar com o Cellbit, sem dar qualquer notícia, ele certamente deveria me odiar agora.
Eu queria ser expulsa de casa novamente, queria que aquele dia voltasse, queria estar na rodoviária com ele de novo e ter dito tudo o que eu desejava. Mas eu não tinha esse poder, eu não podia voltar o tempo, não podia desfazer as minhas merdas. Tudo o que eu podia fazer era simplesmente ficar feliz pelo o que aconteceu.
Estava em casa. Começo a pegar as minhas coisas e enfiar dentro de uma mochila. Ajeito a mochila nas costas e vou em direção à porta. Minha mãe estava na sala, agora era a hora.
- Ou acabamos com isso ou eu vou embora - aviso
Eu não estava brincando, eu ia embora mesmo.
- Volta pro quarto Helena - fala
- Não, eu não vou voltar - digo mantendo-me firme ali. - Eu não tenho mais onze anos, não sou aquela garota que precisa ser monitorada porque não consegue arcar com as consequências dos seus atos, e você está me tratando como se eu tivesse onze anos. E EU NÃO TENHO MAIS ONZE ANOS - coloco tudo para fora, aquilo já estava preso em mim há muito tempo.
Ela me fita assustada. Respiro fundo, aquilo tudo estava entalado em mim há meses, e nunca tivera coragem de falar.
- O que aconteceu com a minha filha? - pergunta
- Ela teve que mudar - rebato
Narrador:
Sua mãe estava assustada, a garota não falava de seus sentimentos nunca. Ela simplesmente deixava todos guardados para si mesma há um bom tempo.
Aquela "vida nova" havia mudado a garota, era perceptível. Era o que a mãe queria, ela desejava saber o que ela sentia, desejava saber que a garota não era um robô.
É claro que isso tudo tinha a ver com o garoto, na verdade, não tudo. Ele apenas desencadeou algo que já deveria ser desencadeado há muito tempo.
Aliás, o garoto. Ele estava desesperado, é claro. Não conseguia falar com a garota há uma semana, estava preocupado, estava se sentindo culpado e impotente. Aquilo tirava seu sono mais que o normal. Ele estava quebrado, literalmente.
Pov's: Helena
Ela continuava me fitando sem dizer nada.
- Acho que pode pegar seu celular e computador de volta - finalmente responde.
Saio correndo para o quarto dela. Já sentia um alívio enorme, sentia como se tivesse tirado um peso das costas.
Pego o celular e o computador, finalmente podia respondê-lo, finalmente podia ver o meu canal, finalmente podia ter parte da minha vida de volta.
Ligo o celular que travava de tantas mensagens, ligações e notificações.
Abro o WhatsApp para respondê-lo, ele havia me mandado mais de 60 mensagens.
Rafael Lange: VOCE TA BEM?
Rafael Lange: ISSO É MUNHA CULPA NAO É?
Rafael Lange: EU SOU UM MERDA NAO ACREDITO QUE ISSO TA ACONTECENDO
Rafael Lange: LENA ME RESPONDE
Rafael Lange: NAO QUERIA QUE ISSO ACONTECESSE
Rafael Lange: O QUE CARALHOS ACONTECEU COM VOCE???
Rafael Lange: LENA
Rafael Lange: PRECISO SABER SE VOCE TA BEM
Rafael Lange: ME RESPONDE QUANDO PEGAR O CELULAR
Rafael Lange: Lena????? </3
Rafael Lange: VOU PRA POA TE VER SE VOCE NÃO ME RESPONDER
Rafael Lange: EU TO MT PREOCUPADO
Rafael Lange: LENA
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Heyy, espero que tenham gostado do capítulo ♡
A fic já tá acabando :(
Se vai ter segunda temp? SIM
JÁ SABEM NÉ????? SE GOSTARAM DEIXEM UM COMENTÁRIO É UM VOTO, ISSO ME AJUDA MUITO LALALALALALALALALA