Airplane

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Wherever you are
Every night I almost call you
Just to say that it will always be you
Wherever you are
You can say we'll be together
Someday
Nothing lasts forever
Nothing stays the same
So why can't I stop feeling this way

Pov's: Helena

Eu estava decidida a não ir mais, já estava decidida a voltar para Porto Alegre encontrar minha mãe. Estava caminhando em direção ao portão de embarque para sair dali quando dou de encontro com alguém. Claro que dei de encontro com alguém, estava olhando para o chão em vez de estar olhando para frente, estava tentando esconder toda aquela cara de choro.

- Desculpa - falo sem olhar para cima

Estava fugando em quanto falava.

- Você não vai embarcar? - pergunta a pessoa. - Aconteceu alguma coisa?

Eu reconhecia aquela voz, mas não conseguia acreditar que tinha esbarrado nele de novo. Levantei o rosto para olha-lo. Começo a limpar as lagrimas que saiam negras por causa do rímel.

- Não, tá tudo bem - minto. - Eu só preciso voltar pra Porto Alegre

O garoto me fitava com uma expressão de preocupação. A mão que eu segurava o celular tremia. Justo naquela hora o celular começou a tocar novamente, era a minha avó.

- Oi vó - atendo me afastando do garoto

- Helena - fala minha mãe

Eu me contenho para não voltar a chorar.

- O que aconteceu? Como você está? Estou indo ver você agora! - pergunto tudo rápido demais

- Não! - exclama - eu estou bem, você precisa embarcar, ok? Você precisa fazer isso, é a sua vida. - fala

- Mãe, você pode me dizer a verdade? Pode me dizer o que é tão grave assim a ponto de não querer me envolver? - pergunto

Eu não queria ter dito aquilo, eu definitivamente não queria.

- Eu tinha suspeitas de algo, só suspeitas - fala. - Não tem nada acontecendo. Quando você voltar da viagem nós conversamos

- Mãe, eu não posso viajar sabendo que você está no hospital! - exclamo

- Você vai e ponto - fala. - Eu estou bem

Eu estava angustiada, não queria aceitar aquilo.

- Helena, você tem que ir - repete - até logo, vai com Deus - fala

- Tchau mãe, eu te amo. - falo

Eu estava com um aperto no peito, mas tinha que lidar com isso. Me viro para o garoto, que ainda estava lá.

- Desculpa por isso - falo - precisamos entrar no avião

Eu não estava com cabeça para qualquer coisa, e isso incluía o Cellbit. Comecei a caminhar para dentro do avião, só queria voltar para casa nesse momento, penso.

Esse era para ser um dia fantástico, tinha tudo para ser. Por que tinha que ficar assim? Por que tudo isso tinha que acontecer? Me pergunto.
Eu iria passar horas dentro daquele avião me torturando com isso tudo. Eu nem sabia como eu deveria me sentir naquele momento, feliz? Triste? Animada? Depressiva? Eu simplesmente não sabia.
Me acomodo na minha poltrona e o cellbit na sua (que era na frente da minha). Os comissários de bordo começavam a passar para ver se todos estavam de cinto e coisas do tipo.
Logo o avião decolou. Eu tentei dormir, não havia dormido direito essa noite, estava ansiosa demais para hoje. Mas é claro que não consegui dormir, principalmente com Cellbit na poltrona da frente rindo e praguejando enquanto jogava algo em seu celular.
Não que eu estivesse com raiva daquilo, longe disso. Eu estava estressada. Saio da minha poltrona e vou direto para o banheiro. Jogo água no rosto

- O que eu estou fazendo? - pergunto a mim mesma. - Estou sendo insuportável e mal educada. - respondo

Só preciso relaxar, esquecer de tudo isso, penso. Não seria tão difícil, certo?
Volto para a minha poltrona, Cellbit ainda estava rindo de alguma coisa. Eu dou uma espécie de riso disfarçado. Achava ele fofo rindo, tudo bem que ele ria igual uma gazela, mas ainda achava isso fofo.

                               ☕︎☕︎☕︎

Algumas horas se passaram e eu já estava desembarcando.

- Finalmente - falo com um sorriso no rosto

Colo minha mochila nas costas e vou direto para esteira onde pegaria minha bagagem. Cellbit também estava lá, eu realmente me sentia como uma Yandere quando ele estava por perto. Rio de mim mesma, isso é patético, penso.
Logo pego minha bagagem e saio do aeroporto, deixando o garoto para trás com os amigos que foram buscá-lo.

- Será que você pode parar de pensar nele? - pergunto para mim mesma

Fui em direção ao metrô, já estava bem acostumada a andar de metrô em São Paulo. Eu vinha para cá no mínimo duas vezes no ano, vinha visitar meu avô.
Em pouco tempo chego no metro, sento e coloco minha mala em algum lugar que ela não vá ficar "correndo" pelo mesmo quando ele começar a andar. Olho para frente e alguém estava com a câmera em minha direção.

- Lena? Littleniceheart? - pergunta a garota com a câmera apontada para mim

Toda vez que eu ouvia o nome do meu canal eu pensava que poderia ter escolhido um nome melhor.

- Sim! - respondo animada

Oba, penso.

- Posso tirar uma foto sua? - pergunta

- Pode, claro

Eu estava feliz por aquilo, mais uma pessoa havia me reconhecido, MAIS UMA, penso. Era fantástico, isso me deixava muito feliz, me fazia esquecer por um tempo toda aquela confusão que estava a minha vida.
Eu precisava passear, precisava espairecer, só vou para o hotel deixar as malas, vou ficar passeando pela cidade, decido.
Eu podia fazer aquilo, afinal o evento só seria amanhã.
Logo chego no hotel, resolvo toda a burocracia e sigo para o meu quarto. Me jogo na cama.

- Que dia - murmuro

Um dia difícil, penso. Aquele dia ainda demoraria para acabar, e quando ele acabar nada disso estará resolvido. Minha mãe ainda estaria doente, eu ainda estaria machucada, Cellbit continuaria sem sentir nada por mim. O problema não era aquele dia, o problema era eu, concluo.

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ALÔ, ESPERO QUE TENHAM GOSTADO DO CAPÍTULO
- Antes que reclamem que o capítulo não tá muito grande ( ele tá cm 1024 palavras) vou att duplo hoje, bjao.

- SE GOSTARAM JÁ SABEM, DEIXEM UM VOTO E COMENTEM, ISSO ME AJUDA MT

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