Entre dois mundos a vida paira como uma estrela, Entre noite e aurora, sobre a linha do horizonte. Quão pouco sabemos do que somos! E menos ainda do que podemos ser!
__ Lord Byron, " Don Juan "
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Nova York, 23 de janeiro de 2007.
Nina observou a névoa que embasava o vidro dos carros do outro lado da rua e respirou profundamente, caminhou até a cama e deixou-se cair de braços abertos e olhos vidrados no teto escuro, estava exausta, vinha tentando esquecer quem e o que era, e por que estava sempre vivendo em lugares diferentes, ainda fitando o teto ela soltou a respiração pesadamente e fechou os olhos.
Estava confusa e sonolenta, e depois de um dia e uma noite de caça, só o que queria era descansar, sentia medo do que havia se tornado, uma assassina fria e sem piedade, não fora escolha sua se tornar o que era, tinha que continuar o trabalho de sua ancestral Celeine Grinson.
Uma caçadora de vampiros que vivera em Londres no século XVIII, e que fora morta ao enfrentar um vampiro, desde que seu pai lhe contara sobre o legado de sua família, não, de todo o clã dos Prestons, ela vinha caçando e matando vampiros, além de outras criaturas que se escondiam na mais profunda escuridão da noite.
Um ano antes ela era apenas uma colegial rica, filha de um executivo dono de uma grande empresa de exportação, havia perco a mãe em um terrível acidente de carro quando tinha apenas oito anos de idade, e agora era uma garota assustada, solitária, e fria, que se importava apenas em caça e matar.
Era como se um portão infernal estivesse aberto no mundo, liberando criaturas cruéis e assustadoras, monstros sem alma, e coração que se escondiam esperando apenas o cair da noite para saírem.
Seu mundo perfeito e feliz, que levara anos para superar depois da morte de sua mãe, havia desmoronado da noite para o dia, estava sozinha agora, seu pai se afastara dela de uma forma fria e silenciosa, o que estava matando-a por dentro.
Porém, no início achara que os vampiros eram as únicos monstros que teria que enfrentar, mas acabou descobrindo que além deles, existiam outras criaturas mas assustadoras ainda, eram conhecidos como seres do submundo.
Os lobos, ou lobisomens, estes lembravam enormes malamutes do Alasca, eram enormes, deveriam ter no mínimo dois ou três metros de altura, garras e presas grossas e afiadas, eram ótimos caçadores e sempre estariam em guerra com os vampiros mesmo existindo um tratado de anistia entre os dois clãs.
Depois vinham os Leviatãs, seres nascidos diretamente do relacionamento entre um vampiro e um lobo, raramente se alimentavam de sangue, e diferente dos lobos ficavam eretos sobre as duas patas, o corpo coberto por pelos, os olhos vermelhos, eram ágeis, fortes e violentos. Assim como os lobos também odiavam os vampiros.
Também tinham as bruxas que eram dívididas em três raças, as bruxas brancas, nascidas da relação entre demônios e humanos, mas que usavam sua magia para o bem, a segunda raça eram as bruxas negras, criadas a partir de pactos feitos entre um humano que vendia sua alma para um demônio, adquirindo poderes sobrenaturais e demoníacos, também conhecidos como magia negra
E por último, haviam os feiticeiros que assim como as bruxas brancas nasciam da união de humanos e demônios, esses porém eram diferentes, mas fortes e imortais, alguns pareciam humanos, outros nasciam deformados, com garras, chifres na cabeça e em algumas partes do corpo, a pele quando não era colorida, era flácida e enrugada, eles eram hostis e não representavam tanto perigo quanto as bruxas negras.
Também tinham as sereias que habitavam as profundezas dos oceanos, mas que raramente eram vistas no mundo humano, costumavam habitarem os mares do outro mundo, escondido pela magia, eram incrivelmente belas e cruéis as vezes, também possuíam a forma humana, eram inteligentes e muito poderosas, gostavam de seduzir homens humanos e até mesmo vampiros
E depois delas vinham as ninfas, uma raça de sereias cruéis e que odiavam humanos e os outros clãs, tinham diversos tipos de características, suas caldas eram flácidas e sem escamas, tinham guelras no pescoço por onde respiravam, o corpo flácido e pegajoso como os peixes cartilaginosos, olhos negros e profundos, presas em vez de dentes, como tubarões, mãos e dedos parecidos com as dos sapos, eram belas quando na forma humana e assim como as sereias encantavam humanos com seu canto belo e sereno, a única diferença é que os atraiam como refeições, eram impiedosas e mortais.
Havia também o povo de Acadia, uma dimensão paralela e protegida por uma magia tão antiga quanto a humanidade, eram seres místicos e ardilosos, liderados por um rei ou uma rainha, se moviam de um mundo a outro através de portais místicos que ligavam os dois mundos, geralmente o reino de Acadia era descrito como um reino oculto nas florestas virgems, intocáveis pelo homem, eram verdadeiros guerreiros, quando em batalhas portavam pequenas espadas, lanças, e arco e flechas envenenados por magia, vestiam armaduras feitas através de elementos da natureza, normalmente folhas e pétalas de flores enormes e resistentes, asumiam a forma humana através da magia, porém não ficavam totalmente perfeitos, os cabelos continuavam com a cor original, e possuíam algumas marcas no corpo que lembravam tatuagens, tinham olhos de diferentes cores, desde azuis a preto, unhas afiadas, geralmente eram magras e perfeitas, lindas e exuberantes, encantadoras, e por último aquilo que as tornavam o que eram, as asas, eram grandes e cintilantes, algumas lembravam vespas e borboletas, outras se pareciam com asas enormes de pernilongos, e variavam de tamanho, assim como suas habilidades que iam desde o fogo ao gelo.
E por último vinham os nefilins, frutos da relação proibida entre anjos caídos e humanos, viviam no mundo dos espelhos, uma dimensão paralela idêntica a nossa, a única diferença é que não existiam humanos, somente os nefilins, tinham tradições e vidas diferentes das do homem, eram conhecidos como os guardiões da humanidade, pois defendiam humanos das outras criaturas do submundo, e foram os primeiros a concordarem com o tratado de paz entre os outros clãs, eram verdadeiros guerreiros, fortes e velozes, inteligentes, e habilidosos, se parecíam com pessoas normais, e raramente eram vistas por humanos, eram graciosos como os anjos, mas se tornavam frios e mortais quando atacados, tinham suas próprias armas, e alguns nasciam com algum dom, desde a visão do futuro, à super força, procriavam com os da própria espécie, e assim como as fadas, se moviam de um mundo ao outro através de portais místicos e mágicos.
Esse era o mundo que ela conhecia agora, cheio de criaturas assustadoras e mortais, que somente os caçadores podiam ver. Um mundo no qual teria que sobreviver.
Ainda de olhos fechados e largada sobre a cama, ela respirou profundamente e deixou que sua mente voltasse a um dia antes.
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Correndo freneticamente em um cemitério velho de Nova York, Nina sentiu a lama inundar suas botas, e parou ofegante, olhou para os lados e voltou a correr entre os túmulos, estava sendo perseguida por um bando de vampiros que ela atraira até alí, onde planejava destruí-los depois que conseguisse as informações que queria, aquilo fora seu plano desde o início, sabia perfeitamente que Rony, o vampiro líder da gangue que levara meses para localizar, sabia sobre Adam Lawrence, o vampiro que realmente procurava, o único que continha as informações a respeito da sociedade formada pelos vampiros mais antigos e poderosos do mundo, e que a séculos o clã dos Prestons vinha tentando destruir, passara meses estudando e treinando dia e noite, sobre a existência das criaturas noturnas, e agora cabia a ela descobrir o que estava acontecendo, e por que ele estava fugindo, e finalmente vingar seus ancestrais mortos por aquelas criaturas desgraçadas.
Parando de repente, Nina pegou sua estaca e um crucifixo e observou a sua volta, estava cercada, Rony era esperto tinha que admitir, as informações que tinha sobre ele e sua gangue, eram deploráveis, com a exceção dele, os outros não passavam de vampiros recém transformados, que vinham fazendo vítimas por várias partes do país.
Além dele, haviam pelo menos uns sete vampiros todos prontos para o ataque, estavam famintos, sedentos por sangue, mas caso atacassem, ela já estava preparada para enfrenta-los, afinal era para isso que estava alí.
__ Miranda Preston, a famosa caçadora.__ disse Rony e Nina engoliu um seco.__ estamos frente a frente depois de tantos meses de perseguição. É um prazer conhece-la pessoalmente.
Espreitando os olhos friamente, Nina tentou reprimir um sorriso, mais não pode, Rony era um sujeito sarcástico e divertido, tinha que admitir, também era bonito, tinha olhos castanhos claro, pele branca e tão pálida quanto a neve, tinha um corpo forte e musculoso, vestia uma calsa de couro preta, combinando perfeitamente com a camisa pólo preta, e a jaqueta de couro da mesma cor, seus cabelos eram de um corte que lembravam os soldados de guerra, mas seu timbre de voz e seu jeito eram irritantes, sem dúvida alguma ela o odiava, e não exitaria em mata-lo, além disso ele era um vampiro antigo e forte, um dos mas procurados pelo departamento, se conseguisse mata-lo o departamento passaria a respeita-la.
__ Rony Gilbert, o vampiro que atacava mocinhas indefesas no século XVIII. É, não foi fácil encontrar você e sua escória de sanguessugas miseráveis.__ disse Nina e deu um passo a frente enquanto Rony e os outros vampiros a encaravam.__ Vamos poupar as apresentações. Sabe por que estamos aqui?
__ Claro. Ouvi boatos interesantes sobre você.__ continuou Rony e sorriu antes de exibir suas presas brancas e afiadas.__ Sei que está a procura de Adam Lawrence, também conhecido como o mestre dos vampiros.
__ É, você é esperto. Diga o que sabe sobre Adam Lawrence? Onde ele está escondido?
Disse Nina, indo direto ao ponto, queria terminar logo com toda aquela conversa , obter as informações que queria e ir para casa tomar um bom banho e dormir.
__ O que a faz pensar que sei alguma informação sobre ele?__ disse Rony friamente seu sorriso sarcástico havia se tornado uma carranca sombria e medonha e seus olhos castanhos haviam mudado para uma coloração tão vermelha quanto sangue.__ Vamos acabar logo com isso, tenho um compromisso.
__ Que tal se eu bater em você e seus amigos e aí você me conta o que quero saber? Também tenho outras coisas a fazer.
Nina disse e sorriu tentando amenizar seu nervosismo, sentia que nada iria dar certo naquela noite, era como se tivesse caído em uma armadilha.
__ Que seja, porque não vou falar absolutamente nada.__ disse Rony, e estalou os dedos.__ Não antes de pegar você.
Observando dois vampiros virem em disparada em sua direção, Nina respirou profundamente e lançou o crucifixo que fincou no peito de um dos sujeitos, depois desviou de um soco que passou de raspão em seu rosto, então derrubou o segundo vampiro e o matou enfiando sua estaca direto no coração dele, que gritou e se cortoseu no chão, até virar um monte de cinzas que se disolveu com a água da chuva. Assustados os outros apenas recuaram e mostraram suas presas assim como Rony que rosnou e a encarou.
__ Ok. Bravo. Muito bom.__ Rony disse e a aplaudiu irritado, tinha que admitir que nina era boa, e digna de uma pista, não que ela fosse sobreviver.
__ E então, vai me dizer onde adam está?__ nina disse impaciente.
__ Você merece pelo menos uma pista, não que vá sobreviver.__ continuou Rony e sorriu.__ Eu não sei onde ele está, o Departamento pode fazer o que quiser mas nunca irá pega-lo, ele é o melhor. Ele é conhecido como o mestre dos vampiros, e já matou mais caçadores do que qualquer outro vampiro vivo. E...
Quando Rony interrompeu Nina engoliu um seco e tremeu, não por causa do frio que aumentara junto com a chuva que enxarcava seus cabelos e suas roupas.
As informações que tinha sobre Adam eram assustadoras, ele era tão temido e cruel quanto os membros da sociedade, caçava e matava sem piedade, por esporte, e por que gostava, e segundo seu pai, ele foi o responsável pela chacina de uma família inteira na Itália, e também havia matado outros caçadores que ousaram caça-lo, mas o que realmente a deixara assustada fora o fato de saber que ele esteve envolvido na morte de Celeine. No entanto, havia algo obscuro e misterioso por trás daquele " E... " E do silêncio de Rony.
__ E? Se você não sabe é porque não serve pra nada. O que houve, o gato comeu sua língua.?
Disse Nina e apertou sua estaca, estava tremendo.
__ Ele se esconde bem, e se mistura rápido a humanidade. Eu o vi a alguns dias atrás em Portland.__ disse Rony friamente.__ Ele parece a procura de alguma coisa.
__ Menos mal. E o que ele está procurando?__ disse Nina.
__ Acredite estou tão curioso quanto você Preston. Mais de que adianta saber onde ele está? Você vai morrer mesmo.__ disse Rony e sorriu.
__ É o que veremos.
Nina disse friamente antes dos outros vampiros atacarem, passando uma rasteira ela enfiou a estaca no peito do primeiro, e enquanto ele virava cinzas, ela foi surpreendida com um soco e recuou quando Rony saltou sobre ela, fazendo com que deixasse a estaca cair, tentou pega a arma más uma vampira usando roupas de motoqueira a pegou primeiro em uma velocidade incrível.
__ Eu quero essa para a minha coleção.__ disse a vampira e mostrou as presas.
__ Você é forte.__ disse outro vampiro.
__ Quem vai dar a primeira mordida?
__ Estou faminto.
Disse Rony e atacou seguido pelos outros três que restaram. Nina observou os vampiros virem em sua direção e tremeu, alcançou a estaca prateada que reservava no caso de alguma emergência e atacou, Rony tinha recuado e deixado que seus lacaios atacassem primeiro.
Derrubando a vampira motoqueira nina enfiou a estaca no peito dela e se afastou quando os outros recuaram gritando um grito gutural e assustador, que a fez tremer, sem dúvida alguma aquela vampira deveria ter sido muito importante para a gangue.
__ Misty. Vai pagar caro pela morte dela.__ gritou Rony friamente e deu um passo a frente.__ Vou mostrar a você caçadora, por que todos me chamam de torturador.
Em resposta nina apenas engoliu um seco e se preparou para um novo ataque, Rony e os vampiros estavam eufóricos e furiosos.
__ Eu vou fazer da sua cabeça o prêmio da minha estante, caçadora.__ disse Rony e sorriu.
Nina sentiu seu coração acelerar e deu um passo para trás, esbarrando em uma cruz e caindo, estava cercada e com medo, enquanto os vampiros a encaravam girando, fazendo um círculo ao seu redor, quando tentou se erguer Rony a acertou com um chute, depois um outro vampiro vestindo uniforme de soldado a atingiu no rosto com suas unhas afiadas e cortantes, depois se afastou e lambeu os dedos.
__ O sangue dela é ótimo.__ disse o vampiro e gargalhou.
__ Eu também quero provar.
Nina ouviu Rony dizer e se ergueu pegou mas dois crucifixos um que estava dentro de sua bota esquerda, e o outro que estava dentro do bolso de sua jaqueta, estava prestes a atacar quando ouviu uma risada fria e sarcástica.
__ Posso participar da festa?
" Ótimo, mas um sanguessuga desgraçado. " Pensou ao ouvir alguém gritar, parado em cima de um túmulo, não muito longe de onde ela e os outros estavam, havia um estranho alto e forte, vestido de preto dos pés a cabeça, a escuridão não permitiu que ela o reconhecesse, mas os outros sim, e a jugar pela reação de Rony era alguém tão forte quanto ele.
__ Então, posso participar da diversão, é que estou com uma sede mortal.
Disse ele e caminhou até os outros ficando atrás de nina e de frente para Rony que rosnou.
A voz do vampiro era assustadora, tinha uma pose fria e ameaçadora, os outros vampiros pareciam ainda mas assustados, subtamente ficaram em silêncio e o atacaram, exceto por Rony que ficou onde estava, assim como nina, que observou quando o vampiro retirou uma pequena adaga do bolso de seu casaco, e atacou cortando as gargantas dos vampiros com um único golpe, e antes que pudessem reagir, ele atacou novamente, tirando uma lâmina samurai, fina e não muito pequena, com cabo negro e adornado com desenhos, de dentro da manga do casaco e cortou a cabeça das criaturas que viraram cinzas antes mesmo de poderem tocar o chão. O que deixara Nina impresionada e de boca aberta.
__ Farel?__ Rony gritou.
__ Gilbert?__ disse o vampiro.
" O que os dois se conhecem? " Pensou Nina olhando de um para o outro ainda estarrecida e intrigada. Rony parecía assustado e furioso ao mesmo tempo e por um breve momento nina pensou que atacaria, mas em vez disso ele, apenas exibiu as longas presas e sorriu.
O que ele iria fugir? notou ela, olhou para o outro sujeito e foi impossível não soltar a respiração pesadamente, pensou que farel, quem quer que ele fosse, iria ataca-la, mas pelo que fez, ele estava do seu lado, e era um caçador. Houve um longo silêncio entre os dois, antes do estranho prosseguir.
__ Então vai me atacar ou não?__ disse farel.
__ Pode ficar com ela, estou entendiado.__ Rony disse antes de guardar a estaca de nina que Misty havia pego.__ Até mas caçadora.
__ Estarei esperando.__ disse nina friamente antes de Rony desaparecer em meio a escuridão da noite, a chuva havia parado, e agora uma fria e densa névoa se formava por todo o cemitério, então ela se aproximou e encarou seu salvador.__ Obrigado quem quer que você seja. É caçador a quanto tempo?
Abaixando-se para pegar sua estaca prateada e o crucifixo que deixara cair, ela sorriu, enquanto o caçador guardava a longa espada, de volta na manga enborrachada do casaco.
__ Sim, eu fui um caçador a meio século atrás.__ o estranho disse e se aproximou.
__ Droga...
Recuando para trás surpresa e assustada, miranda pegou sua estaca e o encarou, por isso o achará tão rápido e intimidador, é por que não era um simples caçador, era um vampiro, lindo, forte e antigo.
Ele tinha olhos negros, que combinavam perfeitamente com o cabelo curto, e repicado, que lembrava um corte de cabelo usado por emos, usava roupas de motoqueiro, e um longo casaco emborrachado, tinha pele branca e pálida, mas o que realmente chamou sua atenção, foi o colar em seu pescoço, cujo o símbolo do pingente ela jurara ter visto antes, em algum lugar, mas não conseguiu se lembrar de onde.
Se perguntou porque ele a salvara? Sera que apesar de monstro ele estava do seu lado? Confusa ela apenas pegou seu spray com água benta e lançou contra ele que recuou e sorriu.
__ Ei vai com calma, Ok? Não sou seu inimigo.
Ele tinha razão, afinal se quisesse mata-la, não teria ajudado alguns minutos antes, quando ela ficou indefesa diante de Rony.
__ Achei que os caçadores atuais fossem mais espertos.__ disse o estranho com um meio riso no rosto. ele parecia ser amigável concluiu nina, mas mesmo assim não iria confiar em alguém como ele.__ Bem, vejo que me enganei. Sou Dylan Farel.
__ Miranda preston. Mas pode me chamar de Nina.
Ela disse secamente ainda a uma curta distância dele, estava nervosa, ele não era confiável, podia sentir, no entanto se Rony o conhecia, e ele era tão temido, concerteza deveria saber alguma coisa sobre adam.
__ Relaxe, caçadora, não sou como os outros.__ ele disse e deu um passo a frente enquanto limpava o que pareciam ser cinzas em suas roupas.__ Além disso conheço seu pai, tenho uma dívida muito antiga com ele , estava de passagem quando vi uma movimentação estranha, então resolvi averiguar.
Ele soava sincero em cada palavra que dissia, notou nina. Não estava surpresa por ele conhecer seu pai, sabia perfeitamente que Harry preston, seu pai, nem sempre matará todos os vampiros que cruzaram em seu caminho, ele mesmo confessou que poupou a vida de alguns, porque nem todos eram ruins.
__ Posso fazer uma pergunta?__ disse nina tentando não parecer fria, e ele acenou com a cabeça.__ O que sabe sobre um vampiro chamado Adam Lawrence?
Sentindo seu coração bater acelerado, ela estranhou o silêncio de Dylan e tremeu, ele sabia de algo e não queria falar, sabia sobre Adam.
__ Que se você for esperta, e quiser viver, ficarar bem longe dele. Lawrence não é confiável, e não exitaria em mata-la. __ Dylan disse friamente e se afastou até a sombra projetada por uma estátua de mármore.__ Ele não quer ser encontrado. Foi um prazer conhece-la pessoalmente caçadora, diga ola a Harry por mim. Escute o meu concelho fique longe dele, se quiser viver.
As palavras sombrias do vampiro soavam como uma ameaça, e nina percebeu que o que ele dizia era verdade, realmente precisaria ter cuidado se quisesse sobreviver até o final da missão, Rony e todos os seus outros inimigos não eram o seu unico desafio, não eram a única ameaça, e nem de longe eram a maior, toda aquela missão era uma ameaça, encontrar adam não seria fácil, mas ainda assim não sentiu medo. Porque sentiria? Tinha sido criada para isso, caçar e matar vampiros como todo a sua família.
__ Mas se quer tentar a sorte caçadora, vá para Portland.__ disse ele e sorriu tristemente enquanto se afastava lentamente dela.
__ Espera...
Gritou Nina e caminhou até ele, e respirou profundamente quando notou que o local estava vazio, não havia conseguido muita coisa com ele, e isso a deixara frustrada, mas por outro lado estava contente por finalmente conseguir uma pista de onde Adam estava, sozinha ela fitou a escuridão e sorriu antes de se virar para sair, mas parou e olhou a sua volta.
Sentia que não estava sozinha alí, estava sendo observada, tremeu e pensou ter visto algo se movendo na escuridão. Espreitou os olhos para ter uma visão melhor, e enxergou o que pareciam serem dois pontinhos vermelhos sobre o teto de um mausoléu não muito longe de onde estava, então subitamente os dois pontinhos vermelhos se moveram e vinheram em sua direção.
Tentou correr mas a sensação de medo que sentiu paralisou suas pernas, era como se tivessem sido plantadas no chão, enquanto a coisa vinha em disparada, então fechou os olhos e quase gritou, ao sentir uma lufada de vento fria e assustadora no rosto, abriu os olhos e soltou a respiração ao notar que fora apenas um morcego que voara.
__ Droga...
Disse a si mesma antes de se virar e sair, quase se deixara levar pelo medo que sentiu ao ver um morcego. Mas nada iria tirar sua concentração naquela noite, além disso estava quase amanhecendo e ela precisava dormir.
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Aquele aviso que ele lhe dera não fazia sentido algum, não tinha medo do que aconteceria quando encontrasse adam, muito menos do que diziam sobre ele, mas sentia, bem lá no fundo, que estava caminhando em solo arenoso, mas nem mesmo o perigo a impediria de continuar sua missão, tinha que vingar seus ancestrais, e todas as pessoas que foram vítimas dos vampiros e de qualquer outra ameaça, desde criança sempre teve o senso de justiça, de alguém vingativo.
Talvez fosse a herança sanguínea, os prestons eram um clã grande e reservado, alguns trabalhavam na polícia, em empresas, e até mesmo nas agências de segurança do mundo todo, mais a maioria trabalhava no departamento, e nas outras organizações que tentavam controlar a paz entre os clãs das sombras, mas também haviam aqueles como ela que não seguia planos, instruções, e nem ordens de ninguém, fazia tudo por conta própria, sem medo, e continuaria assim, forte, e destemida.
Encontraria Adam Lawrence, que a levaria direto a sociedade de vampiros, e só aí precisaria do departamento, principalmente agora que sabia que estava na pista certa.
Abrindo os olhos de repente nina suspirou, ainda sonolenta, o barulho da campainha tocando, seguido por uma leve batida na porta, fez com que ela se levantasse desconfiada, e pronta para algum tipo de ataque ou o que quer que fosse. Não tinha pedido nenhuma comida, e não estava esperando visitas, já que aquele apartamento era seu, e ninguém sabia a respeito dele, nem mesmo seu pai, exceto por sua governanta lorelaine, e as duas não se viam a quase um ano.
Engolindo um seco, ela pegou uma estaca e caminhou lentamente até a porta e prendeu a respiração antes de olhar pelo olho mágico, e sorriu antes de abrir sua porta de uma vez e se jogar em cima da mulher parada na entrada do apartamento em um abraço longo e apertado que fez seu coração bater acelerado, lágrimas se formaram em seus olhos e desceram pelo rosto.
__ Lola.__ ela disse soltando a respiração, e a mulher ao mesmo tempo. A olhou em silêncio por alguns minutos e a abraçou novamente.__ É tão bom ver você, senti tanto a sua falta.
A mulher de longos cabelos negros com alguns fios grisalhos sorriu e não conteve as lágrimas abraçou Nina e suspirou, também sentiu saudades.
__ Também senti sua falta minha menina.__ disse Lola antes de Nina solta-la novamente.__ Estou feliz por você está bem, e linda como sempre. Então não vai me convidar pra entrar?
__ É claro.
Disse Nina antes de voltar para dentro do apartamento ao lado dela, fechou a porta e escondeu a estaca antes que Lola a visse com ela, sabia que ela ficaria chateada.
__ Como me encontrou aqui em Nova York?__ perguntou Nina se sentando no sofá.
__ Sabia que você começaria por aqui, e que ficaria aqui.__ disse Lola depois de um longo suspiro, sentou-se de frente a Nina e sorriu.__ E você meu bem, como está?
__ Bem. Estou aproveitando minhas férias, com aventuras inexplicáveis.__ disse Nina e sorriu da careta que lola fez.__ Tenho me divertido um pouco com todo o perigo e as viagens, me adaptei a minha nova vida.
Houve um longo silêncio entre as duas e nina engoliu um seco e baixou a cabeça, não devia fala sobre as missões com Lola, sabia disso porque ela sempre seria contra à vida que ela estava trilhando.
Mas não podia negar a si mesma que a vida que levava agora era melhor e mais divertida do que ficar semanas sozinha em um colégio interno.
Amava muito Lola, mas estava na hora de ela perceber que ela não era mas uma simples colegial, era uma caçadora de vampiros.
__ Eu continuo pensando a mesma coisa de antes, que essa vida, é perigosa. Mas bem, não posso fazer nada pra impedi-la.__ disse Lola quebrando o silêncio.__ Você merece ser feliz miranda, e se isso te faz feliz, fico feliz. Mas não é por isso que estou aqui.
Ouvir aquilo fez o coração de Nina saltar, e ela sorriu, se Lola estava alí era porque tinha noticias de seu pai, soltando a respiração pesadamente ela sentiu os olhos se encherem de lágrimas, e olhou para lola.
__ É o papai? Ele voltou?
Perguntou, mas quando Lorelaine não respondeu e baixou a cabeça ela prendeu a respiração e tremeu, enquanto as lágrimas queimavam sua face, Lola não tinha nenhuma notícia a respeito de seu pai, e isso fez com que uma dor profunda se instalasse em seu peito como uma facada, jamais entenderia os motivos que o levaram a desaparecer sem deixar rastros e a deixar sozinha.
Porque havia feito isso? Será se o veria algum dia novamente. Tinha medo de ser abandonada.
__ Não fique triste, tenho certeza de que ele vai voltar.__ Lola disse e caminhou até Nina a abraçou e beijou o topo de sua cabeça.__ Além disso ele está vivo, quem você acha que paga suas contas.
Foi impossível não rir, e Nina sabia que Lola estava certa, não devia ficar triste, saberia se algo de ruim tivesse acontecido a seu pai, porque talvez ele estivesse apenas cansado e se escondendo do departamento.
__ Não pense que está só, você tem a mim.
__ Eu sei. Mas bem porque está aqui?__ perguntou nina enxugando as lágrimas.
__ Estava a caminho de Portland e resolvi fazer uma rápida visita a minha menina.__ Lola continuou e sorriu.__ Vou para a mansão, minha irmã está em seu último ano de vida e quero ve-la antes dela partir.
Lola interrompeu e suspirou, e nina engoliu um seco, sabia perfeitamente o que era perder alguém que amava, estava no banco de trás do carro, quando ele se descontrolou, seu pai perdeu o controle e bateu em um caminhão, ela viu sua mãe ser jogada para fora do veículo, pelo vidro da frente, seu pai ficara inconsciente, ela presa pelo cinto de segurança gritando em desespero, enquanto o carro ameaçava explodir.
Sim ela entendia a dor que Lola estava sentindo, por isso a abraçou apertado, e também começou a chorar.
__ Eu sinto muito. Muito mesmo.__ ela disse e suspirou, gostaria de poder fazer algo mas não podia, o jeito mesmo era continuar sendo amiga, e como uma filha para Lola.__ Disse que ia para Portland?
__ Sim. Ainda tenho as chaves da mansão, onde você costumava ficar sempre que ia visitar Elizabeth.
Ao ouvir Lola falar Nina abriu um longo sorriso e enxugou as lágrimas, pelo menos não iria ficar sozinha, teria alguém para conversar todas as noites, sentira tanta falta de ouvir Lola cantando para ela, das histórias de contos de fada, sempre teria Lorelaine como uma segunda mãe, porque quando sua mãe Sonya morrera Lola ficara do seu lado e cuidara dela, como se realmente fosse sua mãe, por isso a amava e respeitava e agora estava muito feliz por ela está ao seu lado novamente.
__ Bem, serei sua nova companhia.__ disse Nina e sorriu antes de enxugar as lágrimas.__ E eu iria ficar justamente na mansão, e que bom que vou ter você por perto.
__ Não é uma má idéia.__ Lola disse e sorriu.__ E não pense que sou má companhia. Realmente será ótimo passar esse tempo com você.
__ É, será bom...
Concordou Nina enquanto deitava no sofá, tocou o machucado em seu rosto, e sentiu um calafrio assustador, ao imaginar que finalmente depois de tanto tempo iria encontrar Adam Lawrence.
De alguma forma, sua intuição lhe dissia que ela estava perto de encontra-lo, mas suas pistas eram poucas e não poderia ter ainda a certeza de que dessa vez realmente o pegaria, o que significava que teria muito trabalho pela frente.
__ Como está se saindo com os vampiros?__ Lola perguntou soltando um suspiro cansado.__ Ainda acho que foi um erro, Harry ter contato a você sobre os vampiros.
__ Eu não acho. Além disso estou bem.__ Nina respondeu sonolenta estava quase dormindo.__ Essas férias estão sendo as melhores que já tive em todos esses anos. Mais até do que queria.
Finalizou ela e sorriu, mas ficou seria ao ouvir o suspiro cansado e preocupado de Lola, sabia perfeitamente o que ela estava sentindo. Medo.