AS CRIATURAS DA NOITE

By MaryCast1

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CALAFRIOS O que você faria se fosse uma caçadora de vampiros e se apaixonasse pelo vampiro que tinha que mat... More

Prólogo
1 Caçadores
3 Presas
4 Diversão macabra
5 Caça e Caçadores
6 A casa do Inimigo
7 Dias Ruins
8 Olhos de Vampiro
9 Amigos e Inimigos
10 Perseguição
11 União do Mal
12 Rastros de Sangue
13 Passos do Inimigo
14 Rosas Negras
15 De Frente com o Inimigo
17 Desejos Perigosos
18 Na Escuridão
19 Faces do Mal
20 Filhos da Escuridão
Minhas Criaturinhas da Noite
21 Transformados
22 Xeque Mate
23 Filhos das trevas
24 O Preço da Vitória
26 Razões
27 Memorias Mortas
28 Planos Perdidos
29 Passado
30 Segredos
31 Onde as Sombras Dormem
32 Laços de União
33 Queimados
34 Anjos que Matam
35 Sangue Negro
36 Reencontro
37 Verdades do Passado
33 Família
34 Irmãs e irmãos
35 Lágrimas de Sangue
36 Um novo começo.
Epílogo
Aviso

2 Jogo das Sombras

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By MaryCast1

" Há mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que sonha a tua vã Filosofia. "

__ Hanlet, William Shakespeare.

.

Portland, Oregon, Algumas Semanas depois.

__ O velho sentado do outro lado tá olhando pra você.

Nina ouviu Liz dizer e sorriu antes de olhar para o senhor do outro lado do bar, a umas três mesas de onde ela e sua prima estavam, o homem ergueu uma garrafa de cerveja e sorriu.

__ Ah, não é para mim, é pra você.

Disse Nina e foi impossível não rir da careta de Liz, que riu logo em seguida, Elizabeth Preston Woolen era sua prima e melhor amiga, as duas se conheciam desde quando eram crianças e estudavam no mesmo internato, eram muito apegadas, e Nina a tinha como uma irmã.

Liz estira presente e a consolou quando sua mãe morrera, seu pai até permitira que ela ficasse alguns meses na casa de seus tios.

Franklin Preston que era meio irmão de Harry, e Marcie Woolen uma Italiana que ele conheçera em seus tempos de caçador, mas Liz, a filha única dos dois, não fazia a mínima ideia de que era filha de dois caçadores de vampiros, seu pai havia contado uma vez que Franklin dissera que não queria que Liz se tornasse uma caçadora e acabasse morta como muitos outros caçadores.

A vida de Liz era completamente o contrario de Nina, sua prima era a típica adolescente rica, minada, que tinha muitos amigos, e estava sempre fugindo de casa pela janela e entrando de penetra em boates, deixando seus pais preocupados e quase loucos.

Mas Nina, sua vida não era assim, ela havia perco sua mãe, raramente via seu pai, e era uma caçadora de vampiros, vivía sempre indo de uma cidade a outra, e não podia se divertir com os amigos, porque não tinha ninguém que não fosse Liz, Sarah e Gracie, a quem não via desde que descobrira sobre os vampiros e por ultimo, Lorelaine a quem amava como uma mãe.

Fazia algumas semanas desde que ela chegara em Portland, e a primeira coisa que fizera fora visita LIz e seus tios, que estavam em uma viagem a serviço do departamento, Liz ficava sobre a segurança de alguns agentes disfarçados e que pertenciam ao departamento.

Mas para Liz, não passavam de meros seguranças já que ela era uma garota rica e mimada, não fazia à mínima ideia de que o mundo lá fora não era habitado apenas por humanos, e sim por criaturas sombrias piores que os assassinos das manchetes de jornais.

Nina tinha que admitir que havia sentido falta de sair e se divertir com sua prima, e fora por isso que aceitara sair e se divertir um pouco, já que ainda não tinha nenhum plano em mente.

__ Não me diga que ainda pensa em um fugir com um motoqueiro velho e gordo para o Texas.__ disse Nina e sorriu.

__ Não, não penso mas nessa ideia.__ disse Liz antes de tomar um pouco de sua Coca Cola.__ Agora gosto de jogar charme para caras usando paletós. Mas vou guardar o motoqueiro para uma aventura dessas de tirar o fôlego.

__ Então um brinde a isso. As loucas aventuras.__ Nina disse e ergueu seu copo.

__ As loucas aventuras.

As duas brindaram e voltaram a sorrir, Liz continuava divertida e engraçada como sempre fora quando eram crianças, e Nina a amava e adorava por isso, porque mesmo nos momentos mais difíceis de sua vida, Elizabeth estava presente para faze-la  sorrir e jamais esqueceria isso.

__ Aonde vai?__ perguntou ela quando Liz se ergueu.

__ Nossa bebida está acabando, e como eu não quero gasta meu dinheiro.__ disse Liz, retocou o batom e ajeitou os cabelos, abriu alguns botões da blusa aumentando seu decote e sorriu.__ Vou conversar com o velho que você dispensou e ver se arranjo alguma coisa que tenha Alcool para bebermos.

__ Você tem certeza? E se o cara for um ladrão?__ sussurrou nina preocupada antes de se erguer e encara liz que sorriu maliciosamente.__ O que está fazendo? Ficou louca, somos menores, e vamos nos meter em confusão.

Em resposta Liz apenas sorriu, e a encarou.

__ Relaxa, Preston, eu sei o que estou fazendo.__ Liz devolveu em um sussurro.__ Até parece que eu vou ficar com ele. Só vou conversar um pouco e descolar umas cervejas. Vai ser rápido e fácil.

__ Bom, você quem sabe.__ Nina disse e sentou antes de revirar os olhos, Liz era impulsiva e fazia o que bem queria e detestava ser contestada.__ Não demora, e sem essa de me apresentar algum amigo dele.

__ Certo. Ok. Sem apresentações.__ disse Liz e sorriu antes de se virar e sair.

Sozinha Nina a observou caminhando até a mesa e sorriu quando sua prima cumprimentou o homem e se sentou. Ela não mudará nada, continuava a garota mimada, e fútil, loira, com incríveis olhos verdes, que se destacavam em seu rosto pálido e um pouco magro, com algumas sardas na ponta do nariz, tinha um corpo de dar inveja em qualquer garota, e de deixar qualquer homem de boca aberta, e embora se comportasse como uma adulta, por causa da aparência, que era de 20 anos, e não dezesseis, Nina sabia que ela continuava a mesma garota mimada, virgem, e engraçada.

Sorrindo ela baixou os olhos para o relógio de pulso em seu braço, e tremeu quando um calafrio assustador trespassou todo seu corpo, eram quase meia noite, e ela teria que voltar para casa antes que Lola voltasse da casa da irmã, se bem que ela não disse quando voltaria, o que a deixara preocupada.

__ Eu não disse que era rápido.__ Liz disse e Nina a encarou sorridente, quando ela colocou duas cervejas Heineken sobre a mesa, e em seguida um prato com uma porção de batatas fritas, esteve tão absorta em seus pensamentos que não viu quando ela voltou.__ Você tinha razão era a mim que o cara queria ver. E advinha o que aconteceu?

__ O que aconteceu?__ perguntou Nina e colocou uma batata frita na boca. Foi impossível ela não rir.

__ Bem, conversamos um pouco e depois ele perguntou se poderia nos pagar uma cerveja, e eu disse que sim.__ disse Liz enquanto tomava um gole de cerveja.__ Ele até que é legal, e advinha ele não é tão velho quanto você achou, tem 38 anos. E...

Ela interrompeu no momento em que o homem e o amigo dele se ergueram acenaram em sua direção, ela acenou para ele e se curvou para Nina que espreitou os olhos e respirou profundamente.

__ E?__ perguntou Nina.

__ Ele me convidou pra dar uma volta com ele. E eu confesso que estou impressionada, ele tem uma Harley Davidson preta e maravilhosa.

Em resposta nina apenas engoliu um seco e a encarou friamente, Liz sempre a deixava plantada naquele mesmo bar e saia com motoqueiros. E ligava no outro dia feliz e gritando que havia faturado, quinhentos dólares e uma bela jaqueta de couro.

Já estava tão acostumada com ela e suas manias que não se incomodava em ficar sozinha, isso era antes de descobrir que vampiros e lobisomens existiam, tinha medo de que algo ruim acontecesse a ela. Não suportaria perde-la,
ela era sua amiga, irmã, e prima, fazia parte de sua vida.

__ Está bem, mas eu quero a jaqueta dele. Ok.__ Nina disse e se ergueu, antes de sorrir mesmo contra sua vontade. Devia está furiosa, mas não conseguia.__ E se qualquer coisa acontecer você pode me liga.

__ Ok.__ disse Liz e abraçou Nina.__ Pode ter certeza que vou ligar. E eu vou pegar a jaqueta dele pra você.

__ Toma cuidado. E não aceite bebidas e drogas.

Disse Nina quando Liz a soltou e saiu, olhou para trás e sorriu antes de finalmente sumir pela porta do bar ao lado dos motoqueiros.

Pelo o que pode perceber os dois homens eram humanos, porque comiam e tinha a pele corada, não eram lobisomens, porque não sentiu o cheiro de cachorro molhado, eram apenas dois caras comuns querendo um pouco de diversão, e além disso Liz, sabia lutar fora capeã de luta por três vezes consecutivas no internato, por isso a deixara ir, porque tinha certeza que a vería no outro dia.

******************

Desde que Liz saira e Nina ficara sozinha, ela havia notado que à aquela hora da noite, o Blackbirds ficava lotado de pessoas de todos os tipos, além de algums integrantes do submundo, como metamorfos, criaturas que podiam mudar de forma, alguns vampiros que não queriam admitir o que eram, e bebiam tentando se misturar a humanidade.

Talvez porque fosse difícil se acostumar a nova vida que tinham, haviam alguns membros do clã dos feiticeiros e bruxas, que assim como os vampiros e lobos ignoravam o que eram, e também havia membros do clã das fadas disfarçados pela magia acadiana que os permitia se passarem por humanos, e caçadores humanos que bebiam com tranquilidade.

Qualquer conflito alí dentro chamaria a atenção dos humanos normais e o Departamento puniria qualquer criatura presente por perturbar a paz entre os clãs.

De acordo com o que sabia, no passado houve uma guerra sangrenta entre os clãs, que se iniciou quando Elizabath uma vampira muito poderosa e considerada como a rainha dos vampiros fora despertada, obrigando os lobisomens a libertarem William o pai dos lobisomens cujo sua origem ainda era desconhecida, que se uniram ao Departamento e a Casa Noturna na batalha contra Elizabath, que queria aumentar seu exército das sombras e exterminar a humanidade.

Mas os lobos não foram os únicos a se unirem a cláusula, porque para o despertar da rainha fora preciso o sangue de fadas, lobos, feiticeiros e humanos, isso fez com que as outras criaturas entrassem na guerra, por vingança e liberdade, se os vampiros vencessem, os dois mundos sériam liquidados.

E depois que a rainha fora derrotada com a ajuda até mesmo de alguns vampiros, Elizabath fora morta e suas cinzas jogadas em uma prisão enfeitiçada por Emerick um lendário e poderoso feiticeiro que havia feito um acordo com um demônio por poder e vingança.

Agora ao que parecia a paz ainda reinava entre os clãs, mesmo as vezes tendo algum conflito entre os novatos.

Mas desde que se envolveu no submundo, não só ela mas alguns outros caçadores e seu pai, acreditavam que algo ruim estava prestes a acontecer, segundo seu pai, a sociedade dos vampiros estava há mais de um século tentando encontrar o local onde as cinzas da rainha estavam, se a despertassem uma nova batalha iria começar e a paz entre os clãs seria desfeita.

E o fim chegaria. Até onde sabia a sociedade Blood era fornada por seis vampiros antigos e poderosos, sendo que três deles eram integrantes dos sete familiares da rainha Elizabath, os primeiros a serem transformados antes mesmo até dos irmãos Lawrence.

Nina fora arrancada de seus pensamentos no momento em que seu celular vibrou e ela quase saltou, olhou para a tela do aparelho e sorriu ao ver o número de Liz aparecer na tela.

__ Oi? O que aconteceu?

Ela disse secamente antes de sorrir e tomar um gole de cerveja.

__ Advinha?__ disse Liz fazendo uma voz de suspense do outro lado da linha.

__ Você tá aonde?__ perguntou Nina.

__ Em casa. Os caras se reuniram com uma galera na praia, onde eu ganhei, duas jaquetas de couro caríssimas e lindas.

__ Liz, você tá brincando né?

__ Não. É sério, o passeio foi ótimo, fiz alguns amigos legais, e até ganhei a moto em uma aposta. Como acha que eu voltei pra casa?

Em resposta Nina sorriu e olhou a sua volta se Liz visse as pessoas que ela via agora com certeza ficaria surpresa. No entanto o que a deixara surpresa fora o fato de Liz saber pilotar uma moto. Desde quando ela sabia?

__ Achei que tivesse voltado de táxi.

__ Pois está enganada. Mas bem estou de castigo.__ Liz continou e suspirou.

__ Não, o que houve?__ Nina perguntou já imaginando o que poderia ter acontecido.__ Tio Franklin pegou você chegando em casa não foi?

__ Foi bem pior, quando estacionei a moto ele e mamãe estavam chegando de viagem. O resto já dá pra imaginar.

__ Bem eu ainda estou aqui no bar, estou quase indo embora.__ Nina disse e colocou uma batata frita na boca.__ Tenho que voltar antes de Lola. Você sabe como ela é.

As duas sorriram então Nina olhou a hora em seu relógio e bufou.

__ Bom tenho que desligar, não quero mas pegar alguma bronca do papai.

__ Então tá. Boa sorte então e dê um beijo nos dois por mim.

__ Boa noite então. Beijos.

__ Boa noite pra você também.

Quando Liz desligou Nina guardou seu celular novamente e olhou a sua volta, e tremeu quando outro calafrio a fez tremer, os vampiros que vira minutos antes haviam saído, assim como os caçadores e os lobos, restando apenas as fadas e os feiticeiros.

Ainda não tinha interrogado nenhum vampiro desde que chegara a cidade, precisava encontrar alguém especial, que soubesse de alguma outra pista que a levasse até Adam.

__ Fesculpe mas eu não fiz nenhum pedido.

Ela disse quando uma garçonete usando um vestidinho rosa, e um avental preto combinando com os saltos colocou um copo de bebida sobre a mesa e sorriu.

__ Foi o rapaz de preto do outro lado que pagou.

Disse a garçonete e apontou para o outro lado do balcão ambas estavam surpresas, e confusas, quem quer que tivesse pago a bebida não estava más lá.

__ Mas ele estava bem alí.__ a mulher disse confusa.

__ Como ele era? __ perguntou nina e se ergueu rapidamente, jogou uma nota de cem dólares sobre a mesa e vestiu sua jaqueta de couro.

__ Era alto, forte, e loiro, tinha pele pálida. E parecia um motoqueiro...

__ Obrigado. E pode ficar com o troco.

Nina disse interrompendo a mulher, saiu apresada para fora do bar, esbarrando em algumas pessoas na porta.

*****************

Quem quer que tivesse pago a bebida e sumido de repente, não era humano, era um vampiro, e já devia está longe, ou então querendo atrai-la para uma armadilha, já que ela parecia tão indefesa e solitária minutos antes, aquilo a deixara frustrada.

Talvez aquela fosse uma chance de conseguir alguma pista sobre Adam, mas não seria possível, a rua estava vazia.

Soltando um suspiro longo e cansado ela caminhou até o seu carro estacionado do outro lado da rua, e notou quando algo se movimentou como um vulto e entrou em um beco escuro e desapareceu.

__ Droga...

Sussurrou antes de abrir o porta malas do carro e pegar sua mochila com suas armas de caça, fechou o porta malas do Mustang e correu para onde o vulto havia entrado.

Era um vagão entre dois prédios com uma escada de incêndio velha e caindo aos pedaços, uma das janelas do pequeno prédio de uns dez andares e velho com as paredes descascadas estava aberta.

Entrou no beco e olhou para o céu quando uma gota de agua caiu sobre seu rosto, uma fraca chuva havia começado a cair, enquanto ela caminhava apresada, mas não avistara nada.

__ Droga de sanguessugas miseráveis...

Sussurrou irritada, um arrepio percorreu todo seu corpo, estava ofegando a chuva aumentava, dificultando sua visão e ensopando suas roupas.

Tinha certeza de que havia visto alguém entrar alí, um assobio fino e agudo chamou sua atenção e a fez olhar para o alto.

Quase gritou quando o vulto entrou pela janela aberta do prédio velho, o vulto estava tentando atrai-la para dentro do edifício.

Engolindo um seco ela tremeu e começou a subir as escadas de incêndio, olhou para os lados e prendeu a respiração antes de passa pela janela, sua respiração estava mas ofegante que antes, e entrecortada, estava em uma espécie de sala escura e sombria, e seu coração acelerou, odiava lugares fríos, e silenciosos. Por um momento de medo ela sentiu vontade de voltar e deu um passo para trás, mas algo a impedía, inpulsionando-a à continuar em frente.

Pegando uma lanterna dentro da mochila, iluminou a sua volta, estava em uma espécie de sala velha, empoeirada, e vazia, com as paredes desgastadas, marcadas com manchas pretas, e vermelhas, o que fez com que ela se virasse e desse um passo para trás esbarrando em algo frio, sufocou um grito e iluminou atrás de sí, era apenas a maçaneta da porta, soltando a respiração aliviada, ela abriu a porta, a procura do vulto mas não viu nada do lado de fora.

__ Você quer brincar...

Ouviu alguém sussurrar em um tom doce e frágil, e notou quando o vulto passou por ela e correu por um longo corredor iluminado por luzes que acendiam e apagavam freneticamente.

__ Tem alguém aí? __ gritou ela e engoliu um seco quando ouviu sua própria voz ecoando de volta pra ela de uma forma assustadora.__ Oi, tem alguém aí?

Nada, não havía nada, e nem ninguém, caminhando lentamente ela sentiu um frio na espinha, ao olhar para o chão e notar as marcas vermelhas no piso, eram marcas de sangue e foi então que ela olhou para trás e percebeu que as marcas começavam na sala pela qual ela entrara.

Algo fora arrastado por alí, e agora o sangue se misturava a água que escapava por um cano quebrado no teto, aquele não era um simples prédio, era um esconderijo criado por vampiros para onde arrastavam suas presas e as matavam.

A julgar pelo estado do local, não haviam poucos vampiros, tinha sido atraída para uma armadilha mortal, mas não estava com medo, estava pronta para o que quer acontecesse agora.

Respirando ofegante ela apertou sua estaca e contou até três, antes de abrir uma das várias portas que haviam no corredor, pelo estado em que o prédio se encontrava deduziu que ele estava abandonado a anos.

Quando abriu a porta um cheiro de sangue podre invadiu suas narinas fazendo com que ela desse um passo para trás ao se deparar com os vários corpos mutilados e jogados no chão, e assim foi abrindo mas portas e encontrando mais e mais corpos, todos com marcas de mordida.

Aquelas pessoas não passavam de mendigos, moradores de rua que viviam em becos, e prédios abandonados como aquele, e agora não passavam de um jantar para vampiros.

__ Droga...

Disse ela antes de abrir outra porta, engoliu um seco e deu um passo para trás, o que via era assustador, mas até do que vira antes, haviam mais corpos alí, pendurados na parede com estacas presas em suas mãos e pés, como Jesus Cristo fora preso na cruz, suas gargantas cortadas e o sangue descendo por tubos e caindo dentro de barris de madeira, como vinho.

Nina havia caído em uma armadilha, e agora estava cercada por vampiros, famintos e furiosos por terem sido interrompidos, apertando mais ainda sua estaca ela deu alguns passos para trás, e tremeu quando as criaturas se ergueram.

__ Vejam só o que temos aqui, irmãos.__ disse um sujeito alto, forte coberto de preto dos pés a cabeça, sangue escorria de sua boca assim como os outros.__ Acho que temos um rato preso na ratoeira.

__ Uma caçadora, e muito linda por sinal, vai ser divertido brincar com você.

Disse outro vampiro. Em silêncio e ainda meio atordoada Nina pegou um pequeno frasco com água benta dentro de sua mochila e encarou o sujeito com posse de liderança, o reconhecera.

Havia visto ele entrar no bar e sentar no local em que a garçonete apontou, deduziu que ele pagará a bebida e a atrairá até alí. Sem tempo a perder ela jogou a água benta contra os vampiros que atacaram e correu.

Mesmo que fosse forte e bem treinada sentia que não estava pronta para enfrentar tantos de uma vez.

Atirando contra os vampiros com seu lança flechas, ela começou a correr ainda mas rápido, guardou o lançador, e pegou as duas pistolas com silenciador e começou a atirar nos vampiros que saltavam sobre ela, as balas eram de prata e abençoadas por Lunawakyr, um bruxo que trabalhava para o departamento.

Tinha que admitir que elas eram bem úteis quando se estava em uma luta, como aquela.

Precisava sair dali o mas depressa possível já que tinha pouca munição e armas para tantos vampiros, voltando a atirar novamente ela encontrou a porta da escada que levava ao terraço e parou ofegante, olhou o relógio em seu braço.

Engoliu um seco, antes de ouvir passos no corredor, o relógio em seu pulso marcava quatro e meia da manhã o dia estava quase amanhecendo, e se conseguisse levar os vampiros para o terraço eles morreriam por causa da luz do sol, os atrairia para uma armadilha.

Ainda subindo as escadas, ela parou e atingiu um vampiro com um soco depois atingiu o peito dele com uma estaca e atirou nos outros quatro que vinham logo atrás dela, e continou a correr enquanto más deles vinham subindo os degraus furiosos.

Podia ouvir o barulho de seus passos nos lances de escada abaixo, não sabia quantos andares já havia subido, precisava ser rápida se não acabaría morta, parando de repente assustada e ofegante, ela foi pega de surpresa por um estranho parado em frente a porta que levava ao terraço.

Ele era alto, forte e incrivelmente belo, seus olhos eram vermelhos como o sangue que descia de sua boca e sumia no pescoço, vestia um longo colete de pele de urso, e uma calsa de couro apertada, seu tórax estava a mostra, exibindo um peitoral largo e forte, sua pele era pálida como a de qualquer outro vampiro, ele sorriu friamente e deu um passo a frente. Seu olhar era de alguém do mau, um assassino frio e cruel.

__ Droga...__ Bina sussurrou dando um passo para trás. Olhou para baixo e tremeu haviam mas vampiros subindo as escadas.

Estava encurralada, e se quisesse sair dali viva teria que passar por ele, se preparando para o ataque, ela o encarou friamente e espreitou os olhos. Aquele vampiro não era como os outros, parecia mas forte, e velho, rápido e cruel, ele era o líder dos vampiros que enfrentará minutos antes.

__ Gostou da bebida?__ disse o vampiro e mostrou suas enormes presas brancas.

Nina sentiu seu coração acelerar, a medida que o estranho a encarava.

__ O uísque estava quente, gosto mas de uma boa cerveja.__ ela disse antes de mostrar um crucifixo a ele, que recuou e a encarou friamente.__ Mais você pode me pagar uma soda, se sobreviver, é claro, o que me diz?

__ Quem sabe. Se você sobreviver é claro.__ disse e tirou o colete de pele.

E em único piscar de olhos ele atacou, ele era incrivelmente forte e rápido, como nina havia pensado, no entanto ela fora treinada para enfrentar criaturas como ele, não só fisicamente mas mentalmente.

Atingindo-o com a água benta, ela tentou acerta-lo com sua estaca, mas ele recuou rapidamente e sorriu mostrando suas presas afiadas.

__ Você é aquela que todos chamam de caçadora. Nina Preston. Descendente do lendário clã Preston.__ ele disse friamente, seu rosto havia se transformado em uma carranca feia e sombria.__ Sou Samuel Hartford, e farei você pagar pela morte de Misty, ela era minha cria e você a matou. Rony me contou.

Nina parecia surpresa, achava que Rony fosse o criador de Misty, e não este que a encarava, fora por isso que a atraira até alí, porque queria vingança, se perguntou quantos mais sabiam sobre ela, e se ele também conhecia Adam.

Tinha que obter informações e fazer com que a notícia de que alguém o procurava chegasse até ele e fizesse com que ele fosse até ela, esse era seu plano e precisava jogar conforme o jogo das sombras.

__ Ele também contou a você que eliminei toda a gangue de sanguessugas miseráveis que ele liderava?__ disse Nina, suas palavras soando como uma forte ameaça.

__ Sim, ele contou.__ disse Samuel e sorriu.__ Também sei que está a procura de Adam Lawrence o mestre dos vampiros.

Como ela pensara, ele sabia sobre adam, e ela faria com que ele contasse o que sabia, o barulho de passos na escadaria chamou sua atenção e ela engoliu um seco.

__ É uma pena que não podera  conhecer Adam, porque eu vou secar suas veias uma a uma, e verei você morrer lentamente.

Um arrepio percorreu todo o corpo de Nina, fazendo com que ela prendesse a respiração.

__ Me conte o que sabe sabre Adam lawrence.__ Nina disse impaciente.__ Caso o contrario terei que mata-lo, assim como seu exército lá atrás. Você escolhe o modo mas rápido.

__ Então me mostre o que sabe fazer caçadora.

Antes que ele pudesse desse atacar Nina jogou uma pequena granada  pela escada abaixo e se segurou fortimente no corrimão da escada que tremeu devido a leve explosão, um pó branco e outro cinza havia surgido no ar, enquanto os vampiros urravam nos andares abaixo, se perguntou quem havia criado aqueles dispositivos que o Departamento fornecia aos caçadores. Eram úteis e rápido.

__ Você é esperta garota.__ disse Samuel.

__ Eu disse que iria fazer você falar...

Ela disse e ele atacou, mas foi surpreendida por ele que a acertou com um soco e desviou quando ela tentou acerta-lo com uma adaga.

__ Vou perguntar de novo, o que sabe sobre Adam Lawrence?

Mas ele não respondeu, apenas atacou e a derrubou fazendo com que ela soltasse a estaca e a adaga prateada, sentindo seu coração disparar, ela tentou alcançar suas armas mais ele a impediu, e pisou em sua mão.

__ Eu desistiria se fisse você garota.__ disse Samuel e sorriu antes de chuta-la na barriga, depois a ergueu e a jogou contra a parede. __ Matei outras como você no passado, e acredite não foram tão fáceis assim.

Sentindo suas costas se chocarem contra a parede, Nina deixou escapar um gemido, enquanto respirava ofegante, ele era tão rápido que ela quase não o via se movendo.

__ E quem disse que seria.

Alcançando uma pequena cruz em seu bolso, Nina apertou um pequeno botão vermelho no centro do objeto que se transformou em uma adaga, ela o afastou com um chute quando ele a atacou, e mostrou a cruz pra ele que recuou cobrindo o rosto com as mãos, saia fumaça do rosto dele e ele exibiu suas presas furioso, pronto para um novo ataque.

__ O que a faz pensar que Adam quer ser encontrado?__ ele disse e deixou escapa uma risada.__ Deveria ficar longe dele se quer viver.

__ Todos me dizem isso, mas eu não tenho medo.__ retrucou Nina e deixou escapar uma risadinha.__ Se conseguir encontrar Adam, encontro a sociedade Blood.

Ela disse e atacou, atingindo-o com sua adaga, depois tentou acerta-lo no coração, mas ele recuou em uma velocidade incrível.

__ A sociedade, então é isso que quer?__ disse ele e sorriu.__ Muito interessante caçadora. Não estou surpreso, você é uma Preston.

__ É sou uma preston. E esse é o meu legado.

Disse ela e deu de ombros, tentando não soar nervosa, estava exausta.

__ Está com medo?__ perguntou ele e deu uma rápida olhada a sua volta.__ Ouso as batidas do seu coração. Está nervosa Preston?

__ Não...__ disse Nina friamente enquanto respirava ofegante.

__ Continuaremos isso outro dia garota.__ disse Samuel e deu um passo para trás.

__ Porque está fugindo? Eu ainda nem comecei a suar.__ disse Nina antes de ataca-lo mas ele foi mais rápido e em um piscar de olhos a prendeu por trás em um abraço apertado.__ Vou matar você seu desgraçado.

Ela disse quando ele a virou, olhando-o profundamente em seus olhos vermelhos, ela tremeu, podia ver o veneno fluir de sua presas, enquanto tentava se libertar. Podia sentir o frio vindo de seu corpo gélido e pálido.

__ Sería fácil demais...

Disse ele antes de tentar morde-la, e Nina fechou os olhos, mas então ele parou de repente, e a soltou assustado, ao notar as estranha cicatriz sobre o ombro dela.

Nina abriu os olhos e soltou a respiração ofegante, seguiu a direção do olhar dele e percebeu que ele encarava sua marca de nascença que lembrava um olho dentro de um triângulo.

__ Vivera dessa vez caçadora.__ disse ele antes de larga-la e recuar quase em um salto.

__ Espera.

__ O que houve?__ perguntou ele encarando-a.

__ O que sabe sobre essa coisa no meu ombro? __ perguntou ela controladamente e engoliu um seco não sabia bem o que estava fazendo, só estranhara a reação dele ao ver sua marca.

__ Nada, caçadora, só fique fora do meu caminho.

__ Espere...

Disse Nina antes dele começar a se afastar de costas até bater na parede como se estivesse com medo de algo, então em um piscar de olhos ele desapareceu, foi como se tivesse ficado invisível.

Ainda confusa com o que havia acontecido, ela respirou profundamente, aliviada. Se perguntou o que tinha acontecido?

Em um minuto ele queria mata-la, e no outro simplismente recuou assustado e desapareceu, aquela não era à primeira vez que uma criatura do submundo se assustava ao ver aquela cicatriz, ela havia surgido alí quando ela tinha 12 anos, depois de um horrível pesadelo onde uma garotinha tocava seu ombro e deixava a marca ali, como uma tatuagem mal feita e feia que passava por todo o ombro, terminando sobre o osso da clavícula.

E o pior é que não havia conseguido nenhuma informação, exceto que ele conhecia Adam.

Pegando sua estaca e a adaga ela guardou os dois objetos dentro da mochila em suas costas, e ouviu o barulho de passos subindo as escadas, a pequena explosão havia danificado alguns degraus da escadas.

Mais vampiros continuavam subindo cada vez mais rápido, e estava na hora de sair dali, o dia havia amanhecido a aquela autura e ela estava exausta e com sono.

Abrindo a porta com um chute ela olhou para trás, e correu quando a horda de vampiros surgiu e saltaram sobre ela que correu para a luz do dia.

Não havia encontrado Adam, mas pelo menos sabia que ele estava na cidade, e não demoraria para que vinhesse até ela.

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